Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Anahí estava em pé e pronta para sair da cozinha. Maite ignorou completamente a criança nos braços de Anahí. Apenas avançou, fazendo com que a loira andasse para trás, e caísse sentada na cadeira. Era uma oportunidade única para falar com a Anahí sem intromissão de alguém. Aproximou-se completamente, e colocou uma mão no apoio da cadeira, e outra mão na mesa, deixando a loira presa. Não tinha como escapa!

Anahí deu um suspiro exasperado. Sentou a Oprah em seu colo. Sua vontade era de sair do recinto, porém, não dava com a Maite bloqueando a sua passagem. Pela primeira vez, percebeu que não tinha vontade de falar com a morena. O perfume que antigamente mexia tanto com os seus sentidos, tinha se tornado trivial em seu olfato. Sentia até um pouco enjoada com aquele cheiro excêntrico. Constatou que amava perfume doce... O perfume de Dulce tinha se tornado o seu preferido. Assim como os olhos, o sorriso... Os cabelos... O corpo...

— Acho que agora você não tem como fugir de mim. — Maite usou a sua voz provocativa, colocou um dedo no braço de Anahí e deixou que a unha percorresse pela pele.

A loira se arrepiou. Não porque quis. Foi uma reação do seu corpo sem autorização. Mas foi apenas isso. Um arrepio sem sensação. Olhou bem para a Maite, os seus olhos não a fazia mais suspirar, e sua boca não alimentava a ideia de beijá-la. Passou tanto tempo amando e sofrendo pela Maite, que não tinha constatado que o sentimento desvairou... E ficou apenas o comodismo. Foi muito, mas muito tonta mesmo por se permitir sofrer todos esses anos. Será que foi um sentimento real ou apenas o comodismo falando mais alto?

— Maite. Não creio que seja uma boa hora. Estou com uma criança no meu colo, se não percebeu. — Anahí retrucou um pouco sem paciência. Até porque a Oprah começou a choramingar, querendo ficar em pé no seu colo.

— Isso não me incomodada. É apenas uma criança. Você pode entrega-la para empregada ou a sua irmã e podemos conversar com mais vontade. O que acha? — Maite propôs com um sorriso de lado, fazendo movimentos circulatórios em seu braço com a unha.

— Eu acho que não temos nada para conversar. — Anahí disse e colocou a Oprah em pé no seu colo.

Maite não esperava por essa resposta e isso a incomodou muito. Era um péssimo sinal. Significava que por azar do destino, não tinha nenhuma influência em Anahí. Péssimo. Muito péssimo. Ficou agitada por dentro, mesmo que sua expressão fosse de pura tranquilidade. O seu cérebro começou a procurar maneiras de prender a Anahí á ela.

— Claro que temos que conversar... Sobre o nosso beijo... Ou melhor, dizendo, temos que continuar onde paramos... — Isso. Sexo! O sexo era algo que podia prendê-la. Avançou o rosto para dá um beijo nos lábios de Anahí, mas a mesma desviou o rosto.

— Sobre o beijo: Esqueça. Foi um erro, não era pra ter acontecido. Você me pegou desprevenida, e me deixei levar pelo momento. — Anahí tirou a mão de Maite da cadeira e levantou-se, balançando a Oprah que chorava. — Não vai acontecer novamente.

Maite ficou furiosa! Estava sendo dispensada pela Anahí! Segurou no braço da loira, impedindo-a que saísse da cozinha, recebeu um olhar irritado de Anahí, mas não a soltou.

— Você acha que vai me usar e depois tirar o seu da reta?

Anahí deu uma risadinha sem humor.

— Usar? Não usei você. Foi você que me beijou e comprovou que é uma mulher sem escrúpulo.

Por essa a Maite não esperava. Soltou o braço de Anahí, e balançou a cabeça em negativo. Os seus olhos encheram-se de lágrimas. Falsas. Só precisava ser comovente.

— Não fale assim comigo... Eu te amo. Não consegue ver isso? Estou desesperada de amor... Sinto que estou morrendo a cada hora que te tenho tão próxima, mas ao mesmo tempo tão longe de mim. Eu preciso de você, do seu amor... Por favor, não me rejeite. — Maite soluçou com os olhos fixos em Anahí.

Uma parte de Anahí se compadeceu. Porém, lembrou-se que podia ter construído uma família com a Maite. Podia ser felizes, e apaixonadas, mas, se não estavam... A culpa não era de Anahí.

— A vida é feita de escolha e há cinco anos, você fez a sua. Optou pelo dinheiro ao invés de amor. Escolheu uma vida de futilidades e mordomias, ao invés de uma vida de felicidade e conquistas. Se está “morrendo” como diz, a culpa é inteiramente sua. Viva com as suas consequências.

Anahí fez menção de ir embora, mas a Maite se prostrou em sua frente. Isso estava ficando irritante. Felizmente, a Oprah tinha parado de chorar, mas a loira queria sair daquela cozinha e arranjar alguma coisa para fazer com a menina.

— Eu te amo, Anahí. Eu errei. Sim, eu sei. — Maite disse em desespero. — Mas eu te amo, e estou tão arrependida do meu erro, acredito que todo mundo merece uma segunda chance nessa vida. Dê-me essa chance, eu sei que existe um sentimento ainda dentro de você... Só me dê à oportunidade de reconquistá-lo.

As lágrimas de Maite eram abundantes. Os seus olhos estavam tristonhos, e nenhum momento desviava dos olhos da loira. Mas a Anahí era esperta, tinha aprendido nessa vida que até um psicopata chora... Não acreditava naquelas lágrimas. Quantas vezes no passado a Maite tinha usado as lágrimas como uma arma para conseguir o que queria? Era um ser humano muito digno de pena.

— Maite... Darei algo á você que você não tem: sinceridade. — Anahí falou friamente. — Eu não tenho nenhum sentimento por você. Por um momento, até achei que tinha, mas me dei conta que esse sentimento era igual ao nosso relacionamento: Pura farsa. Eu te amei muito, mas muito mesmo. No passado. Hoje em dia, não tem mais nada, porque o meu coração pertence á outra mulher... Pertence á Dulce. — Falar essa frase em voz alta, fazia o coração de Anahí esquentar de amor... Sim, amava a Dulce. — Estou completamente apaixonada por minha namorada e farei de tudo para que esse relacionamento se estenda por muitos, muitos anos até beirar a eternidade. — Falou com muita sinceridade, iria tentar. Sabia que a Dulce sentia alguma coisa por ela. — O beijo de ontem foi uma confirmação que não sinto nada por ti. Então, não alimente falsas esperanças... Gaste as suas energias com o seu casamento, e me esqueça de vez. Eu e você, não mais. — Anahí deu um último sorriso antes de sair.

Maite observou a Anahí sair da cozinha, feliz e brincando com a Oprah nos braços. Estava com ódio. Muito ódio. Sentia sendo devorada por ele. Foi dispensada por uma suburbana! Enxugou as suas lágrimas com força. Isso não ficaria assim.

O seu marido adentrou na cozinha cantarolando uma música. Fazia muito bem que não via o Leonardo de bom humor. Ele pegou uma laranja cravo, e sorriu para Maite.

— O dia está lindo não é mesmo? Acho que vou pegar um pouco de sol. — Ele comentou com bom humor. — A propósito... Não dormirei em casa essa noite. Dia de farra com amigos. — Dito isto, saiu.

O ódio de Maite aumentou consideravelmente, a deixando tonta. Ele não iria farra com os amigos, iria encontrar com o Poncho! O infeliz tinha retornado o caso extraconjugal. Por um breve relapso de memória, uns dois anos atrás... O Leonardo quase a deixou por conta do Poncho. E receava que isso pudesse acontecer novamente. Sabia que o marido estava com uma situação ruim de dinheiro, então, provavelmente sairia perdendo com uma pensão miserável.

O que mantinha casada com o Leonardo era que podia desfrutar do luxo... Porque o Luís bancava os gastos do seu marido, e também o dela. Achou que poderia agarrar a Anahí, mas depois desse fora... A sua única garantia era ainda o tonto do seu marido.

Esmurrou a mesa com força, machucando a sua mão. O ódio queimando os seus olhos. Todos pareciam felizes. Ela não iria fizer no camarote assistindo a felicidade alheia, enquanto, ela se afundava na amargura. 

Enquanto pudesse interferir na felicidade deles... Iria fazer. Manteria o seu casamento mesmo que tivesse que chegar ao extremo. E a Anahí... Já que escolheu a Dulce, iria transformar a sua vida no inferno!

Olha só... Quem diria ein?

Kess,Obrigada. *-* 

Thenellory,KKKKKKKK. Acho que nenhuma mais será trouxa.

Lorac,confesso que senti falta de seus comentários de puro orgasmo. Hahaha. Eu entendo, faculdade quando começa a apertar a corda no pescoço, é se virar nos 30. Mas fico muito feliz que mesmo com o seu tempo apressado, não tenha abandonado a minha fic. <3

Furacão,Não teve flagrante, mas teve fora. Hahaha.

Naiara,Olha aí... A Anahí não foi burra! Agora só esperar para o que Maite irá fazer.

Duda,Né? Haha.