Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

- Eu não tinha como adivinhar que Luma falsificou o exame de paternidade. - Disse em minha desefa, mesmo que não fosse de grande ajuda. - Eu estou arrependida, Poncho. É só isso que preciso te falar, nada mais. Também sempre quis uma família com você, sempre sonhei acordada com eu, você e Sophie juntos e felizes. Não duvide disso.

- Não tinha nada para nos impedir de realizar nosso sonho. Se não tivesse feito tudo isso... - Eu o interrompi.

- Eu não sabia, fiz tudo o que fiz por medo. - Levantei do sofá e encarei ele, triste. - Vou entender se tentar tirar Sophie de mim, mas não pense que eu vou desistir dela. - Segurei um pouco a respiração tentando controlar os soluços. As lágrimas já estavam controladas. - Quero que ela saiba que você é o pai dela, claro. Mas não vou aceitar que tire ela de mim. Podemos fazer um acordo para ela ficar com você de tempos em tempos.

Alfonso colocou as duas mãos sobre o rosto e esfregou, tentando aliviar a tensão presente em seu semblante. Levantou e ficou em minha frente. Negou com a cabeça ao me analisar cautelosamente.

- Eu jamais tiraria Sophie de você. Estou pu/to da cara com você, Anahi! - Sorriu, olhando para o lado, sem encarar meus olhos. - Mas eu sei que tudo o que você fez, foi para tentar deixar todos felizes. Só que esqueceu da sua própria felicidade. E da minha também, porque a minha felicidade sempre foi estar ao seu lado.

- O que vamos fazer, então? - Estava aliviada com suas palavras, mas nossa situação ainda estava complicada. Principalmente, a minha.

- Ainda tem o anel de noivado que te dei? - Perguntou em tom despreocupado, como se fosse uma pergunta qualquer, sem importância. Fiquei confusa, mas respondi.

- É claro.

- Eu ainda te amo, você me ama? Porque eu ainda quero casar com você, se você quiser. - Meu coração parou de bater. Era uma brincadeira, não era? Alfonso me encarou com um olhar, hum, de criança sapeca? - Quero ser o melhor pai do mundo para Sophie, ela é minha filha, afinal! E quero me casar com a mãe dela, a mulher pela qual eu me apaixonei e aquela que preciso para viver.

Eu parei para pensar, mesmo sem saber se realmente era tudo uma piada de mal gosto ou não. Meu coração queria saltar para fora do peito. Eu fiz tanta coisa de errado e ele, simplesmente, me perdoou e quer casar comigo? Viver comigo e com Sophie? Depois de todo esse tempo? No nosso primeiro reencontro?

- Sim. - Foi com uma velocidade inimaginável que ele me tomou nos braços e me beijou.

Sabe o que eu aprendi com tudo isso? Que o amor pode perdoar até o mais grave dos pecados. Desde que seja verdadeiro e eterno. O amor viaja pelo tempo e permanece o mesmo. Alfonso é o homem da minha vida e sempre foi. Não preciso de mais provas. Não precisamos de absolutamente nada, se temos um ao outro.

Suas mãos pousaram em meu rosto, me puxando cada vez mais para si. Saudade definia aquele beijo, seus lábios quentes e precisos apertados contra os meus. Nossas respirações ofegantes só demonstravam o quanto esperávamos para que isso se tornasse real novamente.

E era real. Muito real.

Minhas mãos espalmadas passearam sobre os músculos de suas costas. Alcancei a barra da sua camisa e fui empurrando para cima, tocando sua pele em chamas demoradamente.

- Isso é sexo! - Sophie apareceu de repente, a carinha amassada de sono e toda descabelada.

Eu e Alfonso nos afastamos imediatamente, assustados. Ele me olhou como se perguntasse: Peraí! O que foi que essa pestinha de 4 anos disse? O pior é que também estou chocada.

- O que você disse, meu anjo? - Perguntei trocando olhares curiosos com Poncho. - Quem te ensinou isso?

- O tio Paul ué. - Sophie balançou os ombros, inocentemente. - Eu não gosto dele! Mas ele me dissi que um homem e uma mulher grandes que nem vocês dois fazem sexo.

- E você sabe o que é sexo? - Perguntou Poncho  com uma sobrancelha erguida, um sorriso desconfiado.

- Não, só sei que é pra gente grande. E eu não posso fazer. - Ela foi saltitante até o sofá perto da gente e se jogou.

- Isso mesmo, continue pensando assim até os seus trinta anos de idade. - Poncho disse e eu caí na risada, sentando ao lado de Soph.

- Nunca mais fale isso, ok filha? É muito feio essa palavra para uma princesinha que nem você. - Ela fez que sim com a cabeça. Então, olhei para Poncho. - E nós dois, bem... Acho que precisamos conversar sobre o Paul.

Ele fez cara feia e eu ergui as palmas das mãos em sinal de rendimento. Enquanto Sophie riscava o corpo de suas bonecas e arrancava as cabeças fora, eu contei tudo sobre Paul.