Fanfics Brasil - 42 Doces Prazeres - Adaptada AyA

Fanfic: Doces Prazeres - Adaptada AyA | Tema: AyA - Ponny


Capítulo: 42

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Cada um deles havia feito algo extraordinário, fazendo-a se sentir mais insignificante com cada segundo que passava.


- Você tem uma família muito bem-sucedida. A sua mãe deve ter muito orgulho. - Ele encolheu os ombros e colocou o porta-retrato de volta sobre a lareira.


- Nossos pais sempre nos incentivaram a fazer o que amávamos. Eu acho que você, mais do que a maioria das pessoas, deve saber como é importante trabalhar naquilo que você mais ama.
- Sim, eu sei. - Ela havia sido cuidadosa ao não falar sobre o contrato de aluguel nas últimas duas semanas, mas era em momentos como esse que ela sentia o peso da questão. Parte dela queria dizer que ela adoraria continuar a trabalhar no que amava, mas aquilo significava que ela teria que perguntar a ele sobre a sua decisão de deixá-la ficar com o restaurante. Ela já havia começado a procurar outros pontos que estivessem na sua faixa de preço, mas nenhum chegava perto do que ela tinha no momento. Ela voltou a olhar para a foto, focando em Ben. - Não seja duro demais com o seu irmão quando falar com ele. Eu entendo como pode ser desanimador ter que encarar a possibilidade de não poder mais fazer o que se ama. - Alfonso a olhou nos olhos por um momento, depois desviou o olhar.


- Você quer ver o resto da casa?


- Vamos conhecer o segundo andar ou o primeiro? - Ele parou, sua mão no batente da porta que dava para o corredor.


- Como é? - A sua mãe sempre havia lhe dito para morder a língua. Esta era uma das vezes que ela desejou ter seguido aquele conselho.


- Eu sei como as coisas ficam quando nós estamos sozinhos juntos, e como nós já realizamos a fantasia da ‘rapidinha em um lugar onde alguém pode nos surpreender’, eu estava me perguntando se você havia me convidado para vir aqui e realizar a fantasia de transar na cama dos seus pais ou seja lá o que você tinha em mente. 
Ele se aproximou dela lentamente, uma sobrancelha levantada.


- Não, é o completo oposto. - Ela não havia percebido que estava prendendo a respiração até exalar com força. - Diferente da maioria dos adolescentes, transar em qualquer lugar onde os meus pais pudessem me pegar nunca foi uma fantasia minha. Mesmo que eu saiba que a minha mãe está em Vancouver, eu ainda me preocupo com a possibilidade dela aparecer, então sexo é a última coisa na minha mente no momento. -  Ele parou e entrelaçou os dedos nos dela. - Eu convidei você para vir aqui pela razão que eu lhe dei ontem à noite. Nós dois, totalmente vestidos, fazendo uma refeição juntos.


O calor da mão dele subiu pelo seu braço e parou no seu peito, espantando as suas dúvidas.


- Eu gostaria disso.
- Eu também, até preparei um piquenique. -  Ele a levou para a cozinha branca e cavernosa que combinava perfeitamente com o estilo vitoriano da casa. - O dia está tão bonito, eu acho que nós podíamos aproveitar o sol.
- Parece ótimo. - Ela não conseguia lembrar-se da última vez em que havia tido a chance de se esticar sob o sol e deixá-lo penetrar a sua pele. O dia de primavera estava quente o suficiente para ser confortável, mas a brisa suave impedia as coisas de ficarem quentes demais.


Alfonso pegou a cesta e o cobertor em um dos balcões e gesticulou para que ela o seguisse até a rua. Eles caminharam por meio da trilha tortuosa que cortava o jardim. O ar estava cheio do aroma doce das rosas e gardênias, seus botões perfumados acenando enquanto passavam. Era o lugar ideal para fazer um piquenique, mas Alfonso continuou até a grama macia mais a frente, finalmente parando sob os galhos de um carvalho que devia ter sido plantado quando a casa foi construída.
- Aqui está bom para você? — ele perguntou, esticando o cobertor.
Ela concordou e se sentou ao lado do cobertor.


- O que temos no menu?
- Eu aposto que você gostou de fazer essa pergunta, para variar — disse ele com um sorriso. - Nós temos uma seleção de sanduíches gourmet. - Ele os tirou da cesta, um por um. - Peru e gouda. Presunto e queijo suíço. Carne e cheddar. E por último, mas não menos importante, o clássico manteiga de amendoim e geleia.


Era em momentos como esse que ela se esquecia que ele era um homem de negócios de sucesso que provavelmente valia milhões. Alfonso podia ter nascido em berço de ouro, mas também agia como um homem comum quando tirava o terno.


- O quê? Nada de caviar e champanhe?
- Não, mas eu tenho batatas fritas, picles e a sempre refrescante Coca-Cola. - Ele levantou uma garrafa de refrigerante como se fosse uma garrafa de Dom Pérignon. Ela não conseguiu reprimir o sorriso.


- Impressionante.”
- Eu aprendi a minha lição quando se trata de cozinhar. - Ele abriu a garrafa e a entregou a ela. - Opte pelo simples.”
- Simples é bom de vez em quando. - Ela pegou o sanduíche de peru e o desembrulhou. - Além disso, tudo isso ainda exigiu tempo e planejamento.
- Sim, até uma ida ao supermercado local. -  Ele pegou uma caixa rosa e um livro. - Para a sobremesa, nós temos cupcakes e poesia.
- Agora eu sei que você se esmerou.- Ela pegou o livro e leu a lombada.


- John Donne?


- Um dos meus poetas favoritos. Eu me tornei fã dele quando estava em Oxford.
- E quando foi isso? — ela perguntou antes de dar uma mordida no sanduíche.
- Na faculdade. Foi lá que eu conheci Vanessa, a mulher que eu levei ao La Arietta. - O alimento ficou preso na sua garganta enquanto ela tentava engolir, e a sensação incômoda de ciúmes subiu pela sua coluna.


- É?
- Sim, ela morava no meu prédio. Não deixe o sotaque britânico chique dela enganar você —ela é filha de um mecânico e de uma professora — mas ela tem sido uma boa amiga todos estes anos. - Ele abriu o livro e puxou um pedaço de papel de dentro dele. - Na verdade, ela escreveu isso sobre o seu restaurante.
A primeira coisa que ela notou foi “The Times.” A segunda coisa que ela percebeu ao examinar a crítica foi que Vanessa havia adorado a comida.


- Isto é maravilhoso.  - Ela queria soar entusiasmada, mas a sua voz soou vazia. Do que adiantava esta crítica positiva se ela seria forçada a fechar as portas em pouco mais de uma semana? Alfonso deve ter ouvido a hesitação nela, porque baixou o papel o suficiente para olhar nos olhos dela.


- Eu lhe disse que faria o possível para que você ficasse com o restaurante, e estou trabalhando nisso.
Uma dúzia de perguntas surgiram na mente dela. O que ele estava fazendo? Ele havia mostrado algum dos outros imóveis ao Schlittler? O que o chef havia achado deles? Quando ela podia esperar uma resposta? Mas ela apertou os lábios firmemente, sem fazer nenhuma delas. Ela já havia cometido uma gafe verbal hoje. Ela não queria insultar Alfonso de novo.
Aqueles olhos verdes dele não desviaram dos dela.


- Você quer dizer alguma coisa. Eu sei.
- Sim, mas eu não vou dizer.
- Uma das coisas que me impressiona em você é o fato de você fazer tanta questão de manter os nossos negócios separados do nosso prazer. A maioria das mulheres que eu conheço não teria problemas em tentar conseguir o que queriam de mim, mas você permaneceu relativamente quieta. - Ela soltou o papel, absorvendo o elogio mais um segundo antes de responder.


- Você sabe como eu me sinto a respeito. Eu não preciso ser uma chata. Além disso, eu gosto da sua companhia, negócios à parte.


- Eu nunca duvidei disso.- Ele segurou o rosto dela e deu um beijo comportado nos seus lábios, se afastando poucos centímetros ao terminar, para que os seus narizes ainda se tocassem. - Você me colocou em uma situação complicada, sabe. - Ela levou as mãos aos braços dele.


- Sinto muito, Alfonso.
- Não, não se desculpe. -  Ele se afastou e brincou com as batatas fritas, sem comê-las. - Antes de conhecer você, eu sabia o que queria e não tinha nenhum problema em seguir em frente até conseguir isso. Mas com você... - As sobrancelhas dele se juntaram e ele esfregou as mãos nos seus jeans. - Eu estou aprendendo do jeito mais difícil que ceder não é fácil. - A pulsação dela se acelerou.


- Então, por que você não seguiu em frente desta vez?
- Eu achei que era óbvio. - Ele a encarou, o calor nos seus olhos verdes  deixando-a excitada e se sentindo com roupas demais. - Eu vi o quanto você ama a sua paixão, Anahi, e se eu pudesse ter só 10% dessa paixão, eu seria um homem muito feliz.


Um novo tipo de calor a invadiu, algo que superava o calor do desejo e a deixava muito mais satisfeita do que o orgasmo mais poderoso. O fato de ele gostar dela o suficiente para mudar seus planos para que ela fosse feliz fez o seu coração pular tão desajeitadamente quanto a sua língua por várias batidas. E apesar de parecer uma resposta pequena demais, ela conseguiu dizer obrigado.
- Não me agradeça ainda. Eu ainda tenho algumas coisas para resolver antes de dizer com segurança que o aluguel é seu, mas eu estou fazendo o possível. - Ele pegou o livro e se deitou, transformando a ponta do cobertor em um travesseiro improvisado. - Posso entretê-la com alguns dos sonetos de Donne? - Ela se aconchegou ao lado dele, deitando a cabeça no seu peito. A posição havia se tornado quase natural para ela agora, um lar nos braços dele. Ela se preocupava com a possibilidade de se apaixonar por Alfonso, mas agora não era mais possível negar o fato. Com cada dia que se passava, ele ganhava mais do seu coração e a deixava cada vez mais vulnerável a sofrer uma desilusão. Mas por enquanto, ela iria aproveitar cada momento que tinha com ele.


A batida constante do coração dele estava em sincronia com o ritmo das palavras que ele lia em voz alta.


- Vá e pegue uma estrela cadente...


 



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Autor(a): karolkah 🐝

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • vicvelloso2 Postado em 12/12/2016 - 16:58:03

    postaaaaa

  • Angel_rebelde Postado em 01/12/2016 - 22:33:28

    Leiiitoooraaaaaa novaaaaaaaaa !!!! De cara já ameeeei a mãe do Poncho q já quer ele junto da Anny *--* Os dois na cozinha durante o jantar pegou mais fogo q as panelas kkkkkkkkkkkkkkk. // Injusto esse Amadeus nojento metido a 'dono do mundo' criticar todo mundo e querer tomar um espaço q a Anny se empenhou tantooo em consagrar o La Arietta. // Poncho ficou de mãos atadas qndo o Bates saiu mostrando justamente o imóvel errado pro seboso lá =(( // Tãooo lindinhos apaixonadinhos em pouco tempo *--* Falta apenas isso do restaurante resolver pra poderem assumir de vez pq a química tá num níveel beeeeeem HOT ;D adooooooooooooro kkkkkkkkkkkkkk. // Connnnnnnnnnntttttttt // Por Angel_rebelde

  • vicvelloso2 Postado em 30/11/2016 - 13:19:14

    aaaaaaah que isso!! Estão tão apaixonados!

  • fersantos08 Postado em 13/11/2016 - 19:46:27

    Leitora nova! Amei a sinopse, vou começar a ler *-*

  • vicvelloso2 Postado em 10/11/2016 - 16:20:51

    POSTAAAAAA

  • Anamaria ponny_ Postado em 06/11/2016 - 15:47:38

    Posta mais

  • Anamaria ponny_ Postado em 06/11/2016 - 15:45:58

    Leitora nova

  • jhessy_Herrera Postado em 29/05/2016 - 20:37:55

    Melhor Historia ! Quero mais , Preciso de mais , Necessito de mais *----* Gente Que fofinhos ... Anahi dando os Primeiros Indices de Ciumes Awnnn . Poncho Levou Moh porrada , Foi recompensado né ?KKKKK Bjooos Kaah , Postaaa Logoo!!!

  • vicvelloso2 Postado em 18/05/2016 - 11:23:02

    Estou amando!!! Posta mais!!

  • fersantos08 Postado em 15/05/2016 - 12:28:07

    Posta maaaiiis :)


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