Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann 

Uma semana se passou desde do nosso jantar de noivado. E tudo estava perfeito, minha pequena e eu mais unidos do que nunca, minha irmã Julie estava bem e conformada, minha irmã Lucy bem em Miami, Mary bem e ia passar uns tempos em Portugal com Brad, tenho que confessar ele era legal.

A mídia não parava de falar do meu casamento. Agora o mundo sabia que eu estava noivo da mulher mais linda e incrível desse planeta, a imprensa descobriu até o dia do casamento, o que me fazia ter certeza que teria que reforçar a segurança. 

Já tínhamos marcado uma reunião com a melhor cerimonialista do país, íamos discutir tudo o que queríamos no casamento. Ainda faltava muitos meses até o dia, mas queríamos deixar o mais adiantado possível.

Observei Dulce olhar estranho para o cartão de crédito em cima da mesinha de centro. Fechei o notebook deixando o mesmo de lado e me aproximei dela a abraçando.

Christopher: Ele não vai virar um monstro e te devorar.

Dulce suspirou.

Dulce: Não quero seu cartão.

Christopher: Amor, ele é seu. Terá que se acostumar que tudo o que tenho será seu também. 

Dulce ficou calada olhando o cartão.

Dulce: Eu vi num filme uma vez.. - falou hesitante minutos depois - De um homem rico que se casa com uma mulher pobre e ele faz um acordo pré-nupcial, me fala mais sobre isso..- pediu.

Christopher: Não vou fazer um acordo pré-nupcial com você. Pode tirar isso da sua cabeça. - pedi sério.

Dulce: Mas..

Christopher: Dulce entenda...- segurei na cabeça dela - Acordo pré-nupcial é para quem irá se separar e nós dois nunca vamos nos separar, nunca, nunca. Vamos ficar juntos pra sempre. E outra coisa, você já é minha mulher e quando mudar de sobrenome as coisas ficarão mais claras pra você, mas quero adiantar logo isso, além de ser dona do meu coração e do meu corpo você também é dona de tudo que tenho, absolutamente tudo.

Dulce: Não quero ser dona do seu dinheiro.

Christopher: Nosso dinheiro. - puxei um pouco o cabelo dela a fazendo rir - Por favor não vamos voltar a falar sobre o acordo pré-nupcial. - pedi.

Ela assentiu.

Dulce: Eu vou poder doar o dinheiro?

Christopher: Claro que sim. Poderá fazer o quê quiser agora e depois de ter meu sobrenome. - a beijei.

Dulce: Não vejo a hora de ser sua esposa oficialmente. - sorriu.

Christopher: E eu não vejo a hora de ser seu marido oficialmente. 

Dulce deitou no meu colo e encarou novamente o cartão de crédito.

Dulce: Qual o limite dele?

Christopher: Sem limites! Sei que é independente e que ganha o próprio dinheiro, o cartão é apenas uma ajuda, use quando e o quanto quiser meu amor, para você, para o nosso casamento, para emergências, ele é seu, fique a vontade.

Dulce: Ok. 

Christopher: Te amo!

Dulce: Te amo! - sorriu.

A beijei.

Julie: Vocês não vão se arrumar? Ou preferem passar a noite com a língua na boca um do outro? - entrou na sala e cruzou os braços na nossa frente.

Dulce: É tentador, mas não. - voltou a sentar - Está linda! - sorriu.

Julie: Obrigada! - sorriu.

Julie estava de calça jeans e uma blusa xadrez, tinha feito um penteado de tranças e uma maquiagem forte. 

Dulce: Vou me arrumar. - levantou e andou em direção ao quarto.

Christopher: Vou com você. - levantei a seguindo.

Julie: É hoje que não saímos daqui. - gritou da sala.

Ri.

[...]

A universidade estava bastante cheia, era a tradicional festa junina. O evento acontecia no imenso jardim, com várias barracas e pessoas. Tinham muita mais muita gente. E todo o dinheiro arrecadado ia para a caridade.

Dulce e eu andávamos de mãos dadas, igual minha irmã e o namorado dela. Minha mulher estava linda vestida igual uma caipira, bem parecida com minha irmã, mas extremamente atraente e sexy pra caramba. Os seios estavam apertados no sutiã, dando a sensação de está querendo pular a qualquer momento pra fora.

Fiquei com vontade de puxa-lá até o carro e fazer amor com ela até a exaustão, mas o lindo sorriso que ela deu ao ver as irmãs, me fez mudar de idéia e preferir contemplar aquele sorriso contente e perfeito.

Dulce: Estão lindas! - abraçou as duas ao mesmo tempo.

Zoraida: Você que tá! - sorriu.

Dulce: Cadê o Eddy?

Zoraida: Não pode vir, ficou terminando um projeto pro chefe dele pra amanhã.

Dulce: Que pena! Vocês viram Fuzz? Derrick? - perguntou olhando ao redor.

Maite: Não. E vocês viram o Christian?

Brayan: Ele vêm?

Maite: Eu o convidei. - deu de ombros.

Julie: Vocês dois estão bem próximos, não? - riu maliciosa.

Maite negou.

Maite: Não é nada disso. Ele só um cara bem legal. - sorriu.

Dulce: Só legal..? - cruzou os braços olhando atrás da cabeça dela.

Christian se aproximava lentamente 

Maite riu.

Maite: Ok. Christian é lindo, charmoso, engraçado e muito legal. - confessou.

Christian: E tenho uma queda por morenas..- falou atrás dela.

Maite nos encarou se fingindo de brava, Zoraida riu.

Maite: Oii Christian. - deu um meio sorriso.

Christian: Oii morena! - colocou as mãos no bolso da calça.

Os dois ficaram se encarando.

O clima entre eles era óbvio.

Julie: Olá para os amigos, não? 

Christian: Olá pequena Hilary! - abraçou minha irmã e depois minha noiva. E por último Zoraida - Chegaram à muito tempo? 

Christopher: Não. Agora mesmo.

Christian: Isso aqui está muito cheio..- olhou ao redor - Fiquei perdido procurando vocês. - comentou.

Zoraida: Era só ter ligado pra Mai.

Christian: Até ligaria, mas ela não me deu o número dela.

Maite: E nem vou dar.

Brayan: Como fez o convite se ele não tem seu número?

Maite: Ele apareceu onde trabalho e acabei o convidando. - explicou.

Analisei Christian.

Ele estava muito interessado na Mai.

O quê me preocupava um pouco.

Ele era mulherengo como fui um dia.

E Maite não era como as mulheres que Christian estava acostumado.

Teria que conversar com ele.

Zoraida: Vou comprar algo pra comer, quem vêm comigo? 

Dulce: Eu vou.

Zoraida: Ótimo! Vamos nos aventurar no meio desse mar de gente. 

Dulce: Quer algo..? - me encarou.

Christopher: Não. 

Dulce: Já volto! - me deu um selinho e saiu junto com Zora sumindo pela multidão.

Julie: Vou ao banheiro. É lá dentro da universidade e não estou afim de ir sozinha. Vêm comigo Mai? - a encarou. 

Maite e Christian se encaravam.

Julie: Maiteeeeee - cutucou o ombro dela - Para de paquerar o Christian Maizinha..- riu.

Maite: Eu não estou..- parou de falar ficando sem graça.

Julie: Vêm. Me leva até o banheiro, precisamos ter uma conversa. - puxou o braço dela - E vocês três, se comportem e nada de bebidas. - falou séria se afastando junto com a Mai.

Christian: Hilary parece bem depois de tudo o quê aconteceu.. - falou observando minha irmã.

Brayan: Ela está bem. Aos poucos está voltando a ser o que era. - garantiu.

Estávamos praticamente em frente à uma fileira de barracas de jogos, do outro lado ficava outra fileira de barracas de comida. Mais em frente um enorme palco improvisado, onde uma banda se preparava para tocar.

E claro, muitas pessoas ao redor.

Christopher: O quê quer com a Mai?

Christian me encarou.

Christian: O quê? 

Brayan: Quer só sexo ou gosta dela?

Christian: Vocês são os irmãos dela por acaso? - riu.

Christopher:  Vou me casar com a irmã dela, ou seja, automaticamente virei um irmão pra ela. 

Brayan: E eu sou um amigo que se importa com os amigos. 

Christian: Maite é linda. E eu seria um cego se não a achasse extremamente atraente, vocês dois sabem muito bem que ela é o meu tipo de mulher.

Christopher: Então é só sexo?

Christian coçou a cabeça.

Christian: Talvez. - falou hesitante.

Christopher: Maite é uma mulher especial Christian. E ela não é do tipo de mulher na qual você está acostumado. 

Christian: Cara...eu percebi isso na primeira vez que olhei pra ela e ela sorriu ficando vermelha. Não sabia que ainda existia mulheres assim, tímidas e que gostasse de relacionamento.

Brayan: Óbvio que não sabia. Você está acostumado à mulheres se jogando pra você a cada instante.

Christopher: Então gosta dela?

Christian: Talvez. 

Bufei.

Christopher: Assim fica difícil cara. 

Christian: É difícil dizer alguma coisa quando ainda nem a beijei. E nem pensem que foi porque não tentei. Ela é uma mulher muito difícil. 

Christopher: Só deixe claro as coisas pra ela, não a iluda ou brinque com ela. Você sabe que é como um irmão pra mim, mas se magoar ela vou te meter muita porrada. - falei sério.

Ele assentiu.

Conheci Christian quando tinha seis anos, nas férias da família Uckermann na casa de praia em Ibiza, ele é um ano mais velho do que eu, então rápido na infância viramos amigos, até porque os avós dele eram nossos vizinhos.

Todo ano nas férias Christian e os avós iam pra Ibiza, assim que eu chegava na casa de praia dos Uckermann ia a procura dele na casa ao lado e ficávamos inseparáveis. Fazíamos tudo juntos, como irmãos durante todas as nossas férias e quando terminava, nos falávamos por telefone.

Não tenho irmão.

E ele se tornou um ainda na infância. Quando crescemos nos separamos um pouco, o que é natural, mas nada mudou entre nos dois. Christian foi criado pelos avós no Texas, a mãe dele morreu no parto dele e o pai morreu num acidente de carro quando ele ainda era um bebê. Sem irmãos ou parentes, excerto pelos avós maternos.

Pietro e Beatrice são tudo pra ele, mas já estão numa idade avançada. Ele evita ao máximo viajar, apenas para ficar ao lado deles, mas um dia quando se forem não sei o que vai ser dele.

Christian: Não vou magoa-lá. Não gosto de ver mulheres chorando. - murmurou.

Christopher: Ótimo! 

Brayan: Vai ficar no Brasil por quanto tempo?

Christian: Não sei. Estou aqui para fazer umas compras de uns gados, mas está complicado a legalização da compra. Daqui alguns dias terei que ir pra outra cidade resolver isso.

Brayan: E eu achei que ser fazendeiro fosse fácil.

Chtistian: Quem dera que fosse. Ainda preciso resol..

Continuamos conversando por muito tempo, apenas Julie e Maite voltaram, perguntei pela minha noiva, mas nenhuma delas nem viu ela e nem Zora, peguei meu celular e mandei uma mensagem.

Christian: Você é boa no tiro-alvo, Mai?

Maite: Olha...até que sou. - sorriu.

Christian: Me mostre então! - puxou ela pela mão em direção à uma das barracas de jogos.

Julie: Ok. Quero que ganhe aquele urso enorme pra mim. Anda! Vai! - empurrou Brayan em direção da mesma barraca que Maite e Christian.

Christopher: Vou atrás da Dul. Já se passou muito tempo.

Julie: No meio disso aqui você não vai encontra-lá. Relaxa, ok? Ela deve ter encontrado a Fuzz ou Derrick - começou a me empurrar - Vamos brincar um pouco. Nos divertir!

Olhei mais uma vez o celular.

Sem resposta!

[...]

Mesmo com a música alta o barulho da bola contra todas as latas foi alto e forte. Julie gritou e começou a pular quando recebeu o prêmio que queria, o enorme urso branco.

Maite: Depois de dez tentativa, enfim, ganhou o prêmio. - provocou Brayan.

Brayan: Desculpe se não sou tão bom de mira quanto você. - riu - Cuidado com ela Christian, ela pode dar um tiro certeiro na sua testa.

Christian: Tenho uma queda por morenas psicopatas.

Maite: Eiii! - reclamou - Não sou psicopata! - abraçou o pequeno urso que ganhou do tiro-alvo.

Christian: Por garantia vou deixar minhas armas bem longe de você.

Maite: Você tem armas?

Christian: Digamos que sou colecionador. - deu de ombros.

Maite: Interessante..- sorriu.

Olhei meu celular mais uma vez.

Julie: Aí estão elas! - tocou no meu ombro.

Dulce e Zoraida se aproximaram desviando de algumas pessoas. E quando minha noiva ficou na minha frente, fui direto ao ponto.

Christopher: Onde você estava?

Dulce mordeu os lábios.

Dulce: Eu..eu..encontrei a Fuzz e o Derrick e eles pediram para que os acompanhasse até a sala dos professores pra ver se encontrava um dos nossos pra entregar um trabalho.

Zoraida: Nós formos. - a corrigiu cruzando os braços.

Dulce: É. Nós duas. - olhou ao redor - Podemos ir? - perguntou um pouco nervosa olhando ao redor.

Christopher: Por quê?

Dulce: Porque sim. - falou ainda olhando ao redor. - Vamos! - pegou na minha mão.

Christopher: Espera! - me soltei - Me responde, por quê quer ir embora? O quê aconteceu? 

Ela mordeu os lábios de novo.

Dulce: Nada. Só quero ir pra casa. - tocou na nuca e suspirou - Vamos? - voltou a olhar ao redor.

Por instinto fiz a mesma coisa.

Christopher: Está procurando quem?

Dulce: Ni..guém. - gaguejou.

Christopher: Dulce, sério, o quê aconteceu? 

Ela apenas me encarou.

Zoraida: É que ela ficou naqueles dias. - sussurrou no meu ouvido.

Observei Dulce cruzando os braços e me encarando.

Christopher: É só isso? 

Ela assentiu.

Dulce: Podemos ir? 

Christopher: Claro. - me aproximei mais dela - Ficou desse jeito por causa disso?

Dulce: É. Vamos?

Christian: Eu deixo esses dois depois. - apontou pra Julie e Brayan que só observavam - Junto com a Mai e a Zoraida. 

Nós despedimos e logo Dulce e eu voltávamos para o carro.

Christopher: Você está com dor? - a abracei de lado enquanto andávamos.

Dulce: Um pouco. - murmurou olhando para o chão.

Christopher: Vou cuidar de você. - beijei sua testa rapidamente.

Dulce: Chris?

Christopher: Hum?

Dulce: Te amo!

Christopher: Também te amo! - sorri.

Dulce deu um pequeno sorriso.