Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

[ 2 Meses Depois... ]

Poncho desligou o telefone, vindo até mim com uma expressão desanimada no rosto.

- O que foi, meu amor? Quem era ao telefone? - Perguntei preocupada.

- Era do hospital. Luma ganhou bebê ontem, é um menino. Já posso ir fazer o exame de paternidade. - Suspirou. - Chegou a hora.

- Tudo bem. - Me aproximei e fiz carinho em seu braço, para o acalmar. - Vai lá e faça o exame, o que tiver de ser... Simplesmente será.

- Eu te amo. - Ele beijou a ponta do meu nariz. - Já volto, está bem? - Poncho pegou as chaves do carro, mas não tinha vontade de sair do lugar.

- Vou estar te esperando. - Não posso negar que nem eu mesma conseguia ficar tranquila. O resultado daquele exame podia mudar nossas vidas. Para sempre.

Assim que Poncho partiu para o hospital, subi as escadas e fui até nosso quarto. Sentei-me na cama e abri a bolsa, pegando uma caixinha que continha um teste de gravidez de farmácia.

- Droga! - Resmunguei sozinha. Não devia ter sido tão irresponsável para deixar isso acontecer. Ainda mais quando sabia que outra criança, provavelmente filho de Alfonso também, estava vindo ao mundo. Espero que meus enjôos e outros sintomas sejam de alguma doença. Gravidez não, por favor. Ainda não.

Fui até o banheiro e sentei no vaso. Fiz xixi em cima do palitinho e depois, deixei sobre a pia, durante os cinco minutos que precisava esperar até o resultado aparecer.

- Por favor, por favor, por favor... Não posso estar grávida! - Fechei os olhos pedindo em silêncio para Deus me ajudar.

Deu, já posso olhar. Me aproximei para ver o resultado: Dois risquinhos.

POV`s Alfonso Herrera  / ON

Eu tive que aguardar mais ou menos uma hora na sala de espera do hospital, até o resultado do exame ficar pronto. Ser prefeito tinha suas vantagens, caso contrário, eu só saberia o resultado daqui três ou quatro dias.

- Sr. Herrera? - Perguntou o Doutor Aaron Diaz ao se aproximar com uma prancheta em mãos.

- Sim? - Levantei visivelmente nervoso, olhando para o lado para conferir se estávamos a sós. - Já está com o resultado, Dr. Diaz?

- Estou. - Sorriu enquanto lia algumas informações naquele monte de papéis. - Não sei se você ficará feliz ou não com isto, mas lembre-se, uma criança em nossas vidas é um presente de Deus. Parabéns, prefeito Alfonso, o senhor é sim o pai do filho de Luma!

O Dr. Diaz sorria orgulhoso. Mas minha expressão era de espanto e sofrimento. Não podia ser verdade! Eu não me lembro de ter esquecido a camisinha nem uma vez ao transar com Luma. Como? Como isto foi acontecer? Meu Deus! Anahi... Anahi vai me deixar. Meu mundo vai se transformar em um inferno.

- Se não se importa, passe no quarto de Luma, ela quer falar com você. Ela está muito contente com o resultado! - Ele me deu um tapinha nas costas, com orgulho, e se retirou da sala de espera.

Fiquei com vontade de enforcá-lo! Porque estava me parabenizando por algo que iria estragar a minha vida? Maldito ignorante. E Maldita vadia! Com passos duros, fui até o quarto onde aquela vagabunda estava internada pós parto.

- Poncho! Oh, estou tão feliz em te ver. - Seu sorriso falso me deu nojo. - Somos pais! Isso não é a coisa mais perfeita que podia acontecer?

- Cale a boca, pira/nha! - Falei olhando-a com desprezo. - Como foi que fez isso? Transou com metade da cidade para falsificarem o exame? Esse filho não pode ser meu, sempre tomei muito cuidado quando fo/dia com você.

- Como você é ingênuo. - Deu sua risada de cobra, agora sim estava sendo ela mesma. - Eu furei a camisinha uma vez, você nem percebeu... Não podia perder a oportunidade, minha família está falindo e eu precisava achar um jeito de continuar sendo rica. Engravidar de você foi a melhor idéia que tive.

- Desgraçada. - Falei entre dentes, controlando minha vontade de arrebentar a sua cara com um único soco. - Mas isso não vai ficar assim, não pretendo me casar com você. Sustento você e esse maldito bebê, mas quero ficar com Anahi.

- Duvido que ela vá aceitar. - Riu. - E, aliás, não quero que meu filho veja o pai dele com outra mulher. - Deu de ombros, simplesmente. - Ou vai casar comigo ou com mais ninguém.

- Isso nós vamos ver! - Dei as costas e fui até a porta, quando girei a maçaneta, Luma soltou mais uma das suas:

- E o nome? Que tal Carlos, em homenagem ao vovô falecido?

- Vai se ferrar! - Saí do hospital furioso. Quem estava em minha frente, se abria para dar passagem. Com certeza, eu estava parecendo a reencarnação do diabo. Vou para casa imediatamente conversar com a mulher que eu amo, não importa se o filho é meu, criarei e darei dinheiro, mas preciso casar com Anahi.

É com ela que quero uma família.

POV`s Alfonso Herrera/ OFF