Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

POV`s Bill Thompson (Advogado da Família Herrera) / ON

Faz pouco mais de cinco anos que Carlos Herrera desapareceu. Como todos dizem, fugiu com Verônica Portilla. HAHA! Homem esperto, aquela mulher era realmente muito gostosa e sabia fazer qualquer um delirar. Até eu já a levei para cama em tempos passados.

Apesar de Carlos Herrera ser, além de meu cliente, o meu melhor amigo, eu não fiquei triste com seu sumiço. Pelo contrário, eu gostei e muito. A mulher dele, Mariana, é linda demais e boa demais para aguentar um homem que estava sempre a traindo. E que nunca lhe dava atenção! 

Nem deixou UMA mísera carta de despedida e explicações para a mulher e para a família. 

Aproveitando que ele se foi, estive sempre presente para ajudar a família, e, principalmente, Mariana.

Ganhei a total confiança de todos os Herrera e agora estou transando com Clara Herrera. Tenho a idade do seu pai, mas isso não a impede de me dar aquela bucetinha novinha. Tudo isso, porque tem medo que eu abandone a família também, assim como Victor fez, então se sente obrigada a me agradar.

Falando nela, meu celular tocou e na tela acusava: Maite chamando...

- Sim, meu bem? - Meu tom de voz era calmo, não podia estar mais calmo. Estou satisfeito com minha vida.

- O Poncho está tendo um caso com a Portilla! - Ela nem me cumprimentou, apenas contou logo tudo que a deixava aflita. - Se a mamãe descobrir, nossa vida vai se tornar um inferno! Vamos todos sofrer, igual o que sofremos quando papai foi embora. Já que Poncho não está mais do nosso lado agora, precisamos dar um jeito de tirar a Herrera desta cidade, eu e você.

Sim, precisamos. A maldita Portilla nunca devia ter voltado, gostosa como sua mãe e perigosa também. É muito perigoso deixá-la livremente aqui na cidade, ainda mais junto com o Poncho. Vai querer se meter na vida dele e isso não é bom.

POV`s Bill Thompson (Advogado da Família Herrera) / OFF

Esses dias quando Poncho veio jantar aqui em casa, me perguntou por qual motivo eu havia retornado para esta cidade. Eu respondi que era para abrir uma filial de minha empresa, e mostrar para todos aqueles que me humilharam, a pessoa que eu tinha me tornado.

Mas não era apenas por isso. Eu precisava saber de minha família, onde estavam, o que aconteceu com eles. Porém, ninguém dali sabia me dizer. Perguntei para algumas pessoas, em especial para Maita e seu marido, William Levy, e nada. Não sabiam de n-a-d-a. Eles deixaram a cidade no mesmo dia que eu e nunca retornaram. Nem deram notícias.

É sexta-feira de tarde, Poncho está em uma reunião e cheio de trabalho para fazer, Zoraida disse que em nossa empresa está tudo em ordem e não precisa de minha ajuda, e o arquiteto só vai dar início às obras da filial aqui, na próxima semana.

Então, não tenho nada para fazer. Peguei minha bolsa e revirei toda a mesma em busca do papel onde tinha anotado os possíveis números de mamãe e Belinda. É hoje que vou ligar e descobrir este mistério, se os possíveis números são delas, e o que aconteceu com cada uma.

Peguei o celular, minha mão estava trêmula. Eu estava com medo de descobrir que alguma delas, ou até mesmo o papai, estavam doentes ou em condições ruins de vida. Apesar de todo mal que me causaram, eram a minha família.

E, de brinde, ainda descobriria qual o paradeiro do pai de Alfonso. Seria uma grande honra poder trazer paz para ele e sua família, dando pelo menos alguma notícia. 

Disquei o primeiro número, identificado como de uma mulher chamada Verônica Portilla Chamou duas vezes até que uma voz feminina madura atendeu:

- Alô? - Meu coração acelerou. Faz tanto tempo, mas ainda me lembro da voz de mamãe.

- Verônica Portilla? - Perguntei só para garantir, o ar estava faltando aos meus pulmões. Respirei fundo, tentando me manter calma.

- Sim, esse é o meu nome... Quem está falando? - Perguntou com a voz impaciente. Ah, mamãe... Sempre estressada.

- Você tem duas filhas, uma se chama Anahi e a outra, Belinda? - Perguntei, não querendo MESMO estar enganada.

- Sim, mas não tenho contato com elas... Aconteceu algo? - Perguntou com leve tom de preocupação. Mas não devo me iludir, mamãe nunca se preocupou. Senão, não teria nos abandonado e fugido com um homem.