Fanfic: O filho do meu pai | Tema: Vondy, AyA

A semana se passou rapidamente, o Rodrigo ainda estava fazendo birra e isso estava me deixando estressada. Essa semana até um simples “oi” era motivo de briga entre nós dois. 

E era exatamente isso que estávamos fazendo, para variar. Estávamos brigando no corredor da faculdade, falávamos em sussurros altos e chamávamos atenção de algumas pessoas que passavam. 

- Deixa de ser criança, Rodrigo. Eu estou cansada disso. 

- Ah! Eu sou a criança da história, Dulce? Me poupe. Você preferiu sair com ele. 

- Escuta o que você está dizendo. Eu não preferi sair com ninguém, eu tinha marcado de sair com ele antes. Além disso, não pense que eu não sei que você me deixou em casa o final de semana, mas foi para o bar com os amigos. - Abracei meu caderno contra o peito, irritada. 

- Seu irmãozinho foi fazer fofoca? 

- Ele não é meu irmão, caralho. - Respire fundo para sufocar o grito que eu quase dei. - E mesmo que ele tenha me dito, por acaso é mentira? 

- Mesmo que fosse, você nunca acreditaria na minha palavra contra a dele.

- Ele não mente para mim. - Joguei em sua cara e ele me olhou ainda mais irritado. 

- Claro, por isso você ficou do lado dele na história do trote. 

Rolei os olhos. Uma das minhas brigas com ele aquela semana, é a história do trote. Ele afirma que Christopher o perseguiu, mas eu assisti ao trote, e por mais que o Christopher tenha jogado tinta nele, não foi da forma que ele estava falando. 

- Eu fiquei do lado dele porque eu assisti ao trote, e não houve perseguição. 

- Quem está ficando cansado dessa história toda sou eu. 

Rodrigo me empurrou com o corpo fazendo com que eu me encostasse na parede e ele ficou na minha frente. Eu via a raiva em seus olhos, e todos os seus gestos demonstrava o quanto ele estava irritado. 

- Você é minha namorada, porra. - Quase gritou.

- Para de falar alto. - Reclamei. - Eu sou sua namorada sim, mas você não está me tratando dessa forma, então para com essa implicância idiota. Eu estou ficando cansada de tanto brigar.

- O que você quer dizer com isso? - Me olhou preocupado e eu ergui ainda mais a cabeça. 

- Você me entendeu muito bem, tenho certeza. 

- O que está acontecendo aqui?

Olhei para o lado e vi Christopher e Alfonso, os dois estavam sérios e com os braços cruzados. Respirei fundo e mordi o lábio inferior. 

- Não é da conta de vocês. - Rodrigo falou grosseiramente e Alfonso me puxou pelo braço, fazendo com que eu fosse para o seu lado. 

- A Dulce é minha irmã, então é da minha conta sim. 

- Está tudo bem, Poncho. Só estávamos conversando. - Respondi calmamente querendo evitar mais brigas. - Mas já acabamos, então vamos comer alguma coisa. 

Alfonso assentiu com a cabeça e passou o braço por meu ombro, me guiando para longe dali. Christopher caminhava ao nosso lado, mas continuava calado e sério. 

- Foram me chamar na sala dizendo que vocês dois estavam brigando e que ele estava muito alterado. - Alfonso explicou antes que eu pudesse perguntar. - Fiquei preocupado que ele fizesse alguma coisa e achei melhor te tirar de lá. 

- Tudo bem. - Assenti com um sorriso forçado. 

Nós seguimos para o pátio e sentamos em uma mesa. Alfonso foi comprar lanches para nós, e eu aproveitei que estava sozinha com o Christopher para perguntar porque ele estava daquele jeito. 

- Sabe que eu não gosto do Rodrigo, e vê-lo daquele jeito contigo hoje me deu vontade de matá-lo. 

- Foi só uma briga. Não precisa de nada disso. Se você for preso, quem vai cuidar de mim? 

Perguntei para fazê-lo rir, mas tudo o que consegui foi um sorriso forçado. Alfonso logo voltou a mesa sendo acompanhado por Anahí e trazendo nossos lanches. 

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Os dias foram se passando, e com eles as semanas. Já tinha quase um mês desde a minha última briga com o Rodrigo e ainda não estávamos bem, mal havíamos nos falado e nos encontrado.  Por causa disso eu passei os últimos finais de semana em casa, fiquei com o meu irmãozinho, o Nicholas, e aproveitei para adiantar muitas atividades e trabalhos da faculdade, mas esse final de semana eu iria sair de qualquer jeito. Marquei com Anahí, Alfonso e Christopher de irmos à um barzinho no centro da cidade, onde tinha música ao vivo.  E eu terminava de tomar banho para me vestir e irmos. 

Coloquei um vestido preto tomara que caia e calcei um salto alto da mesma cor, fiz uma maquiagem carregada no lápis de olho, para que destacasse meus olhos e passei um batom vermelho que em contraste com a minha pele, ficava lindo. 

Ouvi batidas na porta e mandei entrar. Pela batida eu tinha certeza que era o Christopher, e vi que estava certa quando ele entrou com um sorriso no rosto. 

- Ual! Você está linda! - Eu sorri para ele através do espelho e o vi se aproximar. 

- Você também está lindo. 

E estava mesmo. Christopher usava coturnos marrom nos pés, uma calça jeans escura, camisa social branca e um casaco da mesma cor que os coturnos. Seu cabelo estava molhado de gel e penteado para trás. Eu senti o perfume dele me embriagar a medida que ele se aproximava de mim. 

- Já estou pronta. 

Avisei enquanto guardava a maquiagem e meu corpo estremeceu de leve quando ele parou atrás de mim e deu um leve beijo em meus ombros descobertos. 

- Vamos tirar uma foto. 

Eu concordei com ele e tiramos uma foto ali em frente ao espelho. Ele passou um dos braços por minha cintura e colou minhas costas ao peito dele. Senti um leve arrepio na nuca e aqueles breves segundos pareceriam durar horas

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O barzinho era muito agradável e aconchegante. Não estava muito cheio quando chegamos e escolhemos uma mesa do lado de dentro, mas não muito próximo ao palco, para que assim pudéssemos conversar. Uma mulher cantava uma música suave e sua voz era doce e prazerosa de se ouvir. 

Nós quatro conversávamos e riamos, sempre me divertia quando saia com eles. Pedimos bebidas e Alfonso foi nomeado o motorista da rodada. Nesse último mês eu e o Christopher estávamos ainda mais próximos que antes, estávamos passando muitas tardes juntos, e ele fazia questão de me buscar e levar em casa depois da faculdade.

- Vocês dois ficam lindos juntos. – Anahí comentou nos fazendo sorrir envergonhado. – Não adiantam me olhar desse jeito, quem ver de longe acham que são namorados.

- Anahí! – A repreendi e ela a mesma rolou os olhos, bebendo a cerveja logo em seguida.

- Ok, eu paro de falar nesse assunto, porque vocês dois estão começando a ficar vermelhos.

Alfonso riu e eu rolei os olhos. A noite estava bastante agradável, até o momento em eu olhei para fora do bar, que tinha uma parede de vidro e senti meu mundo parar aos poucos.

Rodrigo estava sentando em uma mesa com uma mulher loira. Os dois conversavam com intimidade, riam e suas mãos se tocavam o tempo inteiro. Traguei a saliva e senti meus olhos arderem com lagrimas querendo cair. Acho que os outros olharam na mesma direção que eu estava olhando, por que Anahí segurou minha mão e me fez olha-la.

- Você quer ir embora?

Apenas balancei a cabeça concordando e Christopher se levantou, e me estendeu a mão.

- Vocês não precisam ir por minha causa, eu vou pegar um taxi e preciso ficar sozinha agora.

Eu nem se quer olhei para os outros, apenas sai andando na frente. Mas Christopher me alcançou e segurou minha mão.

- Chris, eu preciso ficar sozinha.

- Tudo bem, mas antes disso, eu vou te levar para casa. Não vou deixar você pegar um taxi, sozinha.

Balancei a cabeça concordando, e vi Alfonso e Anahí se aproximando. Christopher me guiou para o carro, mas antes de entrar eu olhei bem para mesa em que o Rodrigo estava sentado e fui até lá em passos firmes, e com a cabeça erguida.

- Peçam o camarão, é uma ótima pedida. – O Rodrigo me olhou assustado e eu sorri friamente enquanto tirava o anel que ele havia me dado a alguns meses e o deixava em cima da mesa. – Boa noite.

- Dulce, espera.

Não esperei para ouví-lo, apenas entrei no carro e fui seguida pelos outros. Alfonso nem o deixou se aproximar, e arrancou com o carro rapidamente.

Alfonso dirigia o carro com cuidado e Anahí estava ao seu lado no banco do passageiro enquanto Christopher me acompanhava no banco de trás. Eu estava com a cabeça encostada no vidro da janela e olhava para a rua sem prestar atenção. Eu sentia vontade de chorar, mas não faria isso na frente do meu irmão e dos meus amigos. Christopher segurava minha mão e a acariciava com carinho, ninguém falava nada em respeito a mim.

Mal esperei o Alfonso estacionar o carro, e sai correndo dele. Fui direto para o meu quarto e assim que fechei a porta senti as lágrimas rolando por meus olhos. Tirei minha roupa e entrei no banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água quente escorrer por meu corpo junto com minhas lágrimas.

Não sei quanto tempo fiquei debaixo do chuveiro, mas sei que quando sai do banho, já não tinha o que chorar. Me enrolei na toalha e peguei outra toalha para enxugar o cabelo.  Quando abri a porta que dava para o meu quarto, encontrei com o Christopher sentando em minha cama, ele não me disse nada, apenas abriu os braços e eu corri para ele sem me importar em estar nua debaixo da toalha.

- Pequena, eu estou aqui.

- Eu sei.

Sussurrei e me aninhei em seus braços que envolviam meu corpo carinhosamente. Ele beijou minha cabeça e se levantou.  Senti saudades dos seus braços em minha pele no mesmo segundo em que ele se afastou, mas apenas o observei abri o meu guarda roupa e pegar uma roupa para mim.

- Melhor vestir uma roupa.

Eu concordei e sorri sem ânimo. Fui para o banheiro me vestir e vi que ele tinha pego um moletom dele que eu havia roubado a muito tempo e costumava usar para dormi, e uma calcinha box. Antes de sair do banheiro, ele abriu a porta e me olhou com um sorriso fofo, eu tentei retribuir, mas não tinha ânimo para isso.  

- Você precisa secar esse cabelo ou vai ficar doente.  

- Eu não tenho paciência para isso, não agora.

- Mas eu tenho.

Christopher me fez sentar na tampa do sanitário e ligou meu secador na tomada. Ele secou meu cabelo com paciência e só me deixou levantar quando meu cabelo estava completamente seco.  

- Quer comer alguma coisa? - Neguei com a cabeça. - Você não comeu nada hoje.

- Não sinto fome, Chris.

- Tudo bem, hoje passa.

Christopher cuidou de mim aquela noite. Me colocou deitada na cama, me cobriu e ficou fazendo cafuné em minha cabeça até eu pegar no sono, o que demorou muito para acontecer, porque eu não conseguia para de pensar na cena que tinha visto naquele bar.

Agradeci a Christopher mentalmente por ele não ter tocado no assunto e tentado conversar comigo sobre o Rodrigo.  

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NO PRÓXIMO CAPÍTULO:

- Quer que eu faça uma massagem? - Eu assenti. - Senta aqui na minha frente, que eu faço.

- Oba!

Fiz um coque frouxo no cabelo e me sentei em sua frente. Christopher começou a fazer uma massagem em meus ombros, aliviando minha dor e fazendo-me relaxar.  Senti seus dedos roçarem em meu pescoço, e um arrepio percorreu meu corpo, mordi o lábio evitando que um gemido escapasse da minha garganta, mas acho que ele percebeu porque na mesma hora se afastou. 

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Oi meninas! Em primeiro lugar, gostaria de dar boas vindas as novas leitoras, espero que gostem da fanfic <3 Em segundo lugar, gostaria de dizer que final de semana eu não vou postar, geralente vou para casa do boy, mas se tiver comentários até umas 15 horas, eu posso postar mais um. 

Juh_RBDmaniaca: Obrigado >.<' As fics da Blanca são as melhores mesmo, já tive o prazer de ler quase todas <333

gaelli: Que bom que gostou <3

min_vidal2003: Seja bem vinda, querida. <3

Blanca : O Uckermann é o melhor nessa fic <33 Acho que você estava super certa, e ele vai continuar aprontando. 

Biiih Uckermann ❤Ӿ: Espero que continue gostando <3