Fanfic: O filho do meu pai | Tema: Vondy, AyA

Minha mãe estava nervosa e histeria. Ela gritava e andava de um lado para o outro. Repetia o tempo inteiro que éramos irmãos e que isso não podia estar acontecendo. Robert entrou em casa e correu até ela, perguntando o que houve e ela continuava a gritar.

- Mãe, me escuta, por favor. – Gritei. - As coisas não são assim.

- Como não? Isso é errado. É pecado.

- Mãe! – Rolei os olhos irritada. – Não somos irmão e nos amamos.

- Eu proíbo isso, Dulce.

- Eu sou maior de idade, a senhora não pode me proibir. – Suspirei. – O papai sabe, ele nos apoiou.

- O Fernando enlouqueceu.

- Não, ele apenas quer a nossa felicidade. E a minha felicidade é ao lado dele. – Respirei fundo e enxuguei minhas lágrimas. – Eu viajo depois do natal.

- O que?

- Vou atrás do Christopher, vou fazer um intercâmbio também.

- Dulce....

- Nada do que a senhora diga vai me impedir, mãe.

- Se for não precisa voltar.

- Blanca. – Robert a repreendeu e eu arregalei os olhos. Não esperava aquela reação.

- Se for ficar com o Christopher, vai ser longe dessa casa e de mim.

- Vou arrumar minhas malas. – Murmurei.

Eu subi correndo e chorando. Comecei a jogar todas as minhas roupas e coisas dentro de várias malas. Liguei para Alfonso e Anahí e eles chegaram minutos depois, me ajudaram a guardar minhas coisas e depois a carregamos para o carro. Minha mãe não estava na sala e o Robert apareceu antes que eu pudesse sair.

- Ela falou da boca para fora, vai se arrepender. – Ele a defendeu. – Você não precisa ir embora.

- Eu vou para Nova York depois do natal mesmo. – Dei de ombros e ele me abraçou apertado. Robert sempre havia me tratado como se fosse uma filha.

- Qualquer coisa que precisar, me avise. Está bem? – Assenti ainda abraçada a ele. – Sabe que te amo como se fosse uma filha, não é?

- Claro que sei. – Sorri para ele. – Também amo você como se fosse um pai para mim.

- Quero que seja feliz, menina. E sempre desconfiei de vocês dois. – Sorri timidamente e ele riu baixo. – Se o Christopher aprontar alguma, você me fala e eu acabo com ele. – Aperou meu nariz e eu ri.

- Pode deixar, papito. Cuida da minha mãe e do Nick, ok?

- Pode deixar.

Ele me ajudou a pôr as coisas no carro e Alfonso arrancou em seguida. Me levando para casa do meu pai. O mesmo não estava em casa, mas assim que chegou do trabalho foi falar comigo e eu desabei em seu colo outra vez. Ele disse que ficaria tudo bem, que conversaria com minha mãe.

Mas não ficou.