Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria

Alguns dias depois..

Olhava para a capa da revista da Vogue Brasil onde minha irmã estampava a capa com o título "A nova promessa das passarelas chama-se Zoraida Virgínia Gomez Von Uckermann" na capa, ela pousava incrivelmente de blazer preto aberto, sem blusa, calça jeans e um chapéu super chique.

A revista tinha sido lançada com algumas semanas de atrasos, mas agora já estava disponível em todo o país. Só Christopher tinha comprado uma banca inteira e espalhou as revistas pelo apartamento. Na matéria, ela falava sobre o passado dela, nossa família, a descoberta de ser uma Uckermann, planos para o futuro e como era a relação dela com Richard.

Deixei a revista em cima das diversas delas que estavam em cima da mesinha de centro da sala. Ouvi vozes de Fuzz e Derrick da cozinha e em segundos, os dois estavam na sala brigando pelo último pedaço do bolo que eu tinha feito ontem a noite.

Derrick: Você roubou meu último pedaço. - reclamou.

Fuzz: James, você não aprende mesmo? Eu sempre fico com o primeiro e último pedaço amorzinho. - falou antes de enfiar toda a massa na boca.

Derrick: Quem disse?

Fuzz: Eu. Sua namorada. - piscou e andou em minha direção - Que horas todo mundo, vêm? Estou com fome.

Dulce: Está cedo. Daqui a pouco todo mundo aparece. - observei ela sentar no sofá e pegar uma das revistas - De qualquer modo, temos que esperar Ana Brenda chegar para almoçar.

Derrick: Você acha que vamos gostar dela? Acha que ela irá entrar no grupo? - ficou ao lado da namorada.

Dulce: Sinceramente eu não sei. Só espero que a Maite goste dela. Ela é amiga de Christian, é importante para ele, então, também deveria ser importante para ela.

Derrick: Assim ela para de implicar com o coitado do Chávez. - se compadeceu.

Cruzei os braços e Fuzz encarou o namorado no mesmo instante.

Fuzz: Nunca vou entender como vocês homens se protegem. - bufou. - De qualquer forma, o nosso grupo é super restrito. Acho difícil ela entrar.

Derrick: Não nós protegemos. Apenas nós entendemos. - explicou - E nosso grupo é restrito aonde? É um monte de gente isso sim. - riu.

Fuzz: Por acaso quer que amiguinha de Christian e Christopher seja sua também, James? - largou a revistas e cruzou os braços e as pernas.

Derrick: Eu..eu não disse isso. - falou com cuidado em alerta.

Fuzz: Pois parece! - bufou.

Derrick: Calma loirinha. Calma. - abraçou a namorada. - Você é linda. E ela é... horrorosa. 

Fuzz o encarou.

Fuzz: Como você mente na maior cara de pau. - bateu na cabeça dele - Até eu quero pegar aquela mulher.

Ri.

Dulce: Vou atrás do meu homem. - falei me afastando dos dois.

Era quase o horário de almoço de sábado. Christian pediu para Ana Brenda vir ao Brasil para conhecer Maite e os amigos dele. Christopher decidiu dar um almoço aqui mesmo no apartamento, assim ficaríamos todos mais a vontade e ela poderia conhecer a filha dele também. Fazia muitos anos que os dois não se vinham. Todos os nosso amigos estariam aqui.

Ela ia chegar do aeroporto direto para o apartamento. Segundo Christian contou, Ana Brenda não ia ficar por mais de dois dias aqui, ela tinha muito trabalho na Europa. Então, seria uma visita rápida. E eu estava torcendo para que Maite gostasse dela, que fossem amigas para assim minha irmã tirar as paranóias da cabeça.

Passei no quarto da minha filha, mais uma vez, apenas para vê-la dormir igual um anjinho. Em seguida, fui em direção do escritório vendo Christopher mexer e assinar alguns papéis. A mesa dele estava repleta de papéis, canetas, além do computador, também tinha um notebook e um tablet . 

Dulce: Oii..- falei entrando na sala chamando atenção dele. 

Christopher: Oii...- me olhou rapidamente e voltou à assinar vários papéis bem rápido - Alguém já chegou?

Dulce: Só Fuzz e Derrick. 

Christopher: Nossa filha?

Dulce: No berço. - falei sentando na cadeira em frente à mesa. 

Christopher: Vêm aqui. - pediu sem me olhar. Seus dedos assinavam os papéis tão rápido que era difícil de acompanhar. 

Dulce: O quê foi? - levantei lentamente da cadeira confusa.

Christopher: Só vêm aqui. 

Andei até parar ao lado dele. Tanto o computador quanto o notebook mostravam vários gráficos. E o tablet mostrava varios cálculos matemáticos bem importantes. Suas mãos largaram os papéis e a caneta e me puxaram para sentar no colo dele. Seus lábios tocaram os meus e ele me beijou. 

Sua mão subiu para minha nuca. Nosso beijo gostoso durou até meu ar começar faltar, parei o beijo e ele segurou meu rosto para voltar a beija-lo, sua boca procurou a minha e eu virei o rosto meio rindo meio respirando com dificuldade. Seus lábios foram para meu pescoço.

Dulce: Parece que não me ver à dias. - sorri aproveitando da sensação de seus lábios macios e gostosos na minha pele.

Christopher: Faz algumas horas, mas parece anos. - fez uma trilha de beijos do meu pescoço até minha boca - Só você para me distrair. - me deu mais um selinho antes de voltar a postura normal.

Dulce: Muito trabalho! - olhei para a mesa dele e as pilhas de papéis.

Christopher: Chicago. - seus braços apertaram minha cintura.

Dulce: O quê? - o encarei confusa.

Christopher: Vou precisar ir à Chicago daqui à uns...dois meses. Vocês duas irão comigo. Não vou me separar de vocês para ir tão longe assim. Quero que conheça minha cidade natal, minha casa de lá, a empresa Uckermann. Tudo relacionado a minha vida lá.

Dulce: Como seu pai falou, está muito tempo parado. - apontei - Daqui a pouco você vai está viajando como antes, só espero que não fique de novo tão viciado em trabalho.

Christopher: Não vou. Antes o antigo lema dos Uckermann era "Dinheiro acima de tudo e todos", hoje meu lema é "Minha família acima de tudo e todos", antes não tinha minha própria família, hoje eu tenho. - sua mão apertou minha coxa exposta pelo vestido - Não vou mudar isso. 

Dulce: Então, tenho que te dar meus documentos de novo?

Christopher: Sim. Vou fazer o seu passaporte e o da nossa filha.

Dulce: Vou adorar conhecer Chicago. - sorri.

Christopher: Vai usar muito bem seu inglês. - me deu um selinho. - Te amo. 

Dulce: Te amo. - agarrei a gola da camisa dele e o beijei.

{...}

Todos os nossos amigos já tinham chegado e tomavam alguns drinks na sala e conversávamos enquanto esperávamos Ana Brenda. Maria Paula tinha acordado e estava no colo do Eddy. Ele tirava fotos dos dois para postar nas redes sociais depois. Zoraida estava ao lado dele mexendo no celular e tomando um drink. 

Zoraida: Ainda não acredito que você encontrou sua mãe. Não. Ainda não acredito que Elizabeth é a sua mãe. - se corrigiu desligando o celular e tomando um gole da bebida azul.

Pablo: A vida da Dul poderia facilmente virar um filme. - falou tomando um gole da cerveja.

Vivian: O quê mais falta para acontecer? - deixou a taça com a mesma bebida azul em cima da mesinha - Agora terá que se acostumar com uma mãe e um irmão. - sorriu - Me dar minha afilhada.

Tinha contado sobre minha origem no dia seguinte que soube. Todos eles ficaram surpresos, mas não desacreditados. Já que o mesmo aconteceu com Zoraida e Christopher. Ainda era estranho, muito estranho, em saber que tinha mãe e um irmão e que eles eram Elizabeth e Alfonso.

Eddy: Sua afilhada não. Minha afilhada. Não é Maria Paula? - apertou ela nos braços dele.

Fuzz: Elizabeth ficava tão estranha quando falavamos sobre você. Também achei estranho quando ela pediu para pegar alguns fios de cabelo, o seu copo e seu sangue. Sabia que era um exame de DNA, só não desconfiei, que era para ela. Que ia comparar com o DNA dela.

Derrick: Agora só falta a Mai achar algum parente também. - encarou minha irmã que estava com a cabeça no ombro de Christian. O mesmo fazia um cafuné nela. - Assim as três irmãs, saberiam da própria origem.

Maite: Vocês são minha família. Não preciso de outra. - sorriu.

Vivian: Me dar ela só um pouquinho? - insistiu com os braços levantados. - Por favor! Ela me ama. - sorriu.

Eddy: Agora que eu peguei ela. - reclamou.

Gael: Já tem quinze minutos. - o corrigiu.

Pablo: Está contando? - riu.

Gael: Estou na fila à muito tempo para pegar ela. - rebateu - Dar logo ela para a Vih, depois, é minha vez.

Christian: Que eu saiba é minha vez. - o encarou de cara feia - Está querendo furar vila? 

Christopher: Vocês poderiam por favor, parar de jogar minha filha para todos os lados? - revirou os olhos. - Ela não é uma bola ou uma boneca.

Edgar: Ela é sim cara. Sua filha é uma bonequinha muito linda. - sorriu.

Fuzz: Por quê não faz uma menininha também? - sorriu.

Edgar: Por que e..- foi interrompido pelo celular do Christian. Ele se desgrudou da minha irmã e atendeu a ligação.

Christian: Ok. É só entrar. - desligou a chamada - Ana chegou! - avisou.

Christopher rapidamente pegou o celular e mandou as senhas para um dos agentes do hall. Vivian pegou minha filha do Eddy e voltou para o lugar dela. Eddy bufou. Edgar levou as mãos para os pés da minha bebê.

Ficamos todos em silêncio esperando a campainha tocar. Alguns minutos depois, todos ficaram de pé quando a campainha tocou. Christopher e Christian foram em direção da porta e segundos depois ouvimos uma voz feminina gritar "Ucker" bem alto e animada.

"Quanto tempo" Christopher respondeu no mesmo tempo.

"Eu deveria te bater por ficarmos tanto tempo sem nós falar."

Christopher: Vêm! Quero que conheça minha família. - ouvimos a porta bater e ele com Ana Brenda e Christian apareceram em nossa vista. Ela era ainda mais bonita pessoalmente. Era alta. Era do tamanho dos amigos. Se vestia como se saísse de uma revista. Percebi que se assustou um pouco quando viu a quantidade de pessoas que aguardava. Também pude perceber que ela sorriu nervosa. - Já deve ter visto na mídia, mas a mulher mais linda dessa sala é minha mulher.

Christian: Uma das mais lindas..- o corrigiu ao lado.

Ana Brenda: Oii Dulce! - sorriu - É um prazer conhece-lá. - deu alguns passos na minha direção e estendeu a mão.

Apertei a mão dela.

Dulce: É um prazer. Ouvi muito sobre você. - sorri.

Ana Brenda: E eu de você. Confesso que estava louca para conhecer a mulher que domou Christopher Uckermann. Você é muito bonita. 

Dulce: Ah, você também é muito bonita. 

Ela era um amor. 

Christopher: Pablo, trás minha filha? - pediu.

Desviei dela e observei Pablo entregar, a contra gosto, Maria Paula para o pai. Christopher parou ao lado de Ana Brenda.

Christopher: Essa é Maria Paula. Nossa filha. - falou sorridente.

Ana Brenda: Aiii meu Deus! Ucker ela é sua cara! Coisa mais fofa da titia..- tocou no braço dela. Maria Paula apenas olhava ela quietinha. - Aiiii meu Deus! Olha essas bochechas. 

Ri de seu entusiasmo. 

Christopher: A beleza ela herdou da mãe. Isso é fato! - sorriu.

Ana Brenda: Parabéns Ucker! Formou uma família tão linda. - levantou os olhos para encara-lo - Você merece!

Christian: Agora vêm conhecer minha morena. - a pegou pelo cotovelo delicadamente a conduzindo em direção a Mai - Essa é a Maite, a minha ciumenta preferida. Amor da minha vida. E Mai, ela é Ana Brenda, minha melhor amiga. - apresentou as duas frente à frente.

Maite: Oii. - colocou as duas mãos no bolso de trás da calça jeans.

Ana Brenda: A famosa morena. - o sorriso aumentou - O quê eu já escutei sobre você Maite. Você não tem noção . - de repente ela abraçou Maite que ficou sem jeito - É um prazer te conhecer. E por favor, Christian é meu melhor amigo. É um irmão para mim. 

Maite: Ahh...é um prazer...também. - encarou Christian que cruzou os braços. Ela retribuiu o abraço sorrindo.

Ana Brenda: Conheço Christian e Christopher desde de crianças praticamente, tenho tantas histórias para contar desses dois. - se afastou de Maite a encarando - Estava louca para conhecer você e a Dulce. Espero que possamos ser amigas. - dessa vez ela olhou para mim também e eu assenti. - Adianto logo que sou um pouquinho maluca, não tanto como a Julie, mas não sou muito normal também.

Zoraida: Gostei dela...- murmurou do meu lado.

Maite apenas ficou a encarando.

Não tinha um olhar enciumada ou de raiva. Na verdade, tinha um olhar de admiração. Ela tinha gostado de Ana Brenda também.

Christopher: Acho que devo dizer bem vinda ao grupo Ana. - falou ainda com nossa filha nos braços - Todos eles são nossos amigos. Nossa família. 

Christian: Eu te apresento à galera. - falou do lado da Mai - Aquela do lado da Dul, é a nova irmã de Christopher...

Zoraida: Eu mesma me apresento Chávez. - deu um passo à frente - Sou irmã de Christopher e da Dul e da Mai também. Também sou um pouquinho maluca, por causa disso acho que vamos nos dar muito bem Ana Brenda.

Ana Brenda: Pode me chamar só de Ana. - piscou simpática.

Maria Paula começou a choramingar e em segundos explodiu num choro forte e bem alto. Peguei ela do colo de Christopher e fui em direção do quarto ouvindo os inícios das apresentações do grupo inteiro.

Dulce: Shhhhhh - balancei minha filha enquanto me afastava da sala.

{...}

Ana Brenda Contreras era uma das melhores pessoas que já conheci. Agora todos entendiam porque Christian e Christopher gostavam tanto dela. Ela se deu bem com todos, especialmente com a Mai. Era uma pessoa que sempre estava sorrindo e nos divertia com histórias antigas de Christopher, Christian e ela juntos. Foi incrível como ela se encaixou e pouco tempo já estava no grupo. Era a única que era solteira, já que tinha terminado o noivado.

Como acontecia quando todos estávamos juntos um fala por cima do outro e o almoço virou jantar. Maria Paula estava no berço, depois que Zoraida a trocou. Minha bebê dormia igual um anjinho. Passava das 22:00 e estávamos todos na sacada da piscina.

O vento do frio da noite, as estrelas e a imensidão do mar deixava ocasião perfeita para continuarmos a conversa ainda por longas horas. Fuzz e Derrick foram os únicos a entrar na piscina. O restante, incluindo eu, ficou no chão e nas espreguiçadeiras. Os únicos que não bebiam era Christopher e eu. Vivian, Mai e Ana Brenda riam e bebiam juntas. Edgar e Christopher conversavam mais distantes, Christian e Eddy conversavam entre si. Gael e Zora estavam com os pés dentro da piscina ao lado do outro bebendo e conversando com Fuzz e Derrick. Pablo estava sozinho numa espreguiçadeira comendo e bebendo como se estivesse acabado de sair da guerra apenas ouvindo as conversas e eu também estava na espreguiçadeira, só que do outro lado da sacada.

"Amanhã posso almoçar aí?"

Sorri e respondi.

"Você deve almoçar!" 

Segundos a resposta.

"Vou levar um presente pra ela"

Respondi.

"Ela já tem muitos presentes!"

"Pois agora ela vai ganhar mais um presente do tio. Infelizmente a mamãe vai está de plantão. Se acostume! Nossa mãe vive de plantão ardilla."

Ardilla!

Ri para o aparelho nas minhas mãos.

Poncho, meu irmão, adorava dar apelidos. Agora ele estava saindo da faculdade. Ia direto para casa dele.

"Falei com ela hoje. Vamos nós encontrar Segunda-feira"

"Sem mim? Só as duas...? "

" Bobo! Já começou com o ciúme? "

Segundos a resposta.

"Para que mais serve os irmãos mais novos? Vou dirigir! Beijos ardilla! "

"Cuidado! Beijos!"

Christopher: O quê tanto sorrir nesse celular, heim? - falou afastando minhas pernas com delicadeza e sentando na ponta da espreguiçadeira. 

O encarei desligando o aparelho.

Dulce: Ciúmes?

Christopher: Um pouquinho. Faz horas que não olha pra mim. - falou manhoso.

Ri.

Dulce: Vêm cá! - o puxei para ficar do meu lado mesmo que a espreguiçadeira fosse minúscula - Te amo! Meu manhoso..- o beijei rapidamente.

Christopher: Te amo. - sorriu com o corpo dele esmagando o meu.

Dulce: Poncho vêm amanhã almoçar aqui. Segunda-feira vou encontrar com a Elizabeth. Ela vai está de plantão amanhã. - falei com os olhos nos outros que continuavam rindo e conversando.

Christopher: Deixa adivinha, ele vai trazer mais presentes para nossa filha? - riu quando assenti - Ele é um garoto que nunca vai te escutar.

Dulce: Pelo visto não. - suspirei.

Christopher tocou na minha mão.

Christopher: Gostou mesmo da Ana Brenda? - sussurrou no meu ouvido.

Dulce: Sim. Ela é legal. - sorri.

Confesso que no fundo achei que pudesse ficar um pouco desconfortável com esse encontro, não pela Mai já que Christian nunca teve nada com Ana Brenda, mas Christopher sim. Foi uma vez e eram adolescentes. Mas achei que isso pudesse causar certo desconforto, mas não. Amizade deles eram de verdade. Ela gostou de mim, eu gostei dela, ela amou minha filha. Maite adorou ela. Christian está feliz da vida e Christopher também.

Christopher: Se não percebeu, ela amou você. - beijou meu rosto - Mas quem não ama? - beijou de novo meu rosto.

Dulce: Pena que ela vai embora daqui alguns dias. 

Christopher: Ela viaja muito. Talvez volte próximo do natal para uma visita. 

Desviei os olhos dos nossos amigos e encarei a boca dele.

Dulce: Eu te amo.

Christopher: Eu te amo muito mais. - falou inclinando o rosto e colocando nossos lábios.