Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria

Depois do almoço, Christopher se trancou de novo com Brayan e eu aproveitei que Maria Paula continuava dormindo para dormir também. Estava cansada e com sono. Julie e Lucy ficaram na sala assistindo filmes, roubaram a babá eletrônica de mim e falaram que não precisava me preocupar que se minha filha acordasse elas iam cuidar dela.

Apenas agradeci e antes de ir para o meu quarto, dei mais uma olhada na minha filha que dormia tranquilamente no berço, ajustei a temperatura do ar- condicionado que estava mais frio que o normal e fui em direção ao meu quarto, apenas me joguei na deliciosa cama e em segundos adormeci.

..........................

Acordei com uma leve carícia no rosto e a primeira coisa que vi foi Christopher sentado ao meu lado segurando com apenas um braço nossa filha. O único braço que a segurava estava bem firme e ela estava acordada olhando para o pai, com a mão livre Christopher acariciava meu rosto.

Sorri.

Christopher: Não queria te acordar, mas ela está com fome. - sorriu agora a segurando com os dois braços. - Fala para a mamãe que você está come, fala minha princesa. - beijou a testa dela.

Maria Paula continuava quieta e olhando o pai.

Dulce: Que horas são? - perguntei baixo olhando a janela do quarto que apesar das cortinas mostrava a luz do dia.

Christopher: Vai dar cinco horas. Você descansou por três horas. Ela acordou já faz uma hora, quem a trocou e ficou de olho nela foram as meninas. Só sai agora do escritório e peguei ela. Ainda tentei distrai-lá mas ela começou a chorar, mais consegui não sei como fazer ela parar. - avisou.

Sentei na cama fazendo um nó em meu cabelo. Coloquei um travesseiro nas minhas costas e a peguei do colo dele.

Dulce: Oiii meu amor...- sorri ajeitando-a no meu colo e baixando a blusa.

Mal encostei meu seio na boca dela e ela sugou com fome. Fiz careta. Hum...

Christopher riu.

Dulce: Para de rir! - mandei olhando para nossa filha - Isso dói.

Ela mamava me olhando.

Sorri.

Christopher: Vocês são tão lindas..- falou segurando na mãozinha dela e se encostando mais em mim.

Dulce: Como pode, heim? Ela é muito parecida com você. - falei analisando minha filha pela quinquagésima vez - Ela herdou quase nada de mim. - murmurei.

Christopher: Ela tem sua boca amor. - rebateu.

Dulce: Só a boca. Não consigo encontrar mais nada nela que pareça comigo.

Nossa filha mamava ainda com os olhos fixos em mim. Parecia prestar muito atenção na conversa.

Christopher: Ela herdou a parte que mais gosto em você. - beijou meu rosto e em seguida meus lábios. - E de qualquer forma, ela é muito novinha, deve mudar muito.

Sorri.

Dulce: Não sei porquê estou reclamando afinal. Não tem nada de ruim ela ser sua cara. Acho que me ressenti porque fiquei muitas horas sofrendo e por fim, dei a luz sua xerox.

Christopher riu.

Christopher: Nossa xerox. Se ela não mudar e continuar sendo uma cópia minha, então, ela irá puxar sua personalidade. Tenho certeza. - voltou a segurar na mãozinha dela.

Seus olhos brilhavam tanto ao olhar para nossa filha. Era lindo de ver.

Dulce: Ela é tão linda! Meu Deus! - suspirei tocando no rosto dela - Nem acredito que fui capaz de fazer essa menina. - ri baixinho.

Christopher: Só vamos fazer filhos lindos meu amor. - sorriu - O próximo ou a próxima vai ser do mesmo jeito.

Dulce: Que irá demorar bastante inclusive. - comentei.

Christopher: Daqui à três anos? - chutou.

Dulce: Não. Seis ou sete. É melhor ela está grandinha.

Christopher: É. Tem razão. - concordou - Afinal, você precisa se formar em medicina antes de termos o segundo bebê. - falou em tom de lembrança.

Dulce: Já reparou que você nunca me deixa esquecer do meu sonho? Sempre fica me lembrando dele.

Christopher me encarou intensamente.

Christopher: Amor, o motivo da minha existência é lhe fazer feliz. É realizar todos os seus sonhos, todos os seus desejos. Já lhe falei antes e repito, seus sonhos são os meus sonhos. E nunca vou deixar você esquecer deles. - tocou no meu rosto com carinho - Sempre vou ser o maior incentivador dos seus planos e projetos.

Dulce: Um dos meus sonhos realizamos juntos. - sorri - Nossa filha é maior deles, sem sombra de dúvidas.

Christopher: O maior e o mais lindo. - voltou a babar a filha. - Vocês duas são minha vida. - sorriu.

Dulce: Amo você!

Christopher se inclinou para beijar minha testa. Fechei os olhos com esse gesto que ele amava fazer.

Christopher: Para sempre...

[...]

A noite Christopher pediu comida italiana. Zoraida, Eddy e Maite iam vir jantar no apartamento. Julie e Brayan estavam no quarto e Lucy acabava de comer os últimos salgadinhos da pequena comemoração de boas vindas da Maria Paula mais cedo.

Minha filha tinha voltado a dormir à alguns minutos e Christopher a levou para o berço dela. Agora ela só ia acordar de madrugada. Enquanto esperávamos os três chegarem e os nossos pedidos do jantar, estávamos no sofá largados assistindo um filme.

Quer dizer, eu estava. Christopher mexia no notebook ao meu lado e Lucy mexia no celular com um sorriso enorme nós lábios. E os olhos brilhantes. Parecia bem animada conversando com alguém que não sabíamos quem era. Ela digitava rápido e empolgada.

Hum...

Dulce: Está namorando? - soltei olhando para ela.

Ela me encarou.

Lucy: O quê? - piscou confusa.

Christopher: Quem é ele? - desviou atenção do notebook apenas para prestar atenção na conversa.

Dulce: Eu conheço um olhar de apaixonada. - cruzei os braços - Quem é ele? É de Miami? - insisti.

Ela olhou o celular por alguns segundos e deu de ombros.

Lucy: É só uma pessoa com quem converso já algumas semanas. - respondeu baixando o celular deixando no colo - Não é nada demais.

Dulce: Sei. - murmurei desconfiada.

Christopher: Eu conheço? - perguntou sério.

Lucy: Christopher...- o repreendeu - Eu sou maior de idade, ok?

Christopher: E daí? Sou seu irmão mais velho, único irmão.

Lucy: Não começa, Ok? - bufou - Nem com a Julie você é assim.

Christopher: Julie já encontrou o Brayan. Eu me preocupo com você. É tão ruim em escolher presentes quanto é em arrumar um namorado.

Lucy: Mas ele é diferente. Não se preocupe. - pediu - E não deve dar em nada, eu moro em Miami e ele em outro país, então, não deve rolar nada demais.

Dulce: Qual é o nome dele? Como o conheceu? Quantos anos ele tem? É bonito? - sorri.

Christopher: E você quer saber por quê? - me encarou desconfiado.

Ri.

Dulce: Aiii Chris. - o abracei.

Como ele era ciumento.

Meu Deus!

Lucy: Prefiro não dizer por enquanto. Só estávamos trocando mensagens. Nada demais. - ajeitou o cabelo.

Meu celular que estava ao lado da babá eletrônica em cima da mesinha de centro tocou anunciando uma mensagem, peguei o aparelho e li a mensagem da Mai. Ela avisava que estava no hall. Na mesma hora mandei as senhas do elevador. E deixei o aparelho de volta.

Dulce: A Mai chegou. - avisei.

Lucy: Ela chegou e o jantar ainda não. Estou com fome. - reclamou.

Christopher: Você acabou de comer os restos dos salgadinhos. - falou voltando atenção para o notebook.

Lucy: O quê não era nada. Continuo com fome. - suspirou.

Dulce: Vocês duas conversaram?

Estava me referindo ao assunto do Christian e Lucy no passado. E de como ela achava que a Mai não gostava dela por causa disso.

Lucy: Sim. Nós resolvemos. - sorriu.

Christopher: Quem conversou e se resolveu com quem? - se intrometeu.

Lucy: Não é assunto seu! - deu língua para ele que retribuiu.

Dulce: Duas crianças...- murmurei.

Lucy: Agora você é papai Christopher, não pode agir desse jeito.

Christopher voltou a dar língua para a irmã.

Ri.

Dulce: Amor, deixa ela.

Christopher: Só porque está pedindo. - beijou minha bochecha e voltou para o notebook.

Lucy: Vêm cá, quando irão casar? Minha sobrinha já nasceu. - sorriu.

Olhei para o meu anel de noivado.

Dulce: Eu não sei. Na verdade vai fazer quase um ano em que ele me pediu em casamento. - sorri - Foi no dia dos namorados que já será no próximo mês, mas parece que tudo aconteceu ontem.

Christopher: Se não tivesse acontecido tudo aquilo...- falou hesitante - Já estávamos casados à muito tempo. - suspirou e balançou a cabeça - Eu percebi ontem que vamos fazer um ano de noivado. - me encarou sorrindo.

Dulce: E aquela ilha, heim? Ilha na qual a Julie batizou de ilha...Vondy. - ri.

Christopher: A nossa ilha na Tailândia - me corrigiu - Está lá. Em breve, talvez a gente vá conhece-lá. Maria Paula tem que está um pouco maiorzinha.

Dulce: Muitas coisas aconteceram e eu me esqueci dela. - ri - Também não estou acostumada a ter uma ilha.

Lucy: A gente tem tantas propriedades Dul, que uma ilha é só mais uma. E não pense que Christopher deixa elas paradas, ele sempre faz dinheiro por cima disso.

Christopher: De fato. Mas essa ilha na Tailândia é apenas minha e da Dul. Então, ela está sendo cuidada e está parada desde que a comprei. Não quero faturar dinheiro em cima dela, é uma ilha nossa. Apenas nossa.

Dulce: Ela é linda.

Christopher: Não mais que você..- tocou na minha mão.

Lucy: Ohh que amor! - sorriu derretida.

Christopher: Vamos casar. Isso é fato. Mas antes precisamos colocar todos que de alguma forma fizeram mal para Dul e para mim na cadeia.

Lucy assentiu concordando.

Dulce: Eu não me importo em esperar dez anos para casar. Óbvio quer ser sua esposa oficialmente é maravilhoso, mas isso não muda nada. Um papel não muda absolutamente nada.

Christopher: Claro que não. Você já é minha mulher. E todos já sabem disso. Mas mesmo assim, ainda vamos oficializar tudo isso.

Sorri.

Cinco minutos depois, estava abrindo a porta do apartamento para Mai que entrou furiosa. As mãos na cintura e uma cara de brava. Muito brava. Passou por mim sem olhar na minha cara, parecia que nem tinha me enxergado. Fechei a porta e fui atrás dela que machava até o sofá.

Dulce: Está tudo bem? - perguntei atrás dela. Raramente ela tinha ataques de raiva ou algo parecido.

Ela parou de andar olhando para Christopher de braços cruzados e batendo o pé. Lucy e ele franziram o cenho. Não era típico dela agir esquisita

Christopher: Oiii Mai. - falou hesitante.

Maite: Quem é Ana Brenda? - perguntou séria.

Dulce: Que Ana Brenda? - parei ao lado dela também cruzando os braços.

Christopher: Hum...o quê? - falou confuso.

Maite: Christian passou o dia me ignorando, não respondeu nenhuma das mensagens que mandei o dia inteiro. E só agora descubro que ele passou esse tempo inteiro, me ignorando porque estava com essa tal de Ana Brenda. Ele falou que você conhece ela! - acusou raivosa.

Christopher: Ana Brenda..? - soltou um sorrisinho animado - Ela está no Texas?

Animado demais...

Hum...

Maite: Quem é ela?

Christopher: Ele não falou nada sobre ela para você? - franziu o cenho.

Maite: Eu não deixei. Desliguei na cara dele. - bufou - Quem é ela?

Lucy: Responde logo Christopher - riu.

Dulce: É Christopher! Responde.. - sorri forçado.

Christopher me encarou e em seguida falou olhando para Maite.

Christopher: Ana Brenda Contreras é um amiga dele. Na verdade amiga de infância. A casa dos avós dele é ao lado da casa do pai dela, ou seja, cresceram juntos. Como sou amigo de infância dele a conheço também.

Maite: E por quê ele não falou nada dela para mim?

Christopher: Não sei. Acho que foi porque nunca mais tinham se visto. Ela se mudou do Texas para New York quando entramos na faculdade. - deu de ombros. - De qualquer forma, eles sempre foram amigos.

O celular da Mai tocou e ela desviou a chamada depois de verificar que era Christian. Soltou um suspiro e relaxou o corpo na mesma hora.

Lucy: Eu só a conheço de vista. - comentou - Na verdade a última vez que tive notícias dela, ela estava noiva de um mexicano. Ocasionalmente ela estampa algumas capas de revistas dos estados unidos.

Maite: É claro que ela é rica também. - murmurou balançando a cabeça.

Christopher: Ah, sim. A família Contreras é muito importante. O pai dela é o magnata do petróleo, filha única, a mãe morreu no parto dela, já fiz muitos negócios com o pai dela.

Dulce: Só com o pai dela..?

Christopher: É...- murmurou olhando o notebook.

Hum...

O celular da Mai voltou a tocar.

Lucy: Deveria atender Mai. Ou o Christian vai ter um treco. - sorriu.

Minha irmã olhou para o celular e decidiu atender se afastando indo em direção à sacada da piscina com o aparelho no ouvido falando um tom baixo e seco: "O quê?" Tirei os olhos dela e voltei a encarar Christopher.

Dulce: Quantos anos Ana Brenda tem?

Christopher: Acho que minha idade. Por quê? - falou sem me encarar. Digitado rápido na tecla do notebook.

Voltei a sentar ao lado dele com os braços cruzados desconfiada. Ele tinha os olhos na tela fingindo concentração.

Lucy riu.