Cheryl Evans 

O Brasil era um país incrível, ainda mais a cidade maravilhosa. Ótimas praias, hotéis e claro, shoppings center. As sete sacolas que segurava enquanto entrava numa joalheria, era a prova do quanto eu amava fazer compras.

Seja em qualquer país.

Me aproximei da vitrine e levantei os óculos escuros para admirar melhor a linda gargatilha de diamantes. E eu tinha certeza que ela ficaria ainda mais linda e perfeita em meu pescoço.

Sorri.

Talvez eu pedisse uma gargatilha para o meu próximo cliente. Já tinha tantas pulseiras e brincos, agora, estava na hora de algo mais caro.

Meus clientes.

Sorri ao me lembrar deles.

Não que eu fosse exibida, mas minha caixa de mensagem no imail estava muito cheia, nela tinha diversas propostas de programas, teria que escolher em breve e com cuidado com quem eu faria o que eu queria fazer a muito e muito tempo.

Ser prostituta de luxo era bom, não nego, sexo e dinheiro, sexo e dinheiro e sexo e dinheiro. Eu tinha as duas coisas que mais amava na vida. Mas teria que pensar no meu futuro, infelizmente não ia ficar jovem e bela para o resto da vida.

Uma mulher tem que pensar em seu futuro. Ainda mais quando se tem uma mãe que não dar um centavo pra filha.

Meu celular tocou e falando nela...

Revirei os olhos, mas atendi.

Cheryl: O quê foi?

Mary: Onde está?

Cheryl: Fazendo compras.

Mary: Cheryl, viemos para o Brasil para cuidar de Christopher e você acha que fazendo comprar irá ajuda-lo?

Cheryl: Pois deveria. Compras é uma verdadeira terapia. - sorri.

Mary: Christopher está mal Cheryl! De verdade, ele está muito. Voltei agora do apartamento dele. Estou te esperando no flerte! Não demora! - desligou.

Encarei o celular.

Sentia pela morte da única mulher pela qual Christopher realmente foi apaixonado, ainda mais pela forma que morreu, mas estava na hora dele seguir em frente.

Dulce não ia mais voltar.

E as cinzas dela continuava no apartamento dele o quê é bizarro. 

Encarei mais uma vez a vitrine antes de sair da loja.

[....]

Minha mãe tinha alugado um flerte para o tempo em que ficaríamos no país, ela veio para ajudar Christopher, já eu, vim exclusivamente para um trabalho que consegui para a internet.

Eu tinha conseguido mais de quinhentos mil seguidores na minha rede social e não via a hora de chegar à um milhão, para assim, começar a ganhar dinheiro de verdade.

Pegar fama e sair da minha profissão do momento no futuro distante.

Mary: Finalmente..- falou quanto entrei no apartamento bem decorado.

Cheryl: Só estava dando uma volta.  - deixei as sacolas no sofá - Amanhã tenho algumas sessões de fotos, uma reunião com uma marca de roupas e..

Mary: As vezes eu me pergunto para quem você puxou o seu egoísmo. Porque pra mim não foi. - falou séria.

Cheryl: Eu sou egoísta? - ri - Quem aqui é rica e não dar um centavo pra filha? 

Mary: Meu Deus Cheryl! Christopher está mal e você só pensa em dinheiro e compras.. - negou - Para quem você puxou? Porque de mim não foi.

Me aproximei dela devagar.

Cheryl: Talvez tenha sido para o meu pai que nunca conheci. - joguei na cara dela novamente.

Mary: Não estou com cabeça para discutir com você sobre esse assunto. - respirou fundo - Passei a noite no apartamento do Christopher, arrumando tudo por lá e tentando cuidar dele. Estou cansada! 

Cheryl: Pra mim você sempre está cansada mamãe. Mas para os Uckermann você nunca esteve cansada, especialmente para Richard Uckermann, não é? - cruzei os braços.

Mary: Cala a boca Cheryl! - avisou.

Ri.

Cheryl: Sabe? As vezes eu me pergunto como Christopher e as insuportáveis da Lucy e Julie reagiriam se soubesse que você foi amante do papai deles, que você foi a causa da separação dos pais deles e principalmente, enquanto cuidava de Christopher de dia, também cuidava do pai dele à noite. Não se envergonha disso, mamãe? De ter sido uma das vagabundas de Richa..

Só senti o peso da mão dela na minha cara, o tapa que ela me deu doeu.

Levei minha mão onde ela tinha batido.

Cheryl: Você me bateu? - rosnei com ódio.

Mary: Você não sabe de nada Cheryl. De nada da minha vida. Não sabe do que passei e do que tive que fazer para sustentar você - quase gritou apontando o dedo na minha cara.

Cheryl: Abrir as pernas para o pai do Christopher não deve ter sido tanto sacrifício assim, já que foi amante dele por mais de dois anos.

Só senti um empurrão, cai no sofá sentindo as mãos dela por todo meu corpo me batendo sem parar.

Cheryl: PARA SUA LOUCA! ME SOLTAAAAAAA - gritei quando ela puxou meu cabelo batendo na minha cara, tentava me desviar mas ao fazer isso ela sempre batia com mais força.

Mary: VOU TE DÁ A SURRA QUE VOCÊ MERECE À MUITO ANOS - gritou distribuindo mais tapas na minha cara.

Cheryl: ME SOLTAAAAAAAA  - gritei desesperada.

Mary: EU SOU SUA MÃE CHERYL! COMO SE ATREVE A FALAR ASSIM COMIGO? - cada frase era um tapa.

A porta do apartamento se abriu e Lucy entrou e correu até minha mãe que continuava aos gritos.

Lucy: PARA COM ISSO MARY! - a segurou - O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? O QUE HOUVE? - a puxou para longe de mim.

Minha mãe respirou fundo e eu gemi pela dor dos tapas.

Mary: Nada. Só me descontrolei. - me olhava com irritação e magoada.

Lucy: O quê você aprontou, Cheryl? - me encarou raivosa abraçando minha mãe.

Cheryl: Eu? - ri sem humor. 

Lucy: Você é uma vaca que sempre faz sua mãe sofrer. Nem sei o quê está fazendo aqui, deveria ir embora. Nunca ajuda nada e nem ninguém.

Levantei gemendo de dor.

Cheryl: Você não sabe de nada. - murmurei me afastando das duas.

Caminhei até o meu quarto ouvindo Lucy encher minha mãe de perguntas.

E como sempre, Mary Evans a abraçava e a amava. Assim como Julie e Christopher, enquanto eu, ela pouco se importava. Como sempre, ela preferia eles do que à mim.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, a limpei rapidamente.

[...]

Já passava das uma da manhã, quando decidi ir ver como Christopher estava, minha mãe estava dormindo no flerte, enquanto Lucy era a única que estava no apartamento com o irmão, à essa hora ela também deveria está dormindo, a princesinha gostava de ir para a cama bem cedo.

E se eu estivesse certa, Christopher deveria está bêbado à essa hora. 

Me arrumei rápido e peguei meu celular onde tinha passado para ele mais cedo o sistema de segurança do apartamento de Christopher, sem Lucy e minha mãe souberem, claro. Tinha aproveitado que ela estava na cozinha e a bolsa dela no sofá e peguei o celular dela transferindo o aplicativo de segurança pra mim.

Peguei minha bolsa e chamei um táxi, sai do flerte sem fazer barulho. O táxi demorou dez minutos para chegar e no caminho até o apartamento de Christopher fiquei pensando em como ele deveria está.

Com certeza continuava sofrendo.

Apesar de tudo, me importava com ele e se estava indo à essa hora era para que ninguém soubesse que me importava com ele. Eu gostava de ser considerada a "vadia má e egoísta". Era um bom termo e eu tinha que manter minha fama da tal de qualquer forma.

Minutos depois, o porteiro liberou minha entrada, entrei no elevador e digitei a senha, segundos depois batia na porta, se eu tocasse a campainha a princesinha ia acordar.

Fiquei batendo e batendo, quando pensei em desistir e voltar para o flerte, Christopher abriu a porta só com uma calça de moletom e uma garrafa de whisky vazia na mão.

Como imaginei, ele estava bêbado.

Christopher: Que é...? - falou levando a garrafa vazia até a boca e quando percebeu que estava vazia fez cara feia para a garrafa.

Cheryl: Você está...horrível.

Christopher: Você tam..b.ém. - deu as costas deixando a porta aberta.

Entrei no apartamento vendo tudo arrumado. E algumas garrafas de álcool vazias no tapete da sala. Observei Christopher tropeçar nos próprios pés enquanto pegava uma garrafa cheia de whisky na mesinha.

Me aproximei dele.

Cheryl: Se continuar bebendo desse jeito pode ficar doente. - tentei pegar a garrafa da mão dele, mas ele empurrou minha mão com certa força - Meu braço seu idiota! - reclamei.

Christopher tomou uma grande golada de whisky de uma vez.

Christopher: O quê f..az aq..ui? - se jogou no sofá voltando a beber.

Fiquei ao lado dele no sofá.

Cheryl: Vim te ver, saber como está.

Christopher: Já v..iu. V..ai embo..era - falou e o barfo de álcool era muito forte.

Respirei fundo.

Christopher: Du..l - tocou no meu rosto do nada e se aproximou - Vo..cê es..tá aqui me..u am..or - largou a garrafa e segurou com as duas mãos o meu rosto.

Levantei num pulo irritada.

Cheryl: Derramou bebida no sofá e em mim seu idiota. - bufei.

Christopher: Du..l vo..cê..eu..te a..mo - falou atropelando as palavras de tão bêbado e esticando o braço.

Cheryl: Eu não sou a Dulc..- parei de falar quando um pensamento me veio a mente.

Hum...

Christopher: T..e a..mo! - tentou levantar, mas eu fui mais rápida e sentei no colo dele e o beijei.

Ele retribuiu me apertando nos braços dele, apesar do barfo de álcool, o beijo até que estava gostoso. Me afastei o suficiente quando senti seu membro dando um belo sinal de vida.

Christopher: Vo..cê é tã..o li..nda m..eu amor - tocou no meu rosto - T..e amo Du..l - começou a beijar meu ombro.

Sorri.

Por essa noite eu poderia ser a noivinha morta dele.

Aí aí aí..

Semana que vêm teremos mais emoções pela frente(não me matem).

Irei postar de Segunda à Sexta essa semana.

Agora já sabem como Dulce sobreviveu(graças ao Igor) e depois foi Deus agindo. Vondy ficarão longe um do outro um tempinho, mas no capítulo 21 eles estarão juntos de novo.

Baby Vondy está bem!

Ahh, e para quem não sabe quem é Igor Rickli, ele é um ator super gato e podem ver ele na Globo na reprise da novela Flor do Caribe, o personagem dele é o vilão Alberto(foi nesse novela que vi ele pela primeira vez e me apaixonei a muitos anos atrás) e também podem ver ele na Record, onde ele está na reprise da novela Apocalipse, onde o personagem dele é o mocinho Benjamin.

Quando pensei num personagem para vocês quererem matar, pensei logo nele kkkkkkkk 

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