Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

- Mãe, não me admira não ter conhecido minha voz... Quem está falando é Anahi, sua filha. - Falei deixando toda aquela insegurança de lado. A linha ficou silenciosa durante alguns segundos.

- Como conseguiu meu telefone? - Anos sem nos ver, e essa é a primeira coisa a me perguntar. Muito amoroso de sua parte.

- Não importa. - Respondi secamente. - Como a senhora está?

- Estou bem, mas diga logo o motivo pelo qual conseguiu meu telefone e me ligou. - Ela me apressou, sem se importar com meus sentimentos. Senti o coração doer, essa é a mulher que me deu a vida. Decepcionante.

- Você é minha mãe! E abandonou a mim e toda sua família, me deve ao menos uma explicação. - Falei com frieza, porque sofrer por alguém que não se importa? Vou direto ao ponto. - Por que fez isso? Fugiu com Carlos Herrera, pois ele podia te oferecer uma vida de muito dinheiro e muito luxo, diferente de nós? É isso? É motivo suficiente para abandonar suas duas filhas?

- O QUÊ?! - Ela gritou, pega de surpresa. - Eu não fugi com Carlos Herrera, da onde tirou isso? Anda bebendo, Anahi? - Deu uma risada confusa. - O Carlos ... Ele gostava de mim, gostava de transar comigo, porque dizia que sua esposa era gelada na cama... Mas não a ponto de fugir comigo. - Disse ainda dando risadas. - Quem te falou essa besteira?

- É o que todos pensam aqui na cidade onde nós morávamos. - Agora eu também estava confusa, muito, MUITO confusa. - Carlos Herrera sumiu no mesmo dia que você. E, tanto você, como ele, nunca mais deram notícias, nunca mais ligaram e nem sequer deixaram uma carta ao resto da família.

- Coincidência, apenas. Eu fugi, porque não aguentava mais a nossa vida miserável. Ter que aturar um bêbado porco igual ao seu pai, eu não merecia isso. - Falou com amargura.

- E eu e Bel, que culpa tínhamos? - Perguntei magoada.

- Nenhuma, mas iam atrapalhar em meus planos de ter uma nova e mais descente vida. - Respondeu simplesmente. Como ainda chamo um negócio desses de mãe?

- E o papai, nunca mais soube dele? - Perguntei, rude.

- Ele morreu de cirrose. Ele deu meu nome aos médicos do hospital em que estava, e não sei como encontraram meu número, aí ligaram para me avisar. - Notei o tom de nojo em sua voz. - Apenas disse para cremarem e jogarem as cinzas em qualquer canto.

- Você é desprezível. Ele merecia ao menos ter uma morte digna. - Despejei, chorando. - Mas, ao menos agora está descansando em paz longe de cobras como você.

- Era só isso? - Perguntou com indiferença. - Tenho uma nova família agora, um marido espetacular, um filho de dois anos e estou grávida de outra menina. Não me procure mais, Anahi.

- Adeus,Verônica. - Desliguei o telefone aos prantos. Amassei o número dela e joguei no lixo, para nunca mais recuperar.

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O nome do pai do Poncho será Carlos agora.

 A mãe  da Anahi é um monstro  gente .