Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann 

Três dias depois..

Tinha deixado Dulce no trabalho e no caminho contei que teria que viajar amanhã para Chicago, fazia tempo que não ia para a sede de lá, ficaria por alguns dias resolvendo alguns problemas que tinha aparecido. Fora os problemas que já tenho com os desfalques, que ainda não foram solucionados completamente.

Quando voltei para o apartamento, fiquei estático vendo a belíssima mulher ruiva, olhos claros, alta e que não aparentava ter os seus quarenta e poucos anos de vida conversando com Julie animadamente no sofá.

Christopher: Mary? - chamei atenção de ambas que levantaram.

Minha babá se aproximou de mim sorrindo me dando um forte abraço.

Mary: Como está querido? - perguntou com sua doce e calma voz.

Fechei os olhos sorrindo.

Christopher: Senti sua falta. - confessei a abraçando do mesmo jeito forte.

Julie: Ela apareceu assim que você e a Dul saíram. - comentou - Ela percebeu a minha barriga e me deu um belo puxão de orelha..- resmungou.

Mary: E queria que tivesse agido diferente? - se afastou a encarando.

Julie: Mas você gostou..- rebateu.

Mary: Estamos falando de um bebê inocente que têm como mãe uma menina de dezesseis anos. Enfim, já conversamos sobre isso. - suspirou - Sabe que vou sempre está com você Julie, independe de tudo. - sorriu.

Julie: É tão bom ouvir isso.

Christopher: O quê está fazendo aqui? Por que não avisou que ia vir? Teria te buscado no aeroporto.

Mary: O meu menino - tocou no meu rosto - Não queria te dá trabalho.

Christopher: As vezes não sei de onde tira esses absurdos Mary. - neguei. 

Mary: Não é absurdo. Fora que eu quis fazer um surpresa pra você.

Christopher: Amei a surpresa. - sorri. - Vai ficar aqui por muito tempo? Por que amanhã vou ter que ir à Chicago.

Mary: Não. Na verdade é uma visita rápida, só vou ficar essa noite, amanhã terei que está em Chicago também. 

Christopher: Vamos juntos.

Mary: Acabou suas férias aqui?

Christopher: Não. Mas preciso resolver uns assuntos pendentes lá.

Mary: Christopher..- ficou mais séria - Em tudo que é lugar, revistas, sites, jornais, estão falando sobre seu namoro. Confesso que estou surpresa, quando sugeri isso em Portugal você quase surtou, lembra? E do nada vejo pela mídia que está namorando.

Christopher: Não foi do nada Mary. 

Mary: Pode me explicar isso? E também precisamos conversar sobre ter batido em seu pai. - falou séria.

Christopher: Não quero falar desse desgraçado. - falei irritado.

Mary me olhou feio.

Julie: Vou deixar vocês dois sozinhos. Vou voltar pra cama ainda estou com sono, Brayan está usando seu escritório Chis - avisou - E Mary, quando ouvir o que meu irmão contar vai entender do soco. 

Minha irmã saiu da sala e eu olhei para a piscina tentando conter minha raiva. Só de lembrar o que tinha acontecido naquela noite me dava uma raiva, um ódio absurdo.

Mary: Comece a falar. - exigiu.

Christopher: Aquele homem assediou minha namorada. - falei entre os dentes ainda olhando a piscina.

Mary: Sabe como é o seu pai. 

Neguei.

Christopher: Dulce não me contou o que ele disse na cozinha pra ela, mas pela forma como ficou..- a encarei - Pálida, vomitando, se tremendo, chorando, consigo ter uma maldita noção.

Mary: Sua namorada ficou desse jeito? - abriu a boca surpresa.

Christopher: Tinha que ter visto o que eu vi debaixo da mesa, aquele desgraçado estava a tocando enquanto ela chorava paralisada e assustada. 

Fechei minhas mãos com ódio.

Ver aquela maldita cena, me deu tanto ódio que a única coisa que quis foi quebrar ele na porrada. Só consegui infelizmente dar um soco, mas a minha vontade era de mata-lo.

Ele tinha feito muito mais do que assediar minha namorada, ele a humilhou, a desprezou e tudo isso dentro da casa dela, de baixo do meu nariz, o meu ódio era enorme.

Mary: Meu Deus! Ele passou de todos os limites, o que raios deu nesse homem? - andou de um lado para outro

Christopher: Depois de humilhar minha  namorada tanto com palavras quanto por gesto, acha mesmo que ele só merecia um soco, Mary? - rosnei.

Mary respirou fundo.

Mary: Ele mereceu o soco. Richard nunca soube tratar com respeito por completo uma mulher - negou.

Christopher: Eu te garanto que depois daquela noite, pelos menos a minha namorada ele será obrigado a respeitar

Mary: Certo. Mas como tem certeza?

Christopher: Por quê da próxima vez que ele ousar pensar em tratar minha mulher desse jeito..- falei num tom baixo - Ficarei anos da minha vida preso, mas vou matar aquele homem. - falei com raiva.

Mary arregalou os olhos.

Mary: Calma Chris. Não precisa fazer uma besteira. - pediu. - Lembre-se querido que mesmo sendo um..tarado, ele continua sendo seu pai.

Christopher: Pai que não respeita a mulher do próprio filho, acha mesmo que é um pai, Mary? 

Mary: Mulher..? Ela é sua mulher..?

Respirei fundo e no lugar da raiva veio outro sentimento sobre mim.

Christopher: Dulce Maria não é só minha mulher, ela também é o amor da minha vida. - confessei.

Sim.

Amava Dulce Maria.

Nunca tinha sentindo esse sentimento antes, nunca, nunca. Mas desde que coloquei os olhos naquela mulher me apaixonei e não demorou para que eu a amasse, bastou apenas beija-lá pela primeira vez pra sentir que ela era o amor da minha, a mulher que procurava em tantas outras sem saber, a mulher que estava destinada à mim.

A minha mulher.

A mulher por quem meu coração disparava todas as vezes que a olhava, a mulher a quem defendia com todas as minhas forças, a mulher a quem planejava um futuro, a mulher com quem terei filhos, a mulher a quem formaria uma família.

E principalmente, a mulher que farei feliz durante todos os dias da minha vida. Dulce era meu tudo, não sabia viver sem ela na minha vida, na verdade, ela própria era a minha vida, o meu mundo, a minha luz, não conseguia acordar e não ve-la ao meu lado, de não ve-la sorrir, de não sentir seu cheiro, o gosto do seu beijo, de não olha-lá nos olhos.

Dulce era meu único amor.

O único e verdadeiro amor da minha vida.

Minha mulher.

Minha razão de viver.

Mary: Christopher! - levou as mãos até a boca surpresa - Querido seus olhos estão brilhando tanto...

Christopher: Por causa dela. Amo Dulce de uma forma que não encontro palavras para descrever, preciso dela tanto quanto preciso de oxigênio para sobreviver, sem o amor da minha vida, sem ela comigo não sou nada, não sou ninguém. - confessei à minha babá.

Mary: Meu menino..- sorriu - Que lindo! Não sabe o quanto rezei por isso, o quanto desejei que amasse alguém, o quanto sentisse o que era o amor. - me abraçou - Estou tão feliz, tão feliz por você meu filho.

Christopher: Era ela quem eu procurava sem saber, dou a minha vida pela dela sem pensar duas vezes, quero gritar que a amo pro mundo inteiro, mais acima de tudo, quero fazê-la feliz até o meu último suspiro.

Mary: Já se declarou pra ela? - me encarou.

Christopher: Não. 

Mary: Por quê?

Christopher: Porque não encontro uma forma bonita de dizer, Dulce merece que me declare á altura do que sinto por ela, não quero apenas dizer, quero que ela sinta tudo o que sinto dentro de mim, quero que seja algo especial demais, que marque ela.

Mary: O meu filho..- tocou no meu rosto limpando uma lágrima que nem aos menos senti descer - Se ela também te ama, irá sentir tudo o que você sente apenas olhando pra ela e se declarando, não demore mais, fale logo, viva intensamente todo esse sentimento, seja feliz.

Christopher: Algo dentro de mim precisa que seja diferente Mary.

Mary: Christ..

Christopher: Não sei como, mas vou me declarar do jeito que ela merece.

Mary: Tenho certeza que irá. - sorriu.

Enquanto isso, não iria falar nada. Guardar apenas pra mim todo esse sentimento por ela.