Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

No dia seguinte, meu antigo mordomo, que trabalhava na casa em que eu morava com Pedro Damián, veio me trazer um rancho muito generoso do mercado de uma cidade próxima. Trouxe também remédios para todas as dores possíveis, caso eu precisasse - espero que não.

Fiquei extremamente agradecida e o contratei para fazer sempre este trabalho para mim. Ele concordou. Depois que foi embora, preparei meu almoço e sentei à mesa da cozinha para comer.

Entre uma garfada e outra, tive uma idéia que me animou. Vou até a biblioteca da cidade, pesquisar alguma coisa sobre o pai de Alfonso Herrera. Talvez naquela época em que fui embora, alguma notícia tenha aparecido nos jornais locais. Alguma pista de onde ele poderia estar, talvez. Não me interessava nada sobre ele, apenas queria saber de minha mãe. Talvez, até de minha irmã ou meu pai.

Lavei o prato e os talheres apressada, tomei um suco e fui para a biblioteca.

- Por favor, onde estão os jornais antigos desta cidade? - Perguntei para a bibliotecária. Ela me encarou desconfiada.

- Na estante dos fundos, à esquerda. - Ela indicou o caminho e sorri agradecida. Fui com pressa procurar os jornais, antes que Herrera  aparecesse para me complicar.

Não encontrei absolutamente nada. Nenhuma notícia sobre o desaparecimento de Carlos Herrera. Claro, Alfonso deve ter manipulado os jornais com uma quantia absurda em dinheiro para não comentarem o assunto, sobre seu pai ter fugido com minha mãe. Seria humilhante para ele e sua família.

Fui nos computadores disponíveis na biblioteca e me sentei à frente de um, pesquisei pelos nomes de Verônica Portilla e Belinda Portilla em um site de pesquisa. Depois de muito procurar e procurar, consegui números de telefone correspondentes aos seus nomes. Só precisava saber agora, se seriam elas mesmas que me atenderiam.

Ainda não havia criado coragem para falar com alguma delas, mas guardaria os números até que esse dia chegasse.

- Quanto devo? - Fui para o caixa e perguntei para a bibliotecária, uma senhora de idade com cabelos brancos e os olhos cansados.

- Nada, mas vá embora antes que o prefeito descubra que te deixei entrar. - Ela me alertou e eu fiz um gesto com a cabeça, agradecida.

- Até mais. - Saí logo da biblioteca. Como havia vindo a pé, tinha um bom caminho pela frente até chegar em casa.

Mas eu não chegaria lá tão breve quanto eu esperava, pois uma mão forte agarrou meu braço em uma rua vazia, me puxando para um beco escuro e sem saída.