Christopher Uckermann 

Quem?

Quem foi?

Quem odiava o suficiente o amor da minha vida para mandar mata-lá?

Quem era esse monstro assassino?

Seja quem fosse, eu juro...que encontraria e o mataria com as minhas próprias mãos. Não me importava em passar os últimos anos da minha vida atrás das grades, toda a minha vida estava morta por culpa de um maldito assassino. Maldito!

Encarei a garrafa vazia.

Ficar bebendo o dia inteiro não me ajudava a encontrar o assassino. Agora mais do que nunca preciso me concentrar nisso, eu só ia ficar melhor matando o assassino que tirou o meu tudo, o meu mundo...a minha vida.

Passava das nove horas da noite, Mary tinha ido para o flerte dela e minha irmã ainda não tinha chegado de sei lá onde, Christian tinha mandado uma mensagem, que não respondi, dizendo que estava vindo para o apartamento.

Tinha passado o resto do dia fazendo algumas ligações para a polícia internacional e ignorando ligações de todos como nas últimas semanas. 

Malditos!

Eu iria até o inferno atrás daquele piloto e da maldita aeromoça. Iria focar todo o meu tempo e dinheiro atrás de todos que de alguma maneira estavam metidos nisso.

Assassinada..

Quem? Quem queria a morte dela? 

Dulce era o ser humano mais puro e doce do mundo. A mulher mais honesta e ética que já conheci, todos à adoravam e...

Anahí!

Respirei fundo.

Aquela maldita era uma vaca sem coração e que já prejudicou Dulce antes, mas teria ela chegado à esse ponto? Ela sabia que não poderia mexer com Dulce de novo ou eu acabava de vez com a vida dela.

E que se tentasse algo desse tipo, ela seria a suspeita número um. Mas ninguém sabe o que se passa na cabeça de uma louca.

Se for ela a culpada de tudo, que comece a planejar o próprio funeral dela, por quê a mataria com as minhas próprias mãos. Ela me tirou tudo.

Tudo.

Tudo.

A dor voltou em meu peito e as lágrimas ameaçaram cair.

A porta do apartamento se abrindo e Christian entrando na sala me fez andar até a sacada.

Christian: Está sozinho? - falou atrás de mim.

Me encostei no apoio encarando o mar.

Christopher: Não mais..- murmurou.

Christian: Você comeu hoje?

Christopher: INFERNO! POR QUE NINGUÉM ME DEIXA EM PAZ? - perdi a paciência o encarando.

Christian: Gritar e ficar bebendo e  se drogando não irá mudar as coisas. - falou calmo.

Christopher: Eu não ligo..- voltei a encarar o maldito mar.

Christian: Christopher, você precisa superar. A Dulce não ia gostar nada de te ver desse jeito. Maltratando todo mundo e se drogando.

Christopher: Ela foi assassinada - murmurei sentindo a dor em meu peito aumentar.

Christian: O quê? 

Christopher: A minha mulher foi assassinada. E eu juro que vou encontrar quem fez isso. E vou mata-lá com as minhas próprias mãos. 

Christian: Mata-lá? Foi uma mulher?

Christopher: Só pode ter sido Anahí. Ela era a única que odiava a Dulce. Até armou pra que ela fosse presa.

Christian: Você tem provas que Anahí mandou..- hesitou - Mata-lá?

Christopher: Ainda não. Mas vou ter Christian. - o encarei - Nem que seja a última coisa que faça na vida.

Christian: Vou te ajudar a encontrar o culpado, seja Anahí ou não, você não está sozinho Christopher. Quem fez isso com a Dul irá pagar por isso.

A morte.

Iria pagar com a morte.

Apertei com o força o apoio ao mesmo tempo que a campainha tocou.

Christopher: Seja quem for, mande embora e aproveite e vá também. - mandei sem paciência.

Christian se afastou e eu puxei de dentro do meu bolso um saquinho.

O pó ia me ajudar a ve-lá novamente.

"Ele não está bem, vai embora!" A voz de Christian soou.

"Não me interessa" respondeu Cheryl.

Cheryl: Olá querido! - falou atrás de mim - Precisamos conversar. - o tom de voz era sério.

Christopher: Não tenho nada para falar com você. Vá embora agora! - guardei o saquinho de volta e a encarei.

Cheryl estava todo de vermelho. Desde dos lábios aos saltos altos.

Christian: Vai embora Cheryl. É sério.

Ela riu.

Cheryl: Não. Não vou. Tenho uma notícia para dar. - me encarou - A nossa noite rendeu frutos meu amor, estou grávida de seu primeiro filho. - sorriu.

Christian: O quê? - falou surpreso.

Cheryl: Ele não te contou? - o encarou - Relembramos os velhos tempos ali naquele sofá - apontou para dentro da sala - E a nossa brincadeira foi sem preservativo e como sou uma mulher muito fértil, engravidei na primeira gozada. - lambeu os lábios.

Christian: Isso é verdade? - me encarava perplexo.

Ri sem humor.

Christopher: Se estiver grávida mesmo esse filho não é meu. 

Cheryl: Como pode ter tanta certeza?

Christopher: Você é pior do que cadela no cio, não passa de uma vagabunda interesseira que se esfrega em qualquer um que tenha dinheiro.

Cheryl: Você não me xingava assim naquela noite. Na verdade, dizia que me amava.. - riu. - Vai dizer que não se lembra? - cruzou os braços.

Maldição!

Eu não me lembrava de muita coisa naquela noite. Estava bêbado e chapado, mas lembro dela está aqui e depois ver apenas Dulce. Lembro que a beijei e dizia que a amava, tudo vendo Dulce, depois só lembro de acordar com ela ao meu lado.

Levei minhas mãos até a cabeça sentindo a corriqueira queimação. Parecia que ia explodir, aos poucos fui abrindo os olhos percebendo que estava no sofá e ao meu lado Cheryl.

Mas que..porra?

Ela dormia completamente pelada.

E eu também.

Mas o quê?

Ouvi uma tosse no corredor da cozinha. Ergui a cabeça vendo Lucy de braços cruzados e cara feia.

Lucy: Isso é sério, Christopher? - gritou.

Christopher: Fala baixo..- levei minha mão até a cabeça.

Cheryl: O q..uê..? - acordou confusa e levantou a cabeça - O quê foi? - encarou Lucy se cobrindo com o travesseiro mesmo que onde minha irmã está não possa ver nada por causa da altura do sofá onde estávamos.

Lucy: Você tinha mesmo que dormir com essa daí? MAS QUE CARALHO VOCÊ TEM NA CABEÇA? - gritou de novo.

Christopher: PARA DE GRITAR! - gritei de volta sentindo mais dor.

Lucy: NÃO PARO NÃO! EU ACORDO E QUANDO VENHO PRA SALA DOU DE CARA COM ESSA CENA! - falou furiosa.

Me afastei de Cheryl, mas continuando no mesmo sofá.

Cheryl: Precisa desse escândalo? - bufou.

Lucy: Cala boca sua puta de quinta. 

Cheryl: Me xingar não vai dar a lugar a nenhum. - levantou não se importando mais com a nudez - Seu irmão e eu transamos e daí? - sorriu. - Não foi a primeira vez, já transamos antes por toda a casa dele em Chicago.

Merda!

Não lembro de muita coisa.

Maldita cocaína!

Lucy: Vocês são nojentos.. 

Cheryl: Jura? E quem perdeu a virgindade com..

Lucy: Cala a boca! - a interrompeu.

Olhei para o chão vendo minha calça de moletom e a vesti. 

Christopher: Chega! - levantei - Se vista e vai embora daqui e nunca mais irá acontecer de novo - encarei a ruiva.

Cheryl: Você já disse isso antes.

Christopher: Isso só aconteceu porquê delirei vendo a Dulce em você. Se transei com seu corpo foi pensando na minha mulher, não se iluda.

 Cheryl: Na.. 

Christopher: Vista-se e vá embora! - mandei me aproximando da estante de bebidas e pegando duas garrafas de whisky - E você Lucy, vá para o inferno com os seus gritos..- falei antes de andar em direção ao meu quarto.

Christopher: Você não está grávida. 

Cheryl: Claro que estou. Quer ver o teste? As semanas?

Christopher: Sabe, Dulce e eu ficamos juntos por meses e ela não engravidou e você uma noite engravida, estranho, não? - falei tentando não perder a paciência que não tenho.

Cheryl: Eu sou muito fértil querido. Não tenho culpa se ela não era.

Christopher: Então, o filho não é meu. - falei indo para a sala.

Cheryl: Faça o exame de DNA..- falou me fazendo parar e encara-lá - Escolha uma clínica de sua preferência e faça o DNA, não tenho nada a esconder, essa criança que está em meu ventre é seu filho, seu primogênito - tocou na barriga - Um Uckermann de sangue e eu sou a mulher que está te dando essa criança. - sorriu.

Christopher: Não pedi filhos. A única mulher com quem queria filhos não está mais aqui. - engoli em seco - Faça o quiser com essa criança, ela não é minha e não me interessa. 

Não esperei resposta e encerrei a conversa indo para o meu quarto.

Dulce Maria

Comia todas as bananas do cesto de palha, elas eram tão doces e gostosas e satisfaziam meu desejo de comer uma panela enorme de brigadeiro. 

Estava sentada no banco olhando os indígenas em minha volta. A fogueira estava alta e o pajé falava com os outros na língua deles. Esteban se aproximou de mim.

Esteban: Você comeu todas essas bananas? - encarou o cesto.

Dulce: É isso que o bebê quer. - dei mais uma mordida na banana.

Ele sentou ao meu lado.

Esteban: Você precisa se controlar. Todos nós já falamos isso.

Ele se referia a ele, Juliette e Igor.

Dulce: Eu sei. - suspirei -  Mas é difícil, está sendo tudo tão difícil..- murmurei.

Eu só queria voltar o quanto antes para minha família, para Christopher. A saudade que eu sentia doía em meu peito e imagina-lo sofrendo acabava comigo. Era grata a Deus por está bem e pelo meu bebê, aqui eu tinha água e comida, mas estava difícil.

Eu só queria Christopher aqui, curtindo nosso bebê comigo.

Esteban: Aguenta mais um pouco, em breve irá se encontrar com seu noivo.

Dulce: Obrigada por tudo o quê está fazendo pra gente, principalmente com as roupas. Acredito que dividir roupas com outras pessoas não estava em seus planos com a Juliette.

Ele riu.

Esteban: Não precisa agradecer. Minha mulher e eu adoramos ajudar. - fez uma pausa - Na verdade, ainda fico..perplexo em como vocês tiveram sorte de nós encontrar. A sorte de conseguirem escapar.

Dulce: Não foi sorte, foi milagre. Essas coisas não acontecem, se não fosse Deus nos guiar justo para essa ilha, estaríamos..mortos. - toquei na minha barriga.

Observamos Juliette se aproximar com Igor, ambos conversavam e riam.

Esteban: É. Não sou um homem de fé, mas depois dessa não posso negar a existência de Deus. - comentou.

Juliette: Está com fome, Dul? - perguntou ficando na minha frente e encarando o cesto - Acho que não.

Dulce: Prometo que agora me controlo! - levantei as mãos em sinal de rendição.

Juliette: Está falando isso à dias, agora vou proibir de te darem banana.

Dulce: Não. Dessa vez é sério. Juro.

Juliette: Ok. - encarou o marido - Me ajuda a preparar uma infusão de ervas para as crianças? Estou achando algumas magras demais.

Esteban: Claro. - levantou - Daqui a pouco vou trazer o seu jantar. - avisou.

Dulce: Não precisa. Eu pego.

Juliette: Não. Você vai ficar sentadinha aí - sorriu - Deixa que a gente cuida de você, ok? - falou antes de se afastar.

Igor: Eles são ótimas pessoas. - ficou no lugar onde Estaban estava antes.

Dulce: Eles são sim. Desde que chegamos eles estão cuidando tão bem de mim. - sorri.

Igor: É impossível não cuidar bem de você. - me encarou.

Dulce: Igor...

Igor: Estamos juntos aqui à meses e você ignora todos os meus gestos que demonstram que amo você. - se aproximou mais de mim.

Dulce: Você sabe que amo outro homem, estou grávida dele.

Igor: Ele não está aqui. Eu estou. - aproximou o rosto do meu.

Levantei me afastando dele.

Dulce: Para! O quê você quer? Que eu diga que te amo quando não amo? Que eu traía o meu noivo? - o encarei séria.

Igor: Quero que me der uma chance. - levantou ficando cara a cara comigo - Eu posso te fazer muito feliz Dulce. Eu só quero uma chance com você.

Dulce: Igor, por Deus, você não entende quando digo que amo outro homem? Eu amo o Christopher e vamos ter um filho, um filho. Eu sinto muito pelos seus sentimentos, mas eu nunca te dei motivo para se iludir.

Ele assentiu.

Igor: Só me diz uma coisa..- pediu - Por quê ele? Por que não eu? Sou feio? Não sente atração por mim? Não tenho tanta fama e dinheiro como ele?

Dulce: Eu não amo Christopher porque ele é rico, isso é absurdo - bufei - Eu apenas o amo por quem ele é, pelo ser humano mais incrível e inteligente que já conheci, eu não escolhi amar ele, foi meu coração que decidiu isso, por que não mandamos nos sentimentos Igor, não escolhemos quem amamos.

Igor: Assim como não escolhi amar você. - rebateu.

Dulce: Igor, você é lindo, gato e extremamente atraente. Seus olhos azuis são os que mais acho de bonito em você, de verdade, mas não amo e nunca vou amar você. O amor da minha vida é o pai desse bebê. - toquei na minha barriga - Nunca vou amar outro homem que não seja Christopher, seja nesse mundo ou em qualquer outro, porque somos almas gêmeas, formos feitos um para o outro. 

Igor: Sabe, talvez você não o ame. 

Bufei.

Dulce: De novo isso? O quê eu acabei de falar? - falei irritada.

Igor: Estou falando sério. Você contou para Estaban e para Juliette como conheceu o seu noivo e se não lembra, eu estava presente. Ele salvou sua vida, talvez o que você chama de amor, possa ser na verdade gratidão.

Dulce: Gratidão? - ri - Eu amo o Christopher com todas as minhas forças, daria minha vida pela dele.

Igor: Gratidão Dulce, você pode ter confundido gratidão com amor. Você não deve ama-lo. Ele salvou sua vida e você encontrou uma maneira emocional de agradece-lo por isso. 

Cruzei os braços.

Dulce: Você não sab..

Igor: Não sei de nada? - me interrompeu - Ou será que realmente sei das coisas? Você não o ama. É muito jovem e confundiu tudo. Só isso..- falou antes de se afastar.

Encarei a fogueira alta.

Aiii 

Cheryl grávida, Igor tentando confudir a Dul...

Não me matem!

E nos próximos capítulos vêm muito mais emoção e sofrimento. Já peço novamente que não me matem adiantado por favor.

COMENTEM!!!!!