Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

- Não sou obrigada a ficar ouvindo isso. - Dei as costas novamente para ele e fui até meu carro. Peguei as chaves e desativei o alarme para entrar o mais rápido possível, mas novamente Alfonso falou comigo em tom alto e provocativo, antes que eu conseguisse sair correndo.

- Nossa! Com quantos homens teve que fazer programas para conseguir comprar este carro? Ou você deixou seu marido tão submisso e apaixonado a ponto de te presentear com isto? - Ele deslizou a mão pelo capô do carro.

- Consegui com o meu estudo e meu trabalho, graças à Deus. - Sorri ironicamente, aquele homem era insuportavelmente irritante e... Lindo.

- Fiquei sabendo que comprou também um terreno e uma casa. - Claro que ele sabia, era o prefeito da cidade. Que sorte a minha! - Ficou rica, quem diria... Uma Portilla  com dinheiro.

- Pois é, eu e meu falecido marido abrimos um negócio juntos e subimos muito na vida. - Disse sorrindo com orgulho pelo meu sucesso. Isso não o deixou contente. - Eu vou construir uma filial da empresa aqui na cidade, no terreno que comprei. Não é uma notícia maravilhosa? - Minha vez de ser debochada.

- Duvido que isso aconteça. - Riu como se eu tivesse contado uma piada, me deixando confusa. - Qual o nome da sua empresa?

- Any&ssence. De cosméticos. - Respondi jogando minha bolsa para dentro do carro, não pretendia ficar mais tempo ouvindo besteiras.

- Por acaso, seu marido era Pedro Damián? - Perguntou desconfiado. - Eu conhecia ele, ouvia falar, ele também tinha uma empresa de cosméticos, mas o nome da empresa era outro.

- Era ele mesmo. Mas mudamos o nome da empresa. - Confirmei animada por saber que ele conhecia meu falecido marido. Era bom para esfregar em sua cara. Mas meu ânimo durou pouco.

- Ah sim! Agora entendi, você se casou com um homem bem mais velho para dar o golpe do baú. Assim que ele morresse, você ficaria com sua empresa e toda sua fortuna. - Falou me olhando com nojo e desprezo. - Você continua sendo uma típica vagabunda Portilla. Só que foi mais esperta que as outras.

Entrei no carro furiosa, batendo a porta com toda minha força. Antes de pisar no acelerador, ainda pude ouvir outro comentário:

- Saia desta cidade, vá embora logo! Ou faço você sair daqui obrigada e ainda torno sua vida um inferno! - Minha cabeça girou, quase desmaiei enquanto dirigia a toda velocidade. Seria que minha vida se complicaria de novo por causa de Alfonso Herrera? Não, ele não tinha como me tirar da cidade. Ele não era dono, apenas prefeito. Não vou deixar que isso me abale. Suas ameaças.

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Jhulya Grazioli: continuando ♥