Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

Alfonso Herrera, assim como minha irmã, também tinha 19 anos de idade. Mas parecia ter mais, pois seu tamanho era exageradamente grande comparado ao meu.

Olhei para o meu braço, a força com que ele me segurava estava me machucando.

- Parece um cãozinho amedrontado, calma. Não vou te machucar. - Me soltou, cruzando os braços sobre o peitoral musculoso. Me analisou da cabeça aos pés. - Não se parece em nada com as vadias de sua família.

Não falei nada, me mantive em silêncio apenas escutando. E aproveitei para desfrutar de sua beleza, eram raros os momentos que eu o via. Ainda mais, tão de perto!

- Poderia até se tornar alguém na vida. - Pensou por um momento e depois deu risada. - Não, acho que isso é impossível. Quem vem do lixo, morre no lixo. - Aquelas palavras me magoaram profundamente. Um dia vou ser alguém melhor, eu vou sim.

- Você não tem o direito de falar isso. - Eu arrisquei, mas a voz saiu muito baixa. Inferior.

- Claro que tenho, Portilla. - Seus olhos me analisaram novamente e pararam exatamente na direção de meus seios. Eu estava com uma regata branca e rapidamente me arrependi de ter feito esta escolha. - Será que vai ter os seios fartos iguais aos de sua mãe? Tem belos mamilos. - Sorriu com safadeza, cruzei os braços escondendo meu corpo. Acho que preciso começar a usar sutiã. - Quando começarem a crescer, seus seios e suas curvas, tenho certeza que vai se tornar uma puta também.

Não aguentava mais ouvir seus insultos. Baixei a cabeça e virei de costas para ir embora. Dessa vez, ele me deixou ir. Falou alto enquanto eu me afastava em passos lentos:

- Até mais, Anahi. - Senti um frio na barriga. Estava alegre por ele saber meu primeiro nome. Abri um breve sorriso e continuei caminhando, sem mostrar minhas emoções.

Quando cheguei em casa, todos já estavam lá e esperavam por mim. Fiz comida, tive que lavar algumas roupas e arrumar os quartos. Depois de deixar tudo em ordem, sentei ao lado de meu cachorro velho e amigo, Buddy.

- Buddy, quando eu completar a maioridade, vamos ir embora desta casa. - Prometi, fazendo carinho em sua cabeça. Seu olhar cansado era agradecido por receber carícias. - Vamos sair desta cidade, vou arranjar um emprego descente e vamos ter a vida que merecemos.

Quando a noite chegou, vi que minha mãe saiu escondida. Estava vestida para matar. Bel entrou em um carro com dois ou três garotos dentro e provavelmente foi para alguma festa particular com eles. Meu pai saiu para beber. Fiquei sozinha e finalmente consegui descansar.

Deitei em meu colchão velho no chão que ficava na garagem e fechei os olhos. Adormeci.