Fanfic: Não Posso Me Apaixonar *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

— Não. — ela balançou a cabeça com força.

Ele fez uma expressão de desconfiança. Certamente, alguma coisa estava acontecendo com ela aquela noite, mas ele estivera tão focado em Anahí que não conseguiu descobrir com o que Sophie estava preocupada.

A risada de Jake ressoou no pátio frio.

— Apaixonado? — ele repetiu. — Nem perto disso. E não vejo isso acontecendo num futuro muito próximo.

Claramente desapontada por não ter tirado mais segredos sujos de Jake, Lori virou-se para encarar Alfonso.

— Sua vez.

A última coisa no mundo de que ele estava a fim era desse jogo, mas geralmente era mais fácil dançar conforme a música de Lori.

— Desafio.

Deus sabia que a verdade não era uma opção aquele dia, não com Anahí sentada tão próxima, tão linda sob a luz da fogueira.

Lori deu um sorriso levemente maldoso.

— Cante uma canção de acampamento.

Marcus gemeu e pôs as mãos sobre os ouvidos de Nicole.

— Pedir ao Alfonso para cantar é judiar do resto de nós.

A namorada pop star de Marcus tirou as mãos dele de seus ouvidos e sorriu para Alfonso.

— Adoro quando outras pessoas cantam.

Em vez de ficar bravo com Lori, Alfonso concluiu que, apesar de tudo, deveria agradecer à irmã pelo pedido, pois, depois de ouvi-lo cantar, não haveria a menor chance de acontecer qualquer coisa entre ele e Anahí.

Ele começou a cantar uma versão de Home of the range, que fez todos os gatos e cachorros que estavam por perto o acompanhar.

Diante do sorriso incerto de Nicole, Alfonso resolveu soltar a voz, e logo ela mesma tinha as mãos sobre os ouvidos. Marcus, cuja voz era tão ruim quanto a de Alfonso, juntou-se a ele em uma harmonia atroz, e todos riram muito, inclusive Anahí, que, por um minuto, Alfonso se esqueceu de não ficar olhando para ela na frente de todos.

Sim, ela era uma mulher maravilhosa, mas também era divertida e se encaixava perfeitamente na família dele. Que merda!

Os olhares deles se encontraram e ambos pararam de rir.

Ela empurrou a cadeira para trás abruptamente.

— Já passou muito da hora de Summer dormir.

Alfonso ficou em pé também.

— Eu levo vocês de volta para a cidade.

Enquanto se despediam, ele rezava para que ninguém dissesse nada que deixasse Anahí constrangida por irem embora juntos.

Estavam quase de volta a casa quando Zach gritou:

— Não se esqueça de ligar quando acordar amanhã, Anahí, e eu darei uma passada para consertar o pneu furado. Tem meu celular, não tem?

Alfonso já subira e descera inúmeras vezes ao longo dos anos centenas de degraus com visibilidade zero.

Ouvir que seu irmão já tinha combinado de ver Anahí de novo, usando a desculpa de ajudá-la com o carro, porém, o deixou com o nó preso no peito.

Sabia que não precisava ficar tão transtornado com isso. Se ele era metade do homem que achava que era, ficaria feliz que seu irmão finalmente tivesse escolhido uma garota legal.

Afinal, ele mesmo não acabara de reconhecer o quanto Anahí se encaixava bem entre seus irmãos e irmãs?

Entretanto, nada disso ajudou a soltar o nó no estômago enquanto ele e Anahí iam em direção ao porão, onde encontraram Summer dormindo em frente da velha TV.

Algumas das crianças mais velhas ainda estavam acordadas vendo um filme da Disney, mas ela estava toda enrolada no velho sofá que a mãe dele cobrira com a mesma manta de lã de quando ele era pequeno.

Anahí foi pegá-la, mas ele disse:

— Deixe-me fazer isso.

Em voz baixa, para não acordar Summer, tirou a garotinha do sofá. Enquanto Anahí agradecia e se despedia da mãe de Alfonso, ele acomodou Summer gentilmente no andar de cima e foi buscar a caminhonete.

Quando ele voltou, elas o estavam esperando na calçada, Summer nos braços da mãe, do mesmo jeito que ele as tinha encontrado.

Summer não era grande para a idade dela, mas ele sabia que era pesada para Anahí. Alfonso saiu para ajudá-la a colocar o cinto no banco de trás da caminhonete, usando um moletom como travesseiro.

Na escuridão da autoestrada de volta a São Francisco, nem ele nem Anahí falaram, uma repetição da viagem de ida.

À noite, um pouco mais cedo, ele ficara feliz com as perguntas frequentes de Summer e a conversa para preencher o espaço, para que não cometesse o erro de chegar mais perto de Anahí.

Deveria estar feliz com o silêncio dela agora também. Mas por que não estava? Por que, em vez disso, gostaria de conhecê-la melhor?

Um pouco mais tarde, ao estacionar em frente ao prédio de Anahí, ele tirou o cinto de segurança de Summer e carregou-a para dentro do apartamento.

Enquanto ela acendia várias luzes para ajudá-lo a encontrar o caminho através dos ambientes pequenos, ele notou o quanto a casa dela era confortável.

Ela estava lá havia apenas dois meses e ele sabia que era temporário. Mesmo assim, Alfonso pegou-se gostando de estar ali.

A casa de Alfonso tinha uma localização maravilhosa, com muito sol e vistas belíssimas dos quartos do último andar. Mas ele nunca se sentiu tão à vontade.

Não como ali.