Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann

Mary estava sentada bem longe de mim enquanto esperávamos notícias da Cheryl mais uma vez naquele hospital. A mulher tinha sido atropelada novamente. E sinceramente, já estava começando achar que não era apenas acidentes.

Christian concordava comigo.

Christian: Ok.  Pode ser que a mesma pessoa que fez aquilo com a Dul, também possa está por trás disso, mas a troco de quê matar a Cheryl?

Christopher: A troco de quê tirar a Dulce de mim? - respondi com uma pergunta - Talvez a intenção não seja matar a Cheryl e sim o bebê.

Apertei o encosto da cadeira fortemente.

Alguém queria o bebê, meu filho, morto. Assim como tiraram Dulce de mim, também querem tirar essa criança.

Christian: Olha, sabe Deus com quem Cheryl se meteu? Você à salvou uma vez e se ela voltou a ter problemas daquele tipo de novo?

Christopher: Ela não voltou. Cheryl está conseguindo o quê quer usando o bebê e o meu nome para isso, então, não tem porquê mexer com aquilo de novo.

Christian: É por isso que falei sobre casamento. Se alguém estiver querendo matar esse bebê, você precisa está perto para impedir.

Suspirei.

Não quero me casar, mas essa criança que também é parte minha, precisa de mais proteção. Se ela ainda estiver bem, claro, pelo o quê uma enfermaria nos informou, Cheryl sangrava muito e parecia está abortando.

Christopher: Não sei Christian. Eu não sei. - dei de ombros - Estou perdido, sem rumo, eu..eu..

Christian: Seja qual for sua decisão, mesmo achando que deveria fazer apenas o certo pelo seu filho, você não está sozinho. É nítido que está perdido Ucker, sem rumo e sem direção, se o bebê ficar bem, talvez ele seja seu rumo e a sua direção. 

Ele insistia muito para que eu me envolvesse mais com o bebê. Christian não teve pai presente e apesar do avó ser como um pai, ele sentiu e sofreu muito por não ter um.

No fundo o entendia.

Richard, foi o pai mais ausente e não quero que isso se repita com essa criança que têm meu sangue e que não tem culpa da inconsequência que cometi quando o cocebi.

Tomei minha decisão.

Se essa criança sobreviver, vou dar um lar de verdade pra ela. Vou protege-lá e ama-lá, vou me casar com a pior vadia de todos os tempos.

Vou me casar com a mãe dela!

Um sentimento de proteção e cuidado tomou conta de mim. 

Um médico apareceu chamando pelos parentes de Cheryl. Mary vôo pra cima dele, Christian e eu nos aproximamos.

Xxx: Sou Eduardo, o quê atendeu sua filha. - se apresentou - Ela e o bebê por enquanto estão bem. Mas..a batida na barriga trouxe consequências, sua filha deslocou a placenta e precisa de muitos cuidados e principalmente de repouso absoluto, não tem como colocar a placenta no lugar, ou seja, a gravidez que antes era saudável, agora passa a ser de risco.

Mary: Aii Meu Deus...

Eduardo: Se ela não se cuidar, não obedecer às ordens médicas, irá perder o bebê. Cheryl precisa de repouso absoluto e não poderá se estressar por nada também. Se ela conseguir manter isso, o bebê ficará bem.

Mary: Ela irá doutor. Eu mesma vou cuidar dela e do meu neto.

Eduardo: Por causa disso, se ela conseguir manter essa gestação, não se assuste se o bebê quiser nascer cedo, com sete ou oito meses, é normal por causa da placenta descolada. Apesar de nascer prematuro, hoje com tecnologia e a medicina avançada ele ficará bem.

Mary: Posso ve-lá?

Eduardo: Claro. Todos vocês podem! Me sigam por favor! - pediu.

Mary sem me dirigir um olhar foi na frente e eu fiquei mais atrás com Christian.

Christopher: Esse bebê quer nascer de qualquer jeito. - murmurei.

Christian: Talvez ele seja mesmo o seu rumo Ucker. 

Christopher: Vou fazer o pedido agora.

Christian: Pelo bebê! Pelo bebê Christopher!

Quando entramos no quarto o médico nos deixou sozinhos. Cheryl estava cheia de aparelhos e estava muito pálida, Mary foi a primeira abraça-la e beija-lá como fazia comigo e com as minhas irmãs quando ficávamos doentes.

Cheryl: Quase perdi o b..e.bê m..ãe - falou baixo começando á chorar.

Mary: Mas não perdeu. Ele continua aqui - tocou na barriga dela - E ficará aqui até quando for a hora dele nascer forte e saudável. - beijou a testa dela.

Fiquei observando Cheryl.

Ela parecia está sofrendo de verdade.

Talvez, a maternidade esteja começando a muda-lá.

Christian: Quer água, Cheryl? Você parece que está com cede. - comentou não querendo dizer que ela estava horrível.

Cheryl assentiu.

Christian: Vou buscar! - falou saindo do quarto.

Me aproximei da cama.

Cheryl me encarou.

Cheryl: Você não liga para esse bebê, o que está fazendo aqui?

Me aproximei da cama observando seus olhos avermelhados pelo choro.

Christopher: Ele é meu filho também.

Cheryl: Filho que você não queria.

Mary apenas observava calada.

Christopher: Um filho que estou começando a me acostumar em ter. 

Cheryl: Acho que alguém quer me matar. Era o mesmo carro da primeira vez. - murmurou e pelo tom de voz, percebi o medo.

Christopher: Estava suspeitando disso. Conseguiu ver a placa do carro?

Mary: Em quê você se meteu, Cheryl? - falou séria se afastando da filha.

Cheryl: Em nada. Eu estou com me..do. - me encarou - Não consegui ver nada, apenas reconheci o modelo.

Mary: Chery..

Cheryl: Que droga mãe! Será que nem na cama de hospital você acredita em mim? - voltou a chorar.

Mary: Não chora. Eu acredito em você, tá bom? Agora para de chorar! - pediu limpando o rosto dela - Pode fazer mal para o bebê e não queremos isso.

Christopher: Cheryl..- comecei a falar tentando criar coragem para pedir para se casar comigo - Se alguém está querendo matar você e o bebê não irá conseguir, Ok? Com o meu sangue ninguém toca! Esse bebê irá nascer e - respirei fundo - Pelo bem dele, apenas pelo bebê e por causa dele, acho que deveríamos nos unir mais.

Cheryl: Como assim?

Tentei abrir minha boca, mas ela se manteve fechada, com dificuldades comecei a falar.

Christopher: Vo..cê ac..- meu celular tocou. - Desculpe - peguei o aparelho reconhecendo o nome. - Preciso atender! - me afastei.

Christopher: O quê foi? - falei assim que atendi - Alguma novidade.

Mary e Cheryl começaram a conversar alheias à minha ligação.

Jason: Não. Você pediu que eu ligasse para você assim que terminasse a investigação sobre sua família, estou fazendo isso. Não achei nada de estranho ou sobre nada que você já não saiba, principalmente sobre toda aquela história da sua babá.

Christopher: O quê? Que história?

Jason: Aquela história senhor Uckermann, o senhor sabe, da sua babá ter sido prostituta de rua, ter sido  presa e amante de seu pai e tudo mais.

Encarei Mary que ainda conversava com a filha.

Christophe: O quê? 

Jason: O senhor não sabia? Hum, sinto muito ter falado assim.

Christopher: Do que está falando?

Jason suspirou.

Jason: Mary Evans foi prostituta por muitos anos. Ela tinha uma filha de um ano, Cheryl, quando conheceu seu pai no trabalho na rua. Os dois tiveram uma relação de cliente, por muito anos, no meio desse tempo, Mary atirou no cafetão dela e foi presa, foi seu pai que tirou ela da cadeia e que levou ela para casa de vocês para ser babá. Tempo depois, o casamento do seus pais acabaram e ela continuou sendo sua babá e das suas irmãs.

Mary foi amante de Richard?

Amante do meu pai dentro da casa da minha mãe?

Jason: Senhor Uckermann? O senhor ainda esta aí?

Desliguei.

Cheryl: O quê foi Christopher?

Mary: Você está bem? 

Christopher: Você é cínica. - falei com raiva.

Mary: O quê? - piscou  rapidamente confusa.

Christopher: Você me condena por ter engravidado ela - apontei pra Cheryl - Mas não condena o próprio cinismo.

Mary: Christopher, do quê está falando? - perguntou séria.

Christopher: De como foi uma das inúmeras amantes de Richard. Uma das mulheres que mais odiei nessa vida sua cínica. 

Mary arregalou os olhos.