Fanfic: Faz de conta — Portiñón. FINALIZADA. | Tema: Portiñon. DyC. Anahí y Dulce.

Depois de um bom tempo, começaram a sentir frio. Anahí deu um selinho em Dulce, e saiu da banheira. Vou até a ducha e tomou um banho quente.

Dulce saiu da banheira e se enxugou, depois vestiu o seu roupão e foi para o quarto. Sentou ao lado da bolsa de Anahí, sentiu vontade de mexer. Sabia que isso era invasão de privacidade, mas não aguentou a curiosidade e abriu a bolsa, encontrou um envelope muito elegante. Tinha cara de convite. Iria abri-lo, quando...

— O que está fazendo? — Anahí questionou ao sair do banheiro, ficou com medo de que a Dulce tivesse visto a caixinha das alianças.

— O seu celular estava tocando e comecei a procura-lo dentro da sua bolsa. — Dulce mentiu um pouco sem graça. A expressão de Anahí estava um pouco duvidosa. — O que isso? — Balançou o envelope na mão.

Anahí relaxou um pouco. Ela não tinha visto nada. O que era muito bom. Olhou para o convite e deu de ombros, começou a enxugar os seus cabelos.

— É um convite para inauguração de um restaurante em Boa Viagem.

Dulce mordeu o lábio inferior. Era o mesmo convite que o Tom tinha comentado mais cedo.

— Quando é?

Anahí retirou a toalha dos cabelos, e a pendurou. Depois começou a enxugar o seu corpo com outra toalha.

— Hoje.

— Você não pretende ir?

— Por um momento, sim. Mas como amanheci com catapora. — Anahí revirou os olhos. — Mudei de plano.

— E você iria sozinha?

— Não. — Anahí terminou de se enxugar e buscou uma roupa leve. Quanto mais leve melhor. Tinha que passar a loção no corpo. Também não podia esquecer isso. — Iria com você. Bem, iria chama-la. Dizem que vai ser muito bom esse restaurante. — Anahí voltou com uma roupa na mão e a olhou. — Podemos ir depois. Certo?

Os olhos de Dulce brilharam. Se a Anahí queria levá-la, era sinal que não tinha nenhuma vergonha dela. Mas tinha que perguntar, não diretamente...

— Tem certeza que você iria querer me levar?

Anahí estranhou a pergunta. Soltou a roupa em cima da cama e pegou a loção, passando pelo o seu corpo.

— Claro. Você é minha namorada. — Anahí respondeu. — Minha companheira, é mais que natural que a leve para os eventos. Por quê?

— Por nada... É que é aparentemente um ambiente tão elegante... Pensei que você ficaria envergonhada de ser vista comigo.

— Envergonhada? — Anahí deu uma risadinha. Depois ficou séria ao ver o semblante de sua namorada. — Você está brincando? Por que eu teria vergonha de você? — Parou de passar a loção e encarou a Dulce.

Dulce respirou fundo.

— Porque não somos da mesma classe social. Você tem um mundo. Eu tenho outro totalmente distinto. E verdade seja dita... Eu não sei me comportar nesses cantos. E você pode ficar embaraçada ao me ter ao seu lado. Isso explicaria muitas coisas.

Anahí não estava acreditando no que estava escutando. Só podia ser brincadeira e de muito mau gosto.

— Muitas coisas? Que coisas?

— Mal saímos! — Dulce exclamou. — Ficamos maior parte do tempo dentro de casa. E quando você sai, é sempre sozinha. O que acha que devo pensar?

— Concordo apenas em uma coisa: Não saímos. Só saímos apenas uma vez para o boteco. Mas eu achei que você estava gostando desse clima família que tinha se estabelecido. Você nunca tomou a iniciativa para saímos. Então, tirei as minhas próprias conclusões. Estamos quase vivendo uma lua de mel... Passamos maior parte do tempo no quarto, transando! — Anahí começou a elevar a voz, estava chateada com o pensamento de Dulce. — E se eu soubesse que está gastando muitas horas dos dias transando seria interpretado como “ter vergonha”, eu passaria mais tempo com você na rua!

Dulce começou a se sentir muito estúpida por ter falado isso. Mas tinha que esclarecer as coisas, não podia sufoca-las.

— Eu... — A morena começou a falar, mas foi interrompida.

— Primeiro: Eu nunca tive vergonha de você e muito menos fiquei embaraçada com o seu comportamento. Não podemos ser da mesma classe social, porém, isso não influência em nada. Você tem educação e é gentil. Se não consegue perceber isso, sinto muito lhe informar que isso será um grande problema! — Anahí andava de um lado para o outro e gesticulava. — Segundo e último: Sempre que eu saio é pra negócios. Não tem cabimento levá-la para assuntos burocráticos e chatos. Você sabe muito bem que estou pra fazer uma grande transição. Mas se quiser me acompanhar para os assuntos que tenho certeza que em dez minutos vai achar tedioso, vamos. — Anahí parou de andar e ficou na frente dela. — Que saber? Vou colocar um outdoor bem grande na Imbiribeira com a nossa foto e uma seta enorme na sua cara com os dizeres “essa é a minha namorada”. Satisfeita?

Dulce se levantou e segurou o rosto de Anahí. Sentiu vontade de rir com a resposta de Anahí, mas achou melhor não. Via a chateação nos olhos da loira. Não esperava essa reação. Mas o que poderia esperar? Acusou a Anahí de algo que não deveria.

— Desculpa... Eu não devia ter levantado essa questão. Mas fiquei com medo. — Dulce disse suavemente. — Foi bobeira minha. Eu só achei que a diferença social poderia ser um obstáculo...

— Nunca foi um obstáculo... Nunca coloquei classe social na frente do nosso relacionamento, muito menos cogitei. — Anahí suspirou. — A única coisa que pode ser obstáculo é você mesma com o seu pré-conceito.

— Desculpe-me... Estou tão envergonhada por isto. — Dulce deu um suspiro.

Anahí tirou as mãos de Dulce do seu rosto.

— Eu estou chateada. Não vou dizer que não. Pensei que estava tudo bem entre nós, antes de você me fazer essa pergunta. Estou agora me perguntando o que é que tem mais em sua mente que pode ser colocado contra nós.

— Nada mais meu amor. — Dulce segurou as mãos de Anahí. — Estou me odiando por chateá-la e por ter destruído esse clima tão bom que estava entre nós anteriormente. Eu só deixei o meu medo ser mais alto do que a minha razão. Você é tão perfeita e linda... E eu fico me perguntando se sou merecedora do seu amor.

— Não precisa ficar com medo, Dulce. Quando vai se dá a conta que eu escolhi você? Já disse tanto. Não sei por que ainda tem dúvidas.

— Por que sou uma boba! — Dulce apertou as mãos de Anahí. — Eu acredito em você, e no seu amor. Prometo que nunca mais deixarei me levar por esse pensamento. Só que fiquei em dúvida e tinha que perguntar antes que tomasse uma grande proporção. Isso faz parte de um relacionamento, não ter vergonha do outro, mas se abrir e falar nem tudo vai ser bom, perfeito, mas enquanto, dissermos tudo uma para outra, á mais chance de tudo dá certo.

Anahí suspirou.

— Tudo bem. Você tem razão. Não podemos alimentar os pensamentos negativos. Estou feliz por ter me contado sobre as suas dúvidas. — Deu um selinho em dúvida. — Eu não tenho vergonha de você. Nunca terei.

— Eu sei. — Dulce sorriu e deu outro selinho na Anahí. — Quero salientar que gosto muito de ficar trancada no quarto fazendo sexo com você. O que acha de fazermos isso agora?

Anahí deu uma risadinha. Estava cheia de loção, e sua pele estava voltando a coçar. Porém, não podia negar um pedido desse de sua namorada. Abraçou a Dulce e a beijou. As duas caíram na cama. A Dulce ficou por cima, passou as mãos pelo corpo de Anahí, acariciando com as pontas dos dedos. Infelizmente, ou felizmente, teve outra conotação para Anahí que começou a sentir outro tipo de prazer, porque a morena indiretamente estava coçando os pontos que mais lhe incomodava.

— Isso... Continua assim, mais pra baixo, agora mais pra o lado... Ah... — Anahí murmurou, se contorcendo de prazer.

Dulce parou pra olhar a Anahí.

— Sério?

— Sim amor... Continua... Por favor! — Anahí pediu com os olhos brilhando.

Dulce riu... Não tinha jeito mesmo, sentou-se e começou a suprir as necessidades do corpo de Anahí, infelizmente, não da forma que queria. Mas a carinha de pura satisfação de Anahí valia a pena...

Calma, meninas... O pensamento de Maite foi apenas uma suposição.