Fanfic: MEU PRIMEIRO NAMORADO VONDY
"Não desperdice seus talentos como aconteceu comigo.", vivia me advertindo. Com certeza eu não pretendia fazer isso, ainda mais que poderia colocar em risco todo meu futuro, pois dependia de uma bolsa de estudos de natação para entrar na faculdade.
Embora me sentisse um pouco mal com o que dissera a Poncho, acho que não poderia ser de outro jeito, pois seu beijo me pegou de surpresa. Olhei para trás com a intenção de voltar lá e desculpar, mas ele já estava indo embora.
Fiquei por um momento do lado de fora de nosso prédio, olhando as estrelas e refletindo sobre o fato de que um dos meus melhores amigos acabara de me beijar. Quando os sentimentos de Poncho em relação a mim haviam mudado e como eu não havia percebido isso? Não havia sentido nada com aquele beijo. Mas por alguma razão desconhecida, o simples fato de pensar nos lábios de Chris nos meus fez com meu coração acelerasse.
O que dissera a Poncho era verdade: nunca tinha tido tempo para garotos. Pelo menos até agora.
Chris e eu nos conhecemos fazia dois anos na equipe de natação, mas sua atitude em relação a mim era semelhante a que ele tinha com qualquer outra garota dos Golfinhos. Era atencioso e vivia fazendo brincadeiras, mas não passava disso.
Embora sempre tivesse gostado dele, nos últimos meses comecei a prestar mais atenção em como era: o corpo longilìneo e esbelto, os cabelos castanhos densos e sedosos, o fino senso se humor...
Balancei a cabeça tentando me livrar dos pensamentos. O que sentia por Chris nunca sentira antes por nenhum garoto, mas eu era tímida demais pra tomar qualquer iniciativa. Ele não passava de uma fantasia e provavelmente, nunca se tornaria real, eu pensava desanimada, ao me aproximar de nosso apartamento.
__Você chegou a tempo de ver os últimos capítulos de Em busca das estrelas- disse minha mãe quando eu entrava na sala e cozinha conjugadas. Ela tinha dois empregos. Trabalhava no Banco Arizona das nove ás três e todas as noites no supermercado El rancho. Diariamente gravava suas novelas preferidas e ao chegar do supermercado se acomodava no sofá.
__Obrigada, mas passei horas estudando e tenho receio de esquecer tudo que aprendi se ficar prestando atenção na televisão.
__Faz muito bem, aproveite e tenha uma boa noite de sono.
__ Acho que vou fazer isso- disse eu, hesitando por um momento e então continuei- Mãe? Acabou de acontecer uma coisa muito estranha.
__ O que foi?
__Bem... quando saímos da casa de Anny,Poncho me deu uma carona até aqui. E... então ele... disse que gostava de mim... - expliquei, ficando corada. Achei que não precisava falar-lhe do beijo. Seria um tanto constrangedor.
__O que você falou pra ele?- disse minha mãe, endireitando-se no sofá.
__ Disse que gostava dele como amigo- respondi, percebendo que logo em seguida um quase imperceptível suspiro de alívio de minha mãe.
__resposta sensata querida. Com todos os compromissos que você tem, um namorado seria a última coisa de que precisa agora.
__Acho que sim.- respondi, encolhendo meus ombros.
Dei-lhe um beijo no rosto e fui pro meu quarto. Não havia condições de assistir a novelas, pois já estava muito difícil tirar Chris da minha cabeça e me concentrar no trabalho. A ultima coisa de que eu precisava naquele momento era encher a cabeça com historias sobre casos de amores malsucedidos e sonhos perdidos.
Como prevíamos a prova preliminar de proficiência escolar foi um pesadelo: palavras que eu nunca vira antes e uma matéria de matemática que mal conseguira entender no primeiro colegial. Sentia-me mal, com a cabeça quente de ficar escolhendo entre as alternativas, e minha mão estava dormente de preencher círculos minúsculos com um lápis numero dois molhados de suor. Mas a pior parte era a lembrança daquele beijo martelando na minha cabeça.
Porém não era o beijo de Poncho que vinha a minha mente, mesmo porque estava certa de que aquilo era algo que ambos gostaríamos de esquecer. Era o beijo de Chris. Não conseguia parar de fantasiar a emoção de beijá-lo. Imaginava seus lábios quentes, firmes e delicados. Quando tocavam nos meus, experimentava a sensação que se tem numa montanha russa- o coração parece que vai sair pela boca, as mãos gelam, as pernas tremem.
Pelo que me lembro, no momento seguinte, comecei a suspirar tão alto que as pessoas dos dois lados da minha cadeira se voltaram e ficaram me olhando. No mesmo instante, o fiscal anunciava: "Faltam quinze minutos pra terminar." O que eu estava fazendo? como podia por tudo a perder dessa forma? sentindo-me confusa e agitada, terminei voando de fazer o restante da prova.
Embora estivesse preocupada com que resultado poderia alcançar naquele estado de espírito, fiquei aliviada quando o exame acabou. Quando saí da sala, todo mundo parecia estar falando ao mesmo tempo.
__Você fez tudo da parte de analogia?
__ Como você acha o menor denominador comum de uma fração?
__ Alguém sabe o que significa a palavra conveniente?
Pelo resto do dia, houve nas diversas classes uma onda de ansiedade coletiva. Quando minha aula terminou, ás três horas, corri pra piscina na esperança de me livrar de tudo aquilo no instante em que colocasse o maiô de competição e desse um mergulho antes de começar a treinar.
Como o resto da equipe só chegaria meia hora depois pra ajudar a colocar as raias, eu tinha a piscina inteira á minha disposição. Adoro nadar mais do que qualquer outra coisa no mundo. Fui me sentindo mais tranqüila assim que cheguei ao deque e olhei pra água calma. Nas duas horas seguintes, tudo o que tinha a fazer era concentrar-me pra tentar alcançar uma outra marca nos cem metros de nado livre no próximo fim de semana.
Comecei a correr para dar impulso e mergulhei na superfície lisa da piscina. A água estava fria como sempre, por isso me pus a nadar de uma extremidade a outra fazendo aquecimento.
Pode parecer mentira, mas depois de duas temporadas na equipe de natação eu conhecia aquela piscina tão bem que podia nadar de olhos fechados.
Quando estava fazendo a quarta volta, choquei-me com alguém e engoli um bocado de água.
__ Dulce? Você está bem?- ouvi uma voz baixa masculina, quando vim à tona,tossindo. Era Chris. Ele agarrou minha mão para ajudar a me equilibrar e ela acabou batendo em seu peito deixando-me constrangida.
__Estou bem- respondi tossindo novamente- Não vi você- falei, depois de limpar a água que escorria pelo meu queixo.
Autor(a): pattybarcelos
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Comentários da Fanfic 19
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:30
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:30
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:29
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:29
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:29
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:29
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:29
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:28
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:28
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jessikavon Postado em 22/01/2010 - 21:03:28
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