Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

Todos os meus assuntos pendentes estavam resolvidos. E os de Alfonso também. Estávamos livres para curtir um ao outro. Nos encontramos na praça do centro da cidade. Cheguei dando um beijo suave nos lábios do meu amado, que já me esperava. Ele pousou as mãos na minha cintura e sorriu.

- Estava ansioso para te ver, agora não vou te deixar mais sair de perto de mim.

- E nem quero sair. - Respondi me aninhando em seus braços, a cabeça deitada sobre o seu peito. Eu gostava de ouvir o seu coração bater mais forte quando estava comigo.

- Eu quero te falar uma coisa. - Ele disse de repente, sua voz estava insegura.

- Sim, fale... Você sabe que pode falar o que quiser comigo. - Eu me afastei para olhar nos seus olhos.

- É, que... - Ele deu uma pausa, envergonhado. - Anahi, quer casar comigo? - Ajoelhou-se no chão e pegou uma caixinha de veludo vermelho no bolso. Abriu-a e me ofereceu. Dentro tinha um maravilhoso anel de brilhantes.

Fiquei tão surpresa que não consegui falar nada.

- CASE COMIGO, ANAHI PORTILLA! - Gritou para todos que tivessem por perto ouvirem. E deu certo, porque as pessoas começaram a se reunir ao redor de nós, alegres e ansiosas.

- Mas e... Sua mãe... - Eu gaguejei, diante de tantos olhares curiosos.

- Maite mandou ela se ferrar! - Ele deu risada ao me contar. - Sugerimos que ela arrume um novo marido e vá morar em outra cidade. E Clara também vai se casar, vou me sentir tão só naquela casa enorme. - Poncho fez cara de cachorro sem dono e meu coração se apertou.

- Sim... Sim, eu me caso com você! - Eu respondi abrindo o sorriso mais alegre que já dei em minha vida.

Alfonso tirou o anel da caixa e colocou o meu dedo. Guardou a caixinha no bolso e me pegou pela cintura, me erguendo do chão. Ele me beijou e todos que acompanharam o nosso momento, aplaudiam e assobiavam.

- PODEM PARAR DE APLAUDIR! - Uma voz feminina e irritada silenciou a todos. - Acho que não vai acontecer casamento nenhum entre vocês dois. - Ela chegou perto de nós com o barulho dos saltos ecoando pelo chão de concreto. - Estou grávida de 2 meses, Alfonso Herrera, e o filho é seu. - Abriu um sorriso mal intencionado. - E não venha dizer que é mentira, pois sabe muito bem que antes dessa puta aparecer... Você procurava a mim quando queria gozar.

Parei de respirar. Me senti tonta de repente.

Aquela era Luma. Eu a conhecia desde quando era uma criança, sempre foi rica e bonita. E muito esnobe. E estava esperando um filho do meu noivo.

Alfonso estava assustado com aquela situação. Olhou de mim para Luma e de Luma para mim. Ao ver meu olhar magoado, ficou furioso com ela.

- Ah, por favor Luma! Você transava com mais metade da cidade além de mim. Esse filho não é meu! - Apontou o dedo para ela, a acusando. - Quando essa coisa aí nascer, vamos fazer o teste.

- Tudo bem... Mas não chame seu filho de coisa, querido. - Luma cruzou os braços e sorriu com ar superior. - Faremos o teste, então.

- Ótimo. - Poncho falou me abraçando de lado, pousando a mão em minhas costas. - Mas, que fique claro, filho hoje em dia não segura homem.

Me senti tão mal. De repente tudo estava dando certo, e agora... Isso. O caso deles é passado, ok. O filho pode não ser de Poncho, ok. Mas não posso fingir que isso não me afeta. Suspirei, olhando para o chão. Não vou me meter na conversa.

- Veremos. - Luma falou em tom de voz ameaçador. - Até mais, gentalha. - Acenou para as pessoas curiosas que observavam. Depois acenou para mim Poncho. - E tchauzinho ao futuro casal, ou NÃO.

Ela foi embora.

- Vamos. -Poncho pegou minha mão e me arrastou até o seu carro. Entramos em silêncio e ele deu a partida. Não conversamos durante o caminho. Ele estava abalado e eu também. Olhei para o anel em meu dedo. Não sei se devia ter aceitado me casar com ele. E se aquele filho realmente for dele? Eu não posso fazer uma criança crescer sem pai, apenas com o dinheiro que ele dá e nada mais. Sem amor, sem carinho. Eu sei como é triste ter uma família desestruturada.