Fanfics Brasil - 5 Um Porto Seguro

Fanfic: Um Porto Seguro | Tema: rbd RBD ponny AyA aya anahi alfonso


Capítulo: 5

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DEVIDO AO TEMPO EXCELENTE QUE FAZIA, a loja estava mais movimentada do que


o habitual naquele domingo. Quando Poncho destrancou a porta, às 7 da manhã, já


havia três barcos amarrados no ancoradouro esperando para que a bomba de


gasolina fosse ligada. Como já era típico, enquanto pagavam pela gasolina, os


donos dos barcos aproveitavam para comprar petiscos, bebidas e sacos de gelo


para levar nos barcos. Roger — que estava trabalhando na churrasqueira, como


sempre — não teve um minuto de folga desde que colocou seu avental, e as


mesas estavam cheias de gente comendo salsichas empanadas, cheesebúrgueres


e pedindo alguma dica sobre o mercado de ações.


Geralmente, Poncho ficava no comando da caixa registradora até o meio-dia,


quando passaria as rédeas a Joyce. Assim como Roger, Joyce era uma


funcionária que facilitava muito o trabalho de cuidar da loja. Joy ce, que havia


trabalhado no tribunal até o dia de sua aposentadoria, veio “de presente” com a


loja, por assim dizer. O sogro de Poncho a contratara havia dez anos e agora,


mesmo contando 70 anos de idade, ela não dava qualquer sinal de que quisesse


levar uma vida mais tranquila. Seu marido morrera alguns anos antes, seus filhos


haviam se mudado para outras cidades e ela tratava os clientes como se fossem


sua verdadeira família. Joyce era tão característica da loja como os produtos nas


prateleiras.


Além disso, ela entendia que Poncho precisava passar o tempo com seus


filhos, longe da loja, e não se incomodava de ter que trabalhar aos domingos.


Assim que chegava, ia direto para trás do balcão onde estava a caixa registradora


e dizia a Poncho que ele podia ir para casa, parecia ser realmente a chefe do lugar


em vez de uma das funcionárias. Joyce também era a babá, a única pessoa em


quem ele confiava para ficar com as crianças se ele tivesse que sair da cidade.


Aquilo não era comum — acontecera apenas duas vezes nos últimos dois ou três


anos, quando ele se encontrara com um velho amigo dos tempos do exército em


Raleigh — mas Poncho reconhecia que Joyce fora uma das melhores coisas que já


acontecera em sua vida. Quando ele precisava dela, Joyce sempre estava pronta


para ajudar.


Enquanto esperava pela chegada de Joyce, Poncho andou pela loja,


verificando as prateleiras. O sistema informatizado era ótimo para gerenciar o


inventário, mas ele sabia que fileiras de números nem sempre contavam toda a


história. Às vezes, achava que tinha uma noção melhor do que precisava ser


reposto se realmente olhasse as prateleiras para verificar o que havia sido


vendido no dia anterior. O sucesso de uma loja exigia que as mercadorias fossem


repostas o mais rapidamente possível, e aquilo significava que, vez por outra,


tinha que oferecer produtos que nenhuma outra loja oferecia. Ele tinha compotas


e geleias caseiras, temperos em pó feitos com base em “receitas secretas” e que


davam mais sabor às carnes e aos cortes de porco e uma boa variedade de frutas


e vegetais enlatados produzidos nas redondezas. Até mesmo pessoas que faziam


compras regularmente em supermercados como o Food Lion ou o Piggly


Wiggly vinham frequentemente dar uma olhada na loja de Alex para comprar


os produtos especiais que ele fazia questão de manter em estoque.


Ainda mais importante do que o volume de vendas de um produto, ele


gostava de saber sobre quando certos produtos eram vendidos, algo que não


aparecia necessariamente nas suas planilhas. Poncho havia percebido, por exemplo,


que o pão para cachorro-quente vendia muito bem aos fins de semana, mas


raramente saía das prateleiras durante a semana; com pães tradicionais, era o


oposto. Percebendo isso, aproveitou para manter mais unidades de cada um deles


em estoque quando a demanda aumentava, e as vendas cresceram. Não era


muito, mas o dinheiro extra o ajudava a manter sua pequena loja lucrando


enquanto as grandes cadeias de lojas e supermercados tiravam a maioria das


pequenas empresas locais do mercado.


Enquanto examinava as prateleiras, ele começou a imaginar o que iria fazer


com as crianças naquela tarde, e decidiu levá-las para um passeio de bicicleta.


Carly sempre gostou de colocar as crianças em um carrinho de bebê


especialmente feito para ser conectado à sua bicicleta e de pedalar em direção à


cidade. Mas um passeio daqueles não era o bastante para ocupar a tarde toda.


Talvez eles pudessem ir de bicicleta até o parque... talvez fosse algo que eles


quisessem fazer. Com uma rápida olhada em direção à porta da frente para ter


certeza de que ninguém estava prestes a entrar na loja, ele correu até o cômodo


que servia como depósito na parte de trás da loja e colocou a cabeça para fora


de uma janela. Josh estava pescando no ancoradouro, a coisa que ele mais


gostava de fazer na vida. Alex não gostava de deixá-lo sozinho ali fora — ele não


tinha dúvidas de que algumas pessoas o considerariam um péssimo pai por


permitir que aquilo acontecesse —, mas Josh sempre ficava no campo de visão


das câmeras de segurança e Poncho podia vê-lo no monitor que ficava ao lado da


caixa registradora. Era uma das regras da família e Josh sempre a respeitara.


Kristen, como de costume, estava sentada em sua mesinha atrás do balcão da


registradora. Ela havia separado as roupinhas da boneca em diferentes pilhas e


parecia alegre em trocar as roupas da boneca de um modelo para o outro. A


cada vez que finalizava, ela olhava para Poncho com uma expressão alegre e


inocente, e perguntava ao papai se ele achava que a boneca continuava bonita.


Como se fosse possível para Poncho dizer que não achava.


Menininhas. Elas conseguiam amaciar os corações mais embrutecidos.


Poncho estava organizando alguns dos frascos de condimentos quando ouviu


soar a campainha que tocava quando um cliente abria a porta da loja.


Levantando a cabeça por cima da gôndola, ele viu Annie entrar na loja.


— Oi, senhorita Annie — disse Kristen, aparecendo por trás da caixa


registradora. — Você gosta das roupas que eu coloquei na minha boneca?


Do lugar onde estava, ele mal conseguia ver a cabeça de Kristen por cima


do balcão, mas ela trazia nas mãos... Vanessa? Rebeca? Qualquer que fosse o


nome da boneca de cabelos castanhos. E a segurava para o alto para queAnnie


pudesse vê-la.


— Ela está linda, Kristen — respondeu Annie. — Esse vestido é novo?


— Não, eu o ganhei faz algum tempo. Mas ela não o usou nos últimos dias.


— Qual é o nome dela?


— Vanessa — disse ela.


“Vanessa”, pensou Alex. Quando ele elogiasse Vanessa mais tarde,


pareceria um pai bem mais atencioso.


— Foi você que deu esse nome a ela?


— Não, ela já veio com esse nome. Pode me ajudar a calçar as botas nela?


Eu não consigo puxá-las até os joelhos.


Poncho observava quando Kristen entregou a boneca para Anniee quando a


cliente começou a calçar a boneca com as botas de plástico flexível. Por


experiência própria, Poncho sabia que era mais difícil do que parecia. Uma


garotinha não teria condições de puxar as botas para que se encaixassem. Ele


teve dificuldades para fazer aquilo, mas, de algum modo,Annie fez com que tudo


parecesse bem fácil. Ela devolveu a boneca e perguntou: — O que acha?


— Está linda. Você acha que seria bom colocar um casaco nela?


— Não está tão frio lá fora.


— Eu sei, mas Vanessa é meio friorenta às vezes. Eu acho que ela vai


precisar de um.


A cabeça de Kristen sumiu por trás do balcão e logo voltou a aparecer. —


Qual ficaria melhor nela? Um azul ou um roxo?


Annie colocou um dedo na boca, analisando os casacos com uma expressão


séria. — Acho que o roxo vai ficar mais bonito.


Kristen assentiu. — É o que eu estava pensando também. Obrigada.


Annie sorriu antes de desviar o olhar, e Poncho concentrou sua atenção nas


mercadorias antes que ela percebesse que ele a observava. Com o canto dos


olhos, ele viu Annie pegar uma pequena cesta de compras antes de ir para um


outro corredor.


Poncho voltou para o balcão da caixa registradora. Quando ela o viu, ele


acenou amigavelmente. — Bom dia.


— Oi — ela tentou colocar uma mecha de cabelo por trás da orelha, mas


era curta demais para ficar no lugar. — Só preciso pegar algumas coisas.


— Me avise se não conseguir encontrar algo de que precisa. Às vezes os


produtos são remanejados.


Ela fez que sim com a cabeça antes de continuar a andar pelo corredor.


Quando Poncho assumiu seu posto atrás da caixa registradora, ele deu uma rápida


olhada na tela do monitor. Josh estava pescando no mesmo lugar enquanto um


barco se aproximava lentamente do ancoradouro.


— O que você acha, papai? — perguntou Kristen enquanto puxava a barra


das calças dele com uma mão e segurava a boneca com a outra.


— Oh, ela está linda — disse Poncho, agachando-se ao lado dela. — E gostei


bastante do casaco também. Vanessa é meio friorenta, não é?


— É, sim. Mas ela me disse que quer brincar no balanço, então


provavelmente vai ter que se trocar.


— É uma ótima ideia. Talvez possamos ir ao parque depois do almoço. Se


você quiser brincar no balanço também — propôs Poncho.


— Não quero brincar no balanço. É a Vanessa que quer. E é só no faz de


conta, papai.


— Ah, tudo bem — disse ele, levantando-se. “Lá se vai o passeio no


parque”, pensou ele.


Perdida em seu próprio mundo, Kristen começou a despir a boneca


novamente. Poncho deu uma olhada no monitor para ver onde Josh estava, bem no


momento em que um adolescente entrou na loja, trajando apenas uma bermuda.


Ele lhe entregou um maço de notas.


— Para a bomba de gasolina no ancoradouro — disse ele, antes de correr


para fora. Poncho registrou a compra da gasolina e acionou a bomba enquanto


Annie vinha até a caixa registradora. Quando ela olhou por cima do balcão para


ver onde Kristen estava, Poncho percebeu a mudança da cor dos olhos dela.


— Encontrou tudo o que precisava?


— Sim, obrigada.


Ele começou a guardar as compras que ela fez em uma sacola plástica. —


Meu livro favorito de Dickens é Grandes esperanças — disse ele, tentando


parecer amistoso enquanto colocava os produtos na sacola. — Qual é o seu?


Em vez de responder imediatamente, ela pareceu se assustar por ele ter


lembrado que ela havia dito que gostava de Dickens.


— Um conto de duas cidades — respondeu ela, com a voz suave.


— Gostei desse também. Mas é uma história triste.


— Sim. É por isso que eu gosto dela.


Como ele sabia que ela voltaria para casa a pé, ele colocou mais uma


sacola ao redor da primeira.


— Eu imagino que, como você já conhece a minha filha, é hora de eu me


apresentar. Meu nome é Alfonso.Alfonso Herrera. Mas pode me chamar de Poncho.


— O nome dela é senhorita Annie — disse Kristen por trás dele. — Mas eu


já lhe falei isso, não lembra?


Poncho olhou para Kristen por cima do seu ombro. Quando se voltou para


Annie, ela estava sorrindo enquanto lhe entregava o dinheiro.


— Apenas Annie — disse ela.


— Prazer em conhecê-la, Annie.


Ele tocou nas teclas e a gaveta da registradora se abriu com o som de uma


sineta. — Imagino que você more aqui perto.


Ela nunca conseguiu responder. Em vez disso, quando Poncho olhou para


cima, percebeu que os olhos dela haviam se arregalado pelo medo. Virando-se


para trás, ele percebeu o que ela havia visto no monitor que estava atrás dele:


Josh havia caído na água, ainda vestindo suas roupas, e se debatia, agitando os


braços em pânico. Poncho sentiu sua garganta se fechando repentinamente e


começou a se mover por instinto. Ele saiu correndo de trás do balcão, passando


em disparada pela loja e pelo depósito. Ao abrir a porta, esbaforido, esbarrou em


um caixote de toalhas de papel, derrubando-o no chão, mas não diminuiu o passo.


Poncho abriu a porta dos fundos com toda a força, sentindo a adrenalina lhe


correr pelo corpo enquanto saltava por sobre alguns arbustos, encurtando o


caminho até o ancoradouro. Chegou sobre a estrutura de madeira correndo a


toda velocidade. Quando tomou impulso e saltou, Poncho conseguiu ver Josh na


água, agitando os braços.


Com o coração batendo forte contra as costelas, Poncho voou pelo ar e atingiu


a água bem perto de onde Josh estava. A profundidade não era grande — menos


de dois metros, ele imaginava — e, ao sentir os pés encostarem no fundo


lamacento, afundou até os tornozelos. Ele lutou para voltar à superfície e sentiu a


pressão nos seus braços quando os estendeu para pegar Josh.


— Pronto, peguei você! — gritou ele. — Peguei você!


Mas Josh estava se debatendo e tossindo, sem conseguir recobrar o fôlego.


Poncho teve que se esforçar para contê-lo enquanto o trazia de volta para a parte


mais rasa da água. Depois, com um esforço imenso, levou Josh para a margem


coberta pela grama, com as alternativas lhe correndo pela mente: massagem


cardíaca, respiração boca a boca, ou tentar forçar Josh a expelir a água que


havia engolido. Ponho tentou fazer com que o filho deitasse de costas, mas o


menino resistia. Ele se debatia e tossia, e embora ambos ainda estivessem


dominados pelo pânico, aquela reação significava que Josh ficaria bem.


Poncho não sabia quanto tempo levara — talvez apenas alguns segundos, mas


parecia ter demorado bem mais —, até que Josh finalmente, ao tossir, cuspisse


um jato d’água e pela primeira vez conseguiu recobrar o fôlego. Ele respirou


fundo e voltou a tossir; inalou mais uma vez e tossiu novamente, embora, desta


vez parecesse mais como se ele estivesse limpando a garganta. Ele puxou o ar


mais algumas vezes, ainda afetado pelo pânico, e foi somente então que o garoto


pareceu perceber o que havia acontecido.


Ele se aproximou de seu pai e Poncho o abraçou com força. Josh começou a


chorar, com os ombros tremendo. Poncho sentiu seu estômago embrulhar ao pensar


no que poderia ter acontecido. E se ele não tivesse percebido que Annie estava


olhando para o monitor? E se mais um minuto tivesse se passado? As respostas


para aquelas perguntas faziam com que ele tremesse tanto quanto Josh.


Depois de alguns minutos, o choro de Josh começou a diminuir e ele disse


suas primeiras palavras desde que Poncho o tirou da água.


— Me desculpe, papai — disse ele, entre soluços.


— Me desculpe também — sussurrou Poncho. Ele continuou abraçando seu


filho, temendo que, se ele o soltasse, de algum modo o tempo começasse a


retroceder e que, se aquilo acontecesse de novo, o resultado pudesse ser


diferente.


Quando finalmente conseguiu afrouxar os braços ao redor de Josh, Pocho viu


que havia um grupo de pessoas olhando para eles atrás da loja. Roger estava lá,


assim como os clientes que estavam comendo perto da churrasqueira. Outros


dois clientes esticavam os pescoços, provavelmente recém-chegados. E, é claro,


Kristen estava lá também. Ele repentinamente voltou a se sentir um pai terrível,


porque ele viu que sua garotinha estava chorando, com medo, e precisando dele,


mesmo que estivesse aninhada nos braços de Annie.


 



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Autor(a): dara_goulart

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • Juliana_ Postado em 11/05/2016 - 23:13:11

    Nossa susto o Poncho levou Continua a fic está muito legalllllllllllllllllllllllllllllll

  • Juliana_ Postado em 07/05/2016 - 00:08:20

    Ser não foi muito em comodo diminui um pouco os capítulos CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA a fic esta ficando legallllllllllll

  • Postado em 06/05/2016 - 23:51:06

    Ser não foi muito em comodo diminui um pouco os capítulos CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA a fic esta ficando legallllllllllllllllllllll

  • Juliana_ Postado em 05/05/2016 - 23:42:30

    Obrigado posta mais louca que Anahí e Poncho se conhecem CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • dara_goulart Postado em 05/05/2016 - 21:03:10

    AI Q EMOÇÃO KKKKKKK vou postar outro daqui a pouco só pq vc comentou bjzzzz

  • Juliana_ Postado em 05/05/2016 - 17:33:17

    Oieeee 1° a comentar CONTINUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA


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