Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria

Por alguns segundos senti meu coração congelar e minha respiração parar. Os olhos azuis reluzia de tanto ódio como nunca tinha visto antes. Nem mesmo nós olhos da mãe de Christopher. A mulher em minha frente parecia esquecer por alguns instantes o que ia fazer, apenas me olhava de uma forma assombrosa de tanto ódio.

Não pensei muito. Na verdade, só agi por impulso. Retribuindo o olhar, aproveitei que por milésimos de segundos ela estava distraída para sacudir sua mão com a seringa tentando força-lá a derrubar. Mas ao fazer isso, ela despertou fazendo pressão na seringa, segurando com mais firmeza e agora tentando me furar diretamente de todas as maneiras. Com ação, a bolsa de soro junto com apoio caíram no chão fazendo um barulho alto. A agulha que estava no meu braço saiu com violência da minha pele, me fazendo dar um grito de dor.

Anahí: Sua maldita! - rosnou fazendo pressão com o próprio corpo tentando ficar em cima de mim e me furar.

Dulce: VOCÊ É LOUCA! SOCORRO! SOCORROOO - gritei desesperada perdendo as forças de tentar impedi-lá realizar a ação que tanto queria. Segurava suas mãos com todas as forças que me restavam.

Com os meus gritos, Maria Paula despertou berrando em plenos pulmões e no segundo seguinte, a porta do quarto é aberta com violência e três seguranças entraram apontando as armas para a mulher em cima de mim ao mesmo tempo que um tiro e o grito de Anahí caindo de lado ao chão levando aos mãos agora vazias até o ombro urrando de dor. Rapidamente a camisa azul ficou ensanguentada e ela se contorcia de dor ao chão.

Respirei fundo piscando várias vezes tentando entender os segundos anteriores olhando para a mulher gemendo de dor. Dois seguranças se aproximaram dela e um deles de mim.

Xxx: A senhora está bem? - perguntou me analisando preocupado - Ela conseguiu fazer alguma coisa?

Dulce: Estou bem. Estou bem.. - falei devagar e baixo - Ela tentou me...- parei de falar vendo ele pegar do chão a seringa que Anahí segurava. A algulha espigava um líquido sem parar.

Xxx: Veneno. - o analisou com atenção e olhou os outros dois seguranças que estavam em volta de Anahí com as armas apontando para ela - Como deixamos isso acontecer?

Um deles bufou.

Zzz: Ela estava com a farda daqui. A regra era deixar apenas médicos e enfermeiros entrarem no quarto. Ela estava com identificação daqui. Como íamos saber? Desgraçada! - falou sem tirar os olhos e a arma dela.

Peguei Maria Paula no colo tentando acalma-lá. Ela chorava sem parar.

Dulce: Shhhhhe - a ninei tentando acalma-lá - Está tudo bem. Está tudo bem! Shhhhhe! - abracei minha filha.

Três enfermeiros entraram no quarto assustados e com medo. Tinha os olhos arregalados. Um deles levou as mãos até a boca vendo Anahí ao chão gemendo de dor com duas armas apontada em direção dela e duas verdadeiras muralhas ao redor. Outro deles quis se aproximar para ajuda-lá, mas os dois que apontavam as armas para ela negaram.

Zzz: Deixe essa desgraçada sangrando e com dor. - falou com raiva.

Xxx: É melhor ligar para a polícia. - olhou para os enfermeiros, um deles saiu do quarto correndo para fazer o que o segurança falava e encarou os dois colegas seguranças - É melhor ficarem preparados para responder por esse erro. - avisou com tom preocupado - O senhor Uckermann não irá deixar em branco o que acabou de acontecer. - encarou a seringa com veneno em mãos com receio e...medo.

Mal ele fechou a boca e Christopher apareceu na porta do quarto agitado, sem fôlego e completamente e absurdamente preocupado chamando meu nome. Ele correu em nossa direção nós abraçando quase nós sufocando de tão apertado. Maria Paula continuava chorando em meus braços.

Fechei os olhos aliviada.

[....]

Maria Paula agora dormia tranquila e segura no berçário ao meu lado. O quarto estava em silêncio desde que limparam a poça de sangue e levaram Anahí para o centro cirúrgico. A bala se alojou no ombro esquerdo e precisaria tirar o projétil numa cirurgia de duas horas.

Christopher que estava ao meu lado e falava baixo na chamada de vídeo com Jason. O detetive explicava tudo o que tinha descoberto e o que aconteceria depois que Anahí saísse do hospital.

Jason: Depois de monitora-lá por vinte quatro horas e por muito tempo, conseguimos recptar uma estranha conversa entre ela e uma mulher. Conseguimos colocar escutas nessa mulher, Rosalie, e descobrimos os verdadeiros planos da então suspeita Anahí. - fez uma pausa - O plano era de Rosalie levar a culpa por tudo para assim despistar a polícia da real mandante do crime. Era óbvio que não ia muito longe já que ela não conhece Dulce e não tem um verdadeiro motivo para cometer o crime, ao contrário de Anahí. Era um plano de isca, apenas para confundir a polícia e ela poder escapar.

Christopher: Quero Anahi Portilla e todos que ajudaram apodrecendo atrás das grades. - praticamente rosnou de ódio - Hoje ela quase obteve sucesso no plano dela. Por muito pouco, mais uma vez - ressaltou agora me olhando com agonia e alívio - Ela ia tirar minha noiva de mim.

Toquei em seu ombro tentando conforta-lo. Eu estava viva e bem.

Nossa filha estava bem.

Jason: Sabíamos que ela estava no Brasil e estávamos a monitorando, a comparsa dela, Rosalie, já foi presa e estava contribuindo com tudo em troca de rendição de pena, mesmo que ela tenha entrado no plano com Anahí de pegar a pena por ela e depois ganhar muito dinheiro com isso, ela desistiu do plano e contribuiu com a polícia. Segundo ela, apenas Anahí falava com ela, mas Rosalie tem certeza que têm mais alguém trabalhando com Anahí no plano de matar sua noiva.

Christopher ficou em silêncio pensativo.

Jason: Pelas últimas mensagens que mandou para Rosalie, ainda achando que ela estava no plano, ela confessou que acabaria de uma vez por todas com plano e que o alvo seria..abatido. - falou a última palavra hesitante - Pelo GPS do celular de Anahí sabíamos que ela estava indo para a maternidade e pela TV sabiamos que sua noiva tinha dado a luz nessa mesma maternidade. Não foi difícil traduzir tudo isso e comecei a ligar para o senhor. Ninguém atendeu e depois não consegui mais entrar em contato, mandei viaturas e tudo isso aconteceu. - suspirou - O bom é que sua equipe de segurança conseguiu impedir o pior e agora esse pesadelo está chegando ao fim.

Christopher: O piloto e aeromoça continuam desaparecidos. - falou irritado - Ela conseguiu escapar pela imcopentencia de vocês . Não vou ficar tranquilo até todos envolvidos estarem atrás das grades, digo, todos mesmo.

Jason: A principal já conseguimos pegar. - se defendeu - Ela tentou cometer esse crime no Brasil, mas como sou responsável legal do caso de sua noiva, ela será trazida até Nicarágua assim que for liberada pelo hospital. O quarto dela está repleto de polícias. Ela responderá aqui no meu país por seus crimes. E não se preocupe, vou encontrar o piloto, aeromoça e vou encontrar também quem está envolvida em tudo tanto quanto Anahí.

Christopher: Assim espero! - desligou a chamada de vídeo sem se despedir.

Dulce: Não precisava ser grosseiro. - balancei a cabeça.

Christopher me abraçou de modo protetor e ainda com medo. Retribui o braço tentando dizer para ele que eu estava ali, que nossa filha estava ali e que nunca íamos sair do lado dele.

Christopher: Não posso te perder de novo. - sussurrou - Dessa vez eu não ia suportar. Não ia. Eu te amo tanto.

Dulce: Você jamais irá me perder. O pior já passou. E tudo vai ficar bem. - prometi.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos e se afastou o suficiente para me encarar nos olhos.

Christopher: Eu não quero acreditar que ela possa está envolvida...apesar de tudo ela é minha mãe. Mas...e se for ela? A outra pessoa que está envolvida com Anahí? - perguntou com a voz repleta de dor - Minha própria mãe planajenando a morte do amor da minha vida? Ela viu como fiquei, viu minha dor, viu meu desespero, viu como fiquei ao ponto de tirar minha própria vida..- balançou a cabeça desacreditado - E ela participou de tudo isso? Tentou me matar também! Porque se vc não estiver mais nesse mundo, eu também não estou. - segurou com as duas mãos meu rosto - Você é a minha vida Dul. Você e nossa filha. São minha família. E ao menos pensar que minha mãe tentou tirar vocês de mim eu..

Dulce: Se acalme, sim? - pedi tentando tira-lo daquele desespero - Não sabemos de nada. Nem Jason sabe. Ela não gosta de mim, isso é óbvio. Também não gosto dela. Não podemos afirmar uma coisa sem ter certeza.

Christopher fechou os olhos e assentiu.

Christopher: A conheço o suficiente para saber que ela é capaz de muitas coisas, mas não sei se ela é capaz de tirar a vida de alguém, ainda mais sendo a sua que está conectada a minha em todos os sentidos. Isso é monstruoso, é...- não conseguiu completar de tão desacreditado.

Dulce: Independente se foi ela junto com Anahi ou não, eu estou aqui Chris. Estou aqui com você e nossa filha.

Christopher: Por muito pouco. - me encarou agoniado - Por muito pouco, por duas vezes você poderia não está mais definitivamente comigo.

Dulce: Mais eu estou. Como sempre vou ficar. Nada vai nós afastar de novo. - prometi o olhando nos olhos - Eu te amo para sempre. - beijei seu rosto e em seguida seus lábios.

Christopher: Depois de hoje, depois dessa desconfiança, ela ficará bem longe das nossas vidas. Eu não a queria antes e não a quero agora perto de vocês duas. E nem perto de mim.

Dulce: Enquanto não soubermos da verdade de fato, melhor fazermos como antes. Alexandra bem longe.

Ele segurou com firmeza minhas mãos.

Christopher: Mas se for ela Dul. Se for comprovado que foi ela junto com Anahi. Eu juro. Pela sua vida, pela vida da nossa filha e por tudo que é mais sagrado que ela terá o que merece. - falou sério, bravo e ao mesmo tempo... triste - Aquela mulher jamais voltará a ser minha mãe e passará todos os dias da existência da vida dela no verdadeiro inferno. - rosnou de ódio.

Dulce: Christop..

Christopher: Não. - me interrompeu depressa - Ela é uma assassina. Ela matou pessoas inocentes, tentou matar você que é a mesma coisa que me matar, me fez passar o inferno durante cinco meses, tentou hoje te matar de novo...- negou - Isso não tem perdão, não tem justificativa. Vou odia-lá por todos os dias da minha vida.

Dulce: Amor, não gosto que fale dessa forma. - ele ia me interromper, mas eu me apressei - Eu sei. Eu sei. Se for comprovado que foi ela não tem perdão mesmo, não depois de todo seu sofrimento, depois de tentar me matar, depois de ter matado pessoas inocentes, mas ter ódio, tanto ódio assim só vai lhe fazer mal.

Christopher riu sem nenhum humor.

Christopher: Mal..? Depois de todo mal que ela me causou, nós causou, nada há não ser ela mesma poderá causar isso.

Dulce: Você é bom Chris. - toquei em seu rosto - Esse sentimento de ódio só vai lhe comrromper. Você é muito melhor que sua mãe ou qualquer sentimento ruim que possa vir até. Deixe que a justiça uma hora vai ser feita e ela pagará por tudo que fez.

Christopher: Você que é boa Dul. Boa demais até para mim. - deu um meio sorriso triste - É por isso que sou louco por você. Completamente louco.

Dulce: Também sou louca por você meu amor. Completamente louca. - beijei seu rosto e o abracei.

Minutos depois, liguei a TV para assistir alguma coisa e mudar um pouco o clima tão pesado que o quarto ficou, conforme mudava de canal, todos os jornais de fofoca notiviavam o nascimento da filha de Christopher, do filho de Cheryl e do último acontecimento inesperado que ocorreu na maternidade à algumas horas. A tentativa de homicídio da top model Anahi Portilla contra a noiva de Christopher Uckermann. Passava até nos jornais locais de crimes.

Lá fora, na entrada da maternidade, estava repleto de repórteres e jornalistas. Praticamente a imprensa da cidade inteira estava aqui.

Desliguei a TV ao mesmo tempo que meu celular e de Christopher começaram tocar silêncioamente sem interromper o sono da nossa filha que dormia igual um anjinho, encaramos os nomes das nossas irmãs nas telas dos aparelhos e atendemos as ligações nós pronunciando baixinho.

Dulce/Christopher: Está tudo bem! - falamos juntos tranquilazando a pessoa histérica do outro lado da linha.