Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy
Dulce Maria
A dor que eu estava sentindo era leve, ia e voltava, as contrações tinham um intervalo de mais ou menos dez minutos. Sabia que a dor ia ficar insuportável em breve. Como tudo estava pronto, Chris apenas pegou a mala da maternidade e durante o caminho ligou para Elizabeth, ela já estava no hospital atendendo.
Alexandra nos seguia em outro carro.
Respirei fundo sentindo a dor começar aumentar. Estávamos à poucos minutos do hospital. Christopher segurava minha mão enquanto o motorista acelerava o carro à pedido do meu noivo.
Christopher: Calma! Está tudo como planejado. - me tranquilizava.
Forcei um sorriso.
Dulce: Quase tudo. Não quero sua mãe perto de mim.- apertei com força sua mão ao sentir a dor ficar mais forte.
Porra!
Fechei os olhos!
Christopher: Ela não vai. Não se preocupe com isso. Se concentre apenas em nossa filha, ela é a mais importante. Hum...- murmurou quando quase destrocei a mão dele por causa da dor - Tem certeza que não prefere a cesa..- começou a falar preocupado, mais eu o interrompi.
Dulce: Não. Não. Não. - respirei fundo - Eu posso muito bem trazer minha filha ao mundo Christopher Uckermann - rosnei.
Christopher: Eu sei meu amor. Só que..
Dulce: Só que nada! - bufei irritada soltando minha mão na dele e me encolhendo - Cala a boca! - respirei fundo - Acha que sou fraca..? - o encarei com raiva e com muita dor.
Porra!
Muita dor!
Christopher: Claro que n..
Dulce: Cala a boca! Ahhh - fechei os olhos gemendo de dor - Só cala a boca!
Ele ficou em silêncio.
Se ele quisesse permenacer vivo, era melhor ficar bem quietinho mesmo.
Encostei minha cabeça no banco e respirei fundo incontáveis vezes.
Christopher: Acelera isso. - mandou pela décima vez para o motorista.
Dulce: Ele não pode fazer o carro voar Uckermann. - bufei e encarei o motorista - Vai com calma. Algo me diz que essa menina vai demorar para nascer.
Mesmo com o meu pedido, o motorista acelerou o carro.
Bufei.
Christopher: Amor..
Dulce: Quieto! - toquei na minha barriga.
Porra!
Me controlei para não chorar! Antes que as lágrimas descessem, fechei os olhos e respirei fundo. Eu não podia ser fraca agora, aguentei tantas coisas piores na vida, eu poderia aguentar trazer a minha filha para esse mundo. Isso não era nada para te-lá comigo. Nada.
O resto do caminho até o hospital foi com meus gemidos e Christopher sem piscar me encarando preocupado e quieto. O celular dele tocou algumas vezes, mas ele nem ao menos o pegou do bolso, seus olhos não saiam de mim nem por um segundo, apenas ignorou as ligações. Uma enfermeira com uma cadeira de rodas me esperavam assim que o carro parou. Eu estava com tanta dor naquela hora, que eu juro mal podia sentir minhas pernas.
Assim que sentei, Christopher fez questão de empurrar a cadeira dando ordens para o motorista pegar a mala e encheu de perguntas a enfermeira sobre a Elizabeth enquanto adentramos o hospital agitado. Senti o clima frio e me encolhi ainda mais.
Respirei fundo.
Xxx: Vou leva-los para o quarto e em seguida a doutora Jones irá atender a paciente. - respondeu séria para o meu noivo. - Ela irá fazer o exame do toque e fazer uma ultrassom.
Christopher: Se ela demorar vou busca-lá pelos cabelos..- avisou com uma voz séria. - Ela já tem que está na disposição da minha mulher.
Arregalei os olhos.
Dulce: Christopher cala a boca! - bufei - Você acha que ela não tem outras pacientes? Ela não pode ser exclusiva minha não. - encarei a enfermeira - Não liga para o quê ele falou, tá bom? Ele só esta nervoso. Eu que vou parir e é ele que fica nervoso. - falei irritada.
Ele não tinha o direito de ficar nervosinho aqui não. Esse era o meu direito!
Dulce: Ahhh...- gemi de dor me encolhendo o máximo possível.
Xxx: Tudo bem! Ele não é o único que fica desse jeito. - sorriu.
Christopher: Du...
Dulce: Cala a boca! - mandei.
Passamos pela recepção indo direto para os elevadores, quando uma voz conhecida gritou o nome de Christopher. Ele parou e nós três viramos em direção da voz, encontrando Mary ao lado de um enfemeiro que empurrava a cadeira de rodas da Cheryl. A ruiva estava pálida, chorava com as mãos na barriga e se contorcia na cadeira conforme se aproximava.
Christopher: O quê ela têm? - perguntou assustado quando Cheryl parou ao meu lado. Ela estava pior do que eu.
Mary: Te liguei várias vezes e agora sei o motivo. - me encarou preocupada - A bolsa dela estourou! - levou as duas mãos até a cabeça.
Christopher: Ela só está de seis meses. - encarou Cheryl.
Cheryl: Eu não sei. Eu...- respirou fundo e balançou a cabeça - Dói muito e a bolsa estourou. E...Ahhh...- se encolheu gemendo. - Mãe estou com medo..- murmurou.
Mary: Calma querida! - tocou no ombro dela com uma voz leve - Tudo vai ficar bem. - tentava tranquiliza-lá. Mas seus olhos demonstravam preocupação.
Cheryl me encarou gemendo.
Eu também a encarava.
Cheryl: Sua filha vai nascer forte e saudável, estou cheia de doença, só estou de seis meses, não sei se o meu vai sobreviver..
Christopher: Cala a boca Cheryl! - falou irritado.
Cheryl: É a verdade! - segurou a barriga com as duas mãos - Se algo acontecer comigo e ele sobreviver..
Mary: Cala a boca Cheryl! Tudo vai ficar bem. - repreendeu a filha com voz embargada.
Cheryl: Por favor Dulce, por favor..- ignorou a mãe e me encarou chorando - Por favor, por favor, por favor cuida do meu filho? A única que confio para ser a mãe dele no meu lugar é você.
Dulce: Cheryl..
Cheryl: Ele não tem culpa do que eu fiz, do que eu faço. Me promete que vai cuidar dele? Que vai ser seu filho e vai ama-lo como ama a sua menina? - pedia desesperada sem parar de chorar.
A vontade de chorar voltou e nem era por causa da dor. Engoli em seco.
Dulce: Eu prometo! - estendi a mão.
Ela tocou na minha mão sem esperar um segundo. Apertamos as nossas mãos. Os dois enfermeiros apertaram o botão de dois elevadores sem tirar os olhos de nós duas uma ao lado da outra.
Christopher: Tudo vai ficar bem Cheryl.
Ela o encarou.
Cheryl: Não tenho tanta certeza.
Os elevadores abriram as portas e Christopher ficou olhando para mim e para Cheryl e para os dois elevadores abertos.
Gemi.
Ela estava pior que eu, mesmo não querendo, ele deveria ficar pelo menos um pouco com ela, afinal, eu estava bem.
Ela não.
Dulce: Vai com ela. - murmurei.
Os cinco pares de olhos me encararam.
Cheryl: Não! - balançou a cabeça - Ele tem que ficar com você. - se encolheu.
Christopher trocou um olhar com a Mary e ela assentiu abraçando a filha pelos ombros.
Christopher: Ela não está sozinha. Está com a mãe. - tocou no meu ombro.
Mary: Não se preocupem. Nenhuma das duas está sozinha. E estão no mesmo hospital. Depois Christopher passa no quarto para saber das notícias. - deu um meio sorriso - Bom parto querida!
Dulce: Obrigada! E..vai dar tudo certo. Liam vai ficar bem.
Christopher trocou outro olhar com Cheryl e empurrou minha cadeira para o elevador, ao mesmo tempo que o enfermeiro empurruva Cheryl para o outro elevador. Minha enfermeira entrou e apertou um botão.
As portas se fecharam.
[...]
O quarto que Christopher escolheu era o melhor da maternidade. Eu já tinha colocado aquela camisola ridícula e estava deitada na cama gemendo e quase chorando de dor. Ele tinha avisado todos os nossos amigos que estavam vindo direto para a maternidade.
Já eram 16:15 da tarde e Elizabeth já estava vindo para o quarto fazer os exames. Tudo já estava pronto, apenas esperando por ela. Christopher não saia do meu lado, empurrou a cadeira para o lado da cama e segurava minha mão. A cada contração, podia sentir seus ossos sendo estalados e ele murmurava algo como se estivesse com dor.
Palhaço!
Estava com dor?
Será que ele queria trocar comigo?
Bufei.
Encarei a TV ligada tentando me distrair, passava um filme ridiculo também.
Bufei.
Dulce: Por quê não ficou com Cheryl? - me encolhi na cama com dor.
Muita dor.
Christopher: O quê? - piscou confuso.
Dulce: É idiota? - quase rosnei - Não sabe responder uma pengunta simples, não?
Christopher: Ela não está sozinha. - me ignorou - A mãe dela está com ela. E por mais que eu fique preocupado com Liam, o meu lugar agora é com vocês duas, não vou me afastar de vocês duas até tudo acabar. - garantiu - Nada é mais importante para mim que as minhas meninas.
Respirei fundo tentando controlar as lágrimas, mas não consegui. Elas desceram por meu rosto mostrando toda minha fraqueza.
Dulce: Estou com medo...- murmurei.
Christopher: Você vai conseguir. - tocou no meu rosto - Vai trazer a nossa menina em segurança. Ela deve está louca para conhecer o rosto da mãe dela.
Balancei a cabeça.
Dulce: Não é só isso..- falei baixo - Se eu não for uma boa mãe? Eu juro que vou tentar ser a melhor mãe para ela, mas se eu não conseguir? Se ela me odiar? Eu não tenho a mínima idéia de como é ter uma mãe e se eu fizer tudo errado?
Ele segurou no meu rosto.
Christopher: Falamos tantas vezes sobre isso. Nossa filha te ama! As duas vão aprender juntas, vão construir juntas essa relação. Eu também não tenho uma noção exata em como ser pai, mas vamos dar o nosso melhor, vamos conseguir tirar de letra isso.
Dulce: Foi o que eu e ela conversamos.
Christopher: Amor, você nasceu para ser mãe. Verá isso com tempo.
Fechei os olhos me contorcendo de dor.
Dulce: Ohh..
PORRA!
Funguei de tanta dor.
Christopher tocou na minha testa.
Christopher: Já está bastante suada. Se eu não tivesse lido tantos livros e me preparado para esse momento, já estava em pânico. - apertou minha mão.
Ouvimos batida na porta e Elizabeth entrou sorridente. Fechou a porta, a trancando, e se aproximou de mim.
Elizabeth: Vamos dar uma olhada nessa menina? - falou já ajeitando o encosto das pernas na cama.
Christopher: Você demorou muito. - a repreendeu de cara feia.
Dulce: Cala boca Christopher! - gemi.
Elizabeth riu.
Elizabeth: Deixe querida. Eu sei bem como é o humor dele. - piscou. - Coloque suas pernas aqui, deixe seus joelhos dobrados. - me instruiu para ficar na posição certa - Tenho muitas pacientes, mas Dulce é minha paciente preferida. - tirou de dentro do jaleco luvas, depois de coloca-las, pegou o lubrificante da cômoda ao meu lado e passou uma quantidade nas mãos e voltou a ficar na minha frente - Vai sentir um incômodo, vou sentir seu útero.
Fechei os olhos jogando a cabeça para trás. Ela riu baixinho.
Estava com tanta dor mesmo, não faria muita diferença, abri os olhos para ver se ela realmente estava fazendo o exame e ela estava. Olhava a barriga com atenção enquanto tocava com dois dedos até o colo do meu útero.
Elizabeth: Hum..- murmurou tensa.
A encarei.
Christopher: O quê foi? - levantou.
Elizabeth: Nada grave. Não precisa ter um infarto Christopher. - soltou um sorrisinho - Está na posição correta, porém, ainda está um pouco fechado. Ou seja..
Dulce: Eu vou demorar para dilatar. - completei. - Vou continuar com dor até..- fiz careta querendo chorar de novo.
Por quê Deus?
Elizabeth: Sim. Tirando isso, tudo perfeito. - sorriu terminando o exame e se afastando entrando no banheiro.
Segundos depois, voltou com as mãos limpas andando em direção a máquina de ultrassom ao meu lado. Me instruiu levantar a camisola ridicula o suficiente, passou o gel e passou o aparelho na minha barriga, ela mexeu no computador e minha filha apareceu na tela, em seguida ouvimos seu coração forte e perfeito preencher a sala.
Mesmo com tanta dor sorri.
Elizabeth: Tudo perfeito! É só esperar dilatar. - garantiu olhando para a tela.
Christopher: Tão linda. - apertou minha mão.
Elizabeth: Mais algumas horas querida. - sorriu - E ela estará com vocês.
Respirei fundo
[...]
Dor!
Meu Deus!
Muita muita muita dor!
Eu não aguentava mais. Já tinha escurecido à muito tempo. Tinha chegado no hospital às 16:00 e passava das 21:40 da noite. E só tinha dilatado cinco centímetros. Todo esse tempo estava na cama, gemendo e me contorcendo de dor. Muita dor. Christopher que antes estava calmo, agora surtava andando de um lado para o outro completamente nervoso. Eu devia está com uma aparência horrível, porque ele me olhava e gemia.
Bufei.
Dulce: Está me deixando tonta! - reclamei com a mão na barriga e respirando fundo. - Para de andar agora Uckermann.
Christopher parou na minha frente e levou as duas mãos até a cabeça.
Christopher: Deveria optar pel..
Dulce: Cala a boca! - fechei os olhos - Eu não quero ouvir a sua voz, entendeu? A culpa é toda sua Christopher!
Christopher: O quê..?
O encarei com raiva.
Dulce: Você fez essa menina! Você é o culpado! E eu não vou deixar que toque em mim nunca mais, está entendendo? - rosnei de dor e raiva. Muita muita dor.
Virei para o outro lado da cama.
Meu corpo inteiro estava molhado de suor. Meu cabelo grudava na testa.
Christopher: Olha, você está com dor. Muita dor. Não sabe o quê está dizendo. - voltou a andar de um lado para outro.
Dulce: Eu sei sim. Por acaso é você que está prestes a colocar outro ser humano no mundo pelo sua vagina? - bufei com muita raiva - E eu mandei você calar essa boca! Fica quieto e para de andar também.
Me encolhi gemendo.
Eu odeio todos os homens!
Eu odeio sexo!
Eu odeio! Odeiooooooooo
Gemi.
Nunca mais ele ia tocar em mim.
Nunca mais!
Christopher decidiu fazer o que eu mandei e ficou calado ao meu lado.
Dulce: Está quieto, por quê? - o encarei com mais raiva.
Christopher: Você mandou..
Dulce: Cala a boca! - praticamente gritei agarrando com força o lençol da cama - Faz algo de útil e pega uma água pra mim. - engoli em seco.
Fazia horas que não bebia nada.
Quieto, ele andou até o frigobar do quarto e quieto abriu a garrafinha de água e me entregou me encarando.
Christopher: Só um pouquinho, não beba tudo. Mesmo que seja água, é me..
Dulce: Cala a boca! Não me diga o que devo ou não fazer idiota! - bufei pegando a garrafinha com a mão trêmula - A culpa é sua! Toda sua! Não está satisfeito me ver assim, quer que eu fique com sede também? - o encarei cega de raiva e bebi um gole da água.
Ele ficou em silêncio!
Muito bom!
Respirei fundo e ouvimos batidas na porta.
Elisabeth: Vamos checar mais uma vez..? - falou já entrando no quarto - A sala de espera está bem cheia. Todos querem conhecer a filha de vocês..- sorriu.
Rosnei.
Ela também estava feliz me ver assim?
Bufei.
Christopher: Elizabeth pelo amor de Deus! - levantou da cadeira - Faz alguma coisa! Por favor! - implorou.
Dulce: Ela não é mágica Christopher! Ela não estala os dedos e pronto, sua filha já está aqui com você.
Elizabeth o encarou e ele suspirou.
Ela fez careta e riu baixinho.
Dulce: Para de rir...- pedi querendo chorar de novo. Não aguentava mais. Ninguém ali podia me entender? Entender o quê estava acontecido? Entender minha dor?
Elizabeth: Eu sei querida. Eu sei que não aguenta mais. - falou melosa tocando na minha testa suada - Mais precisa ser um pouquinho mais forte. Eu juro! Juro que quando ela estiver nos seus braços, terá valido a pena toda essa dor. - sorriu.
Respirei fundo.
A voz dela me calmava.
Ela segurou na minha mão.
Elizabeth: Entendo muito bem o quê está sentindo. Também sou mãe. Não está sozinha. Mas pegue um pouquinho leve com Christopher, tá bom? Ele está para passar mal de tanta preocupação em te ver nesse estado e com você brigando com ele, seu noivo fica triste.
Dulce: Tá bom! - involuntariamente fiz um biquinho e coloquei meu rosto suado na barriga de Elizabeth. Ela acariciou meu cabelo e eu fechei os olhos.
Elizabeth: E você não irrite ela! - mandou - E sempre fique calado. Nessas horas odiamos quem fez isso com a gente.
Continuou acariciando meu cabelo por um tempo. A cada contração com uma mão segurava a minha. Apesar da dor, me senti protegida e acolhida. Ela era a única que conseguia me acalmar.
Acho que pelo momento, me vendo tão frágil e querendo me confortar, ela decidiu fazer uma coisa um pouco incomum e beijou minha testa suada.
Elizabeth: Vamos ver sua filha...? - sorriu.
Christopher: Toda esse tempo e ela dilata um centímetro? - perguntou abismado.
Elizabeth: Está com seis agora. - soltou um sorrisinho destrancando a porta do quarto depois do rápido exame. - Quase lá! - piscou.
Dulce: Tu..do bem! Ohh..meu Deus! - gemi me encolhendo.
Christopher voltou a andar de um lado para o outro.
Respirei fundo.
Faltava mais quatro.
Apenas a porra de quatro centímetros.
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Respirei fundo.
Dulce: Sabe do Liam? - tentei me distrair, o que era impossível.
Christopher tinha saído apenas uma vez do quarto para saber dele, mas não deixei que me explicasse muitas coisas. Assim como não queria ninguém no quarto. Nossos amigos, minhas irmãs ainda não tinham me visto. Eu não estava muito em si e não queria gritar com elas também.
Era melhor todo mundo longe de mim.
Principalmente Alexandra que continuava com os outros lá embaixo.
Elizabeth: Na mesma! Foi um falso alarme da bolsa devido à tantas complicações da gestação, como o quadro da ruiva é muito delicado a médica decidiu interna-lá. Ela está fazendo o possível para que consiga entrar pelo menos no sétimo mês, mas caso piore, fará uma cesárea de emergência.
Ouvimos batida na porta e o homem que a muito tempo eu não via colocou a cabeça para dentro hesitante.
Igor: Posso entrar?
Dulce: Entra logo! Para de enrolar! - bufei.
Ele estava trabalhando naquela noite. A roupa branca, o jaleco e o estetoscópio me fizeram lembrar dos meus amigos futuros médicos. Tanto Fuzz, quanto Derrick faziam o estágio de dia e a noite iam para a faculdade, essa noite não era diferente, depois da faculdade, estariam aqui e se juntariam aos outros lá embaixo.
Igor: Estou indo para casa. Mas antes queria te desejar um bom parto. - se aproximou da cama - Está indo muito bem, tenho certeza qu..
Dulce: Cala a boca! Vocês homens só sabem falar e falar bonito. Quer trocar de lugar comigo? - gemi de dor.
Elizabeth riu baixinho do meu lado.
Igor: Tudo bem. Está certa! - olhou para Elizabeth e em seguida para Christopher. - Já vou embora já que nesse momento você odeia os homens. - sorriu para mim - Só parabéns de novo pela bebê e muitas felicidades. Vocês merecem.
Dulce: Obrigada. - respirei fundo.
Igor: Bom turno Eliz! - beijou o rosto da minha médica com carinho.
Elizabeth: Obrigada filho. - retribuiu o beijo no rosto - A gente se ver amanhã! Descanse bem querido.
Igor sorriu pra mim de novo, antes de andar até a porta, mas Christopher o chamou de repente e andou até ele. Os dois ficaram frente à frente.
Hum....
Gemi olhando aquela palhaçada!
Christopher: Todo esse tempo e eu ainda não tive a oportunidade de agradecer por ter salvado as vidas das duas razões da minha existência. - falou sério - Se não fosse por você e um pouco da sorte, esse momento agora não estaria acontecendo, então, obrigado Rickli. Obrigado por ter devolvido a minha vida. Serei eternamente grato à você. E estarei em dívida para sempre com você.
Igor: Não tem que agradecer Uckermann, o que eu fiz faria com qualquer outra pessoa que estivesse comigo. Infelizmente não consegui salvar as vidas de outras três pessoas que também estavam no barco. - soltou um suspiro. - Mas consegui da sua família. Não está em dívida comigo. Nunca estará.
Christopher: Vou sim. Por isso, o quê precisar, qualquer coisa, conte comigo.
Igor: Você também! - foi sincero.
Christopher: Mas mesmo com tudo isso..- sua voz mudou para raiva em segundos - Não apaga que você agarrou por duas vezes a força minha mulher.
Dulce: Christopher por favor..- falei quase chorando.
Elizabeth: Por favor meninos, essa não é a hora para brigar por causa disso. - falou séria - Dulce precisa de paz e tranquilidade.
Igor: Eu sei Christopher. - nós ignorou baixando os olhos envergonhado - Me arrependo do que fiz. Muito. Se pudesse voltar ao tempo jamais teria feito isso, não sou esse tipo de homem. Dulce e eu conversamos ainda quando estávamos ilhados e ela me perdoo. Nós resolvemos.
Christopher: Ela me falou. Mas eu e você ainda não..- falou frio e no segundo seguinte seu punho estava na cara de Igor, com a força o médico quase caiu completamente desequilibrado
Dulce: CHRISTOPHER! - gritei.
Elizabeth: MEU DEUS! - correu até Igor que não tinha reagido e estava com as mãos no rosto. - CHRISTOPHER PARE!
Christopher: ISSO É PARA VOCÊ NUNCA MAIS TENTAR ALGO COM A MINHA MULHER DE NOVO - gritou furioso encarando Igor.
Igor tirou as mãos do rosto e assentiu, o soco tinha atingido seu olho direito que rapidamente inchou.
Igor: Tudo bem cara! Eu mereço! - concordou. - Estou bem Elizabeth. Estou bem. - a encarou calmo. - Eu mereço.
Elizabeth suspirou se afastando dele.
Christopher: Dulce é minha noiva. A mulher que amo. Ela me ama. Se ainda não ficou claro, não vou deixar você se intormeter entre a gente. - voltou a falar tranquilo - Ela é minha. Apenas minha.
Bufei.
Igor: Já não a vejo como antes. E eu nunca fui uma ameaça. Relaxa cara! Relaxa! Não vou me intrometer em nada, ainda mais agora que são uma família.
Christopher: É bom mesmo..- voltou a se aproximar dele lentamente.
Elizabeth: Christopher...
Igor suspirou.
Christopher: Foram dois beijos forçados, então, você sabe que tenho direito à te dar dois socos. - fechou os punhos e seu rosto voltou a se enfurecer.
Igor assentiu e levantou o rosto.
Elizabeth negou.
Elizabeth: Vocês são loucos..- voltou a ficar ao meu lado.
O segundo soco foi direto no nariz de Igor, dessa vez ele gemeu e o sangue sujou sua roupa. Ele gemia segurando no nariz e sem revidar o soco de novo.
Christopher o encarava satisfeito.
Elizabeth: Vá arrumar seu nariz Igor. - mandou séria balançando a cabeça.
Igor saiu do quarto sem hesitar com o rosto e a roupa toda sanguentada.
Dulce: Satisfeito..? - bufei.
Christopher: Completamente! - sorriu ficando ao meu lado.
Revirei os olhos e gemi de dor.
Autor(a): tatayvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1714
Para comentar, você deve estar logado no site.
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jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56
Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?
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jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34
Quando terá novas atualizações ?... Saudades
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Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30
Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos
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Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06
Continua
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taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57
Dulce vc sossega hein
tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42
Aiaiaia
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vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43
Continua por favor esta ótima
tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29
Continuando*-*
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Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05
Continua por favor
tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14
Continuando *-*
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Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45
Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3
tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18
Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!
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vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48
nossa que saudades eu estava de vc continua
tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22
Tbm estava com saudades *-*
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taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08
mais mais mais