Fanfics Brasil - Capítulo - 057. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 057.

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Dulce Maria


Duas semana depois...


Maria Paula é uma bebê muito linda, a melhor coisa que aconteceu na minha vida foi ser a mãe dela. Sem sombra de dúvidas passaria o inferno novamente para traze-lá ao mundo. Ela era o fruto do meu amor por Christopher. Era tudo nas nossas vidas. Mais quem romantiza demais a maternidade é porque nunca na vida foi mãe. Assim como todas as recém-nascidas minha filha não era diferente das outras.


Ela trocava a noite pelo dia.


Durante o dia dormia, acordava, tomava banho, se alimentava e dormia, acordava, trocava fralda, dormia, acordava e se alimenta e dormia. Tudo perfeito. Mais a noite, a história já era completamente outra. Antes ela acordava três vezes na madrugada e agora ela acordava à cada meia hora chorando e chorando.


Não era fralda suja e nem fome.


Era cólica.


A mais terrível das cólicas.


Ela berrava muito. Nada que eu pudesse fazer podia faze-lá parar de chorar. Eu já tinha me mudado definitivamente para o quarto dela. Tentava de todas as formas encontrar ao menos uma posição que a fizesse sentir menos dor ou ao menos que ela parasse de chorar tanto. Era terrível.


Doía ve-lá berrando, chorando muito alto e nada podia fazer. Eu andava de um lado para o outro todas as noites a balançando e nada. Christopher nunca saia de perto de nós duas e até tentou acalma-lá várias vezes também, mas nada funcionava, ela só parava de chorar quando conseguia dormir já com o sol nascendo. Ele jamais me deixou sozinha com ela para continuar dormindo, ele participava de tudo. Até ficava no chão do quarto dela ligando para a pediatra todas as madrugadas tentando arrancar dela algo para que nossa filha não sofresse tanto.


Ele se preocupava e ficava tão angustiado quanto eu. A pediatra que foi recomenda por Elizabeth, sugeriu bolsa de água morna para colocar na região onde a bebê estava com dor, massagens circulares e até exercícios com as pernas circulares como se estivesse pedalando uma bicicleta.


Mas nada, nada resolvia.


Minha filha só conseguia dormir quando os primeiros raios de sol entravam na janela do quarto dela. Era nessa hora que tanto eu, quanto o pai dela caiamos exaustos na cama. Mas só conseguíamos dormir por quatros horas e Maria Paula logo acordava.


Era exaustivo, cansativo, muito difícil todos os dias essa rotina. Estávamos praticamente em nosso limite. Era óbvio que eu já sabia dessa rotina, já tinha cuidado de bebês antes, mas nunca foi tão exaustivo como está sendo com a minha filha. Os outros bebês que cuidei tinham cólicas que logo passavam, mas da Maria Paula era muito diferente. E claro, ela era minha filha, a minha preocupação e meu sofrimento por ve-lá daquele estado era muito pior do que qualquer coisa.


Como por exemplo agora, estava dessa vez sozinha no meio do quarto dela. Passava das cinco e cinquenta da manhã de sexta-feira. Maria Paula não parou de berrar um minuto a madrugada inteira. Ela chorava tanto, tanto, tanto que eu também chorava junto com ela sem saber mais o que fazer, já era para ela começar a pegar no sono como todos os dias nesse horário, mas pelo contrário ela continuava berrando muito.


Eu a balançava de um lado para o outro chorando, ela berrava, meus peitos tinham vazado leite sujando minha camisa, meus olhos não conseguia parar de chorar junto com ela, minha cabeça doía, minhas pernas doíam, até os meus seios doíam.


Dulce: Você não está quente meu amor, então não está nada fora do normal. - murmurei a balançando - Então por quê não para de chorar? Por que não consegue dormir? Já passou da hora...- falei olhando o sol entrar no quarto.


Minhas próprias lágrimas caim sem que eu pudesse deter. Ainda a balançando sai do quarto dela em direção à sala completamente cega pelas lágrimas. Maria Paula berrava tanto à horas, já estava preocupada pensando em leva-lá para o hospital nos minutos seguintes se ela não parasse por nada.


Christopher tinha sumido há muito mais tempo que eu pudesse contar. Ele tinha saído do quarto dela ainda de madrugada para beber algo e não voltou mais. Não acreditava que ele tinha conseguido dormir, afinal, quem dormia com todo aquele choro? Mas se ele tivesse dormido, não o culparia por ter me deixado sozinha com nossa filha chorando.


Ou culparia? Minha mente estava um embaralhado. Eu não conseguia pensar direito, pensar nas coisas com clareza.


Quando entrei na sala, a primeira coisa que vi foi Christopher com uma mão na testa como se estivesse com dor e a outra mão na tecla do notebook. Ele estava um pouco inclinado e digitava mais rápido que meu olhos cobertos pelas lágrimas conseguiam captar.


Dulce: Não acredito...- murmurei - Você me deixou sozinha com ela para ficar aqui? - perguntei irritada e no tom alto o bastante para sair por cima do choro.


Ele me olhou e fechou o notebook o deixando na mesinha de centro.


Christopher: Só estou tentando trabalhar. - levantou levando as duas mãos à cabeça.


Dulce: Pode fazer isso depois...- abracei mais minha filha.


Christopher: Faz dias que não consigo fazer isso. - rebateu respirando fundo.


Dulce: E daí? - gritei por cima do choro - É motivo o suficiente para me deixar sozinha esse tempo todo?


Christopher: Não foi tanto tempo assim Dulce. Está exagerando. - gritou por cima do choro também.


Dulce: Eu sou a exagerada? - balancei a cabeça não acreditando no que estava ouvindo - Você me larga com a sua filha para ficar aqui. E eu sou exagerada?


Andava de um lado para o outro nervosa e completamente exausta. Maria Paula berrava e berrava e berrava, eu a segurava tentando manter forças o suficiente para isso.


Christopher: Me dá ela aqui...- falou avançando para cima de mim e arrancado ela dos meus braços.


Ele começou a balançar ela do mesmo modo que eu estava fazendo, mas dessa vez muito mais lento. Andava por toda sala com ela. Continuei em pé observando os dois, até que comecei à ouvir Maria Paula aos poucos diminuir o choro escandaloso. Automaticamente minhas pernas franquejaram e eu cai sentada no sofá. Observei ele cantar bem baixinho uma música de ninar antiga enquanto continuava a balança-lá lentamente.


Os olhos dele não saim de Maria Paula enquanto a fazia aos poucos, a parar de chorar ao ouvir a voz dele. Em questões de meros minutos ela estava completamente calada dormindo no colo do pai dela. Olhei para o chão com a garganta doendo por prender o meu próprio choro e em seguida, olhei para minha camisa que estava suja do vazamento do leite.


Senti meus olhos encherem de lágrimas mais uma vez e não consegui mais conter o choro de verdade. Peguei uma almofada tampando meu rosto nela e chorei de soluçar tentando não fazer barulho o suficiente para acorda-lá.


Minha filha me odiava!


Ela me odiava!


Eu era uma péssima mãe!


Era por isso que ela não parava de chorar comigo. Eu era a pior mãe do mundo e ela tentava me mostrar isso todo esse tempo.


Maria Paula me odiava!


Me odiava muito!


Eu nunca fui boa o bastante para ser a mãe dela. Maria Paula não gostava de mim e não me queria. Ela me odiava!


Me odiava!


Eu merecia mesmo isso!


Como pude achar que seria uma boa mãe? Que ela ia gostar de mim? Eu nunca tive uma mãe. Era óbvio que eu ia fazer tudo errado.


Tudo errado.


Solucei contra à almofada.


Minha filha me odiava!


Senti o sofá ao meu lado afundar e dois braços nas minhas costas me fazendo na hora levantar o rosto e encara-lo.


Dulce: Cadê ela? - perguntei tentando olhar ao redor cega pelas lágrimas.


Christopher: Dormindo no berço. - respondeu baixinho e me abraçou me levando de encontro ao seu peito - Sei que está exausta, eu também estou. Mas não precisa chorar assim.


Voltei a soluçar dessa vez abraçada à ele e com o rosto no peito dele.


Dulce: Ela me odeia...


Christopher: Claro que não Dulce. - falou rapidamente - De onde tirou isso?


Dulce: Ela me odeia. - me afastei só um pouco para tentar olha-lo nos olhos - Não percebeu? Foi só ir para o seu colo e ela parou de chorar. Todo esse tempo ela chorava tentando me dizer que me odeia muito. Que sou a pior mãe do mundo. E ela tem razão.


Ele limpou meu rosto delicadamente repleto de lágrimas.


Christopher: Dul, para de falar bobagens. Nossa filha ama você. A exaustão está te afetando muito para pensar algo assim.


Dulce: Mas é a verdade...- murmurei com uma dor no peito. Minha filha me odiava demais. Doía muito.


Christopher: Seu olhos estão inchados de tanto chorar. Por favor, para com isso. - falou limpando meus olhos com delicadeza - Seu rosto está muito vermelho e seus olhos inchados. Preciso parar de chorar, tá bom? - pediu dando um suave beijo no meu rosto. - Maria Paula te ama, assim como eu também.


Dulce: Então por quê ela não dormiu comigo? Não parou de chorar?


Christopher suspirou.


Christopher: Estamos acordados à muito mais tempo que consigo contar. Estamos cansados, exaustos. Você não dorme e não come à horas. Por que não descansamos e depois conversamos sobre isso? Estou louco para dormir, de verdade. Preciso dormir. Minha cabeça está explodindo.


Balancei a cabeça concordando.


Dulce: Tá! - murmurei triste.


Christopher: Quer comer antes de dormir? - perguntou num tom cansado.


Dulce: Não. Só quero um banho antes de dormir. - falei olhando para minha blusa toda melada de leite.


Christopher: Eu te ajudo no banho. - falou enquanto suas mãos iam direto para minha camisa a levantando.


Segurei em suas mãos bruscamente impedindo de tirar minha camisa.


Dulce: Eu tomo banho sozinha. Arruma a cama enquanto isso. Não vou demorar. - falei levantando do sofá e dando as costas à ele.



............................



Tomei à ducha mais rápida da minha vida e vesti a primeira coisa que encontrei no closet. Voltei para o quarto me arrastando sob os pés com os cabelos molhados vendo Christopher largada na cama dormido. Ele não usava mais nada que uma cueca.


Encarei a babá eletrônica na mesinha ao meu lado da cama e me deitei ao lado dele me cobrindo com o lençol. Mal fechei os olhos e Christopher se cobriu com o lençol e me abraçou.


Não falamos absolutamente nada.


E dormimos.


 


............................


 


Parecia que eu tinha acabado de fechar os olhos quando ouvi Christopher me chamar baixinho. Com um esforço muito grande, lutei para abrir os olhos pesados de sono e encarei ele com a Maria Paula nos braços. Ela resgumava, mas não chorava.


Pisquei diversas vezes tentando manter os olhos abertos. Eu continuava muito cansada, muito exausta. Fazendo outro esforço sentei na cama.


Dulce: Que horas são? - murmurei.


Christopher: Quase dez. - respondeu - Ela está com fome. - entregou nossa filha para mim. Tinha que fazer de verdade um enorme esforço para manter os olhos abertos. O sono era demais. - Você mal consegue ficar acordada. - falou baixinho se afastando de mim.


Baixei a camisa e quando ela sugou meu seio faminta, fechei os olhos encostando minha cabeça na cabeceira da cama. O sono era tanto, mas eu não podia dormir com ela mamando, por isso voltei à abrir os olhos.


Christopher tinha ficado ao meu lado e colocou um travesseiro no ombro até os braços dele entre nós dois.


Christopher: Dorme enquanto ela termina de mamar. Vou está olhando ela o tempo inteiro. - indicou o travesseiro para que eu encostasse minha cabeça nele ficando confortável.


Dulce: Se você dormir? - sussurrei.


Christopher: Não vou. - garantiu suspirando - Acordei com ela chorando, consegui troca-lá. Posso aguentar ficar acordado um pouco mais, só até faze-lá arrotar e coloca-lá de volta para o berço.


Dulce: Tem certeza..? - encostei minha cabeça no travesseiro. Meus braços continuavam firmes em volta dela.


Christopher: Amor, você mal consegue deixar os olhos abertos. Não se preocupa com ela. Estou aqui.


Fechei os olhos e adormeci novamente em segundos.


 


 


 



[....]


 


 


 



Passava do horário do almoço. Já tinha dado banho na Maria Paula e dado de mamar mais uma vez antes dela dormir, voltei a colocá-la no berço e dei uma espiada em Christopher que continuava apagado na cama. Me aproximei o cobrindo com o lençol, ele continuava dormindo profundamente. Estava tão cansado quanto eu. Não pude deixar de me inclinar e plantar um suave beijinho em seus lábios.


Quando sai do quarto, voltei para a sala ao mesmo tempo que meu celular que estava largado no sofá tocava anunciando uma mensagem. Lucy tinha chegado com o almoço. A respondi mandando as senhas e esperei ela já na porta do apartamento. Quando as portas do elevador se abriram, ela surgiu erguendo três sacolas de um restaurante caseiro.


Lucy: Dia de difícil? - perguntou enquanto se aproximava.


Dulce: Não faz idéia! - murmurei.


Ela me abraçou e entrou no apartamento. Fechei a porta e seguimos em direção a cozinha. Minha cunhdada como tinha falado antes tinha ido para o apartamento da Mary. Ela pretendia ficar por apenas uma semana, mas sua estadia no país se estendeu por mais algum tempo.


Dulce: Essas últimas semanas tem sido muito difícil. Mas hoje especialmente foi ainda mais. Maria Paula só parou de chorar já de manhã quando seu irmão a pegou e cantou para ela. Sua sobrinha não gosta de mim. - falei cabisbaixa entrando na cozinha.


Lucy deixou as sacolas na bancada e me encarou.


Lucy: De onde tirou isso?


Dulce: É a verdade. Ela me odeia. Sou a pior mãe do mundo. - me encostei na bancada respirando fundo para chorar.


Lucy: Dul. - começou a falar devagar - Entendo que esteja numa fase difícil com ela, mas ela te ama. É a mãe dela. Só porque ela se acalmou com Christopher, não quer dizer que ela prefira ele do que você. Quando a Maria crescer irá perceber isso. Do quanto ela te ama, do quanto ela é grata por você ser a mãe dela.


Dulce: Espero que esteja certa.


Lucy: E estou. - sorriu - Agora vamos almoçar? Christopher come quando acordar. - falou abrindo as sacolas.


Peguei os nossos pratos, dois copos, talheres e 2 latas de sucos de uva da geladeira. Arrumei a bancada e sentamos começando a comer em meio a conversa. Hoje à noite era o grande dia do desfile de Zoraida. Julie estava no avião à caminho, Maite, Eddy, Fuzz, Derrick, Lucy, Pablo e Gael estariam presentes no desfile. Christopher e eu íamos ver tudo pela TV.


Lucy: Nossa irmã está desde de cedo com Vivian. Depois do desfile Edgar e Vivian vão dar a tradicional festa na casa deles. Pena que você e meu irmão não poderão ir. - lamentou - Mas pelo menos tentem descansar, mesmo com minha sobrinha. É visível que está cansada. Se quiserem, posso ficar com ela por algumas horas ou dias. Só para descansarem. - se ofereceu pela décima vez naquela semana.


Dulce: Obrigada de novo, mas a gente se vira. Eu consegui dormir por algumas horas enquanto ele ficava olhando ela mamar, depois que ela terminou ele tirou ela de mim, a levou para o berço e voltou a dormir comigo. Agora é a vez dele descansar. - forcei um sorriso.


Lucy: Christopher é um pai muito bom, não é? - comentou - Confesso que antes de sabermos sobre a gravidez da Cheryl achando que o bebê era dele, nunca pensei que ele pudesse ser um pai muito bom. Até porque nosso pai não é exatamente um exemplo de pai. Melhor que nossa mãe? Talvez! E apenas um pouquinho. Mas depois que ele teve consciência da gravidez da Cheryl, ele não queria ter um bebê com ela, claro que não, mas eu sabia que no fundo ele ia ser um bom pai, o melhor pai do mundo. - sorriu.


Fez uma pequena pausa encarando o próprio prato.


Lucy: Éramos muito próximos na infância, depois ficamos adolescentes e nós afastamos um pouco. Em seguida, veio a faculdade e só nós falavamos raramente e por celular. Ficamos adultos e voltamos a nós aproximar um pouco, mesmo distantes ele sempre se preocupava comigo e com a Julie. As vezes não tanto como algumas pessoas acham ideal o irmão mais velho se preocupar. Mas era o jeito dele. Assim como é em beijar nossas testas. - soltou um sorrisinho - Cada um de nós três, tínhamos nossas vidas, até mesmo Julie que era praticamente uma criança. Cada um cuidava de si mesmo. Nunca me incomodou o modo como ele levava a vida dele, trabalho mais trabalho e rodízios de mulheres. Mas no fundo torcia para ele encontrar alguém que mudasse essa vida dele e ele encontrou. - sorriu ainda mais - Encontrou você.


Dulce: Seu irmão salvou minha vida.


Lucy: E você salvou a dele. O modo como se conheceram foi horrível, mas foi inesquecível. É só não pensar na parte ruim da história, apenas na boa. Eu o conheço antes de te conhecer, conheço depois que te conheceu e conheço ele sem você na vida dele. - balançou a cabeça - Prometi a mim mesma não me lembrar mais dos meses infernais, mas é impossível. Ele virou um fantasma. Por milagre não conseguiu acabar com a própria vida. Você é a vida dele Dul. Você e agora a filha de vocês. Desde que ele soube da sua gravidez, eu já sabia que ele seria o melhor pai desse mundo. Que ia participar de cada coisinha da filha dele, desde trocar fraldas, passar madrugada acordado com ela e até a primeira palavra dela. E sabe como sei..? Porque ele é assim. Christopher é assim quando ama. Se entrega por completo e sem medo. Bonito, não?


Dulce: Foi por isso que me apaixonei por ele. Por isso que o amo. Sempre soube que ele seria o melhor pai do mundo. Nunca tive dúvidas. Agora estamos enfrentando uma fase difícil com nossa filha tão pequena, mas sei que daqui algum tempo vamos está muito mais felizes do que agora.


Lucy: As fases difíceis são necessárias. - voltou a comer - Mais passa. Sempre passa. - voltou a me encarar - Nunca me dei bem com Cheryl, desde de crianças vivíamos no tapa. Até achei que ela nunca ia mudar, mas hoje ela está enfrentando uma fase difícil também e com o filho dela. Liam está bem, mas é de partir o coração ter que deixá-lo no hospital e voltar para a casa. Tanto ela quanto Mary ficam tristes demais. No fundo, agora acredito que as pessoas só mudam quando realmente elas querem mudar.


Dulce: Acha que Cheryl mudou?


Lucy: É complicado afirmar. Só temos certeza disso quando observamos em longo prazo a mudança. Mas posso dizer que ela está se encaminhando para isso. - deu um pequeno sorriso - Estou temporariamente com ela e com Mary, pelo menos a relação das duas posso afirmar que mudou bastante. Agora que Cheryl é mãe, ela pode entender mais a mãe dela.


Dulce: Não vejo a hora do Liam sair do hospital. Eu gosto muito dele. - sorri - E claro, Maria Paula e ele fazem aniversário no mesmo dia, então, acho que no futuro podem ser os irmãos que achávamos que seriam


Lucy: Pelo menos a festa é só uma e não duas. - riu e pegou o próprio celular.


Terminei de almoçar observando minha cunhada responder uma mensagem com os olhos brilhando. E um leve sorriso nós lábios.


Dulce: Não vai me falar quem é ele ou o nome dele? Ele é daqui não, é? Por isso você não voltou para Miami..? - a enchi de perguntas.


Ela deixou o celular na bancada e me encarou agora séria.


Lucy: Preciso contar uma coisa. Sim. Ele é daqui e sim, ainda não voltei para Miami por causa dele.


Dulce: O quê quer me contar?


Lucy: Você o conhece. Na verdade, eu o conheci de verdade quando ele parou para falar com você e depois daquele dia começamos a conversar na internet e estamos nós conhecendo.


Minha reação foi abrir a boca um pouco surpresa. Não totalmente. Tinha percebido uma troca de olhares. Mas apenas achei que fosse uns fletes nada demais. Sem importância.


Dulce: Igor..?


Ela assentiu.


Lucy: Eu sei que ele teve sentimentos por você, a gente conversou muito sobre isso. Ele me contou sobre os beijos roubado, ele me contou tudo.


Dulce: Lucy..


Lucy: Eu sei. - me interrompeu - Vocês nunca tiveram algo. Confesso que é a primeira vez que meu coração dispara só de olhar para alguém.


Dulce: Aiii Luh. - sorri.


Lucy: Não temos nada oficialmente. Estamos apenas nós conhecendo, deixando rolar. Ele é um homem incrível e temos muitas coisas em num. E ele é muito bonito. Meu Deus! - riu - É atraente demais.


Ri.


Dulce: Apesar de ter acontecido aquelas duas situações entre a gente, já nos resolvemos. Ele é sim um cara legal, bonito e salvou minha vida também. E ele merece ser feliz depois do que aconteceu no passado.


Lucy: É muito triste. Tão jovem e viúvo. Conversamos muito sobre a falecida esposa dele. É muito triste o que ele passou. Mas só mostra o quanto ele foi e é um homem muito bom.


Dulce: Ele merece ser feliz. E quer saber de uma coisa? Você dois formam um casal bonito. - sorri.


De fato era mesmo. Igor e Lucy?!


Lucy: Não é nada sério Dul. - riu.


Dulce: Por enquanto. Depois vou ser madrinha do casamento de vocês.


Lucy: Acha que Christopher vai aceitar ele? - perguntou num tom baixo


Dulce: E ainda me diz que não é nada sério? - ri - Christopher e ele conversaram na maternidade, seu irmão até deu dois socos nele. Acho que se resolveram de verdade.


Lucy: Igor contou. - revirou os olhos. - O seu noivo quase quebra o nariz dele.


Dulce: Pode ser o início de uma amizade. - sorri.


Tomei o restinho do meu suco.


Igor entrando para a família?


Será?



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1714



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais


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