- Enlouqueceu? – Alfonso deu um pedala. – Não diga como se fosse certo por que eu ainda tenho esperança que isso seja um engano de Leila.
- Mas eles sabem?
- Não, e quando souberem não vão gostar nada hein? – deu um sorriso de canto. – Eles são ciumentos, às vezes um tem ciúme do outro, acredita?
- Que lindinhos. – Christian fez um biquinho. – Mas fica tranquilo cara, o importante é que a Anahi vai te apoiar e vocês não vão terminar por isso.
- Pelo menos isso, até por que eu não suportaria perde-la outra vez. – coçou o pescoço. – Enfim, amanhã você vai comigo pra Niterói não é?
- Vou sim. – Levy concordou rodando na cadeira.
- Então te vejo no heliporto amanhã cedo. – suspirou. – Eu já estou indo embora.
- Pra onde vai?
- Vou buscar Levy na casa dos pais e de lá vamos sair pra nos divertirmos um pouco.
- Huum. – os amigos se entreolharam maliciosamente. Akfonso riu.
- Quem dera, ela está naqueles dias. – ele fez uma caretinha. – Só vamos nos divertir mesmo. Inocentemente. – piscou.
- E então irmãos já que está tudo bem, vocês conhecem o Mário? – Christian disse.
- Aquele que te comeu atrás do armário? – Alfonso perguntou rindo.
- Pois é, mas agora ele mudou de profissão e está comendo cu de adivinhão.
- Que nada, ele virou arquiteto e está comendo o cu de quem se acha esperto. – deu um risinho.
- Espera aí, vocês são arquitetos. – Christian disse pensativo.
- Se afasta, por que tem exatamente dois dias que eu não transo. – Alfonso deu um sorrisinho.
- Sai fora cara.
Alfonso e Levy caíram na risada e saíram da sala de reunião falando bobagens.
Enquanto isso, em Piedade.
- Quer dizer que agora a piranha da Leila também inventou uma gravidez? – Brenda perguntou.
- Pois é. – Anahi rolou os olhos estourando uma bola de chiclete que fazia. – Mas ela tomou no cu. – piscou.
- Eu amo o Levy porra loira. – Brenda disse suspirando.
- Eu amo o Alfonso porra loira. – também suspirando.
As duas sorriram e ficaram conversando bobagens até ouvirem uma buzina do lado de fora.
- É meu gato. – Anahi disse olhando a janela. Sorriu ao ver o carro de Alfonso estacionado e Poncho saltar de dentro do veiculo. – E ainda te trouxe um brinde. – disse assoviando e fazendo um sinal da janela, anunciando que já ia descer.
- Por que você pediu pra ele vir agora? Ainda são quatro da tarde. – Brenda estranhou olhando no relógio.
- Por que vou levar o Poncho à um lugar? – disse calçando os sapatos. Brenda deu um sorrisinho safado.
- Hum, vão pro motel é? – espocou em uma gargalhada.
- Dá pra parar de falar sobre tudo o que envolva sexo? – mordeu o lábio. – Eu estou menstruada, droga.
- Vixe, e o que tem demais? – deu de ombros.
- Como assim? Eu não posso transar. – obvia. – E isso é tão injusto. – se levantou.
- Nada a ver Brenda. – ela fez uma carinha, e Anahi arregalou os olhos. – É legal ver o sangue escorrendo.
- Que horror sua ninfomaníaca! – fez uma careta de nojo e jogou uma almofada em Anahí. – Nojenta.
- É brincadeira. – Brenda suspirou. – Mas bem que eu queria experimentar.
- Vai trabalhar Brenda. – Anahi riu, rolando os olhos. Levy entrou no quarto.
- Oi loirinha. – disse todo alegre.
- Oi amor! – ela sorriu. – Como me descobriu aqui? – Brenda se sentou.
- Anahi ligou pro Poncho e falou que você estava aqui, e como meu carro tá na revisão ele me deu uma carona. – sentou ao lado dela. – Vim te buscar pra irmos a casa da minha mãe.
- Ah que ótimo. – a loira deu um sorrisinho falso.
- Bem casal, eu estou descendo. -Anahi anunciou. – Nada de sexo no meu ex-quarto viu? – os dois riram. – Tarados!
Saiu rindo da cara de Brenda, afinal a loira não gostava muito de visitar a sogra. Despediu-se dos pais e da irmã e entrou no carro dele, Alfonso sorriu e lhe deu um beijinho demorado.
- E então moça? – ele perguntou assim que partiram o beijo. – Pra onde você quer ir tão cedo?
- Bem. – ela suspirou. – Amanhã eu vou buscar suas roupas e automaticamente você vai se mudar pra minha casa, e vamos iniciar uma nova vida juntos.
- E o que isso tem haver? – ele perguntou não entendendo.
- Agora que nós vamos começar eu quero muito que comece bem, e nós devemos desculpas a uma pessoa. Concorda?
- Plenamente. – assentiu. – Quer mesmo fazer isso?
- É o correto. – assentiu botando o cinto. – Vamos ver a coelha doidona, você sabe onde ela está?
- Sei sim, eu fui visita-la algumas poucas vezes. – ele sorriu e ligou o carro.
Dirigiu até a clínica onde Perla estava internada, era um pouco longe e quase não conseguem entrar para a visita, depois de muito custo conseguiram a permissão. Iam seguindo a enfermeira até onde Perla deveria estar e Anahi olhava tudo com curiosidade, nunca tinha entrado em um lugar daqueles antes e era tudo bem diferente do que ela imaginava. Tinham brinquedos, muitos brinquedos espalhados, pessoas brincando como se fossem criança, alguns choravam, outros riam sem motivo algum, outras a olhavam estranhamente.
- Não se preocupem, esses são inofensivos. – a enfermeira avisou, com um sorriso. – Ali está a Perla. – ela apontou e viram o rabo de cavalo loiro. – Podem ir, se quiser eu chamo o Adamastor, pra terem mais privacidade.
- Não precisa. – Alfonso sorriu. – Obrigado mesmo.
A enfermeira sorriu e se afastou um pouco, mas da mesma forma ficando próximo caso acontecesse algum imprevisto. Os dois se aproximaram de Lorena e Anahi arregalou os olhos ao ver que ela e o outro maluco usavam orelhas de coelho e davam um beijinho de esquimó. Anahi segurou o riso.
- Perla? – Alfonso disse. Ela se virou e sorriu.
- Coelhinho! – disse dando pinotes até ele. O outro fez careta. – Desculpa bebê, ele foi meu coelhinho primeiro, mas eu te amo muito! – mandou um beijinho e voltou a olhar Alfonso. – AAAA, que lindo que você está coelhinho! – disse pulando em cima dele.
- Obrigado Perla. – disse a colocando outra vez no chão. – Como está?
- Adamastor e eu estamos completando hoje, noventa anos de casados. – sorriu apaixonada ao tal homem que também sorria abertamente.
- Noventa anos é um bom tempo, não é? – ela assentiu. – Trouxe alguém que quer te ver. – ele apontou Anahi, Perla a encarou e fechou a cara.
- Anahi? – ela fez careta. – Eu não gosto dela. – disse mexendo no paletó de Alfonso. – Mas eu gosto de você. – sorriu outra vez.
- Anahi e eu queremos muito conversar com você. – ele explicou. – Será que você, aceitaria nos ouvir? Os dois.
- Bom. – ela encarou Anahi. – Tá bem. – rolou os olhos. – Dan? – chamou e o outro veio pulando até ela.
Anahi quase ri, mas se conteve.
- Eu vou ter que conversar com esses dois. – ela apontou. – Me espera ali que eu já vou tá? – deu um beijinho nele e ele se afastou, pulando. – E então? – ela pôs a mão na boca. – Não demorem muito por
que eu tenho que ver meu filho que está dormindo. – ela viu que a enfermeira estava ali perto e acenou.
- Não vamos demorar. – sentou e Anahi sentou ao seu lado. – Perla, eu sei que tudo o que aconteceu há um tempo atrás não foi nada bom pra você. Eu agi mal, e sabemos que foi errado o que fizemos com você. Apesar de tudo você não merecia.
Ela assentiu, olhando as unhas.
- Bom, eu acho que isso não importa mais. – ela deu de ombros. – Você disse que não me amava. Ou você voltou a me amar e quer acasalar comigo outra vez? – ela arregalou os olhos e Alfonso quase ri.
- Não, não é isso. – explicou prontamente. – Agora você tem o seu coelho. – insinuou o outro e Perla sorriu assentindo e olhando pra uma arvore.
- Então o que vocês querem aqui? – ergueu a sobrancelha.
- Anahi e eu vamos começar uma nova vida, e queremos pedir perdão a você. – ele apertou a mão da loira. – Queremos que você nos perdoe por tudo o que aconteceu.
- Não foi exatamente a nossa intenção fazê-la mal. – Anahi disse, pela primeira vez ali. – Eu era uma menina imatura, e não fazia as coisas direito.
Perla cruzou os braços, encarando os dois na sua frente. Tá certo que aquela relação deles tinha lhe deixado muito mal, mal mesmo. Mas eles pareciam arrependidos, e ela não gostava mais de Alfonso como coelho, queria que ele fosse feliz.
- Bom, eu acho que você não tem mais cara de coelhinho da mamãe. – disse pensativa. Ele sorriu de leve. – O que vai acontecer se eu perdoa-los?
- Vai tirar um peso enorme das nossas costas. – ele sorriu.
- Quanto mais ou menos?
- Muitos quilos de culpa, e algumas toneladas de remorso. – ele enfatizou. Ela sorriu e os encarou.
- Eu te odiava demais Anahi. – ela olhou Anahi com um bico. A ruiva encarou Alfonso. – Você tomou meu primeiro coelho e isso foi muito feio. – negando com a cabeça. – Mas no fundo, ele e eu, eu e ele, sabe, nós dois? – apontou para si própria, e em seguida Alfonso, Anahi assentiu. – Acho que não era pra ser. – Anahi e Alfonso sorriram. – Eu os perdoo com uma condição.
- Qual? – os dois perguntaram juntos.
- Nada de relações extraconjugais. – ela pôs o dedo na boca, olhando pra eles com os olhos arregalados. – Antes que um dos dois traia o outro, sentem e resolvam sua situação. Entrem em um consenso e haja com maturidade. Se me prometerem isso, estão perdoados.
Alfonso e Anahi se olharam impressionados, ela já não falava como louca.
- Perla? – ele arregalou os olhos. Ela sorriu e pediu silêncio vendo se a enfermeira ainda estava perto.
- Não contem pra ninguém, por favor. – ela pediu, vendo que a enfermeira estava razoavelmente distante.
- Por que tá se fazendo de louca? – Anahi perguntou, perplexa.
- Se descobrirem eles me mandam pra casa, e eu não quero me separar do meu coelhinho. – disse encarando Adamastor de longe. – Eu gosto muito dele, e sou feliz nesse lugar, aqui eu posso ser eu mesma.
Os dois se entreolharam.
- Estava se fazendo de louca esse tempo todo? –Alfonso perguntou.
- Não exatamente. Eu realmente não estava muito bem da cuca um tempo desses, quando eu te tirei os filhos. – apontou Anahi. – Mas de um tempo pra cá estou melhorando gradativamente, mas ninguém sabe disso viu? – ela sorriu abertamente. – Por isso, por favor... Oh não, aí vem a enfermeira.
A enfermeira se aproximou de novo, ficando por ali.
- Está tudo bem aqui? – ela perguntou e todos assentiram. – Daqui a pouco é hora do lanche, vocês precisam ir. – ela explicou.
- Claro, nós já vamos nos despedir dela. – ele afirmou e a enfermeira se afastou outra vez. – Eles não sabem? – Perla negou com a cabeça.
- E nem podem saber. – ela se levantou. – Não enquanto Adamastor não ficar bem. Já estou ajudando ele e tenho certeza que dentro de pouco tempo estaremos fora daqui, e vamos pra bem longe.
- Espero que sejam muito felizes. – Anahi disse, de certa forma feliz pela loira.
- Desejo o mesmo pra vocês. – ela sorriu à Anahi, talvez Alfonso nunca se esqueceria daquela cena, Perla e Anahi sorrindo sinceramente uma pra outra. – E então, vão me prometer que não terão mais relações extraconjugais?
Os dois se entreolharam.
- Nós prometemos. – disseram juntos, com um sorrisinho de lado.
- Então por mim está tudo esquecido. Eu espero que vocês também me perdoem por tudo o que eu fiz de mal, eu sei que eu também não fui santa e estava um pouco louca.
- Por mim está perdoada. – Alfonso sorriu.
- Por mim também coelha... – Anahi fechou os olhos. – Foi mal, Perla. – deu um sorrisinho amarelo. – Força do hábito.
- Sem problema, eu gosto que me chamem de coelha. – piscou e Adamastor se aproximou.
- Vamos baby rabbit? – disse a abraçando por trás. Perla assentiu.
- Bem, eu estou indo agora. – apontou.
- Tudo de bom pra você, viu? – Alfonso apertou a mão dela. – Foi uma boa esposa Baby Pink.
- Igualmente, Baby blue. – fez um biquinho e deu tchauzinho para Anahi, em seguida se virou e foi pulando junto com Adamastor até sumirem de vista.
- Uau. – Anahi disse. – Acredita nisso? – apontou.
- Se eu não tivesse visto, eu não acreditaria. – ele negou com a cabeça e foram caminhando até a saída. – O que eu sei é que me tirou um grande peso das costas.
- Dois votos. – Anahi encostou a cabeça no ombro dele. – Agora eu me sinto melhor de alguma forma. – sorriu e ele lhe deu um selinho. – Estou com fome, podemos ir comer e depois pegar um cinema? – sugeriu.
- O que você quiser amor.
Os dois saíram da clinica e em seguida pararam em um restaurante japonês, pois Anahi queria comer sushi. Enquanto comiam conversaram, Alfonso falou sobre Leila e Anahi ficou feliz em saber que ele tinha lhe dado um sermão pelo que tinha feito com seu filho. Falaram sobre o filme que iam ver, sobre o trabalho de ambos, sobre os gêmeos e sobre a relação. Depois que comeram foram ao cinema e escolheram um filme de terror. Assim que o filme acabou, Alfonso dirigiu até a praia, lá deveria estar calmo, ótimo pra namorar.
- Eu adorei o passeio de hoje. – Anahi disse olhando o mar, quando já estavam sentados na beira do mesmo.
- Eu adoro tudo o que envolva você. – ele lhe deu um beijinho.
- Amor? – ela perguntou apoiando a cabeça no peito dele.
- Hum?
- Do que você sentiu mais falta em mim? – ela mordeu o lábio.
- Posso ser sincero? – ela assentiu. – Seu sorriso. – disse beijando os cabelos dela. Anahi sorriu com os olhos fechados. – Eu adoro quando você sorri pra mim, você sorri com todo o seu rosto, não é só com os lábios. E ver isso me faz muito bem. – explicou. Ela sorriu mordendo o lábio. – E você, o que mais sentiu falta?
- Dos seus olhos. – disse entrelaçando a mão dele com a sua.
- Meus olhos? – ele perguntou achando graça.
- É. – ela assentiu. – Eu adoro quando você olha pra mim com esse olhar, às vezes seus olhos brilham tanto que parecem duas estrelinhas, me olha de maneira apaixonada que me faz sentir especial. E ver isso me faz muito bem. – o imitou e ele riu de leve.
- Que romântico. – ele sorriu e lhe beijou. – Amo você. – olhou nos olhos dela.
- Eu também o amo. – cheirou o pescoço dele. – E estou muito feliz por saber que vamos ficar juntos todos os dias.
- E todas as noites. – ele completou e a beijou outra vez, com um sorriso enorme. Jamais seria feliz com outra mulher que não fosse Anahi. E ela pensava o mesmo, gostou muito de Matheus, mas jamais sentiria por ele o que sentia por Herrera , aquele amor era muito fora do normal. Ficaram mais um tempinho namorando na praia e depois foram embora.
No dia seguinte Alfonso foi viajar e deixou a chave de seu apartamento com Anahi, já que ela ia buscar suas roupas. Quando a loira saiu do trabalho, foi buscar os gêmeos na casa de Ruth e em seguida dirigiu até o condomínio de Herrera.
- Filho, fica perto da mamãe. – disse enquanto ia em direção as escadas, já que o maldito elevador estava em manutenção. – Moço eu vou interfonar pro senhor me ajudar a descer com a mala tá? – disse a um dos porteiros.
- Pode interfonar senhorita. – disse educado.
- Matheus, vem filho! – pegou a mãozinha dele.
- Eu não quero subir escada. – disse com um biquinho.
- É só até o terceiro andar, seu preguiçoso, olha seu irmão já está lá em cima. – sorriu e subiu com eles.
Entrou no apartamento e foi logo em direção ao quarto do namorado, pegou uma mala e se pôs a arrumar, enquanto os gêmeos ficavam vendo TV na sala e brincando por ali.
- Mamãe, eu posso brincar no corredor? – ouviu uma vozinha que ela não distinguiu de qual dos dois era.
- Mas nem pensar. – respondeu enquanto dobrava as roupas de Alfonso. – Fiquem quietos aí!
Ouviu a campainha tocar e estranhou, quem seria? Bufou e foi abrir. Rolou os olhos ao ver Leila ali.
- O que está fazendo aqui? – ela cruzou os braços.
- Eu quero falar com o Alfonso minha querida. – Leila disse com um sorriso falso.
- Alfonso não está aqui. – Anahi sorriu da mesma forma, parada na porta. – O que você está fazendo aqui, atrás do meu homem? – se escorou no parapeito.
- Ele não está aqui? E onde ele está? Eu já fui à empresa e ele também não estava lá. Preciso falar com ele.
- Ele foi viajar. – Anahi rolou os olhos. – O que quer aqui?
- Sabe Anahi, se eu fosse você ficaria muito preocupada. – Leila sorriu, com os olhos brilhando. – Acabei de voltar do laboratório, e eu estou realmente grávida.
Anahi engoliu o seco. Mulherzinha infeliz. Apesar de ter ficado nervosa com a notícia não demonstrou a Leila.
- Que bom pra você. – disse irônica.
- Não vai espernear? – Leila riu. – Eu sei que você está morrendo de vontade de chorar. – fez um biquinho.
- Ora, por favor. – Anahi negou com a cabeça, com um olhar de tédio. –Alfonso estava me enchendo o saco um dia desses pra que eu parisse outro bebê, dessa vez ele quer uma garotinha sabe? Mas ficar grávida é algo muito trabalhoso e na hora de parir dói como o diabo. E saber que você vai fazer isso por mim, é realmente muito bom. – Leila tirou o sorriso da cara.
– Eu engordei muito quando engravidei dos meus anjinhos. – olhou os filhos que já estavam ali pelo corredor, brincando com os robôs que ganharam da avó no dia anterior. – E foi muito difícil botar meu corpo em ordem de novo, e engravidar outra vez eu dispenso. Vou torcer muito pra ser uma menina. – piscou.
- Cala a boca! – Leila gemeu. – Alfonso e eu vamos ficar juntos. E esse bebê só vai me ajudar! Você sabe que quando meu filho nascer, Alfonso não vai querer sair do meu lado, não vai querer perder nenhum momento do crescimento do bebê, o que você acha? É claro que ele vai esquecer você e esses pirralhos, você sabe que é isso que vai acontecer, e quando acontecer eu vou rir muito da sua cara Anahi. – disse com as palavras carregadas de veneno.
A loira coçou a nuca, é, realmente ela correria aquele risco, sabia que Alfonso era um ótimo pai e realmente ele não deixaria Leila sozinha quando a criança nascesse, e aquilo lhe deixava de certa forma mal e enciumada. O pior de tudo era ver aquela maldita se referindo ao bebê que esperava como um objeto que ela estava usando para ter Alfonso de volta.
- Alfonso é um ótimo pai. E não tenha duvidas que essa criança terá todo o amor dele, sempre. É uma pena que você só vai ter isso. Um Alfonso pai. Por que o Alfonso homem, já é outra historia meu amor. Ele é meu. – disse simples. – E se a sua intenção é causar contenda usando essa criança você está perdendo o seu tempo, eu não tenho medo nem de você, quanto mais de uma criança que a única coisa que vai querer é o amor do pai. Sabe por que Leiloca? Por que eu confio no meu taco. Não preciso machucar os filhos dele pra chamar atenção, eu não preciso disso.
Leila estava com raiva.
- Sem comentários pra essa mulherzinha. – Brenda rolou os olhos. – Mas pelo menos agora o Alfoneso tá esperto e não fez nenhuma bobagem, como naquele tempo, com a coelha.
- Pois é, mas o bom é que eu tive a oportunidade de dar um soco bem dado na cara dessa puta. Pra ela aprender a nunca mais tocar na minha criança.
- Se eu tivesse lá eu te ajudava cachorra. – enfatizou Brenda. – Ninguém espanca meus afilhados.
Anahi riu.
- Ah nem sabe. – Anahi sorriu. –AlfonsoChristopher e eu vamos morar juntos. – disse toda alegre.
- Sério? – a loira riu. – Que coisa boa! Espero que dê tudo certo peito de vaca.
Anahi lhe deu um pedala.
- Engraçado. – ela riu. – Você e o Poncho são namorados e moram juntos, e Poncho e eu somos casados e moramos em casas separadas, irônico não?
- E como. – Anahi disse, sentando ao lado dela. – Mas você não tem vontade de juntar as trouxas com ele?
- Ter eu tenho, ele sempre me pergunta se eu não quero e tal, mas não sei se daria certo. Tenho medo de estragar tudo. Medo de ele descobrir que eu tenho muito mais defeitos do que eu aparento ter.
- Ain magrelinha. – Anahi sorriu a abraçando. – Eu sei que é um pouco estranho, mas você nunca vai saber se não tentar. Eu sempre penso, é bom nos arrependermos por algo que fizemos, do que nos arrependermos por algo que nunca fizemos. – Anahi olhou para um pôster do John Lennon que estava ali. – Eu já perdi muito tempo longe do Alfonso, e não quero perder mais um minuto que seja longe dele,
mesmo que um dia a gente venha quebrar a cara por isso, eu não vou me arrepender de ter tentado.
Anahí sorriu e apoiou a cabeça no ombro de Anahi.
- É... – ela suspirou. – Eu acho que você tem razão. – ela sorriu. – A próxima vez que a gente falar sobre isso eu vou conversar com ele e vamos ver no que dá.
Anahi assentiu, fazendo outra bola com o chiclete, as duas se entreolharam pensativas.