Fanfic: Hotel de 1 Milhão de Dólares | Tema: AyA

Mia foi quem abriu a porta quando ouviu a batida. Dulce estava lá, de pé, sozinha. Ela a encarou surpresa por alguns segundos, depois sorriu. 

- Você é a Mia, certo? Irmã da Anahí? 

- Sim, sou. E você é a detetive Dulce, parceira do Herrera. 

- Ex-parceira. Jamais poderia continuar sendo parceira depois do que aconteceu. Posso entrar? 

- Sim, por favor. - Mia abriu a porta e deixou Dulce entrar. - Anahí está no banho. Deve sair em breve. 

Dulce entrou e se encostou na parede. 

- Preciso aguardar a sua irmã. Estou com um mandado para coletar amostras de DNA. 

- Encontraram algo no corpo? - Mia perguntou, curiosa. 

- Não tenho liberdade para discutir isso no momento. Me desculpe. 

- Não, sem problemas. Vou aguardar Anahí. 

Os cabelos loiros de Mia estavam molhados. Ela tirou alguns fios e os jogou no chão. 

- Você tem liberdade para dizer se vão encontrar o assassino com a amostra de DNA? E se minha irmã ficará livre? 

- Infelizmente também não posso falar sobre isso. Só posso dizer que tudo acabará em breve. 

Anahí havia saído do banho. Enrolada em uma toalha, seus cabelos estavam presos em uma toalha. Ela encarou Dulce, assustada. 

- Detetive. Perdão, não sabia que estava aqui. Em que posso ajudá-la? 

- Bom dia Anahí. Tenho um mandado para coletar seu DNA. Cabelo e saliva. 

- Apenas o meu ou de todos no Hotel? 

- Todos no Hotel. - Dulce sorriu. - Resulta que finalmente saímos deste beco sem saída. 

Anahí pegou o mandado e conferiu. Sorriu, enquanto tirava os cabelos da toalha. 

- Fique a vontade, detetive. Seu mandado está em ordem. 

Dulce se aproximou com luvas e algumas sacolas de evidência. Ela começou coletando a saliva. 

- Você parece mais tranquila depois do seu incidente com meu ex-parceiro. 

- Então ele é ex? - Anahí sorriu. - Fico feliz por você. Bem detetive, é bom saber que não sofrerei mais assédios de um homem com poder em suas mãos. Lhe agradeço profundamente pela sua intervenção. 

- Não se preocupe. - Dulce procurou alguns fios de cabelo e começou a arrancá-los com delicadeza. - Somos mulheres. Temos que nos defender de homens abusivos, não importam quem eles são. Me enganei com Herrera. E se me enganei com ele nisso, devo ter me enganado no resto também. 

Ela coletou também alguns resquícios de pele com cotonetes. 

- Perdão detetive, mas... o que quer dizer? - Mia perguntou. 

Dulce suspirou e deu de ombros. 

- Há um boato de que eu sou uma oportunista. Que dormi com o nosso capitão para conseguir o posto. - ela sorriu. - Uma completa tolice, é claro. Não gosto de homens, nunca gostei. Mas isso custou o relacionamento com a minha ex. 

- Lamento, detetive. - Anahí falou.

- Não há nada para lamentar. Ela não acreditou em meus sentimentos e muito menos em mim. Não há como um relacionamento sobreviver a isso. Enfim, acho que tudo aconteceu para o melhor. Pronto, Anahí. Já coletei tudo o que eu precisava. 

Anahí se ergueu e apertou a mão da detetive. 

- Espero que para onde você vá, encontre pessoas melhores, detetive. 

- Não sei se as encontrarei, só sei que nunca vou me conformar com este sistema. Bem Anahí, obrigada. Sei que não posso dizer isso, mas espero que a análise mostre que você não seja a assassina. 

- Não se preocupe detetive, não mostrará. 

Dulce deu um sorriso triste. Ela encarou as irmãs e acenou. 

- Boa tarde, Srtas. Tenham um bom dia. 

Mia acompanhou a detetive até a porta. Ao chegar na entrada da porta, ela, novamente, puxou alguns fios do seu cabelo claro e os deixou cair no chão, incomodada. 

- Tenha um bom dia, detetive. Novamente, obrigada por tudo que fez pela minha irmã. 

- Obrigada. 

Mia fechou a porta sorrindo. Dulce encarou a porta por um momento. Suspirando, alguns minutos depois, ela deu meia volta e deixou o hotel.