Fanfic: O filho do meu pai | Tema: Vondy, AyA

- O que ele sabe?

- De tudo. Desde a primeira vez que ficamos até agora.

- Tem certeza?

- Ele me contou. – Suspirei. – Fiquei em pânico no começo, mas ele disse que se nos amassemos, ele iria apoiar.

- Entendo.

- Isso muda tudo, não é?­

- Não vou voltar agora, Dulce. – Ficamos em silêncio e suspirei. – Vou terminar meu intercambio e volto em um ano.

- E o que isso significa para nós dois?

- Significa que precisamos esperar até eu voltar para decidir isso.

- Você ainda me ama, Christopher?

- Que tipo de perguntar é essa, Dulce? – Ele falou irritado. – É claro que te amo, porra! Acho que te esqueci em alguns dias que saí daí? Meu sentimento é verdadeiro e eterno!

- Desculpa. – Suspirei. – Eu também amo você, eu só precisava ouvir isso.

- Eu te amo, Dulce. E eu estou sentindo sua falta a cada segundo.

Eu não ia conseguir, eu não ia conseguir esperar um ano para estar com ele outra vez.

- Eu também, Chris. – Suspirei. – Eu preciso desligar.

Nos despedimos e eu desliguei o celular, saindo da minha cama e indo procurar o meu pai, precisava conversar com ele.

XXX

Cheguei na casa da minha mãe no dia seguinte e a encontrei na sala, estava sentada no sofá enquanto o Nicholas brincava no chão com a babá. Ele correu para mim e eu a carreguei, abraçando-o fortemente, depois pedi que babá dele o levasse para cima, porque eu precisava conversar com minha mãe.

- O que aconteceu, querida?

- Mãe, eu preciso te contar uma coisa.

- Ai meu Deus, não me diga que você está grávida! – Perguntou assustada e eu neguei com a cabeça e ela suspirou aliviada. – Então o que aconteceu?

- Mãe, eu estou apaixonada. – Ela sorriu abertamente e eu também. – Eu estou apaixonada por uma pessoa incrível e eu o perdi porque tinha medo da reação da senhora e do meu pai, mas eu não posso ficar sem ele, por isso preciso contar a você.

- Dulce, estou ficando preocupada. Não me diga que você está namorando com um marginal.

- Christopher.

- O que?

- Eu estava namorando com o Christopher, mamãe. E eu o amo.

O silêncio reinou na sala. Minha mãe tinha os arregalados e a surpresa estampada no rosto, e eu já estava chorando, para variar.

- Fala alguma coisa, mãe.

- Vocês são irmãos.

- Não somos. – Protestei. – Não somos irmãos, mãe. Não somos.

- São sim. – Gritou. – São irmãos.