Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Poncho estava parado na frente da mansão. Respirou fundo e se benzeu. Tinha falado com a Dulce no telefone e informado que estava próximo à residência. Moído de coragem, adentrou nos muros gloriosos da casa. Era linda. Os pais do Leonardo eram muito ricos. Morar naquela casa deveria ser muito caro. A manutenção, segurança, e outros requisitos. Ganhava muito bem, mas não o suficiente para manter uma casa daquele nível. O seu apartamento era considerado de luxo, mas não se comparava aquela casa.

Parou o carro de frente á casa e desceu. Estava nervoso. Suas mãos trêmulas. Também estava ansioso. Iria conhecer a sua filha! Pedia silenciosamente para que a Oprah gostasse dele.

Avistou o Leonardo na janela. Não tinha o avisado que tinha chegado porque estava com raiva dele. Mas acenou para o mesmo que saiu da janela. A porta da casa estava aberta, e Dulce o tinha instruído para entrar... Pelas paredes de vidros, via a família na sala... Estavam entretidos com alguma coisa e não tinha o visto ainda.

— Você teve mesmo a ousadia de colocar os pés na minha casa. — Maite falou por trás dele.

Poncho arrepiou-se e também se assustou. Virou-se para Maite. Ela o olhava com muita raiva. Ele tinha medo daquela mulher, era uma louca! Mas decidiu que não deixaria que ela percebesse isso... Maite era o tipo de pessoa que se soubesse que lhe causava medo, o prendia nos joguinhos psicológicos. Ele participou desse joguinho, e não queria mais.

— Se não me engane a casa é dos pais do Leonardo e não sua. — Poncho falou suavemente.

Maite deu um sorriso de lado, passou a língua pelos dentes e depois o olhou. O seu olhar era perigoso.

— Não banque o engraçadinho para cima de mim, Poncho. Você não tem cacife para bater de frente comigo. — Maite se aproximou e sussurrou no ouvido dele. — Você vai se arrepender por isto. Assinou a sua sentencia de morte ao colocar os pés aqui. — E saiu.

Poncho sentiu um calafrio. Do que ela estava falando, afinal? Franziu o cenho. Será que estava pensando em mata-lo?

— Poncho? — A voz de Dulce o chamou.

Ele se virou. Dulce estava em pé com a Oprah nos braços, ao lado dela estava a Anahí que o observava dos pés a cabeça. Porém, os olhos do Poncho estavam voltados para a pequena nos braços de Dulce... Sua filha... Sua filha! O seu coração encheu-se de amor e os seus olhos de lágrimas. Sentiu a sua garganta ficar seca, iria chorar...

— Oi... — Poncho murmurou com um fio de voz, aproximou-se. Oprah o olhava insistentemente. Os grandes olhos verdes acompanhavam os seus passos.

— Essa é a sua filha... Oprah... — Dulce falou baixinho.

Poncho levantou a mão trêmula para tocar na cabeça de Oprah. As lágrimas caíram do seu rosto ao acariciar a sua filha, o seu coração se aqueceu. Era a sua filha! Não tinha dúvida disso.

— Posso pegá-la?

— Claro...

Dulce passou Oprah para os braços do Poncho que começou a chorar. Abraçou a filha e deu muitos beijinhos em sua bochecha. Oprah não entendia nada, mas aceitava aquele carinho.

— Oh meu amor. Eu te amo tanto, minha filha! Minha filha! Papai te ama! — Poncho dizia em seu choro, sem parar de beijar a sua filha. Depois afastou o rosto para olhá-la direitinho. — Você é perfeita. Um anjo!

Anahí assistia a cena enciumada... Estava gostando da ideia de ter a Oprah apenas pra si. Dulce estava emocionada e limpava as suas lágrimas. Poncho afastou-se com a Oprah, e sentou-se debaixo do guarda-sol próximo a piscina. Ele soltava palavras carinhosas para sua filha.

O Leonardo surgiu, mas ficou olhando de longe... Não teve coragem de atrapalhar aquela cena.

— Ela gostou dele... Olha como está se derretendo... — Dulce comentou ao ver a sua filha sorrindo para o pai.

— Pelo jeito, não é apenas a Oprah que está derretida nessa história. — Anahí retrucou e foi caminhando em direção ao jardim.

Dulce não entendeu de primeiro, mas foi atrás de sua namorada. A segurou pelo braço.

— Espera. O que isso? Está achando que eu estou interessada pelo Poncho? Depois do que conversamos ontem? — Dulce perguntou.

— E não está? Você apenas falou que conheceu através do Leonardo. Essa história está muito mal contada. O meu irmão quase nunca usa o twitter! Sim, eu pesquisei a rede social do meu irmão e não tinha nenhum tweet do Poncho, então, você está mentindo para mim. — Anahí puxou o braço. — Sei que fui injusta ontem... — Foi interrompida.

— E está sendo injusta agora! De novo! — Dulce gesticulou. — Um relacionamento é importante à confiança. Mas tudo é motivo pra desconfiar, para julgar. Sem confiança não temos nada.

Anahí bufou.

— Eu confio em você. Deus sabe que sim. E também sabe como a minha confiança está em prova! Eu estou tentando, Dulce... Mas é difícil manter a confiança intacta quando descubro que está mentindo para mim. — Anahí a olhou nos olhos. — Por que mentes?

Dulce mordeu o lábio inferior e olhou para o lado.

— Você sempre soube quem era o pai de Oprah, não é mesmo? — Anahí acusou com raiva. — Sempre soube! Provavelmente, usou o Leonardo para mentir pra você. Pra te acobertar, por isso saiu com o meu irmão ontem, para dá ênfase a sua mentira!

— Do que você está falando?

— Estou falando que você sabia quem era o Poncho e onde encontra-lo! E usou o Leonardo para leva-la até o Poncho porque sabia que eu ou qualquer outra pessoa da minha família iria questionar e o Leonardo é o mais sem caráter para fazer isso!

Dulce balançou a cabeça.

— Que história sem pé nem cabeça! Não foi assim que aconteceu! O Leonardo que falou sobre o Poncho assim que me viu e...

— E como o Leonardo sabia sobre o Poncho? Como ele sabia sobre o pai de sua filha se nunca lhe viu na vida, como... — Anahí questionava sem entender o quebra-cabeça, até que um estralo mental em seu cérebro a fez compreender um pouco. Isso justificava a maneira que o seu irmão ficou quando viu a Dulce pela primeira vez quando chegaram de viagem. — Você já conhecia o meu irmão.

Dulce ficou pálida, confirmando o que Anahí tinha dito. A loira sentiu-se decepcionada e também enganada.

— Você conhecia o meu irmão e mesmo assim fingiu que não o conhecia! — Anahí gritou, balançando a cabeça em negativa. — Se conheceram como e quando? Vocês tiveram ou tem um caso?

— Não! — Dulce disse angustiada. — Não temos nenhum caso. E sim, eu conhecia o seu irmão antes de vê-lo aqui. Mas eu não sabia que era o seu irmão e quando vi o clima tão tenso entre vocês, eu achei melhor não contar...

— Como você acha que vou acreditar em você? — Anahí gritou, assustando a Dulce. — Como acha que vou acreditar que não sabia que era o meu irmão?

— Eu juro! Eu não tive nada com o seu irmão. Por favor. Acredite em mim. — Dulce disse, estava ficando com medo do rumo daquela conversa. Medo de que a Anahí terminasse com ela. Os seus olhos encheram-se de lágrimas.

— E como explica o fato que o Leonardo sabia quem era o pai de Oprah? Como? — Anahí olhou nos olhos de Dulce. Deixou transparecer toda a sua mágoa. — Ou você me conta essa história direito sem lacunas ou paramos por aqui.

Dulce não podia contar. Se contasse, iria expor o caso do Leonardo. Vendo a demora da morena para contar, os olhos de Anahí encheram-se de lágrimas, teve que rir para não deixar que o pranto tomasse conta de si.

— Céus. Como fui idiota. — Anahí balançou a cabeça em negativa.

— Desculpa... Eu...

Anahí não deixou que a Dulce continuasse, deu-lhe as costas e foi saindo. O seu coração estava doendo, e as lágrimas caiam do seu rosto. Foi enganada! Demorou todos esses anos para entregar o seu coração e quando finalmente o fez, foi para uma mentirosa. O que ela tinha com o Leonardo? Como o Leonardo sabia do Poncho, se lembrava do nome, quando a própria Dulce tinha cansado de dizer que não se lembrava bem da fisionomia e do nome do pai da Oprah? Nada fazia sentido.

— Leonardo é gay e tem um caso extraconjugal com o Poncho. Conheci o seu irmão na balada em Natal. No mesmo dia em que fiquei com o Poncho. — Dulce começou a dizer, odiou-se por isso, mas não podia deixar o seu amor ir embora. — Eles tinham brigado na balada e Poncho deu em cima de mim. Eu estava tão bêbada de tequila que não conseguia pensar nada, apenas aconteceu quando o Leonardo surgiu e teve a maior confusão.

Anahí parou de andar e virou-se para Dulce. Estava chocada!

— O que isso que está me dizendo?

— É a verdade! — Dulce choramingou. — Eu juro por Deus. Juro pela vida da minha filha, é a verdade. O Leonardo é gay, e tem um longo caso com o Poncho.

Anahí se aproximou. A mágoa deu lugar à raiva, segurou a morena pelos braços. Olhou bem dentro dos olhos de Dulce.

— Você está mentindo. O meu irmão é casado e muito apaixonado pela Maite!

— Não! Não é! — Dulce falou abafada. — Ele não é apaixonado pela Maite. É um casamento de aparência. Leonardo é loucamente apaixonado por Poncho, como Poncho também é por Leonardo. Ele sempre foi gay, mas tem medo de assumir... Ter conquistado a Maite e se casado com ela, foi mais um castigo para você... Ele queria que você sofresse porque você tinha tudo que ele não tinha: coragem. — Anahí soltou a Dulce, estava atônita. — Por favor, Anahí... Eu sei que é revoltante tudo que o Leonardo fez para você, mas ele é vítima do seu próprio preconceito. Ele precisa de apoio. Ele precisa que alguém o apoie na família.

Anahí estava tonta com essa informação. Estava tentando entender o que se passava na cabeça do seu irmão. Ele tinha a tirado a Maite... Bem, que olhando hoje em dia, foi mais como um favor. Olhou para a sua namorada... Ela choramingava baixinho, agora entendia... Dulce tinha mentido para proteger o Leonardo.

— Por favor, me conte essa história... Desde o dia que ficou com o Poncho até agora...

Dulce suspirou e contou tudo, sem deixar faltar nada. O único sentimento que despertou em Anahí foi pena do seu irmão. Ele era muito infeliz. Não tinha coisa pior do que viver uma farsa. De estar ao lado de quem não se ama. Sempre teve muita dificuldade de perdoar o Leonardo, mas agora... Depois de saber em parte dessa história, o seu coração não se ressentia com o seu irmão.

— Preciso falar com o Leonardo. — Anahí anunciou assim que Dulce terminou de contar.

— Anahí, por favor...

— Não se preocupe. Não farei nada, só quero conversar com ele. — Anahí garantiu e deu um selinho em Dulce.

Anahí foi atrás do Leonardo. O encontrou sentado, alguns metros de distância do Poncho que ainda conversava e brincava com a Oprah. Não tinha mais o Poncho como um rival, não depois de saber o que realmente tinha acontecido. Sentou-se ao lado do irmão.

— Por que não vai ficar com ele? Enturma-se com a Oprah? Poncho é o pai dela e é essencial que você tenha uma boa relação com a menina.

Leonardo assustou-se com a abordagem. Levou uns segundos para compreender o que estava acontecendo. Respirou fundo ao descobrir.

— Oh mer/da. A Dulce contou á você...

— Contou. O fez apenas porque eu a pressionei.

— O que pretende fazer agora? Contar aos nossos pais? Me desmascarar?

Anahí olhou para o seu irmão. A fisionomia do mesmo era tão triste. Colocou a mão por cima da dele.

— Claro que não. Tivemos as nossas divergências, mas você é meu irmão. O meu sangue, é o carinha que quando eu era pequena e tinha algum problema na escola, me resgatava. Que me protegia e que cuidava de mim. Lembra-se de quantas noites, eu não conseguia dormir com medo do bicho papão e você deitava na minha cama com um taco de beisebol para me proteger durante á noite? — Os olhos de Anahí lacrimejaram. — Lembra-se quando tive a minha primeira desilusão amorosa com a coleguinha da escola e que chorei bastante? Foi no seu ombro que encontrei consolo e abrigo. Você me ajudou em muitos momentos da minha vida, foi o meu porto seguro. Quando foi que tudo mudou?

As lágrimas mancharam as bochechas do Leonardo. Ele se lembrava de tudo e mais um pouco. Sentiu-se tão miserável por ter perdido a cumplicidade com a sua irmã. Segurou a mão dela.

— Eu não sei em que momento tudo mudou... Acho que foi no dia em que você caminhou com os seus próprios passos e fez o que eu mais queria: Se assumir para os nossos pais. Eu a vi desabrochando cada vez mais, enquanto, eu me fechava um pouco mais. — Leonardo respirou fundo. — Fiquei com medo de decepcionar os nossos pais, como era o filho mais velho, sempre tive muita responsabilidade vinda do papai. Eu tinha que ser o melhor, tinha que honrar a família e nunca cometer erros. Então, eu a via... Fazendo o que bem entendesse sem se importar com nada e os nossos pais sempre aceitando tudo. Ao contrário de mim, que tinha que ficar recluso e na linha. Isso gerou raiva... Eu sei que não justifica o sofrimento que lhe causei, mas quero que me perdoe... Se eu pudesse voltar no passado... Faria tudo diferente.

Anahí limpou as lágrimas com a outra mão. Depois limpou as lágrimas do seu irmão.

— Eu sinto muito por você ter que carregar essa cruz o tempo todo. E sobre o passado, fiquei com muita raiva de você e mágoa, sim. Mas agora... Estou agradecida por ter tirado a peste que é a Maite do meu caminho, se não fosse isso... Eu não estaria feliz com o amor da minha vida que é a Dulce. E eu quero, meu irmão... Que você também seja muito feliz. Livre-se da Maite, e assuma esse amor lindo que sente. Ele está ali, disponível e para você. Não perca tempo. Os nossos pais vão superar isso, aliás... Eles não têm opção. Já estão acostumados a ter filhos gays. — Anahí sorriu.

Leonardo também sorriu, então, puxou a Anahí para um abraço.

— Senti tanta saudade. — Murmurou ele. — Eu te amo!

— Eu também... Eu também te amo. — Anahí disse com sinceridade. — Agora me conta como essa história com o Poncho começou...

Leonardo afastou-se de Anahí, e começou a contar... As caras e bocas que Anahí fazia eram ótimas! O que rendia algumas risadas. E assim, foram colocando o papo em dia... Anahí deu alguns conselhos sobre.

Dulce assistia a cena com felicidade... Família sempre deveria ser unida. Debbie ficou abismada com o que via, e chamou o marido para compartilhar desse momento tão especial. Luís ficou estarrecido de felicidade. E Maite... Assistia a cena com descrença...

No final da conversa, o Leonardo se levantou e foi até o Poncho. Foi recebido com alegria, foi muito importante para o Poncho que o Leonardo tivesse se sensibilizado e compartilhado esse momento especial com ele.

Dulce caminhou até a Anahí e sentou no colo da namorada, dando um leve beijo em seus lábios.

— Obrigada por me contar... — Anahí murmurou, inalando o perfume da morena. — E desculpa por ter desconfiado. Quero que saiba que eu tenho confiança em você, mesmo que ás vezes mostre o contrário. É a minha forma patética de ficar na defensiva.

Dulce a olhou e segurou no rosto, murmurou um “eu sei” e beijou a Anahí...

Eu demoro, mas não deixo de postar!

E sobre um hot de Scarlett e Ana Beatriz. Vou pensar sobre...