Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria 

Terça-Feira.

21:15 da noite.

Hoje seria o jantar com o pai do Christopher, o que eu mais queria era que tudo ocorresse bem, já bastava Alexandra e Anahí tentando atrapalhar nosso relacionamento. Fuzz e eu estávamos no interva-lo da faculdade na lanchonete, em uma das mesas junto com a Mai conversando.

Fuzz: Aquela Anahí é uma tremenda de uma vaca. - revirou os olhos.

Dulce: Eu que o diga.

Maite: Dul me contou o que aconteceu na sua casa. - negou - Zoraida e eu podemos dar uma coça nela, se ela continuar insistido em dar em cima do nosso cunhado. 

Fuzz: Eu ajudo vocês. Ela é muito metida e sonsa. Odeio pessoas assim.

Dulce: Mas mudando de assunto, aquele seu colega de turma, ele está atrás de você, né? - perguntei para Mai.

Maite: William? - riu - Ele é um amor.

Dulce: Bonito. Combinam. - sorri.

Maite: Está igual o Christopher querendo arrumar um namorado pra mim? - levantou uma sobrancelha.

Dulce: Assim podíamos todos sair em casal e você não ia reclamar.

Maite: Hum...não, até gosto de reclamar pra vocês. Mas eu não quero um namorado, quero ninguém.

Fuzz: Por que Mai?

Maite: Por que não..- baixou os olhos.

Dulce: Mai..

Maite: Dul..- me encarou.

Será que isso nunca ia passar?

Já se passou tanto tempo depois daquilo tudo. Ela precisava superar e seguir em frente. Maite me olhava séria, mas os olhos estavam tristes.

Suspirei.

Fuzz: Olha quem está entrando na lanchonete agora..- murmurou chamando nossa atenção.

Igor tinha acabado de entrar indo direto pedir algo para o atendente, quase todas as meninas da lanchonete estavam com a cabeça levantada olhando um dos professores mais bonito de toda universidade.

Não era só com as meninas do curso de medicina que ele fazia sucesso, o nome dele circulava por toda universidade. Igor olhava o celular quando olhou ao redor, nessa hora todas baixaram a cabeça, e viu nossa mesa, o atende entregou um café pra ele que agradeceu e se afastou vindo em nossa direção.

Fuzz: Ele está vindo..- murmurou ajeitando o cabelo.

Em poucos segundos parava em nossa frente. 

Igor: Olá meninas. - sorriu.

Respondemos em coro um "olá".

Fuzz: Café a essa hora? Não vai conseguir dormir depois. - sorriu.

Igor: Essa é a intensão, depois daqui vou ficar de plantão no hospital - deu um gole no café me encarando.

Maite: Continua esbarrando nas pessoas? - perguntou divertida.

Igor: Não. Não faço isso com frequência. - respondeu no mesmo tom que ela - Tudo bem Dulce?

Dulce: Tudo. - dei um meio sorriso.

Igor: Pena que hoje não tivemos aula.

Fuzz: Amanhã temos no primeiro horário. Sentimos sua falta quando não tem sua aula. - revelou o que ela sentia e não os outros, incluindo eu.

Igor: Também sinto falta de dar aula para a turma. - comentou com os olhos azuis brilhando em minha direção.

Olhei as horas no meu celular.

Dulce: Acabou o interva-lo é melhor irmos - comentei com as meninas.

Igor: Também tenho que ir. Boa aula meninas. - desejou antes de se afastar.

Fuzz: Que gato meu Deus, esse homem é muito gostoso..- se abanou - Na cama deve ser uma tremenda fera.

Maite riu.

Maite: Que tarada..

Fuzz: Amiga, esse homem despertar o lado até de quem é lésbica. O homem lindo, gostoso, educado e aqueles olhos azuis...

Voltamos para nossa sala com Fuzz falando de Igor até ela mesma cansar.

[...]

Depois de deixarmos Maite em casa, Chris fazia isso com prazer, ele dizia que não queria a cunhada dele andando sozinha altas horas da noite, agora entendem por que amo esse homem, não é? Enfim, seguimos para o apartamento onde o pai dele já nos esperava com Julie e Brayan.

Dulce: Acha que ele vai gostar de mim? - perguntei já no elevador.

Christopher: Quem tem que gostar de você sou eu..- riu.

Dulce: Você entendeu.

Christopher: Não me importa a opinião dele, mas acho que vai gostar sim. - me abraçou pela cintura - Mas como foi sua aula hoje? - perguntou interessado.

Dulce: Maravilhoso. E em breve tenho três provas e dois trabalhos para entregar. Fora as atividades que preciso entregar nas aulas. - falei animada.

Christopher: E diz isso alegre? - riu - Quem é você? 

Dulce: Ah eu amo isso. - sussurrei.

Christopher: Seus olhos brilham de tanto que ama a medicina. - me deu um selinho demorado.

Também brilham de tanto que amo você. Quis falar, mas preferi ficar quieta, na hora certa, na hora certa.

As portas do elevador se abriram e logo já estávamos dentro do apartamento, Brayan tomava uma taça de vinho e Julie estava com a mão na barriga enquanto falava sorrindo para o homem ao lado dela.

Richard Von Uckermann era tão bonito  quanto nas fotos, coroa de uns quarenta e oito anos, alto, um corpo bem cuidado, bem vestido e Christopher se parecia demais com ele, era só olhar pra ele que já dava pra ver que era filho de Richard.

Christopher: Chegamos..- falou com a mão na minha cintura - Dul, esse é o meu pai e pai essa é minha namorada. 

Richard levantou do sofá sorrindo me olhando dos pés à cabeça.

Richard: Christopher puxou o bom gosto para mim, sem sombra de dúvidas - se aproximou - É um prazer conhece-la Dulce Maria. - estendeu a mão na qual apertei, mas ele levou até os lábios plantando um leve beijo.

Dulce: É um prazer conhece-lo senhor Uckermann. - sorri.

Richard: Senhor está no céu minha linda, me chame de Richard. - piscou. 

Ele era um galanteador de primeira.

Julie: O papai estava ansioso para te conhecer Dul. - sorriu.

Brayan: Ansioso demais. - comentou baixo, mas todos escutaram.

Richard: Claro Brayan, é a primeira vez que Christopher apresenta uma namorada pra mim. 

Christopher: É a primeira vez que namoro pai. - sorriu.

Richard: Mas olhando pra Dulce eu entendo meu filho. - voltou a me analisar com atenção.

Julie: Vamos jantar? Estou morrendo de fome! - reclamou.

Em poucos minutos estavam à mesa, Richard me fazia várias perguntas e não parava de mim elogiar. Acabei ficando até sem graça de tanto que ele me olhava, Brayan jantava quieto, apenas ouvindo tudo.

Julie: O papai falou que vai amar o bebê. - falou para o irmão quando ficamos em silêncio - Conversamos depois que saiu para ir buscar a Dul e ele irá me apoiar. - sorriu.

Richard: Filha, apesar de nova acabará aprendendo a cuidar do seu filho. Fora que estamos falando de mais um Uckermann, um bebê, sangue do meu sangue, um Uckermann legítimo. Sabe muito bem que é importante pra mim.

Christopher: Isso é verdade, ele é ligado demais em laços sanguíneos. Tanto quanto em ganhar dinheiro. - me explicou - Mas meu avô era assim mesmo, todos os Uckermann anteriores eram desse jeito.

Richard: A geração Uckermann está a décadas no mundo. - sorriu - Todos que tem o sangue são como se fossem uma só pessoa, entende? - sorriu.

Dulce: Acho que sim.

Julie: O meu bebê é o primeiro da nova geração dos Uckermann - falou animada. - Fico tão feliz por aceita-lo junto comigo. - falou com a voz embargada.

Brayan: A gravidez deixa ela sensível. - explicou para Richard segurando na mão de Julie com carinho.

Richard: Vocês até que são bonitos juntos, sabia? - elogiou.

Julie: Obrigada pai. De verdade - deixou uma lágrima escorrer, mas logo a limpou e sorriu - Essa carne é muito gostosa. - enfiando um pedaço enorme à boca em seguida - Muito mesmo.

Christopher: É picanha, por isso é boa.

O jantar continuou, mas agora com Christopher e Richard falando sobre negócios, sobre possíveis parcerias que Christopher poderia fazer estando no Brasil por um tempo.

Christopher: Na nossa conversa de mais cedo no escritório, esqueci de lhe amostrar a planta do prédio de Dubai, está incrível, o novo arquiteto é muito criativo e fez os prédios como se fosse um prédio só, deixando a planta à altura dos outros prédios.

Richard: Interligados? Agora me deixou curioso - falou animado. - Sabe que esse novo empreendimento nos renderá milhões de euros.

Christopher: Posso pegar a planta agora se quiser.

Richard: Quero. Me deixou curioso.

Christopher: Já volto. - avisou.

Quando Christopher saiu, Julie afastou o prato sorridente.

Julie: Agora eu quero a sobremesa, Christopher pediu petit gateau.

Brayan: Vai com calma.

Dulce: Eu pego. - levantei - Já volto.

Deixei a sala ouvindo Julie iniciar uma conversa sobre herança, assim que entrei na cozinha fui direto pegar os pratos com a sobremesa na geladeira. 

O bolinho continuava quente, mas o sorvete precisava de mais calda. Por isso, procurei nos armários uma das garrafas de calda de chocolate que eu acostumava a usar nos bolos. E comecei a derramar nos sorvetes.

Estava distraída e não vi ninguém entrando, apenas quando senti um tapa forte na minha bunda, na qual me assustei que percebi Richard grudado ao meu lado.

Richard: Gostosa demais. - sorriu com malícia e os olhos negros.

Dulce: O quê é isso? - arregalei os olhos.

Richard: Você é uma delícia Dulce Maria, pessoalmente é ainda mais apetitosa - apertou minha bunda.

Me afastei com o coração a mil.

Dulce:  O quê está fazendo? - perguntei baixo ainda chocada.

Richard: Como se não soubesse - riu voltando a se aproximar de mim - Meu filho é muito inteligente, já te assumiu logo para ser apenas dele. Mas ele poderia compartilhar você comigo, sou bem mais experiente que ele...

Me encostei na geladeira e ele se aproveitou disso para me prender com os braços dele enquanto apoiava as mãos na geladeira.

Ficamos cara a cara.

Richard: Me diz...o que gosta na cama? Uma mulher como você deve aceitar tudo...- passou a língua nos lábios - Você me deixa com água na boca de tão deliciosa que é.

Dulce: Nã..o tem vergon..ha? - falei num fio de voz de tão assustada.

Richard: De quê minha linda? - riu - Você é lisinha? Ou tem pelos? E esses seios deliciosos hum..? Deve amar um pau entre eles, não é? 

Dulce: Isso é as..séd..io. - falei com uma imensa vontade de chorar de tanto constrangimento.

Ele me ignorou e continuava me olhando sujo.

Quis vomitar.

Richard: Já sei, você tem cara de quem ama chupar um pau grande, mas você engole ou cospe? - riu - Deve engolir, mas o que quero saber é se é apertadinha, deve ser, não me aparece que tenha estado com muitos homens..

Senti as primeiras lágrimas escorrer pelo meu rosto, meu corpo tremia e eu só queria vomitar e sair correndo. Os olhos negros dele me dava medo.

Mas acima de tudo, eu estava paralisada, não conseguia me mexer.

Richard: Essa bunda maravilhosa me dar muito tesão, você me dar tesão de tão gostosa Dulce Maria. Quanto você quer pra dormir comigo? Dou qualquer valor e estou disposto a pagar por minuto se precisar. Só quero algumas horas para te saborear. - sorriu. - Quero você inteira, cada parte do seu corpo quero experimentar minha delícia.

"PAI" a voz da Julie estava perto.

Como num sobressalto, empurrei ele e corri para a pia vomitando. 

Julie: Meu Deus Dul, o que foi? - falou preocupada quando me viu inclinada.

Só vomitava sentindo a mão dela nas minhas costas, outras duas grossas lágrimas desceram pelo meu rosto.

Nojo.

Nojo.

Nojo.

Eu só conseguia sentir nojo.

Nojo das palavras dele.

Nojo do olhar dele.

Nojo dele.

Nojo de mim.

Julie: Dul você está tremendo, o que está sentindo?  O que houve? - sua mão subia e descia nas minhas costas.

Richard: Ela começou a vomitar do nada..- falou baixo.

Respirei fundo e lavei minha boca.

Julie: Está melhor?

Assenti, mas eu não estava nada melhor. Olhar para a cara cínica de Richard me dava mais vontade de vomitar, ele era nojento.

Muito nojento.

Julie: Vêm, vamos voltar para a mesa. - me puxou, meus pés estavam sendo arrastados pelo chão, ainda estava paralisada.

Andei pelo corredor com vontade de correr para o quarto e só sair de lá quando ele já tivesse ido embora.

Julie: Senta. - me empurrou para a cadeira onde estava antes.

Brayan: O quê foi?

Julie: A Dulce passou mal na cozinha - sentou ao meu lado. - Acho que pode ter sido a comida.

Richard: Com certeza foi isso. - voltou para a cadeira de antes.

Engoli em seco o ignorando.

Christopher: Está aqui. - entrou na sala com um envelope nas mãos, assim que me viu se aproximou largando o papel na mesa - Você está pálida...está tudo bem? - perguntou em cima de mim tocando no meu rosto.

Baixei os olhos, não conseguia o encarar de tanta vergonha.

Christopher: Dul? 

Julie: Ela vomitou Chris, está passando mal. - tocou na minha mão.

Christopher: Mas você estava tão bem. - continuava tocando no meu rosto preocupado - Está muito pálida.

Dulce: Esto..u bem. - consegui falar baixo e ainda sem encara-lo.

Richard: Logo passa. - pegou o envelope na mesa - Essa é a planta?

Christopher:  Sim. Não quer ir pra cama? - perguntou ainda preocupado.

Dulce: Estou bem. - sussurrei.

Christopher voltou a sentar ao meu lado, sem tirar os olhos de mim.

Brayan: Ainda vai querer o doce? - perguntou para a Julie.

Julie: Sim. Pega pra mim. - pediu.

Brayan: Claro. - levantou.

Julie: Tem certeza que está bem? - apertou minha mão.

Não.

Assenti.

Brayan voltou com o doce de Julie, fazendo-a soltar minha mão. Richard começou a falar com Brayan sobre as plantas e mostrar os desenhos pra ele, fechei os olhos tentando me contolar para não chorar, quando senti o bico de um sapato na minha perna.

Abri os olhos vendo Richard me olhar como na cozinha. O sapato foi subindo pelas minhas pernas, até chegar ao meio das minhas coxas. A vontade de vomitar atacou outra vez junto com uma lágrima que escorreu pelo meu rosto, mais uma vez não consegui me mover, não consegui falar nada.

Apenas quando Christopher levantou rápido e bateu na mesa de vidro com tanta força que rachou, que percebi que o sapato já não estava em mim.

Christopher: EU VOU TE MATAR RICHARD - falou o pegando pela gola da camisa - QUEM TE DEU O DIREITO DE ENCOSTAR NELA? - perguntou com ódio nos olhos.

Julie: O QUÊ FOI CHRISTOPHER? - gritou asustada olhando a cena.

Richard: Cal..ma.. eu..

Christopher: VI MUITO BEM VOCÊ ENCOSTANDO NELA - gritou descontrolado - É POR ISSO QUE DULCE ESTÁ DESSE JEITO, ESTÁ ASSEDIANDO A MIMHA NAMORADA SEU PORCO IMUNDO - gritou com raiva dando um soco tão forte no pai que o fez virar pra trás quase caindo no chão.

Brayan: CHRISTOPHER PARA! - gritou indo segura-lo vendo que ele queria voltar a bate-lo de novo.

Julie: O QUÊ? - me encarou com os olhos arregalados - ISSO É VERDADE DULCE? - falou com raiva.

Comecei a chorar.

Ela ia me odiar agora.

Apenas me encolhi.

Christopher: É CLARO QUE É VERDADE, OLHA PARA O ESTADO DELA - apontou pra mim - EU SABIA QUE VOCÊ NÃO VALIA NADA SEU ANIMAL, QUE ERA DESPREZÍVEL EM RELAÇÃO ÀS MULHERES, MAS JAMAIS PENSEI QUE PUDESSE DESRESPEITAR DESSA FORMA TÃO IMUNDA A NAMORADA DO PRÓPRIO FILHO.

Richard: Ch.ristopher..

Christopher: JÁ QUE NÃO CONSEGUE RESPEITAR NENHUMA MULHER, VOU FAZER VOCÊ RESPEITAR A MINHA - falou tentando ir pra cima dele mas Brayan o segurava - ME SOLTA! EU VOU QUEBRAR A CARA DESSE MALDITO DESGRAÇADO! 

Julie: Não acredito nisso. Meu Deus! - falou com decepção - Até com a própria nora? - perguntou com nojo.

Richard: Jul..

Christopher: CALA A BOCA SEU ANIMAL - o interrompeu tentando sair dos braços de Brayan - EU JURO RICHARD VOU ACABAR COM VOCÊ.

Brayan: É melhor você ir embora. - falou com dificuldades em segurar o Christopher que o empurrava - Não vou conseguir segura-lo por muito tempo.

Julie: Só vai embora daqui e não volte nunca mais. - mandou rosnando.

Richard com a mão no olho direito apenas se virou e saiu sala, em seguida ouvimos a porta bater. Brayan soltou Christopher, que na mesma hora saiu em direção para a área de piscina com a raiva e ódio estampada na cara.

Brayan o seguiu.

Me encolhi mais na cadeira.

A culpa era minha.

Toda essa confusão por minha causa.

Ele bateu no próprio pai por causa de mim.  

Não consegui conter o solução.

Julie: Eiiii calma. Dul se acalma. - se aproximou de mim tocando no meu ombro.

Dulce: Des..culpa. - pedi em meio ao choro - Eu n.ão quer..ia..

Julie: Desculpa pelo o quê? Você não tem que se desculpar por nada. O meu pai que é nojento, achei que ele tivesse melhorado, mas pelo visto ficou pior.

Dulce: Não es..tá com ra..iva de mim?

Julie: Não. Óbvio que não. Estou com raiva dele. Ele é nojento. Você não teve culpa de nada Dul. Nada. - enxugou minhas lágrimas - O que aconteceu na cozinha? Vocês dois demoraram para voltar e quando cheguei você estava tremendo.

Neguei.

Dulce: Não quero falar disso.

Julie suspirou.

Julie: Só acena com a cabeça se ele encostou em você.

Assenti baixando os olhos.

Julie xingou.

Julie: Me desculpa Dulce. Me desculpa, infelizmente aquele tarado é meu pai. Estou tão..envergonhada.

Dulce: O seu irmão me odeia..- murmurei sentido meu coração se desperdaçar com isso.

Julie: Claro que não. Onde tirou isso?

Dulce: Ele não aguentou nem me olhar, está lá fora..- voltei a chorar.

Julie ficou em silêncio o que só me fez chorar mais. Quando ela levantou e saiu, eu quis fazer a mesma coisa, mas não conseguia me mover.

Christopher me odiava.

Eu o fiz bater no próprio pai.

Que espécie de mulher eu sou?

Christopher: Dulce...- voltou apressado ficando ao meu lado - Não te odeio, de onde tirou isso? - se abaixou ao lado da cadeira - Eu só precisava me afastar, me acalmar, não queria te assustar ainda mais. - falou tudo rápido.

Dulce: Me descul..pa - falei ao meio do choro - Eu nã..o que..ria qu.e tudo is..so ac..ont..eces..se, des..culpa.

Christopher me abraçou.

Christopher: Você não teve culpa de nada. Aquele homem é um desgraçado e quem tem que pedir desculpa sou eu, nunca deveria ter ficado sozinha com ele. - beijou meu cabelo - Agora para de chorar amor.

Respirei fundo tentando me acalmar.

Christopher: Agora me diz, o quê mais ele fez para que ficasse daquele jeito? 

Neguei.

Dulce: Não quero falar sobre isso.

Christopher: Tudo bem. - segurou na minha cabeça me obrigando a olha-lo nos olhos - Presta atenção, seja lá o que ele tenha dito ou feito, eu nunca mais vou deixar acontecer de novo, entendeu? - falou sério.

Os olhos dele brilhavam de tanta fúria.

Dulce: Você não teve culpa.

Christopher: Em partes tive sim. Aquele animal não vai mas chegar perto de você, eu prometo. - voltou a me abraçar, mas dessa vez bem apertado.

Fechei os olhos me sentindo melhor em seus braços.