Christopher Uckermann 

Dulce estava no trabalho, mais tarde como sempre ia busca-lá, mas agora eu estava trabalhando no meu escritório. Tinha lido alguns relatórios e analisado a quantia mensal que a construtora Uckermann ganhara esse mês e as contas não batiam. Faltava dinheiro, muito dinheiro na verdade.

Já faz um tempo que vinha notando um desfalque tanto na construtora, tanto nos hotéis ou em outros empreendimentos Uckermann, nada muito grande, mas esse mês o lucro nos relatórios eram de dezenas de milhares e quando conferia no banco os números eram baixíssimo.

Era como se tivesse sido roubado.

Mas..como?

Ninguém além de mim sabia das senhas e não tinha como transferir sem que o banco confirmasse comigo, além do mais tinha um forte sistema de segurança digital que impedia de hackers me arquearem e roubarem.

Então por que os desfalques?

Teria que descobrir antes que isso afete seriamente os negócios 

Ouvi batidas na porta e Brayan entrou na sala com meu notebook nas mãos.

Brayan: Vim devolver. - avisou deixando na mesa - Chegou as encomendas do desfile pra Dulce. Julie já deixou no quarto de vocês.

Christopher: Quando trabalhava pra mim chegou a comprar quantas propriedades sem que eu soubesse?

Brayan: Nenhuma. Todas que comprei em seu nome foi com você sabendo.

Christopher: Esse prédio é meu, achei que tivesse comprado. 

Brayan: E eu achei que fosse você que tivesse comprado. - franziu o cenho.

Christopher: De uma forma misteriosa estão me roubando. - confessei.

Brayan: Como assim?

Christopher: Estou sofrendo desfalques já tem um tempo, nada muito grande, mas esse mês foi bastante dinheiro.

Brayan: Acha que te hackeram?

Christopher: Sabe do sistema de segurança, é difícil fazer isso, fora que a maior parte da fortuna é protegida com a minha digital.

Brayan: Mas a outra metade do dinheiro é protegida apenas com senhas comuns que podem ser criptografadas, se eu fosse você só por garantia procuraria outra proteção de sistema - aconselhou. - E tentava descobrir o porque dos desfalques.

Christopher: Vou fazer isso. 

Brayan: Bom, vou voltar pra sala - começou andar até a porta.

Christopher: Brayan?

Brayan: Sim? - me encarou.

Christopher: Quer voltar a ser meu assistente?

Brayan: Demorou para me pedir de novo - riu.

Christopher: Engraçadinho, mas se não quiser tem um monte de gente querendo.

Brayan: Gente que você não confia. - debochou - Além do mais ninguém trabalha melhor do que eu. - sorriu.

Christopher: Quer ou não? - rosnei.

Brayan: Me perdoou? 

Christopher: Apeser de ter seduzido minha irmã e a engravidado de baixo do meu nariz, o meu sobrinho foi uma das duas melhores coisas que aconteceram na minha vida.

Brayan: E qual é a outra?

Christopher: Dulce Maria - sorri.

Brayan: Ok. Amanhã a gente começa tudo outra vez. 

Quando Brayan saiu voltei a trabalhar.

[...]

No evento beneficente que aconteceu na noite de domingo, ontem, na casa do governador Roberto Monteiro Lobato a elite carioca compareceu em peso, incluindo, o novo casal do momento Christopher Uckermann e sua namorada, Dulce Maria estudante de medicina de vinte anos. O casal só foi sorrisos e carinhos durante a noite inteira e antes de deixar o evento, o milionário fez uma doação de mais de quarenta milhões de reais. Confira agora as imagens do casal no evento.

Várias fotos de Dulce e eu no evento de ontem preencheu a tela da TV. Baixei o volume quando o telefone do apartamento tocou e Julie atendeu.

Julie: Sim..? - esperou - Não. Não queremos dar entrevista para ninguém, nem mesmo minha cunhada. Adeus! -desligou - Já é o sétimo jornalista que liga querendo entrevistar a Dul.

Christopher: Só vai piorar.

Daqui a pouco vão pesergui-lá em todos os lugares.

Julie: Já viu os convites de outros eventos? - perguntou com tédio.

Christopher: Sim. É só descobrir que estou no Brasil que começam a me enviar esses convites.

Julie: Vai em todos?

Christopher: Todos não. Só em alguns. Inclusive já escolhi o próximo evento.

Um leilão no melhor clube da cidade.

O telefone voltou a tocar.

Julie: Não vou mas atender. - cruzou os braços irritada.

Christopher: Eu atendo. - estiquei os braços pegando o telefone - Alô? 

Richard: Estou chegando ao Brasil amanhã. - foi logo avisando - Quero saber como anda os negócios e saber como ficará a situação da Julie.

Christopher: Um "Olá filho, como vai?" seria bom. - ironizei - Demorou a ligar para conversar sobre isso.

Richard: É por isso que chego amanhã, no almoço já tenho compromisso, é por isso que prefiro um jantar, está bom pra vocês? 

Christopher: Claro.

Richard: Sua namorada estará presente? Quero conhece-lá, ver se é tão bonita quanto nas fotos.

Christopher: Ela estará sim, mas depois da faculdade, por isso o jantar irá ser tarde, vamos espera-lá.

Richard: Não tenho problema com isso. Sua mãe falou horrores dela, quero ver se é tudo isso mesmo. Alexandra sempre é exagerada.

Christopher: A minha namorada não é nada do que Alexandra falou. - a defendi - E se for trata-la do jeito que sua ex mulher tratou, é melhor nem vir.

Richard: Parece que não conhece seu pai Christopher. - suspirou - Nunca trato mal uma mulher bonita.

Isso ele tinha razão.

Christopher: Aguardo você. - desliguei.

Julie me encarava curiosa.

Julie: Ele vai vir aqui?

Christopher: Depois de muito tempo, amanhã vamos jantar com o nosso pai.

Julie: Acha que ele vai tentar me convencer a machucar o meu bebê?

Christopher: Não. Apesar de tudo, ele não é como Alexandra. - sorri.

Julie suspirou.

Christopher: Vêm cá..- a puxei para um abraço apertado - Ninguém irá machucar o meu sobrinho.

Julie ficou em silêncio.

Christopher: Quer ir buscar a Dul na faculdade comigo?

Julie: Não. Mas quero que traga um lanche bem gorduroso pra mim.

Christopher: Julie..

Julie: Eu nunca mais comi e o bebê está desejando isso. - sorriu.

Christopher: Tá bom. Eu trago.

Julie beijou minha bochecha.

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