Fanfic: O filho do meu pai | Tema: Vondy, AyA

Eram seis da manhã quando acordei com o despertador do celular tocando, confesso que pensei seriamente em ignorar o horário e voltar a dormi, mas hoje é sexta feira e o Christopher viria me buscar para irmos para a faculdade e depois para casa do papai, então, mesmo que eu ignorasse o horário, ou dissesse a ele que não iria, ele iria subir e me acordar, além disso era a primeira semana de aula e hoje era dia do trote dos calouros. Eu estava no quarto semestre de publicidade, e não fazia trote, mas era divertido assistir a tudo.

Respire fundo em busca de coragem e levantei, tomei um banho, fiz minha higiene matinal, e fui me vesti. Como o dia estava quente, optei por um short social preto e uma camiseta branca de seda, calcei uma gladiadora preta e fiz uma maquiagem leve, mas destaque bastante os meus olhos verdes com lápis de olho.

Desci na mesma hora em que ele entrava em casa, sendo recepcionado por minha mãe.

- Oi querido, ontem à noite fiz aquele bolo de chocolate que você gosta. - Falou sorridente e eu me intrometi na conversa.

- Olha a trairagem, dona Blanca. - Resmunguei arrancando uma risada dos dois.

- Não fique com ciúmes, querida. Tem bolo para os dois.

Mamãe seguiu para a cozinha e nos deixou sozinhos na sala.

- Bom dia, pequena. Dormiu bem? - Ele se aproximou e beijou minha testa, eu fechei os olhos e aspirei o cheiro do perfume dele.

- Bom dia, grandão. Dormi sim e você? - Sorri quando ele se afastou assentindo. - Cadê o Poncho?

- Dormiu na casa da Annie.

- Ah.

Seguimos para a cozinha, onde mamãe nos serviu de bolo de chocolate e suco de cajá. Comemos rápido, e nos despedimos da mamãe e do Robert, que acabava de entrar na cozinha e fomos para o carro do mesmo.

- Então seu namoradinho vai ser o meu calouro? - Perguntou com um sorriso debochado enquanto saia com o carro, e eu rolei os olhos. Era incrível como o Christopher implicava com o Rodrigo. - Pelo menos ele decidiu fazer alguma coisa da vida, não é mesmo?

- Para de implicância, por favor.

- Vai dizer que estou mentindo?

Não, ele não estava mentindo. Eu gostava do Rodrigo, mas ele era um cara encostado no dinheiro dos pais, e isso me irritava bastante. Foram tantas brigas que ele decidiu entrar na faculdade de engenharia civil.

- E então, a Lorena já largou do seu pé? – Perguntei mudando de assunto e ele negou com a cabeça enquanto fazia careta. – Bem feito, quem manda ficar atrás das calouras?

Fomos conversando e rindo o resto do caminho para a faculdade. Conversar com o Christopher era fácil, ele sempre me fazia dar risada e esquecer os problemas, eu sabia que com ele eu poderia falar de qualquer coisa, ele sempre iria me escutar e me apoiar.

Antes mesmo dele terminar de estacionar o carro, a caloura que ele estava ficando já estava batendo na janela do carro como um sorriso irritante no rosto. Rolei os olhos e desci do carro.

Nós três seguimos para o pátio, foi um percurso de cinco minutos e eu já estava com náuseas de tanto ouvir a voz da menina. Encontramos com Alfonso, Anahí e Rodrigo sentados em uma mesa.

- Oi, amor. – Selei seus lábios em um beijo rápido e falei com os outros.

Nós ficamos conversando um pouco antes da aula começar, e a Lorena ficava se metendo na conversa o tempo inteiro, eu já estava ficando irritada e para não procurar briga, me levantei.

- Preciso ir. – Menti. – Boa sorte no trote, amor. – Selei os lábios dele

- Eu vou com você, Dul. - Anahí se levantou e começamos a andar para longe dali. - Isso está me cheirando a ciúmes.

- Ciúmes de quem?

Eu sabia de quem ela estava falando. Anahí era minha amiga a anos, ela e Alfonso eram os únicos que sabiam sobre mim e o Christopher, mas ela estava errada, eu não estava com ciúmes.

- Me poupe, Annie. – Rolei os olhos. – Até parece que vou ter ciúmes daquela garota, o Chris vai fazer com ela o mesmo que faz com todas as calouras da faculdade. O que estava me irritando era a voz dela.

Ela gargalhou alto. Nos separamos no corredor, e cada uma seguiu para sua sala, já que ela fazia nutrição e eu fazia Publicidade.

Como era dia de trote, só tivemos as duas primeiras aulas. Eu acompanhei minha turma para o auditório onde acontecia o trote, mas não fiquei muito tempo, queria ver o trote de engenharia, porque o Rodrigo era calouro do Christopher, e eu estava com medo dele pegar um pouco pesado.

- Veio tomar conta do namoradinho? – Christopher implicou e eu fiz careta.

- Vim tomar conta de você, idiota. Vê se não apronta.

- Vou pensar no seu caso.

Ele abriu um sorriso extremamente lindo para mim e passou um braço pelo meu ombro, me puxando para um abraço que eu prontamente retribuir. Nós seguimos assim para o pátio enquanto conversamos, e quando o Rodrigo nos viu fez cara feia, mas eu não me importei, e continuei andando. Se ele e o Christopher tinham suas diferenças, eu não tinha nada a ver com isso.

- Quando eu sairmos daqui vamos ao cinema? – O olhei sorrindo e assenti.

- Vamos almoçar antes, ok? – Ele concordou.

- Segura minha mochila?

Eu concordei, e ele se afastou depois de me dar um beijo na testa. Eu me sentei em uma cadeira e pedi um suco, enquanto o Rodrigo se aproximava.

- Precisa ficar andando abraçada com ele?

- Vou te ignorar, Rô. – Respondi e bebi o suco. – Você pode ter ciúmes do mundo inteiro, menos do Chris e do Poncho.

- Eu não tenho ciúmes deles, eu só me sinto incomodado quando você fica andando agarrada com o seu irmão para cima e para baixo.

- Ele não é o meu irmão. – Falei automaticamente.

- Mais um motivo para não ficar andando assim com ele o tempo inteiro. – Respirei fundo, essa briga deles era irritante.

- Rô, por favor. – Pedi pacientemente. – Chega de brigarmos sobre isso. Eu e o Chris fomos criados juntos, é natural que tenhamos uma relação assim. Além disso, quando você me conheceu já sabia disso.

Ele suspirou alto. Era nítido que estava irritado, mas fez o que eu pedi e mudou de assunto. Começou a me contar sobre as primeiras aulas, e sobre os colegas. Nós conversamos, até ele ser chamado pelos colegas, porque o trote iria começar.

- Vamos sair hoje de tarde? – Perguntou antes de sair.  – Posso te buscar em casa e podemos ir ao cinema, ou alguma coisa assim.

- Hoje não posso. – Mordi o lábio inferior sabendo que assim que eu falasse o motivo de não poder sair com ele, ele ficaria irritado. – O Chris me chamou para ir ao cinema, e eu já tinha combinando com ele.

Rodrigo rolou os olhos e saiu irritado. Alfonso e Anahí se juntaram a mim e nós ficamos ali assistindo ao trote, que foi bem divertido. Os calouros tiveram que pagar uma prenda e depois foram bombardeados com balões cheios de tinta. Vi um sorriso de satisfação no rosto de Christopher ao lançar um balão certeiro em Rodrigo, mas ele lançou em todos os calouros, então não considerei aquilo uma provocação.

Quando o trote acabou, Rodrigo nem se quer fez questão de vir falar comigo, ele simplesmente foi embora e eu rolei os olhos. Às vezes ele era extremamente infantil, e eu já estava ficando cansada disso.

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Christopher deixou Alfonso e Anahí na casa do papai, e seguimos para o shopping, nós decidimos comer besteira, então fomos ao fast food, pegamos nossos pedidos e nos sentamos em uma mesa.

- Seu namoradinho foi embora bem irritadinho hoje.

Eu o olhei e comi uma bata frita.

- Sim, e por sua causa. Porque vocês vivem se implicando, hein?

- Porque eu não gosto dele, e nem ele de mim.

Respirei fundo e me concentrei em comer e roubar as batatas fritas dele, para que mudássemos de assunto, mas não adiantou muito.

- Só me promete uma coisa? – Ele pediu e o olhei curiosa. – Não se afasta de mim, você é minha melhor amiga.

- Eu nunca me afastaria de você, Chris. Além disso, eu já te prometi isso a anos atrás.

Eu sorri abertamente para ele e estendi uma mão tocando em sua bochecha e acariciando sua barba rala. Ele me deu um sorriso fofo, e deu um beijo em minha mão.

- E aí, qual filme vamos assistir?

- Você escolhe.

Nós terminamos de comer e fomos até o cinema, eu escolhi uma comedia romântica e ele não reclamou. Seguimos para a sala e nos sentamos. Christopher mantinha um braço em volta de mim, e eu estava com a cabeça deitada no ombro dele. Ele parecia concentrado no filme, eu sorri enquanto o observava e dei um beijo de leve em seu pescoço, fazendo-o se arrepiar e sorrir para mim. Eu aspirei o cheiro do perfume dele, um amadeirado floral almiscarado. Sempre gostei daquele perfume, sempre achei que o deixava ainda sensual. Traguei a saliva e tentei me concentrar no filme, não queria me lembrar da época em que ficávamos, mas era quase impossível. 

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Espero que vocês tenha gostado do primeiro capítulo. 

Eu vou postar durante a semana, e vou fazer um acordo com vocês, se tiver comentários eu posto um capítulo novo, certo? 

Beijinhos e até amanhã <3