Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

Na mesma tarde, também liguei para o número que encontrei como sendo o de Belinda, minha irmã. Foi ela que atendeu. Conversamos bastante. Descobri que estava casada há 3 anos e grávida de oito meses do seu primeiro filho. Seu marido não era rico, mas lhe oferecia condições boas. Estava feliz e isso é o que importa. Ficou feliz por mim também, depois que contei minha história. Não quis incomodá-la com meus recentes problemas, pois ela também sofreu muito. Trocamos telefones para contato e desligamos.

Agora preciso esclarecer alguns assuntos. Liguei para Alfonso e caiu na caixa postal, deixei um recado: Preciso conversar com você, é urgente. Assim que puder, venha aqui em casa. Beijos,Anahi.

Depois de tantas surpresas que tive hoje por telefone, fui para o jardim esvaziar um pouco a mente. Encontrei uma caixa de sapato no gramado, embalada e com um bilhete esrito em letras recortadas de revista: "Para Anahi Portilla".

- Que estranho... Quem será que mandou isso. - Peguei a caixa, curiosa e fui para dentro de casa. Fui até a cozinha e coloquei a caixa sobre a mesa. Abri a embalagem e dentro encontrei um envelope, também escrito com letras recortadas de revistas: "É isso que vai acontecer com você, se não deixar esta cidade o quanto antes!"

O quê? Quando eu abri a caixa, quase desmaiei com o susto. Dentro da caixa estava um gato degolado e um corte no corpo, as tripas caindo para fora. Vermes se movimentavam no meio da carne do animal.

- OH MEU DEUS! - Gritei desesperada, dando passos cambaleando para trás. Coloquei a mão na boca, mas não consegui resistir, vomitei pelo chão da cozinha. Desesperada, saí correndo para a sala.

Foi nesse momento que bati com tudo contra alguém e caí no chão, chorando com o tamanho de meu desespero.

- Anahi! O que houve? - Meu Deus, fiquei tão aliviada ao ouvir sua voz. Era Alfonso, entrou sem que eu percebesse, pois lhe presenteei com as cópias das chaves de casa. Ele agachou ao meu lado preocupado, me levantando do chão até que eu ficasse sentada, e me aninhando em seus braços musculosos. - Me responda! Por que estava correndo desesperada?

- Poncho! - Olhei-o com o rosto inundado pelas lágrimas. - Foi horrível... Você precisa ver. - Ainda em choque, escondi o rosto em seu ombro. - Está na cozinha.

- O que tem na cozinha, Anahi? Não estou entendendo, precisa me explicar melhor. - Ele levantou comigo junto, me apoiando para que eu não caísse novamente. - Por acaso... Tem alguém aqui? - Perguntou sussurrando, cauteloso.

- Não, graças à Deus não. - Respirei fundo, tentando me acalmar. - Vem, vou te mostrar. - O levei até a cozinha, mas não entrei. Fiquei na porta e apontei para a caixa. Só de lembrar o que tinha dentro, e o recado, comecei a chorar novamente.

- Se acalme, Any. - Beijou minha testa e foi até a caixa. Abriu a tampa com cuidado para espiar o que havia dentro.

- QUE DIABO É ISSO? - Gritou retirando a mão imediatamente, como se tivesse levado um choque. Deu passos para trás, arrasado com o que viu. - O gato está... Em pedaços. Quem te mandou isso? Meu Deus, pobre animal... Droga!

- Leia o bilhete. - Apontei para onde estava.

- E ainda por cima, veio com um bilhete? - Perguntou sem acreditar, pegando o papel em suas mãos. Desdobrou o mesmo e quando leu, seu rosto ganhou um semblante apavorado. Seus olhos se arregalaram e ele rapidamente me fitou, preocupado. - Estão te ameaçando de morte para sair da cidade.

- Sim, mas por quê? - Perguntei aos soluços. - Pensei que fosse só você que não me quisesse aqui, mas se não é mais você... Quem?

- Não sei. - Admitiu derrotado. - Minha irmã também não te quer aqui, mas ela jamais faria isso. - Ficou pensativo, talvez repensando na possibilidade de ser ela mesma quem fez isso. - Não, impossível... Vamos ir na polícia imediatamente denunciar esta ameaça. E denunciar também crime aos animais! - Disse olhando com dó para a caixa onde o gato se encontrava.

- Sim, vamos. - Me apressei para pegar alguns produtos de limpeza para limpar o vômito. Alfonso me ajudou. Não tocamos mais na caixa e no bilhete, pois certamente a polícia iria vir buscar como prova.