Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy
Dulce Maria
Dia Seguinte.
Sábado.
10:02 da manhã.
Puxava a mala pelo corredor do hospital, tinha saído da casa da Fuzz, depois de ter praticamente esvaziado a geladeira dela e depois de dois minutos, está com a cara abaixada vomitando de novo.
Sinceramente, não aguentava mais vomitar.
Dulce: Olá! - falei entrando no quarto - Vim saber como está e dar tchau.
Pablo tomava café com a mãe dele dando na boca dele. Os dois tinham feito as pazes, parece que o susto de ver o filho naquele estado fez ela perceber o quanto estava errada.
Clarice: Já vai daqui, querida? - levou uma colher de iorgute até a boca do filho, mas Pablo virou o rosto.
Pablo: Meu outro braço está bom mãe. Não precisa disso. - reclamou.
Dulce: Sim. Meu vôo está marcado para às duas. Mas vou ficar esperando lá mesmo. Como você está, bebê da mamãe? - provoquei.
Dona Clarice riu.
Pablo: Estou bem. Não precisava ter vindo aqui. Obrigado!
Dulce: Claro que precisava. Você é meu amigo. - toquei na mão dele.
Clarice: Espero que se divirta na sua viagem. - desejou me olhando dos pés à cabeça dando um sorriso.
Pablo: Por quê está olhando ela desse jeito? - riu.
Clarice: Nada. Só está linda hoje querida.
Pablo: A Dul é linda todos os dias.
Dulce: Ah, obrigada! - sorri.
Eu usava uma saía jeans, uma blusa vermelha e tênis.
Dulce: Só vim dar um beijo, preciso passar no laboratório daqui antes de ir para o aeroporto. - beijei com cuidado o rosto do Pablo e abracei a mãe dele fortemente - Quando voltar, vou na sua casa te visitar. - avisei.
Pablo: Tá bom. Vou esperar. Boa viagem! - sorriu.
Peguei minha mala de novo e andei até a porta, mas a voz de dona Clarice voltou a preencher o quarto.
Clarice: Querida?
Dulce: Sim..- a encarei.
Clarice: Fique longe de café. - pediu.
Dulce: Por quê?
Ela negou.
Clarice: É só um...pressentimento. - sorriu.
Franzi o cenho.
Dulce: Tá bom! - ri.
Dez minutos depois, bati na porta do laboratório e Susana, uma enfermeira abriu a porta e sorriu ao me ver.
Susana: Oii Dul. Espera..- se afastou e segundos depois me entregou um envelope - A Pamela mandou dar pra você, disse que você sabe o que é.
Dulce: Estava esperando por isso. Obrigada! - encarei o envelope.
Me sentei numa das cadeiras em frente ao laboratório e abri o envelope um pouco nervosa. E quando li o resultado, precisei me controlar para não chorar.
Zoraida.
Minha irmã, a mulher que era minha irmã, também era irmã de Christopher, Lucy e Julie.
Meu Deus!
Respirei fundo.
Como isso podia ser possível?
E principalmente..
Como pude ter sido tão burra?
Os sinais estavam tão claros. Eles praticamente gritavam na minha cara.
O primeiro encontro dos dois, onde ambos sentiram que se conheciam uma vida inteira, a sensação de já ter visto o sinal Uckermann antes e vi, quando tinha cartoze anos arrumando algumas fotos de Zoraida bebê, aquele gosto bizarro dos Uckermann por picles e basta de amendoim.
Meu Deus!
Como eu pude esquecer as fotos dela pequena? Por que não prestei atenção em todos os sinais que estavam na minha cara o tempo todo?
Meu Deus!
Minha irmã era uma Uckermann!
Ela tinha uma família de sangue, irmãos e um pai.
Peguei meu celular querendo ligar para Christopher e contar essa descoberta maluca e maravilhosa, mas era melhor dar a notícia pessoalmente. Mostrar o resultado do exame de DNA e descobrir por quê Christopher nunca soube que tem outra irmã.
Richard sabia da existência dela?
Por quê ele nunca a assumiu?
Meu Deus!
Eram tantas perguntas. E tinha Zoraida, ela ia ficar maluca. O meu futuro marido, cunhado dela, é na verdade o irmão de sangue dela. Esse tempo todo eles estavam perto um do outro sem saber que um laço sanguíneo de fato os ligava pra sempre.
Ri.
Quais eram as chances disso acontecer mais vezes na vida?
Uma.
Apenas uma.
Ia revelar assim que chegasse no México. Era a primeira coisa que eu faria assim eu terminasse de beija-lo e abraça-lo, aí eu falaria.
Qual será a reação dele?
[...]
O aeroporto estava cheio, assim que entrei fui direto para a parte dos aviões particulares e apresentei meus documentos, uma mulher me recebeu com mil abajulações e me conduziu para a sala vip do aeroporto informando de que o jatinho de Christopher em poucas horas estaria disponível.
Na sala tinha outras duas pessoas. Um homem de uns quarenta e poucos anos lendo um livro e uma mulher mais ou menos da minha idade ouvindo música e mexendo no celular.
Xxx: A senhorita aceita alguma coisa para beber? Comer? - sugeriu.
Dulce: Não. Obrigada!
Xxx: Vou despachar sua mala. - pegou minha mala - Se precisar de qualquer coisa, estarei ali no balcão.
Dulce: Obrigada! - me encolhi por causa do frio da sala observando ela muito bem vestida por sinal, se afastar com a minha mala e entregar para outro funcionário uniformizado.
Ela trocou algumas palavras com ele que assentiu e pegou minha mala sumindo da minha vista. Ela voltou para o balcão. A enorme TV passava um filme de ação, desviei os olhos para fora da sala vendo pessoas indo e vindo puxando suas malas.
Encostei minhas costas na cadeira, abri minha bolsa e retirei meu celular e mais uma vez tentei falar com Christopher, mas só dava desligado, eu queria informa-lo que já estava no aeroporto, mas sem sucesso.
Li mais uma vez a última mensagem que ele mandou às 04:55 da manhã.
Cheguei agora na Capital. Já estou indo para o hotel. Os novatas até que não são tão maus assim, mas ainda prefiro Fred e Natalie. Nós falamos amanhã! Te amo meu amor!
Ps: Um motorista vai está lhe esperando assim que chegar no aeroporto, ele irá lhe trazer até mim.
Sorri.
Estava tão curiosa pela reação dele.
Pela reação de Zoraida.
Zzz: Lincença moça..- a mulher que antes estava do outro lado da sala ouvindo música e mexendo no celular agora estava sentada ao meu lado. - É, por acaso você tem um absorvente sobrando? - perguntou baixo - Acho que desceu pra mim e eu esqueci de colocar na minha bolsa.
Dulce: Deixa eu ver..- comecei a procurar na minha bolsa.
Zzz: Eu poderia comprar, mas tenho certeza que sujou atrás. - comentou nervosa. - Sou tão tapada moça! Meu Deus do céu!
Dulce: Calma! Isso acontece.
Maquiagem, documentos, passaporte, meu carregador, fones, chaves e minha necessaire, abri ela procurando um absorvente e encontrei dois.
Peguei um deles e fiquei estática.
Zzz: Graças a Deus! - murmurou pegando da minha mão - Muito muito obrigada! - me abraçou de lado.
Dulce: Quanto é hoje? - a encarei sentindo meu coração parar de bater.
Zzz: Nove. Por quê? - levantou a mão chamando atenção da moça do balcão que começou a se aproximar da gente.
Nove.
Hoje era nove de setembro.
Engoli em seco fazendo algumas continhas rápidas.
Xxx: Pois, não?
Zzz: Você poderia me emprestar o seu casaco só para ir até o banheiro por favor? É que é uma emergência daqueles dias infernais.
Xxx: Claro. - tirou o casaco a entregando.
Zzz: Obrigada! Vocês são anjos. - tocou no meu ombro e levantou colocando o casaco na cintura dela e se afastou.
A moça a seguiu.
Parei de respirar e arregalei os olhos quando terminei as contas.
Aí Meu Deus!
[...]
O banheiro estava vazio, tinha ido no primeiro banheiro que encontrei que era ao lado da farmácia, ia demorar muito se fosse no banheiro da sala vip que ficava do outro lado.
Lia pela milésima vez as instruções para verificar se tinha feito tudo certo, e sim, de fato tinha feito. Aguardava em pânico os minutos necessários para o resultado do teste. Tinha comprado o melhor teste de gravidez, além de dar o resultado, também dizia exatamente quantas semanas de gestação a mulher estava.
Não era possível que eu pudesse está grávida. Mais do que nunca queria bater minha cabeça contra o enorme espelho do banheiro de tão estúpida e idiota estava sendo.
Óbvio que era possível.
Eu tomava minha injeção todo mês e como boa estudante de medicina que eu era, sabia muito bem que nenhum meio contraceptivo era 100% seguro.
Nenhum mesmo. A não ser em casos de vasectomia e laqueadura.
E pelas quantidades de vezes que Christopher e eu fazíamos amor, poderia dizer que éramos muito mais do que ativos. Aí meu Deus! Como sou burra, estúpida, idiota e cega.
Um mês atrasada.
UM MÊS ATRASADA!
E mais uma vez os sinais gritando e berrando na minha cara. Os enjoos, toda aquela fome, os desejos, todo aquele vômito, a vontade absurda de sexo, a sonolência...
Me encarei no espelho.
Christopher: Aiiiii..- reclamou. - Meu amor o quê você têm, heim?
Dulce: Como assim? - voltei beijar o pescoço dele e minha mão desceu até o cinto dele o abrindo.
Christopher: Dul, você mal me deixou dormir hoje. - segurou na minha mão. - Não que eu esteja reclamando, mas três vezes na madrugada e uma no banho de manhã, deixa qualquer pessoa...satisfeita.
Dulce: A culpa é sua. - o encarei. - De uns dias pra cá ficou mais gostoso.
Ele riu.
Christopher: Você se transformou numa verdadeira tarada.
Dulce: Tarada por você. - o beijei.
............
Christopher: Você está tão estranha...
Dulce: Como assim?
Christopher: Estranha e bonita. Não sei, parece diferente. - sorriu. - Tem um brilho, não sei explicar.
Dulce: Você é um gostoso.
Christopher: E tarada também.
Dulce: Quer que eu pare?
Christopher: Não. Gosto desse seu lado mais safada. - me beijou.
............
Clarice: Querida?
Dulce: Sim..- a encarei.
Clarice: Fique longe de café. - pediu.
Dulce: Por quê?
Ela negou.
Clarice: É só um...pressentimento. - sorriu.
Franzi o cenho.
Dulce: Tá bom! - ri.
Meu Deus!
Eu sou muito cega e idiota!
Respirei fundo e olhei as horas no meu celular. Peguei o teste e desencaixei o bastão do pequeno potizinho já sabendo do resultado do teste antes mesmo de ler.
Grávida!
1 mês.
Minhas mãos começaram a tremer, minha visão embarçou e quando vi, já estava encolhida no canto da pia ao chão soluçando horrores.
Levei minha mão trêmula até a barriga.
Um mês.
Há um mês ele estava aqui.
Há um mês ele estava esperando para ser descoberto.
Há um mês que esperava o maior amor do mundo, o meu bebê com o amor da minha vida. Há um mês o fruto do nosso amor estava aqui.
Um filho.
Meu Deus!
Eu era mãe!
Comecei a rir.
Dulce: Era pra você chegar só daqui uns seis ou sete anos...- sussurrei acariciando minha barriga - Mas Deus quis que você viesse agora meu pequeno feijãozinho...- minha voz falhou - Meu Deus! Como eu amo você, como amo meu feijãozinho, amo cada partinha minúscula sua meu bebê. - falei as lágrimas - O seu papai é o homem do coração mais puro e lindo desse mundo, não existe alguém como ele e...meu Deus! Ele já esperava você antes mesmo de você está aqui dentro, o seu papai mesmo sem saber agora da sua existência, ele já ama você da mesma intensidade que a mamãe.
Respirei fundo.
Dulce: Precisamos fazer uma surpresa pra ele. - encarei o teste - Ainda não sei bem como, mas irá me ajudar, não vai? - sorri - Vamos dar dois presentes à ele, primeiro de que ele ganhou mais uma irmã e de que você ganhou mais uma titia de sangue, porque ela já era sua titia de qualquer jeito.
Levantei do chão e encarei minha barriga pelo espelho.
Dulce: Você é minha vida feijãozinho!
Sorri.
[...]
Saí do banheiro horas depois já recomposta, parei numa loja e comprei uma água. O sorriso que estava na minha boca não fazia jus à minha felicidade. Um filho, um bebê meu com Christopher.
Uma junção de nós dois que resultou no milagre de uma vida.
Suspirei.
Tomei minha água olhando as horas.
Daqui a vinte minutos eu estaria embarcando. Por isso, apressei meus passos de volta para a sala, estava passando em frente à um dos balcões da compra de passagem, quando não só eu como as pessoas em volta ouvimos uma discussão, algumas pessoas estavam em volta de um homem que discutia com o atendente, não conseguia ver o homem, mas a voz eu conhecia muito bem.
Automaticamente me aproximei da pequena confusão.
Xxx: Além de darem a minha passagem marcada para outra pessoa, agora me dizem que não consigo comprar nem ao menos uma passagem na hora? - praticamente gritou.
Aaa: Senhor, estamos com todos os vôos para esse destino preenchido.
Xxx: Claro que estão. Deram a minha passagem marcada para outra pessoa.
Ele estava de costas para o grupo ao redor dele que o observava. Ele tinha cortado o cabelo. Estava um corte bem curto, como normalmente são os cabelos masculinos.
Sem aquele cabelo que parecia de mulher, longo e bem liso, estava estranho. Acho que era porquê já estava acostumada com os longos fios
Aaa: Foi um erro do sistema. Lamentamos muito. Se o senhor esperar, segunda-feira, onde já teremos vôo para o seu destino novamente, lhe damos uma passagem grátis como forma de desculpas e..
Xxx: Eu preciso viajar entre hoje ou amanhã. - bateu no balcão - Você é surdo? Segunda-Feira no primeiro horário já tenho que está palestrando para mais de quinhentas pessoas.
Aaa: Senhor..
Xxx: Quer saber? Me arruma um jato particular, um avião, um disco voador ou o quê seja. - mandou.
Aaa: Todos os aviões para vôos particulares estão indisponíveis no momento senhor. Precisa primeiro fazer uma reserva com uma semana de antecedência e...
Xxx: COMO VOCÊS POD..
Dulce: Igor? - falei assustada.
Ele calou a boca e me encarou.
Igor: Dulce! O quê você..
Dulce: Você precisa se acalma ou vai acabar sendo preso. - falei baixo.
Igor: Não dar pra ficar calmo com o que eles fizeram comigo. - bufou.
Dulce: Já olhou ao redor?
Ele virou a cabeça percebendo as pessoas ao redor dele o olhando.
Ele respirou fundo.
Igor: Eu sou um imbecil. - falou se afastando do balcão e puxando a própria mala.
Dulce: Espera..- o segui.
Nós afastamos o suficiente para as pessoas voltarem a cuidar da vida delas, ele sentou num dos bancos ao nosso redor e eu fiquei em pé na frente dele o vendo furioso.
Igor: Eu verifico e está tudo bem. Mas quando chego aqui, outra pessoa está com a minha passagem e no sistema a data da passagem que tenho é de cinco dias atrás. - bufou - Não consigo comprar a passagem na hora porque não tem mas vagas até segunda-feira e não consigo alugar um avião porque preciso reservar com antecedência. - negou - O que eu vou fazer agora? Vou acabar indo a pé para o México.
Ele estava muito revoltado e bravo.
Igor: Eu preciso está naquela cidade no máximo amanhã. Meu Deus! O que eu vou fazer? - puxou o cabelo mas quando percebeu que não tinha mais os longos fios soltou um palavrão.
Dulce: Vai para o congresso dos médicos, não é? - mordi os lábios.
Igor: Vou ter que ir de qualquer jeito, não tem ninguém para me substituir e se eu não aparecer...o diretor da organização, os médicos americanos e a imprensa me matam.
Dulce: Ok. Entendi. Por quê não vêm comigo? - o convidei.
Pela primeira vez ele me encarou e olhou para a mala ao meu lado.
Igor: O quê? - perguntou confuso.
Dulce: Estou indo para o México também, já que é tão importante sua presença e não tem outro meio de você embarcar, então, pode vir comigo. O jatinho tem muito espaço e estamos indo para o mesmo país.
Igor: Sério?
Dulce: Sim. Acho que a administração daqui e a Federal não irá impedir sua ida comigo sem aviso antes, já que eles estão em dívida com você.
Igor: É. Eles terão que concordar com um passageiro de última hora por culpa deles mesmo - falou analisando a proposta - Mas o seu..seu noivo, irá concordar em me dar uma carona?
Dulce: Sim. Mas ele já está no México me esperando.
Apesar de Christopher não gostar dele, se estivesse aqui daria uma carona para o Igor, justamente porque ele estava precisando. Era por isso e por mais um milhão de coisas que eu o amava tanto.
Igor: Vou aceitar porque realmente preciso ir. - explicou. - Obrigado!
Dulce: É melhor a gente se apressar, por quê meu embarque é daqui a dez minutos. - falei olhando as horas.
Andamos até a sala vip em silêncio. Pedi para falar com alguém da administração e quando um homem bem vestido apareceu explicamos a situação, ele liberou na hora a ida de Igor comigo e pediu desculpas pelo erro deles na passagem dele.
Depois de verificar pessoalmente nossos passaportes expressos e no sistema, ele nos entregou e liberou nossa ida até o avião. Igor foi na frente e eu fiquei mais atrás tentando ligar novamente para Christopher.
Nada!
Apenas desligado.
Mas o quê você está fazendo, amor?
Xxx: Boa tarde senhora! - falou uma sorridente loira uniformizada assim que entrei no avião - Me chamo Jéssica e sou sua aeromoça. A senhora aceita uma bebida? Um suco? Uma água?
Dulce: Boa tarde! - falei indo para uma das poltronas. - Uma água por favor.
Fiquei ao lado da janela e Igor na outra fileira também na janela.
Jéssica: E o senhor?
Igor: Nada. Obrigado!
A aeromoça andou até a pequena cozinha. O piloto saiu da cabine e nós cumprimentou sorridente.
Sss: Bom dia! Sou Steven, o piloto desse vôo. - me encarou - O senhor Uckermann vôo comigo ontem, sei que estão acostumados com o piloto dos senhores, mas infelizmente ele não pode está aqui, mas a senhora pode ficar tranquila que assim como o senhor Uckermann, fará uma boa viagem. - sorriu.
Apenas sorri.
Steven: Vamos sobrevoar daqui à cinco minutos. Qualquer coisa é só pedir para a aeromoça. - avisou.
Jéssica voltou com minha água e o piloto voltou para a cabine.
Dulce: Obrigada! - sorri.
Jéssica: O almoço será servido daqui à meia hora. - informou - Por favor aperte os cintos. - falou quando o avião foi ligado e a porta fechada.
Tomei minha água deixando a garrafa no apoio da poltrona e coloquei os cintos, assim como Igor e a própria Jéssica. Sete minutos depois, o avião sobrevoava o Rio. Ela voltou para a cozinha e eu olhei a vista.
Seria oito horas de vôo até a cidade do México.
Estamos saindo às duas horas da tarde e chegaríamos apenas à noite.
Suspirei.
Vamos demorar para ver o papai bebê.
Toquei na minha barriga.
[...]
Duas horas depois..
Depois do almoço tentei entrar em contato com Christopher e nada. Então, coloquei meus fones, uma música e fiquei pensando em qual surpresa poderia fazer pra ele.
Mas os olhares de Igor pra mim, acabou me fazendo sentir culpada. Eu meio que estava ignorando ele. Odiava aquele clima estranho.
Parei a música e guardei os fones.
Igor: Está mesmo feliz, não é? Não para de sorrir para o nada. - comentou.
O encarei.
Desde do teste que, por sinal estava na minha bolsa, não parava mesmo de sorrir, eu queria gritar de tanta alegria, mas precisava me controlar.
Dulce: Eu estou feliz. Christopher é o motivo dessa felicidade.
Junto com nosso bebê.
Suspirei.
Igor: Percebi. - murmurou agora olhando para a janela. - Dulce? Eu queria m..
Dulce: Vamos manter esse vôo agradável por favor. - o interrompi.
Ele assentiu.
Igor: Ok.
Dulce: Por quê cortou o cabelo?
Igor: Por uma boa causa.
Dulce: Você doou?
Ele me encarou.
Igor: Sim. Esse era o propósito.
Dulce: Bonito isso.
Igor: Não consigo viver sem doar alguma coisa minha, seja o cabelo, sangue ou minha medula.
Dulce: Você é doador de medula também? - fiquei surpresa.
Igor: Sim.
Dulce: Isso é...lindo Igor.
Ele baixou os olhos.
Igor: Seria mais lindo se as pessoas doassem também.
Dulce: Infelizmente as pessoas são muito egoístas para isso.
Igor: E como são. Sabe, já me deparei com tantos casos e..
Ficamos conversando durante horas. Todo o assunto relacionado à medicina, que era um campo enorme por sinal, me surpreendi quando percebi que tínhamos o mesmo pensamento sobre um tal tema e até mesmo, a mesma discordância.
Pensávamos muito igual. Não falamos nada pessoal, apenas nossa paixão em comum: a medicina. Conversa vai e conversa vêm, percebi que já tinha se passado quatro horas de vôo.
Estávamos sobrevoando o início de Nicarágua, por causa dos fusos horários, ainda estava dia naquele país, enquanto no Rio de Janeiro já estava caindo a noite. Continuávamos conversando, quando o avião começou com uma turbulência.
Respirei fundo.
Igor: Odeio aviões..- comentou apertando ainda mais os cintos.
Jéssica: Estamos passando por uma pequena turbulência. Mantenham a calma que logo passará. - a voz de Jéssica soou pelo alto-falante.
Dulce: É por isso que não tem um avião? Por quê odeia eles?
Igor: Também. E também porque um desses é um custo enorme. As peças, a manutenção, a gasolina, os impostos eu tinha um, mas vendi. Não tenho paciência para isso. Ter um avião não é para qualquer um.
Dulce: Deve se..Ahhhhhh - gritei quando o avião começou a balançar fortemente.
Jéssica: É só uma turbulência..- voltou a falar no alto-falante.
Igor: Odeio isso...
Um alto alarme foi disparado nós assustando e o avião que antes só estava balançando, começou a perder a altitude e em segundos despencou de uma velocidade sem tamanho sacolejando ainda mais rapido.
Só consegui gritar.
Estávamos caindo!
Todo meu corpo tremia.
Estávamos caindo!
Meu Deus!
Estávamos caindo!
O barulho do alarme ficou maior quando o sacolejo ficou mais violento e mais rápido, ao ponto de nossos corpos quererem voar. Nossos gritos desesperados se misturavam junto com o alto alarme.
"UMA PEÇA DO AVIÃO QUEBROU! NÃO SEI SE VOU CONSEGUIR FORÇAR UMA PARADA! SE PREPARAREM PARA O IMPACTO! SE PREPAREM PARA O IMPACTO! SE PREPAREM PARA O IMPACTO SE ABAIXANDO COMPLETAMENTE PARA FRENTE "
A voz desesperada do piloto, o alarme, nossos gritos, o avião caindo e sacudindo só me fizeram berrar ainda mais alto e desesperado.
Íamos morrer!
Meu Deus!
Meu Deus!
Meu Deus!
Meu Deus!
Me inclinei pra frente com as mãos na cabeça aos gritos, segundos depois, ouvimos um estrondo horrível, cacos de vidros caíram sobre mim e em seguida, veio o silêncio.
Autor(a): tatayvondy
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Igor Rickli Silêncio. E silêncio. E mais silêncio. Abri os olhos vendo cacos de vidros em mim, o avião continuava inteiro, exceto pelas janelas que estavam totalmente destruídas. Meus olhos voaram para Dulce, ela continuava na mesma posição de impacto. Soltei os cintos e num piscar estava em cima dela. Igor: Dulce? - tirei ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1714
Para comentar, você deve estar logado no site.
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jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56
Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?
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jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34
Quando terá novas atualizações ?... Saudades
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Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30
Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos
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Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06
Continua
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taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57
Dulce vc sossega hein
tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42
Aiaiaia
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vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43
Continua por favor esta ótima
tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29
Continuando*-*
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Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05
Continua por favor
tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14
Continuando *-*
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Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45
Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3
tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18
Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!
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vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48
nossa que saudades eu estava de vc continua
tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22
Tbm estava com saudades *-*
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taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08
mais mais mais