Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Fuzz e Derrick se aproximaram sentando nas cadeiras ao nosso lado e mudamos de assunto. Observei minha filha ir para o colo de Mary. Cheryl tinha ficado mesmo no Japão. O pai do Liam, era um tal de Takashi Yoshida, era o empresário mais rico e importante do país, recém presidente da própria empresa, depois da morte do pai. Ele pediu exame de DNA e quando foi comprovado que era dele, assumiu a paternidade. Takashi era jovem, 27 anos, solteiro. Agora ele e Cheryl tem um acordo. Segundo Mary, Takashi está disposto em não só dar dinheiro, mas se envolver na vida do filho. 

Mas ele exigiu uma coisa de Cheryl. Que mudasse o nome de Liam para Ketsuo, seguindo as tradições de nomes orientais da família. Cheryl não ficou muito feliz com isso, mas resolveu mudar o nome ao pedido dele. Agora não era mais Liam e sim, Ketsuo.

Ketsuo Evans Yoshida. 

Fuzz: Tudo está tão lindo amiga. - falou pegando um pratinho da mesa cheio de salgadinhos e enfiando quase tudo na boca - Ainda não consegui pegar a Maria Paula, acredita?

Derrick: Poncho e Julie são os que mais disputam ela. - riu.

Dulce: Daqui a pouco vou pegar minha filha e vão parar de ficar jogando ela igual uma bola. - balancei a cabeça. 

Fuzz: Mas antes, deixa ela um pouquinho com a gente, ok? 

Dulce: Vou pensar. 

Maite: Vocês vão viajar amanhã, não é? 

Fuzz: Sim. Vamos para Angra. - sorriu - Só vamos ficar três dias. Nós distrair um pouco. Esse final de período está muito complicado e estressante. 

Maite: Nem me fale. - suspirou. 

Derrick: Você faz falta na faculdade. - passou o braço em volta dos meus ombros - É uma pena que não vamos nós formar todos juntos.

Dulce: É. Ano que vêm vou sentir saudades de vocês na sala.

Fuzz: O bom que pelo menos vamos ficar juntos na lanchonete. - sorriu - Mas mudando de assunto. - olhou para onde Lucy e Igor estavam aos beijos - Igor e Lucy estão juntos mesmo?

Dulce: Muito juntos. É super sério. - sorri.

Derrick: Eles formam um bonito casal. E parecem que estão naquela fase que não se desgrudam nunca.

Dulce: Acho que vai ser igual Christian e a Mai. Já que Lucy mora em Miami e não vai sair de lá. Já Igor só pediu licença, mas logo deve voltar para a faculdade.

Fuzz: O professor que está substuindo ele é muito chato - revirou os olhos - Espero que ele continue sendo nosso professor. Como ele não têm! - suspirou.

Derrick: Têm mesmo não. 

Vivian: Oii - apareceu em nossa frente bebendo uma taça de champanhe - O quê estão conversando? - sentou na única cadeira vazia.

Maite: Sobre como Igor é um ótimo professor. 

Vivian: Gente, ele e Lucy são tão bonitos, né? - falou olhando os dois que agora conversavam com Gael, Pablo e Edgar - Shipoo os dois. Luigor. 

Dulce: Luigor? - ri. 

Fuzz: Amei. Na boa, depois de tudo que Igor passou com a falecida esposa, ele merece mesmo ser feliz. Além de ser um gato, ele e Lucy vão procriar lindos bebês. - falou animada.

Maite: Vai com calma. 

Vivian: Quem será o próximo bebê dessa família, heim? - encarou a taça.

Dulce: Está tudo bem, Vih?

Vivian: Sim. Só estou cansada. Hoje terminamos de enviar os últimos convites do desfile. - me encarou - Sua sogra está entre os convidados. O meu sócio convidou praticamente metade da alta sociedade do mundo. Ele é muito influente. Vai ser o maior desfile que o Brasil já teve. 

Dulce: Com certeza ela vêm. Alexandra adora se mostrar na alta sociedade. - encarei Christopher que agora tinha parado de falar com Brayan e olhava para nossa filha no colo de Elizabeth.

Vivian: O desfile vai acontecer num lugar e nem todos vão está presentes. Apenas os vips. Já a festa, vai ser no salão do hotel Horizonte. Cabe mais de duas mil pessoas. O hotel vai continuar aberto, funcionando normalmente, acho que metade dos convidados já vão se instalar por lá. É um hotel super clássico, antigo. Muito muito grande.

Derrick: Mais de duas mil pessoas..?

Vivian: Mil e quinhentas já estão confirmadas. - deu de ombros - Outros nem vão vir. Sempre jogamos um número lá em cima, mas vêm menos.

Dulce: Zora vai fechar o desfile. Ela não quer admitir, mas no fundo está nervosa.

Vivian: Não querendo deixá-la assustada, mas é para ficar mesmo. Conversamos sobre isso. Críticos do mundo todo vão está na primeira fila. Ela já conquistou o Brasil em pouco tempo, esse desfile vai abrir as portas para a fama dela na Europa, além do sobrenome é claro.

Fuzz: Queremos está na primeira fila também Vih. - pediu fazendo um bico.

Vivian: Vocês são nossa família, então, já estão lá. - piscou.

Observei Ana Brenda e Jennifer entrarem chamando atenção de todos, Elizabeth andou até ela com minha filha no colo. Apresentou a neta com um enorme sorriso, Jennifer sorriu de volta e pegou minha filha dando beijos. Ana Brenda tocava na mão da minha filha e falava com ela ao mesmo tempo.

Jennifer ria para Ana Brenda.

Sorri.

Jennifer usava agora uma blusa preta. 

Lucy se afastou de Edgar e Pablo e puxou Igor em direção do irmão. Lucy mal trocou duas palavras com ele e olhou em nossa direção, puxando Igor de novo, dessa vez até nossa mesa. 

Lucy: O quê o Christopher, têm heim? - me encarou - Está tão chato.

Igor: Bem mais estranho que o normal.

Dulce: Vocês não são os primeiros a falar isso. - encarei Christopher que voltou a conversar com Brayan.

Lucy: Eu mal peguei minha sobrinha hoje. - reclamou - Mal matei a saudade.

Igor: Julie e Poncho ficam brigando entre eles mesmo por causa dela.

Dulce: Olha, quando eu for pegar minha filha, não vou mais dar ela para ninguém. Se eu que sou a mãe nem toquei nela hoje, imagina vocês. - ri.

Vivian: Eu também não peguei ela. 

Fuzz: Entra na fila amiga. Entra na fila.

Maite: Maria Paula está parecendo uma bola - riu.

Lucy: Uma bola fofa e linda. - falou olhando minha filha com Jennifer. Igor e Lucy pegaram duas cadeiras e se juntaram a nossa mesa. Derrick iniciou um assunto do interesse de Igor sobre o professor substituto.

A conversa mudou minutos depois para o desfile. Lucy e Igor, iam ficar até o desfile e depois iam voltar para Miami, entre uma conversa e outra, levantei da mesa e fui conversar um pouco com os outros, minha filha agora estava no colo de Pablo. Daqui alguns minutos, ia pegar ela para dar de mamar. 

Depois de conversar um pouco com todos, Brayan levantou e foi atrás de Julie que estava dentro da casa. Andei até a cadeira dele e sentei ao lado de Christopher que mexia no celular.

Christopher: Não sei como nossa filha não chora com tantas mãos nela. - comentou ainda com os olhos no celular. - Mas ela parece gostar disso.

Dulce: Ela gosta. - murmurei - Estou ouvindo muita reclamação de como está chato hoje.

Ele me encarou.

Christopher: Chato é quem reclamou. - falou mau humorado.

Dulce: O quê você e Brayan tanto conversavam que não pôde esperar acabar a festa? 

Christopher: Desculpa. - guardou o celular - Deveria está aproveitando como Christian que está bêbado, mas realmente não consigo. - suspirou e levou a mão até o cabelo.

Dulce: Christopher, o quê está acontecendo? O que houve de tão grave que te deixa tão preocupado?

Christopher: Faz muito tempo que percebi que estavam roubando dinheiro da empresa. Mudei tudo, todas as senhas e até mudei de segurança e parou, mas quem está fazendo isso, conseguiu mesmo assim roubar de novo, mas dessa vez não foi pouco, foi muito muito dinheiro. Quem fez isso queria deixar claro que voltou.

Dulce: Meu Deus! Mas quem fez isso?

Christopher: Ninguém sabe. É como se estivesse hackeado, mas é impossível, porque nem mesmo o melhor hacke do mundo consegue criptografar nosso sistema de segurança. Assim como você viu na casa em Chicago, nosso sistema de segurança é em tempo real. - soltou um longo suspiro - Se eu não encontrar logo quem está por trás disso, ele vai conseguir entrar na última etapa do sistema e irá limpar todos os nossos cofres, nossas contas bancárias da empresa e pessoal. E a indústria Uckermann irá declarar... falência. - murmurou.

Arregalei os olhos.

Dulce: O quê? Mas e seus outros investimentos? A casa de Chicago tem o museu, onde fica a metade da fortuna Uckermann. 

Christopher balançou a cabeça.

Christopher: Não vai adiantar. O rombo vai ser gigantesco. A fortuna investida e que tem na casa de Chicago, vai ser apenas para pagar idenização de todos os nossos funcionários que estão pelo mundo inteiro, pagar os nossos sócios, clientes, advogados, credores, não vai sobrar nada. Vamos falir. 

Dulce: Mas estamos falando de bilhões na sua casa de Chicago. - murmurei.

Christopher: É o preço de quando uma indústria do nosso porte declara falência. Não sobra nada Dul. E o que sobra, o banco faz questão de tirar.

Dulce: Meu Deus! - olhei para minha filha que ria para o Pablo.

Christopher: Mas ainda não estamos falidos. Brayan já acionou a policia e eles encontraram indício que o roubo foi feito aqui no Brasil. Quem quer que tenha feito isso, está aqui. É por isso, que daqui alguns dias vou está indo para São Paulo. Eles estão analisando uma prova e querem minha presença lá.

Dulce: Meu amor...- toquei na mão dele.

Christopher: Preciso resolver isso o mais rápido possível.

Dulce: Nem sei o quê dizer! - estava atordoada. Não conseguia imaginar os Uckermann falidos.

Christopher: É sigilo absoluto. Nem Richard está sabendo. Brayan e eu achamos melhor não causar alarde antes da hora e se isso cair na imprensa, vai ser um inferno. 

O abracei e ele suspirou me abraçando de volta bem apertado.

Dulce: Isso vai se resolver e independente de qualquer coisa, não vou sair do seu lado. - murmurei.

Christopher: Eu sei meu amor. Eu sei. Te amo tanto Dul. Tanto. Tanto.

Dulce: Te amo muito. Muito. - fechei os olhos me entregando naquele abraço.