Fanfic: O filho do meu pai | Tema: Vondy, AyA

Seis meses se passaram desde que cheguei a Nova York e as coisas estavam cada vez melhor, quer dizer, tirando o fato da minha mãe ainda não falar comigo.

- Oi, amor. – Falei atendendo o celular e abrindo a porta do loft.

- Oi, pequena. Eu vou me atrasar um pouco, mas logo chego em casa.

- Certo, amor. Venha com cuidado.

- Pode deixar.

Fechei a porta do loft e o observei atentamente enquanto sorriamos. Havíamos transformado aquele lugar em nosso canto, deixando-o a nossa cara. Agora ele tinha moveis espalhados pelo enorme cômodo. Compramos um sofá novo, preto e espaçoso, um tapete felpudo branco estava em baixo dele e tinha uma mesa de centro. O sofá permanecia de frente para lareira, que sustentava uma vitrola, objetos de decoração e livros. Na parede tinha uma enorme TV suspensa. E ao lado da lareira, no chão, havia uma pilha enorme de discos de vinis, que o Christopher gostava de colecionar.

Embaixo da escada tinha duas mesas grandes com nosso computadores e materiais de estudos. Penduramos cortinas brancas nas janelas e embaixo delas colocamos um tapete enorme com várias almoçadas. Também compramos uma mesa redonda e cadeiras e a colocamos entre o sofá e a janela.

- Lar doce lar.

Segui para a cozinha e bebi um pouco de água enquanto observava a geladeira, que estava coberta com fotos minhas e de Christopher, e bilhetes que deixávamos um para o outro quando um precisava sair mais cedo.

Também havíamos mudado o quarto também. Mantivemos apenas o colchão no chão, mas compramos uma arara de roupa para que eu pudesse pendurar algumas coisas, já que não guarda roupa não coube tudo, e colocamos duas caixas nas laterais do colchão para servir de criado-mudo. Colamos alguns pôsteres de bandas de rock nas paredes e fotos nossas. Eu até inventei de colocar um pisca-pisca no quarto, e por mais que nunca ligássemos, ele estava preso na parede.

Me livrei do casaco, luva e touca que usava e me joguei no colchão. Esperaria por Christopher ali.

Ainda me lembrava perfeitamente na quantidade de comentários havia recebido na foto e quando colocamos em relacionamento sério no Facebook. Eu tinha vontade de rir sempre que me lembrava daquilo. Dezenas de pessoas perguntaram o que estava acontecendo. Dezenas de calouras vadias comentaram que éramos irmãos e que isso era errado, e eu apenas ri daquilo tudo. Christopher havia escrito um texto explicando que não éramos irmãos, mas eu nem fiz questão ler os comentários. Nós continuávamos postando fotos, e continuávamos felizes juntos. Para mim bastava que aquelas putas soubessem que ele era meu.

- Cheguei, meu amor. – Christopher falou se jogando em cima de mim e me fazendo rir.

- Achei que fosse demorar mais. – Comentei envolvendo meus braços em seu pescoço.

- Eu falei que ia me atrasar porque parei para comprar comida chinesa para nós dois.

- Hm. Isso me parece bem gostoso.

- Concordo. – Sorriu e me beijou. – Agora vamos comer antes que esfrie.

Christopher se levantou e me puxou com ele. Nós descemos rindo e almoçamos enquanto conversávamos sobre o nosso dia. Ele me contava como havia sido no curso e eu lhe contava sobre a faculdade.