Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Aposta Destinados

Fanfic: Destinados | Tema: Romance, Sexo, Drama


Capítulo: Capítulo 1 - Aposta

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Aquela noite estava maravilhosa. Fomos todas - eu, minha melhor amiga Jéssica e nossa colega de apartamento, Vanessa - para a balada celebrar o aniversário de 18 anos da prima da Jess, a Paula. Primeira vez legalmente numa boate e podendo beber, a garota estava nas nuvens, pulava e dançava como ninguém, além de já ter beijado tantas bocas que eu perdera a conta.


Como ela ainda não tinha carteira e morava numa cidade pequena demais para que pudesse aproveitar a data sem julgamentos, o irmão de Jess, Alessandro, trouxe-a para cá, onde poderia se divertir com tranquilidade os pequenos prazeres da vida, como encher a cara até dar PT.


Quase três da manhã, depois de muita dança e bebida, eu pedi arrego. Cansada por ter trabalhado e estudado a semana toda, eu precisava dormir mais do que qualquer coisa. Minhas amigas tentaram me fazer ficar, mas eu estava sinceramente exausta e disse que iria deixar a cama da Paula pronta para quando ela voltasse da balada, que pudesse dormir em paz. Quando terminava de me despedir, vi que Alessandro fazia o mesmo. Seus cabelos pretos num topete arrepiado e seus olhos azuis eram apenas parte do pacote que ele se encontrava. O maxilar quadrado, os lábios finos, a barba por fazer, o porte atlético, tudo nele me encantava desde meus pobres 14 anos, quando o conheci na casa da mãe da Jess. Vi-o se desculpar e dizer que estava muito cansado, que ia aproveitar que eu ia embora pra dividir um táxi.


Com um aceno, nós saímos do local e pegamos um dos carros amarelos que esperavam os costumeiros clientes bêbados da madrugada logo em frente à boate. Ele assumiu com uma voz rouca próximo a meu ouvido que nem estava tão cansado, mas que detestava baladas e queria ir pra casa.


Sentindo o sono esvair, sugeri que comprássemos umas cervejas para bebermos na sacada do nosso apartamento enquanto elas não voltassem e, com um meio sorriso encantador, Alê concordou.


Agora, quase uma hora depois, estávamos os dois, sentados cada um em uma ponta de um sofá de três lugares, meus pés descalços sobre seu colo. A luz fraca provinha do abajur ligado na mesa ao lado dele, o que me deixava ver suas covinhas quando ele ria. A conversa fluía com facilidade, mesmo inebriados. Ele me encarava como se eu fosse a garota mais bonita daquela cidade, seu meio sorriso provocante me fazia segurar suspiros.


-E o ex-namorado, não conversa mais com ele? - perguntou enquanto bebida de uma latinha de cerveja vermelha e, com a mão livre, acariciava meus pés.


-Não, ele é um grande babaca, melhor manter distância - respondi com um suspiro enquanto balançava a cabeça.


-Aposto que já deve estar no lema da Jess já - ele riu e eu corei, envergonhada, pois sabia o que tanto falava minha amiga - não tá dando, tá distribuindo, correto?


-Não, eu... - comecei, mas mordi o lábio para me calar - não - encarei seus olhos azuis com uma cara de paisagem.


-Não o que? - Alê perguntou com um sorriso misterioso - pode contar, eu não vou fazer nenhuma piada com você, nem vou contar pra ninguém.


-Eu…


-Pode confiar em mim, besta - o moreno bebericou de sua lata, sem tirar os olhos de mim, enquanto apertava meu pé..


-Eu tenho dificuldades, e sei que é difícil achar alguém com paciência em sexo casual, então por enquanto, estou sozinha.


-Dificuldades?  - Alê me encarou, claramente confuso.


-É, eu… eu não consigo gozar - admiti, o rosto vermelho de vergonha - meu ex tinha paciência comigo, mas agora sozinha…


-Você não consegue gozar com penetração? - ele perguntou e eu a apenas assenti com a cabeça - e com oral?


-Também não - dei ombros e bebi mais da cerveja.


-Seu ex te dava um oral de qualidade? Daqueles assim que você chega a gritar de tão bom? - com uma genuina curiosidade no olhar, Alê perguntou.


-Ele… não gostava muito.


-Seu ex não gosta de chupar buceta? - como se eu tivesse dito uma besteira enorme, ele riu.


-Não… qual o problema? - eu perguntei, e coloquei uma das mechas de meu cabelo atrás da orelha - existe uma boa parcela da comunidade masculina que não curte fazer oral em mulher.


-Claro, claro - ele deu ombros e bebeu de sua cerveja - a parcela que gosta de pinto - quando eu comecei a rir, o moreno passou os dedos pelos cabelos e continuou - é sério, eu não acredito que existam homens hetero por aí que não gostem de buceta.


-Pois existem - eu respondi, sentindo-o acariciar meu pé - por isso eu nunca consegui nada com ele.


-Peraí, seu ex nunca te fez gozar? - o moreno se endireitou no sofá e fitou-me incrédulo. Envergonhada, eu apenas balancei a cabeça negativamente.


-Nunca - suspirei, entristecida.


-Eu duvido que você tenha algum problema - observei-o beber mais cerveja e rir baixinho - tenho certeza que ele só era ruim de cama.


-É verdade - murmurei - ele é um bosta, mas nisso ele tá certo.


-Eu não consigo acreditar - Alê ergueu as sobrancelhas por detrás da lata..


-Desculpe te decepcionar - dei ombros e terminei minha cerveja, colocando-a na mesinha de centro.


-Eu quero fazer uma aposta contigo - ele baixou a latinha e encarou meus olhos castanhos - eu aposto que eu consigo te fazer gozar, aqui, agora - arregalei os olhos, surpresa. Por um instante, as palavras morreram em minha garganta e eu apenas fiquei ali, boquiaberta.


-Você tá louco? - eu, ainda envergonhada, consegui juntar as palavras para respondê-lo - não é o tipo de coisa que se fale.


-Considere como um trabalho voluntário, sem sexo, sem nada, só minha boca e sua buceta - o moreno murmurou, o semblante sério me fez balançar a cabeça negativamente - só pra te mostrar o que é um oral de verdade.


-Não, esquece isso - ri de seu pedido de bêbado. Não estava tão alta a ponto de deixá-lo fazer isso, afinal, ele ainda é o irmão da minha melhor amiga.


-Tô falando sério - o moreno me encarou, abaixando a lata e a apoiando no sofá enquanto dizia.


-Supondo que eu dissesse sim, o que você ganha com isso? - ele abriu um sorriso encantador e eu quase me derreti - não disse que eu concordava, só quero saber o que você ganha com isso.


-Eu provo que seu ex era um trouxa muito maior do que você imaginava, pra mim tá ótimo - Alê apoiou-se no sofá, sem parar de me encarar.


-Não é assim que uma aposta funciona - murmurei - se você conseguir,  o que quer?


-O direito de me gabar, só - um meio sorriso cruzou seu semblante.


-Não vale, você tem que escolher alguma coisa.


-Tá bom - ele coçou o queixo, pensativo - depois que você gozar, porque obviamente eu vou conseguir, você me paga um boquete - com uma piscadela, o jovem me encarou, confiante.


-E se você não conseguir?


-Eu te conto um segredo bem vergonhoso meu e você tem o direito de espalhar por ai, topa? - eu o encarei, cogitando a possibilidade - uma dica, envolve eu, uma super modelo muito gostosa, e cocô - gargalhando, eu o encarei - é uma história sensacional.


Alê estendeu sua mão em minha direção e seu olhar se firmou no meu. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo de verdade. Num gesto impensado, eu apertei a mão dele. No pior dos casos, colocaria a culpa na bebida.


Com um sorriso no rosto, ele bebeu um grande gole de sua lata de cerveja e a colocou sobre a mesa de centro, onde várias já se acumulavam. Alê então apoiou suas mãos em meu quadril e, delicadamente, me puxou alguns centímetros para baixo, deixando-me quase deitada no sofá. As minhas pernas mantinham-se fechadas, talvez pelo nervosismo, e minha saia estava levemente erguida. Em silêncio, suas mãos subiram por minhas coxas até minha calcinha, e pausou como se pedisse minha permissão, eu apenas concordei com a cabeça. Alê a puxou para baixo com habilidade, colocando-a ao meu lado sobre o sofá enquanto dava um último gole na cerveja.


Envergonhada, eu fechei os olhos quando ele se abaixou e separou minhas pernas com suas mãos fortes cuidadosas, acariciando minhas coxas, e eu pude sentir sua respiração se aproximar da minha vulva.


Um arrepio me tomou quando seus lábios gelados pela cerveja tocaram meu sexo e um pequeno gemido escapou por meus lábios. Ele afastou o rosto e me encarou por alguns segundos, antes de beijar minhas coxas e lamber minha virilha, provocando-me somente com sua boca, como havia prometido.


Então, sua língua passou por meus grandes lábios lentamente, quase num carinho, então ela subiu até meu clitóris, e foi quando eu gemi alto. Ele mexia a ponta de sua língua com habilidade, arrancando cada vez mais gemidos de mim. No entanto, conforme o tempo passava, eu me sentia consciente de minha demora e meus gemidos pararam.


-Não precisa continuar, vai cansar sua mandíbula - murmurei com um sorriso tristonho. O jovem então se ergueu, fitando-me com seriedade e se aproximou de meu ouvido.


-Eu tenho a noite inteira pra te chupar -a voz rouca causou-me um arrepio na espinha - não se preocupe comigo, só contigo - ele mordiscou o lóbulo de minha orelha e eu gemi baixinho, então vi o moreno se abaixar em minha frente e lamber a parte interna de minha coxa.


Por um instante, eu deixei-o continuar, pois conforme minhas experiências anteriores me diziam, ele não conseguiria. Fechei os olhos e apoiei meus cotovelos no sofá, relaxando.


-Vou contar seu segredo pra todo mundo - eu ri baixinho, no entanto não obtive resposta dele.


Alguns minutos depois, meu próprio gemido me surpreendeu. Uma onda de prazer me atingira, no entanto rapidamente fora embora. Logo depois, conforme o garoto continuava a circular meu clitóris, mais uma me atingiu, tão breve quanto a primeira, mas que me fez gemer ainda mais alto.


Então minha respiração ficou ofegante e curvei as costas quando uma terceira onda me atingiu, acumulando-se com mais uma. Ele focou-se em meu clitóris, a língua habilidosa acariciava-o com vontade. Gemi alto quando o orgasmo me atingiu com força, fazendo minhas pernas tremerem e meus braços perderem a força.


Alê se levantou e me viu, ofegante, deitada no sofá. O sorriso voltou ao seus lábios quando ele ergueu as sobrancelhas e me ofereceu a mão, que eu aceitei, e me puxou para cima.


Num instante, seu braço envolveu minha cintura e ele me prendeu contra seu corpo, seus lábios úmidos se aproximarem de meu ouvido esquerdo enquanto uma das mãos apertava minha coxa.


-Sua bucetinha é uma delícia - ainda ofegante, eu corei - não sei como seu ex conseguia tirar a cara dela.


Seus olhos fitaram os meus e, antes que eu me desse por mim, ele me beijara. A língua invadiu minha boca e se envolveu com a minha, enquanto me apertava conta seu corpo. Eu envolvi meus braços em seu pescoço e pude sentir ele roçar o volume em seus jeans contra minha vulva e, como nunca antes, eu quis fazer sexo com ele.


Ele interrompeu o beijo para descer numa trilha deles até meu pescoço, roçando os dentes e fazendo meu corpo se arrepiar, enquanto com delicadeza me apoiava sobre o sofá novamente. Eu gemi quando seus dedos roçaram pelos lábios de minha vagina e, explorando-a, ele penetrou um deles com cuidado.


-Está encharcada - ele me encarou com um meio sorriso - seu ex te deixava assim? - eu neguei com a cabeça, sentindo uma onda de prazer cruzar meu corpo. Em dois anos de namoro o babaca não conseguira nem metade do que Alê conseguira nos últimos quinze minutos - geme pra mim, geme - e, num movimento rápido, ele penetrou outro dedo em mim, enquanto o polegar estimulava meu clitóris.


-Ah - eu gemi alto - Alê, m-


No entanto, como um balde de água fria, a chave girou na fechadura e a porta se abriu. O moreno se separou de mim no mesmo instante, deixando-me deitada sobre o sofá da sala enquanto ele se dirigia à cozinha.


-Mana, vocês voltaram cedo - escutei-o dizer e, no mesmo instante, coloquei a calcinha e abaixei minha saia, tentando parecer o mais normal possível.


-Paula já ia dar vexame - minha amiga riu, seus olhos azuis eram iguais aos do irmão, no entanto seus cabelos negros caíam numa cachoeira de cachos por suas costas, o vestido tubinho preto que usava marcava bem suas curvas - achei que iam estar dormindo já - ela me encarou, de soslaio - a Júlia cuidou bem de você?


-Estávamos bebendo e jogando conversa fora, nada demais - dei um gole na cerveja que Alê deixara na mesa de centro - aceita?


-Não não, já bebi demais - Vanessa sumira para dentro com a prima de Jess, que aparentava estar bem bêbada - vou deitar, vai também? - ela encarou o irmão, que apenas concordou com a cabeça e, antes de desaparecer pela porta, ele virou-se com um meio sorriso e deu uma piscadela.


-Boa noite, Ju.


 


~O~


No dia seguinte, Paula me acordou com uma leve sacudida. Exausta, eu fitei-a ainda sem entender o que acontecia. Seus cabelos loiros estavam presos num rabo de cavalo alto e usava uma roupa confortável, um shorts curto lilás e uma camisa estampada simples.


-Vim me despedir - ela murmurou e eu saltei da cama - estamos indo embora.


-Já? - olhei no relógio do celular na minha mesa de cabeceira escura, mesma cor de todos os móveis de meu quarto. Era quase meio dia e eu ainda estava com meu pijama típico de quando tinha visitas em casa, uma calça longa azul de tecido leve similar à regata.


-Temos que chegar cedo - a loira respondeu e eu coloquei-me de pé, abraçando-a com força e beijando seu rosto - tchau tchau, obrigada pela festa ontem.


-Venham mais vezes, agora você já é maior de idade, podemos aproveitar todas elas - disse com um sorriso antes de soltá-la - vocês são muito bem vindos.


Na sala, Jess girava a chave do carro de pé ao lado de seu irmão, que sorriu ao me ver chegar ao cômodo, então cruzou-o e me envolveu num abraço de urso.


-Tchau Ju - o moreno murmurou próximo ao meu ouvido, fazendo um arrepio descer por minha espinha - foi uma delícia te ver outra vez.


E, com uma piscadela, ele acenou e se afastou. Colocou sua mochila nas costas e carregou a pequena mala de sua prima para fora do apartamento, junto de Jess e Paula, que acenou antes de fechar a porta.


Sozinha, na sala, eu fitei a madeira escura da porta, as lembranças de nossos poucos momentos juntos na noite anterior invadiram minha mente. Aquela era a primeira vez que ele visitara sua irmã em dois anos de faculdade e, mesmo sem saber quando Alessandro voltaria, agora era uma questão de honra: eu devia a ele o melhor boquete de sua vida.



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Autor(a): ladylionheart

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