Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckermann

Dois dias depois...

Elizabeth nós recebeu com um abraço e sorrisos no consultório. Ela quem pediu para cuidar da gravidez e por ser a melhor, concordei que fosse a mulher que ia realizar o parto do meu filho. Ela tinha gostado tanto da minha noiva desde que a viu, que a considerava mais do que uma amiga, quase uma filha.

E olhando as duas juntas, percebi que ambas tinha uma certa...conexão.

Elizabeth: Você fez todos os exames em Nicarágua, mas vou pedir para que faça de novo, sim? - falou sentando na cadeira e mexendo no computador.

Dulce: Ok. Como está Alfonso? - perguntou se acomodando na cadeira.

Elizabeth: Bem. Ele terminou o colégio ano passado e está fazendo administração na universidade daqui. Era para ele ter voltado para Chicago, mas ele preferiu ficar aqui mesmo. Segundo ele, não quer ficar muito tempo longe de mim..- riu.

Dulce: Lembro que disse que não sabia ao certo quanto tempo ficaria aqui, mudou de idéia? Vai ficar definitivamente? - sorriu

Elizabeth: Eu pretendia não ficar por muito tempo, ainda mais depois que os meus planos não deram certo..- suspirou - Mas decidi ficar mais um pouco, está sendo bom ficar no Brasil. E eu não tenho o quê fazer por hora em outras lugares.

Dulce: Alfonso decidiu fazer administração por quê quer cuidar do hospital?

Elizabeth: Eu queria que ele fosse médico, mas ele nunca quis. - negou - Não pode ver sangue..- riu - Ele ama mesmo é os cálculos, é muito bom com eles. E ele mesmo quer cuidar do hospital no futuro, não quer deixar nas mãos de outras pessoas, como estou fazendo agora. - explicou.

Dulce: Seus olhos brilham tanto! - falou encantada - Eu amo os seus olhos, os do seu filho também. - revelou.

Elizabeth: Minha mãe deixou de herança, minha gêmea não herdou eles. - riu.

Christopher: Você é gêmea?

Ela assentiu se encostando na cadeira.

Elisabeth: Jennifer não tem rede social, só apareceu na midia quando éramos crianças, nem falam sobre ela. Somos idênticas, ela só não puxou os olhos verdes. Enfim, ela mora na Grécia com o atual marido. É design de moda.

Dulce: Acompanho sua vida à muito tempo. É uma lenda pra mim, juro que nunca ouvi falar sobre ela. - falou surpresa.

Elizabeth riu.

Elizabeth: Ela fez desde de sempre tudo para desassociar da nossa família, por isso, casou muito cedo com o ex marido dela para obter o sobrenome dele, na verdade, ela fugiu de casa e...- negou - É uma história longa, prefiro não falar aqui sobre isso. - pediu.

Christopher: Claro.

Dulce: Claro. Como quiser.

Elizabeth: Vamos falar sobre a ficha da Dul, sim? - mexeu no computador - Dulce Maria Espinosa Ferreira, vinte e um anos, brasileira, carioca...- leu no computador - Faz aniversário no dia seis de dezembro, qual o nome dos seus pais? - perguntou.

Dulce ficou em silêncio.

Elizabeth a encarou.

Dulce: Eu não sei.

Christopher: Tem que preencher isso?

Elizabeth: Sim. É a ficha padrão. - franziu o cenho - Não sabe o nome dos seus pais?

Dulce: Eu..não cresci com eles, é complicado. - tocou no cabelo nervosa.

Minha pequena não gostava de falar para ninguém que era órfã. Segurei na mão dela e encarei Elizabeth.

Christopher: Não precisa colocar nada. Pula para a próxima pergunta. - mandei

Elizabeth: Ok. - falou segundos depois - Seu tipo sanguíneo? - perguntou digitando na tecla do computador.

Dulce suspirou.

Dulce: Dourado..- mordeu os lábios.

Christopher: O quê? - franzi o cenho.

Elizabeth quase quebra o pescoço ao olhar minha noiva.

Elizabeth: Você é dourado..? - os olhos se arregalaram.

Dulce: Eu tinha quinze anos quando descobri isso. - respondeu.

Christopher: Como assim dourado?

Dulce me encarou e deu de ombros.

Dulce: Tenho o sangue mais raro do mundo nas minhas veias. - respondeu - Dourado é o apelido para esse sangue tão raro.

Elizaberh: Você é Rh nulo? - falou abrindo a boca extremamente surpresa.

Dulce: Sim.

Elizabeth: Rh+ ou Rh-?

Dulce: Rh-, ainda mais raro. - deu um meio sorriso.

Elizabeth: Só foram registrados ao redor do mundo apenas quarenta pessoas com esse tipo sanguíneo e apenas sete deles, eram Rh-...- falou baixo - Eu conheci apenas uma pessoa que também era Rh- negativo em toda minha vida...- encarou minha noiva de uma forma profunda.

Dulce: O número aumentou comigo.

Christopher: Isso é...ruim? - observei a reação de Elizabeth.

Elizabeth: Quem tem esse tipo sanguíneo, só pode receber sangue de quem também é Rh nulo, nem mesmo o sangue universal recebe. De bilhões de pessoas ao redor do planeta, apenas quarenta pessoas, repito, quarenta, foram registradas com esse sangue..- me encarou - Já deu para perceber o quanto é raro, não é? Se Deus o livre, a Dul precisar fazer uma transfusão, vai ser muito difícil ela conseguir.

Dulce: Está tudo bem amor. - tocou no meu ombro - Nunca fiquei doente, tenho uma saúde perfeita, sou jovem e nada vai acontecer comigo. Só tive essa sorte, de nascer com esse tipo sanguíneo.

Christopher: Eu sei. Mas mesmo assim, não é bom saber que seu sangue é tão raro assim. - falei preocupado.

Elizabeth: É bem provável que o bebê nasça com esse sangue. - avisou. - Eu preciso saber o seu tipo sanguíneo - me encarou - Mas mesmo assim, o Rh nulo é muito confuso e a medicina ainda está o esstudando desde da década de sessenta, onde a primeira pessoa foi registrada com esse sangue. - falou pensativa - De onde você vêm, Dulce?

Dulce: É uma coisa que eu não quero saber. - respondeu.

Elizabeth: Ok. - murmurou confusa - Vamos terminar de preencher sua ficha e aí podemos ver o bebê. Ansiosos para saber o sexo? - mudou de assunto.

Christopher: Sim. Não vejo a hora.

Dulce: Ele nem dormiu direito hoje de tão ansioso. - sorriu.

Elisabeth: Quer menina ou menino, papai?

Christopher: Só quero que venha com muita saúde. - fui sincero - Mais uma menina igual a mãe, seria perfeito.

Dulce: Um clone do pai, seria perfeito. - sorriu me dando um selinho.

Elizabeth: Ok. Agora preciso saber sobre..

Vinte minutos depois, a ficha de Dulce estava devidamente preenchida. E todos os exames que ela teria que fazer já estavam marcados, depois da consulta já iriamos ao laboratório realizar os exames, os resultados iam direto para Elizabeth.

Minha noiva deitou na maca na sala de Elizabeth e eu fiquei ao lado dela. Dulce usava uma calça que segundo ela, ainda cabia no corpo, botas sem salto e uma camiseta azul. Não pude deixar de sorrir.

Minha mulher estava linda.

Ela era linda.

Elizabeth sentou na cadeira ao lado da máquina e começou a mexer no aparelho.

Dulce: Da última vez o bebê estava com as perninhas abertas. E ele andou fazendo festa aqui dentro.

Elizabeth: Vamos ver querida. - pegou um gel e levantou a blusa de Dulce, fazendo minha noiva rir - Gelado...- também riu enquanto passava na barriga dela.

Dulce segurou na minha mão e eu beijei a testa dela. Elizabeth pegou o pequeno aparelho e passou em volta da barriga, a tela antes escura, agora ficou com a imagem do rosto do meu filho...

Senti meu coração acelerar ao decorar cada parte de seu rostinho. Dulce apertou minha mão sem tirar os olhos da tela.

Dulce: O bebê está bem?

A tela mudou e agora era a imagem completa do nosso filho.

Ele era perfeito.

Elizaberh: Muito bem! O bebê está perfeito..- sorriu olhando encantada para a tela - Cada centímetro correto para o tempo de gestação. É perfeito! Escutem..- apertou um botão na máquina e o som mais lindo do mundo preencheu.

As batidas do coração do bebê soaram por toda sala. Rápido, forte, claramente cheio de vida. Abracei o amor da minha vida sentido lágrimas cairem por meu rosto, o nosso bebê era perfeito.

Dulce: Seu bebê...- sorriu - Não é lindo? - falou com voz embargada - É o meu som favorito do mundo inteiro. - começou a chorar nos meus braços.

Christopher: É o meu também. - fechei os olhos ouvindo o coração do meu filho sentindo o meu próprio bater disparadamente - Obrigado por me dar o melhor presente que um homem pode querer. - beijei seu rosto - Amo você! Amo vocês dois! Amo nossa família. - as lágrimas não paravam de descer por meu rosto - Obrigado Dul! Obrigado!

Dulce: Eu te amo Chris. Você e o nosso bebê são tudo pra mim. - falou em meio ao choro - Tudo! Amo vocês! - me beijou e depois nós abraçamos.

O coração forte e rápido contínuou preenchendo os nossos próprios corações e as nossas mentes, aquele bebê e a mãe dele é tudo pra mim, eu mataria, eu morreria por eles, tudo pela minha família.

Beijei minha mulher e voltei a encarar meu bebê na tela. Apesar das lágrimas, via perfeitamente o meu bebê.

Elizabeth: É..- falou com voz rouca e respirou fundo, reparei que ela também tinha chorado - Acho melhor já ir decorando o quarto rosa, decorando as princesas da Disney, comprando bonecas e muitos vestidinhos, parabéns! São papais de uma linda menina.

Dulce soluçou tocando na barriga.

E eu apertei ainda mais minha mulher e fechei os olhos agradecendo à Deus pela vida da minha...filha.

Da minha princesa.

Sou pai de uma princesa.

De uma linda princesa.