Fanfic: § A Amante Virgem § AyA (Treminada)

Vários minutos se passaram antes que ela pudesse se dar conta do que dissera no estúdio. Que vergonha! Como havia sido idiota a ponto de confessar seu amor por um homem que conhecia há uma semana? O que esperava? Retribuição?

E como voltaria a encará-lo depois disso?

Eram mais de seis horas quando Poncho voltou para casa. Parada ao lado da janela do quarto, Anahí o viu contornar a piscina a lamentou não poder conter as emoções como se fechasse uma torneira. Talvez nem fosse amor, mas o que sentia era envolvente e forte. Jamais havia experimentado algo tão poderoso em toda sua vida.

O jantar foi uma provação. Depois de uma semana nadando e tomando banho de sol, Samantha começava a ficar aborrecida, e não fazia nenhum esforço para esconder o tédio.

- É inútil ter tantas roupas novas se não saio de casa - ela se queixou. - Ainda nem fui à praia!

- Ainda é tempo de corrigir esse lamentável erro - Poncho respondeu. - Paradise é um excelente ponto de partida. - E virou-se para Anahí. - Siga para oeste e continue cerca de dois quilômetros além de Bridgetown. Marcarei o caminho no mapa, se quiser. Será um bom motivo para praticar antes do início das aulas de Samantha na segunda-feira.

- Quer dizer que espera que eu vá dirigindo seu carro?

- Por que não? Você é habilitada.

- E tem muita sorte - Sam apontou. - Pode passear e divertir-se quando quiser, enquanto eu vou ter de passar mais dois anos presa na escola!

- Dois anos? Quem disse que vai abandonar os estudos aos dezesseis? Anahí não teve alternativa, mas seu destino será bem diferente do dela.

- Não poderá me obrigar a nada depois que eu completar dezesseis anos.

- Quer apostar?

Nos últimos dias, Anahí aprendera a se manter longe das constantes discussões entre tio e sobrinha. Poncho era perfeitamente capaz de cuidar de si mesmo, e a prova disso era o silêncio de Samantha, que comia a sobremesa com ar contrariado.

Poncho desapareceu assim que terminou de tomar o café. Anahí não se surpreendeu ao ouvir o som de um carro se afastando vinte minutos mais tarde.

Seria uma longa noite, e a insistência de Samantha para que fossem à cidade no outro carro só tornava a situação ainda pior.

- Não sei por que não?! - ela dizia. - São apenas quinze ou vinte minutos de viagem.

- De dia, e para alguém que conhece o caminho. Acabaríamos perdidas.

- E daí? Seria mais excitante do que passar a noite em casa sentada diante da tevê.