Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

POV`s Alfonso Herrera / ON

É um dia lindo e ensolarado de sábado. Será que Anahi estaria em casa, ou aproveitando o dia com seu... Não, prefiro não pensar nessa possibilidade.

Não conhecia muito bem a Cidade do México, mas fui seguindo o caminho que meu GPS indicava. Estava rezando para que o endereço que os detetives conseguiram me levassem até a Anahi que eu procurava. Se não for, minha decepção vai ser muito grande. Eu teria que começar a busca toda outra vez. E com chances cada vez menores de bons resultados.

Estacionei na frente de uma casa amarela, estava tudo fechado e as plantas do jardim estavam secas e mortas. A grama sem cortar. Devia estar desabitada faz tempo. A tristeza ia me invadindo, quanto olhei para a casa vizinha e vi uma mulher com os cabelos vermelhos.

Não.

Não era QUALQUER mulher de cabelos vermelhos. Oh, Deus!

- Anahi! - Sim, era a Anahi. Com uma regata branca e seus cachos vermelhos caindo em ondas perfeitas sobre os seus ombros. Linda, e... Deus, deliciosa como sempre. Usando um short espetacular.

Eu tinha conseguido! Sim, eu encontrei Anahi e finalmente, vou até ela e contar toda verdade... E tentar fazer com que ela volte pra mim... A minha Anahi. Aquela que eu nunca deveria ter deixado partir.

Saindo do carro, parei imediatamente ao ver que ela não estava sozinha no jardim de sua casa. Ela estava com uma criança. Uma menina. Será que... Era sua filha? Não pode ser. Ela tinha uma família agora? Fui caminhando até o portão sem Anahi me perceber, e parei para observar aquela menina. Eu precisava saber. Eu precisava perguntar.

POV`s Alfonso / OFF

Era sábado. Paul não me ligou, sua noite no "trabalho" deve ter sido realmente muito longa. Sorri amargurada, ao pensar que neste momento ele devia estar adormecido na cama de uma de suas secretárias loiras, magras e de pernas longas e bronzeadas.

Pouco me importa, vou aproveitar o dia bonito com Sophie.

Estávamos no jardim e eu a observava brincando animada no gramado, correndo atrás das borboletas e rolando pelo chão. Nada mais lindo do que ver como uma criança fica feliz com simplicidade.

- Mamãe, manhêêê! - Correu até mim com uma florzinha nas mãos, uma que arrancou de perto da árvore. - Olha o que eu trouxe pra você! Pra melhor mamãe do meu mundo!

- Que linda, meu amor! - Eu sorri encantada, pegando a florzinha. - Obrigada, eu amei. - Pisquei para ela, que ficou satisfeita e voltou a saltitar pelo jardim.

- Anahi! - Uma voz grave e rouca chamou pelo meu nome. Uma voz que eu conhecia muito bem. Sim! A única voz que fazia meu coração bater mais forte, a única voz que ao fazer amor comigo, me fazia gemer quando sussurrava em meu ouvido.

Vire rapidamente de onde vinha aquela voz... Minha boca ficou entreaberta em forma de "O".

Sim! Era ele, era exatamente quem eu imaginva que fosse. Alfonso Herrera. O amor da minha vida, a metade que me completava. Ele estava lá, escorado nas grades, segurando os ferros como se pudesse abrir apenas com sua força. Olhava para mim com o olhar apreensivo, querendo saltar e vir ao meu encontro.

- Alfonso? - Perguntei piscando meus olhos várias verzes, querendo que não fosse um sonho. E não era um sonho! - Oh meu Deus, Alfonso!

Corri até ele e coloquei minhas mãos por cima das suas nas grades. Minha respiração estava ofegante e eu não sabia o que falar, simplesmente, eu estava feliz por ele estar ali. Mas o que ele estava fazendo ali? Será que... Não! Não pode ser. Ele não teria viajado tanto para vir atrás de mim, muito menos depois de tanto tempo. Depois de tê-lo abandonado injustamente, com uma filha sua no ventre.

- Por favor, entre... - Fui até o portãozinho e abri com as chaves que estavam em meu bolso. Dei passagem e ele entrou, me observando da cabeça aos pés, como se eu fosse ali em sua frente, a primeira maravilha do mundo.

- Meu Deus, você continua perfeita, Anahi. - Fechei o portão atrás dele e o surpreendi com um abraço. Joguei meus braços ao redor do seu pescoço e apertei meu corpo contra o dele. Comecei a chorar com desespero, segurando-o pela nuca e enfiando meus dedos no meio de seus cabelos.

- Alfonso, eu pensei que nunca mais o veria. - Sussurrei, a ponto de desmaiar, pois não conseguia nem levar o oxigênio suficiente ao meu cérebro.

- Eu estou aqui, Anahi. - Ele beijou meus cabelos, me abraçou forte pela cintura. Me apertava mais e mais, para sentir que eu estava ali, ao seu lado novamente, o corpo colado ao seu.

- Maaanhêêêê? - Sophie perguntou em tom choroso e com o olhar confuso, aparecendo ao nosso lado com seus passinhos desconfiados. - Quem é esse? E puquê você tá chorando? Esse tio tá te machucando? Não faz minha manhê chorar! - Fez biquinho de brava e deu um tapa na perna de Alfonso. Eu olhei dele para ela e dei risada. Pai e filha se vendo pela primeira vez, meu Deus... Meu coração se encheu de alegria e esperança de uma forma que eu mal podia aguentar. Alfonso também abriu um sorriso ao encarar aquela pequena e linda criaturazinha. Mesmo sem saber da verdade.