Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Maite estava entediada. Tomar banho de sol, não estava mais sendo atrativo hoje como nos outros dias, então, resolveu que iria gastar um pouco de dinheiro. Quando o Leonardo entrou em crise financeira, o Luís ficou responsável de pagar as contas dos cartões, o que significava que continuava com o mesmo e adorável cartão ilimitado de sempre. Só que fazia uns dias que não se dava o luxo de tomar um banho de lojas. Estava com saudade das roupas e bolsas de grifes... Ah, de joias! Iria se presentear.

Com esse pensamento que foi para o seu quarto, a sua boca entortou ao ver o seu marido. Ele estava estupidamente feliz, mesmo calado, dava para ver a felicidade irritante em seu rosto. Desgraçado! Não era merecedor daquela felicidade. Não era mesmo! A única que deveria está muito feliz nessa história, era ela... Porém, ironicamente, era a única que não estava.

Desde quando o universo estava lhe dando as costas? Pois bem. Não deixaria que isso acontecesse por muito tempo. Iria virar o jogo, e as quedas dos seus inimigos será gloriosa.

— Ah, estava procurando você. — Léo disse assim que a viu.

— O que você quer? — Maite perguntou, mas sem dá o trabalho de parar pra prestar atenção em seu marido, foi até o closet e procurou uma roupa para sair.

— Quero falar com você. — Léo respondeu sem sair do lugar. — Você poderia parar e me escutar, por favor?

— Não. — Maite não tirou os olhos de suas roupas. — Escuto com o ouvido e não com o meu corpo, o que tiver que dizer, o faça. Só não me culpe se eu não prestar muita atenção em suas bobagens.

Leonardo respirou fundo. Entrosamento com a Maite era algo quase impossível. Como conseguiu passar tantos anos com ela? Lembrou-se do Poncho... Ele sim era o homem perfeito.

— Quero o divórcio.

Maite que estava analisando um vestido, parou. Sentiu o seu sangue gelar por alguns segundos, mesmo sabendo da possibilidade do divórcio, não achou que o bu/nda mole do Leonardo tivesse a coragem de fazer isso. Virou-se para ele, o seu olhar era frio, mortal... Mas isso não incomodou o seu marido, para o seu horror. Gostava da opressão que o causava, do medo... Ele era quase sempre obediente e agora nem titubeou com o olhar que recebeu se tornou indiferente. Era o caos.

— O que o faz acreditar que lhe assinarei o divórcio? — Maite perguntou com a voz calma, mesmo que por dentro, estivesse apavorada.

— Tudo. — Léo deu de ombros. — Não somos felizes. Não nos gostamos. Não existe nada que nos prenda um ao outro, nem mesmo sexo fazemos. O nosso casamento é uma grande faixada e estou cansado de fingir que está tudo muito bem diante de todos e que somos um casal exemplar.

— Mas somos um casal exemplar. — Maite retrucou sarcástica. — Boa parte da sociedade morreria para ser o que somos.

— Eles compram a imagem que vendemos. Por Deus! Se eles soubessem o que acontece entre quatro paredes, não iriam querer um castigo deste.

Maite apertou os olhos. Gostava de viver de aparência. Gostava de ser invejada pelas grandes damas da sociedade que a achava a esposa perfeita com o seu casamento de capa de revista.

— Depender de mim, continuaremos assim. — Maite sorriu com o olhar irritado que recebeu do Leonardo.

— Você não pode fazer isso! — Léo gritou e levantou-se, mas a expressão de Maite continuou intacta. — Não somos felizes! Alô! Acorda pra vida, Maite! Esse casamento é um inferno, seja honesta uma vez na vida e assuma que você me odeia que não suporta ficar ao meu lado.

Maite estralou a língua.

— Pra que confirmar algo que você já sabe? Sim. Eu o odeio com todas as minhas forças, ficar ao seu lado me deixa nauseada... O amaldiçoo todos os dias por amanhecer vivo. — Maite falou friamente, o ódio cintilando em seus olhos. — Mas se você acha que vou abrir mão de tudo que tive que suportar nesses cincos anos, está muito enganado. Não vou largar isso... — Apontou para as paredes da casa. — Não vou largar o glamour, muito menos o prestígio do seu sobrenome para me reduzir á uma divorciada, enquanto, você — Apontou para o marido — viverá o seu caso de amor nojento! Eu não vou sair perdendo nessa história. Se eu perco, todos perdem.

Leonardo a olhava chocado... Não sabia por que estava tão surpreso assim, sempre soube... Ela era uma víbora muito venenosa.

— Maite... Não precisamos chegar á esse ponto. Podemos ter um divórcio amigável. Isso nos pouparia tempo e também dinheiro.

— Não tenho pressa. Você tem? Ou o seu amante tem? — Maite cruzou os braços. — Provavelmente aquela bichinha deve ter pressionado você como da última vez. Mas se lembra o que aconteceu, querido?

Sim. Ele se lembrava, a Maite tinha arrumado uma cilada para cima do Poncho, colocou um colar de diamantes no bolso do Poncho num evento social que teve. Foi maior confusão, porque a Maite tinha alarmado e todos os convidados foram entrevistados, sendo encontrada a joia no bolso do Poncho. Como ela tinha colocado lá? Tinha dançado com ele. Eles não se suportavam, mas como era um evento, fingiam simpatia. Poncho quase foi preso, mas a Maite fez um acordo com o Leonardo... Se ele desistisse do divórcio, ela não faria nenhuma queixa e o Poncho seria liberado, caso contrário... O deixaria ser preso, já que tinha sido pego em flagrante. Leonardo não podia suportar a ideia do seu amado preso, então, fez o que a Maite queria.

— O Poncho não tem nada a ver com isso. Não o coloque no meio!

— Pelo visto, se lembra e muito bem. — Maite sorriu quase com prazer. — Você sabe que eu posso fazer muito pior se insistir com essa ideia de divórcio.

— Você pode fazer o que bem entender, Maite. Não vou cair em suas chantagens. — Leonardo disse decisivo. — Já que você não quer cooperar, entrarei com pedido no divórcio litigioso.

Maite o odiou mais. Não ficaria barato. Ela não tinha nada a perder... Quando se casou com o Leonardo, assinou um acordo pré-nupcial, tornando o casamento sem divisão de bens. Foi uma burrice, mas fez isso para que os Puente achassem que o casamento era por amor e não por interesse.

— Você tem certeza que quer realmente comprar guerra comigo, querido? — Maite perguntou suavemente.

— Os seus dias estão contados nessa casa e na minha vida. — Leonardo informou e saiu do quarto.

Maite esmurrou a porta do closet. Inferno! Respirou fundo e passou as mãos em seu rosto. Não. Ele não a conhecia. Ninguém a conhecida. Mas iria conhecer!