Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria

O hotel era ainda mais bonito à noite. As luzes, o frio e o silêncio era uma combinação perfeita. Enquanto caminhávamos até o restaurante próximo do jardim, encontrávamos os outros hóspedes com suas famílias. Não pude deixar de sorrir ao olhar uma família de três, pai, mãe e uma linda menina de cinco anos brincando de correr no meio do bonito jardim.

Christopher: Logo vai ser a gente. - apertou nossas mãos entrelaçadas olhando a cena - Eu prometo ser o melhor pai para nossa filha e o melhor marido para você. - desviou os olhos da cena e encarou os meus profundamente - Eu prometo fazê-las felizes e acima de tudo, protege-las com a minha vida.

Dulce: Também prometo ser a melhor mãe para nossa filha e a esposa que você merece. - sorri tocando em seu rosto sem parar de andar - Prometo cuidar e sempre valorizar nossa família em primeiro lugar. Sempre.

Christopher parou de andar me obrigando a parar também. Com as duas mãos segurou meu rosto e me beijou. Um beijo leve, suave, mas com tanto sentimento que não era difícil interprestar aquela ação. Além de amor, também era o selo da nossa promessa.

Seu gosto e seu cheiro me deixava desnorteada. Eu queria voltar para o quarto e usar aquela cama de forma correta, da forma que a cama merecia ser usada. Minha barriga estava grande, estava difícil ter contato físico, na reta final da gravidez eu deveria me sentir péssima, nada atraente e...desconfortável. Mas todos os dias Christopher fazia me sentir a mulher mais linda do mundo, a mais atraente, a mais desejada. E não só com palavras, mas com olhares e atitude. Todas as vezes que ele me tocava, eu sentia que estava sendo venerada, como se eu fosse uma...deusa, uma obra prima tão única e tão especial.

Eu não tinha dúvidas, inseguranças ou vergonha quando ficava nua. Pelo contrário. Eu via como o deixava, não era teatro ou fingimento. Podia enxergar seus olhos em chamas, o desejo em seu corpo, a forma que fazia amor comigo, suas mãos em minha pele, sua boca na minha, seus gemidos...

Aprofundei o beijo me sentindo em chamas, segurei em sua nuca enquanto nossas bocas se encaixavam no mesmo ritmo, sua língua reivindicando a minha com pressa, com vontade. Por um momento esqueci de tudo, onde estávamos, para onde íamos, até mesmo qual era o meu nome.

Só precisava e só conseguia beija-lo.

Nós afastamos quando o ar foi restritamente necessário. Mesmo com a respiração alterada, comecei beijar seu rosto, queixo, pescoço tão cheiroso, suas mãos apertaram minha cintura.

Ele riu sem fôlego.

Christopher: Calma amor. - falou baixo entendendo meu desespero - Estamos em público. - me apertou em seus braços e beijou minha testa - Depois do jantar, temos a noite inteira para...aproveitar.

Respirei fundo.

Dulce: Você é meu vício..- sussurrei colocando minha cabeça em peito.

Christopher: E você o meu. - sussurrou no meu ouvido - Sabe muito bem que me deixa louco. Mas agora é hora das minhas meninas jantar. Todos os nossos amigos estão esperando com planos também.

Me afastei um pouco dele ajeitando minha blusa de frio que tinha amassado com toda nossa proximidade.

Dulce: Tem razão. - consegui sussurrar com a voz ainda rouca de desejo.

Ele segurou no meu queixo me obrigando a encara-lo. Seus olhos castanhos fascaivam de tanta...luxúria.

Engoli em seco.

Christopher: Assim que entrarmos no quarto, será totalmente minha de novo e faremos amor até o amanhecer. - me deu um longo selinho.

Não pude conter o sorriso.

Com as mãos novamente entrelaçadas andamos mais alguns metros até o restaurante.

Além de todos os nossos amigos já na mesa próximo do jardim nós esperando, também tinha uma família de cinco pessoas próximo. A noite estava estrelada e fria. Uma clima muito bom. Pelo modo como nossos amigos sorriam enquanto nós aproximavamos, deixava claro que eles presenciaram nosso amasso à alguns metros.

Christian: Pensei que veríamos um filme porno ao vivo e à cores. - foi o primeiro a falar quando nós aproximamos.

Eddy: Pablo queria filmar. - riu.

Pablo: Eu? A ideia foi do James. - revirou os olhos e riu.

Derrick: Eu não falei nada. - se defendeu - Só comentei que seria interessante vocês verem como a gente ver vocês.

Christopher: Como assim? - puxou a cadeira pra mim e em seguida ficou ao meu lado.

Todos estavam bem vestidos com roupas de frio, calças, casacos e até cachecol. Percebi Vivian e Edgar um ao lado do outro novamente e a maneira como ela estava encostado no marido, dizia que já tinham feito as pazes. A mesa tinha alguns tira-gosto e vinho. Todos eles bebiam, até Christopher, mas eu era a única que não. E não bebia por causa da gravidez e sim porquê eu nunca coloco álcool na minha boca.

Nunca.

Fuzz: Acho que ainda não perceberam o quanto os dois foram feitos um para o outro, não é? - perguntou e levou uma taça cheia de vinho até a boca.

Maite: Vocês têm uma química muito inexplicável. Já falamos isso muitas vezes, mas é a verdade. Vocês são tão..completos juntos. - sorriu.

Zoraida: Não há quem não concorde que vocês nasceram para ficarem juntos. É até interessante ver o amasso de vocês - sorriu maliciosa - Se minha sobrinha não estivesse no ventre da Dul, ela seria concebida hoje, ali no jardim.

Senti meu rosto arder ao mesmo tempo que Zoraida gargalhava e Christopher segurava na minha mão por cima da mesa.

Eddy: Ela está envergonhada..- riu.

Christopher: Cala a boca! - mandou com uma cara séria, mas a voz descontraída - E não precisam filmar nada, sabemos o quanto somos feitos um para o outro. - me olhou sorrindo e me beijou.

Christian: Sua sobrinha? - encarou Zoraida - Nossa sobrinha. - a corrigiu.

Edgar: Fato. Não é sua sobrinha, é nossa. - concordou com Christian - É a primeira bebê do grupo. E algo me diz que virá muitos outros..- sorriu.

Gael: A maioria é tudo deles. - riu indicando Christopher e eu com a cabeça.

Zoraida: Minha sobrinha. Eu sou a irmã deles. - deu língua - É minha. Minha. Minha. Minha. Minha. - bateu na mesa.

Maite: É minha também. - bateu de volta.

Vivian: E minha. - imitou as duas.

Fuzz: Eu vou ser a tia mais legal. Por tanto, ela é minha. - levantou o queixo

Pablo: Deixa a Julie e a Lucy ouvirem isso. - provocou Fuzz.

Dulce: Nossa filha nem nasceu e já é tão disputada. - falei baixo para não atrapalhar a pequena confusão que se formou na mesa. - Já estou vendo ela ser passada de mão em mão.

Christopher: Todos eles vão estragar ela.

Dulce: Como se você não fosse fazer isso, né? - falei irônica.

Ele riu e me deu um selinho.

Christopher: Eu sou o pai. Eu posso. - piscou.

Mordi os lábios.

Acompanhei seus olhos na minha boca.

Dulce: É bom saber que eles amam ela tanto quanto nós dois. - sorri.

Christopher: É impossível não amar nossa filha. É uma vida que nós dois geramos. - tocou na minha barriga - Essa menina é perfeita. É a nossa filha.

Gael: Vamos pedir? A Dul deve está morrendo de fome.

Edgar fez um sinal para um garçom que se aproximou. Todos fizeram os pedidos, eu pedi uma massa e Christopher uma carne, ele ia me acompanhar no suco, depois de pegar todos os pedidos, o garçom se afastou.

Dulce: Não precisa ficar sem beber por minha causa. - passei minha mão por todo braço dele - Só porque não bebo, não significa que não deva beber também amor.

Christopher: Agora eu não quero. Quem sabe depois não tomo um taça?

Dulce: Está fazendo isso por mim?

Christopher: Não. Juro. Não estou querendo agora. - beijou meu rosto. - Além do mais...depois de tudo o que aconteceu, coloquei álcool demais no meu organismo. - falou baixo.

Apenas balancei a cabeça.

Ele falava sobre o tempo em que todos achavam que eu estava morta. Tempo sombrio demais.

Não pude deixar de notar as cicatrizes em seus pulsos.

Respirei fundo.

Já passou!

Ele está aqui!

Apertei sua mão na minha.

O jantar durou por muito tempo, comíamos, riamos, conversávamos, Zoraida tirava várias fotos e esquecemos do tempo, na hora do sobremesa, Vivian sugeriu que fôssemos para o Fire Place(a lareira) tomar mais vinho e comer fondue, todos se animaram e seguimos em direção da moderna lareira.

Assim que cada casal sentou, garçons trouxeram mais vinho e muito fondue, chocolate quentinho com diversas frutas, preciso nem dizer que me fartei, né? Christopher e eu dávamos na boca um do outro, enquanto conversavamos e nós beijavamos.

O clima estava perfeito, a conversa, a sintonia do grupo, as horas passaram e só percebemos isso quando Maite começou a bocejar e olhou as horas se assustando ao perceber que passava das duas e meia da manhã.

Eu ainda não estava com sono, mas como Christopher prometeu uma coisa..então, formos os primeiros a ir para o quarto. Assim que entramos em nosso quarto, ele cumpriu exatamente suas palavras de mais cedo e fizemos amor até o amanhecer.