Fanfic: Meu mundo vazio-AyA (Adaptada) | Tema: Ponny

Maite era o tipo de garota ideal para Alfonso Herrera. Morena dona de um bronzeado sensacional, rica e linda. O corpo magro e esbelto parecia o de uma modelo. Senti uma pequena pontada de inveja. Talvez eu quisesse estar no lugar dela, sendo possuída por ele.

Não! Jamais serei como Verônica e Bel!, pensei comigo mesma. Não posso sentir desejo de me entregar para qualquer dono de um corpo escultural que apareça em minha frente. Vou continuar virgem até me casar com o primeiro e único homem que me ame pelo resto de sua vida. Uma sensação deliciosa percorreu por minha virilha ao imaginar Poncho sendo esse homem, fiquei irritada com meus pensamentos de imediato e decidi que precisava ir embora.

Não posso e não quero agir como uma puta Portilla.

Enquanto se movimentava atrás de Maite, Alfonso pareceu sentir a presença de mais alguém. Virou a cabeça para o lado e acredito que tenha me visto, enquanto eu descia apressada do vaso de flores para ir embora. Saí correndo como uma flecha e, antes que pudesse ser pega, já estava enfiada no meio do mato.

Quando cheguei em casa já estava começando a escurecer. Entrei pé por pé, desejando que ninguém me ouvisse entrar. Mas meu pai e Bel estavam na sala sentados, de nada adiantou tanta cautela.

- Cadê a sua mãe, Anahi? - Resmungou papai, como se a culpa por ela não ter retornado ainda, fosse toda minha.

- Não sei. - Respondi com sinceridade, sentando ao lado de Bel. - Pensei que a essas horas ela já estaria em casa.

- Mas não chegou. - Suspirou Bel, enquanto trocava a cor das unhas e pintada num tom de rosa choque. - E nem sequer deu notícias nos avisando que ia ficar fora.

- Deve estar dando por dinheiro para aquele maldito prefeito! - Meu pai deu um longo gole em sua nova garrafa de cachaça barata. - Maldita vagabunda! Não sei por que ainda insiste em morar aqui, aquela sem vergonha.

- Também não sei como ela ainda te atura. - Bel respondeu e papai na mesma hora levantou-se e deu um tapa em seu rosto, com as costas da mão.

- Cale-se também! Você é uma p i r a n h a igual Verônica. - Ele se retirou e foi para o quarto, tropicando em seus próprios pés. Era insuportável morar naquele ambiente, a depressão parecia me sufocar.

- Quer comer algo? - Perguntei para Bel, que estava com a mão no rosto onde apanhou e uma expressão rancorosa no olhar.

- Não, vou dormir para não ter que ficar ouvindo os soluços desse velho bêbado. - Foi para garagem, onde dormimos. Fiquei sozinha ali e observei Buddy que ainda dormia. Só o que fazia ultimamente era dormir. E era isso que eu ia fazer também. Dormir até que a mamãe voltasse.

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Jhulya Grazioli: Continuando ♥