Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

Separamos nossos lábios apenas o suficiente para recuperar o fôlego. Ele me olhou nos olhos, e não vi aquele monstro que ele mostrava ser habitualmente. Ele estava entregue a mim. E eu a ele.

- Droga, Anahi! - Ouvi-lo me chamando pelo primeiro nome me causou arrepios. - Você é a mulher mais perfeita e deliciosa que conheço. Logo você... A vida gosta mesmo de nos pregar peças. - Suas mãos ainda estavam me sustentando pelas nádegas. Senti seus dedos escaparem um pouco até tocarem o tecido fino de renda de minha calcinha branca. Sentir seus dedos me acariciando tão intimamente, me fizeram delirar. Gemi alto, mordendo seu lábio inferior e cravando minhas unhas em seus ombros. Essa era uma sensação nova para mim e estava morrendo de vontade de experimentá-la até o fim.

Mas quando ouvi o barulho do zíper de sua calça se abrindo, um flash de lembranças se passou pela minha mente, fazendo-me voltar atrás.

- Não! - Eu o empurrei, até que pude colocar os pés no chão e me afastar. Ajeitei meu vestido e o encarei com o rosto ruborizado. - Isso não pode acontecer.

- O quê? - Perguntou sem entender minha reação repentina. - Não vai me deixar assim... Não pode. - Abriu os braços para que eu visse perfeitamente o seu estado de excitação. Estava duro, seu membro parecia querer saltar para fora das calças. Desviei o olhar para outro lado.

- Não posso, Alfonso. - Dei de ombros, sentindo meus olhos ficarem quentes. Mas fiz de tudo para controlar as lágrimas. - Para você eu sou apenas a Portilla, um vadia que veio de uma família de vadias... E, eu não posso. Não posso entregar a minha... Minha virgindade para você, por causa de uma mera atração física entre nós. - Virei de costas para ir embora, mas uma gargalhada alta vindo de Herrera me fez parar estática aonde estava.

- Você? Virgem? - Senti ele se aproximando de mim pelas costas. Não me encostou em meu corpo, mas ficou muito próximo, o suficiente para falar em meu ouvido: - Não sou nenhum tipo de idiota. Primeiro, porque você não teve uma criação descente. Segundo, você foi casada. Quer que eu acredite que seu marido nunca te comeu? Isso já é demais.

- Não espero que você acredite, nem faço questão. - Falei amargurada, o pouco de esperanças que eu tinha de que ele fosse uma boa pessoa, sumiu. - Mas nunca fizemos amor. Por ele ser muitos anos mais velho que eu, sempre me respeitou. Foi melhor assim. Nosso amor não se baseava em corpo, apenas em sentimento. - Sorri ao lembrar de meu relacionamento com Pedro. - Até mais, Herrera.

- Você tem razão quando diz que é uma Portilla. Não acredito nessa besteira de ser virgem, você é uma puta. - Disse antes que eu fosse embora. Olhei para ele e confirmei a incerteza que tinha em sua voz. Ele não sabia no que acreditar. Mas não me importa mais, baixei a cabeça e segui o meu caminho.