Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Dulce Maria

Xxx: Surpresa! - o cara mascarado na minha frente falou fingindo animação.

O ladrão se aproximou até parar ao lado dele e me fitou com um ar de satisfação e perversão. Os olhos destilavam pura maldade. Lembro muito bem de cada detalhe daquele assalto. Cada detalhe, principalmente do modo como ele me humilhou na frente de todos. De como passou a mão em mim. De como me tratou. De como queria me levar.

Isso era impossível esquecer. 

E agora ele estava na minha frente novamente. Mais uma vez estávamos cara a cara. Com a única diferença que agora não tinha Christopher aqui para me defender e salvar. Estava completamente a mercê deles. Principalmente dele. O sorriso dele aumentou ao ver minhas lágrimas descerem uma atrás da outra.

Zzz: Está com medo? É bom mesmo que tenha muito muito muito medo. - riu. - Meus planos com você só aumentam a cada hora que está aqui.

Xxx: Vou trazer o café da manhã dela. - falou indo em direção a porta.

Engoli em seco.

Zzz: Café da manhã? Isso aqui não é hotel. Não concordei com café nenhum caralho. - falou irritado o encarando.

Xxx: Pouco me importa. Não vou deixar ela morrer de fome. Pode morrer de outra forma, mas não de fome porra. - falou antes de sair fechar a porta me deixando sozinha com aquele monstro.

Dulce: Por fa..vor...

Zzz: Cala a boca porra! - gritou tirando uma arma de parte de trás da calça e eu me encolhi - Você tem que ficar calada sua vadia. - encarou a arma e me encarou de volta - Se aquele maldito não cumprir exatamente o que eu falar, escuta bem vadia, escuta muito bem - apontou a arma para minha cara - Ao invés de te dar uma morte rápida, vou fazer você sofrer lentamente..

Dulce: P...o..

Zzz: EU MANDEI CALAR A BOCA PORRA! - explodiu - VOCÊ VAI FICAR QUIETINHA ATÉ QUANDO EU QUISER! 

Solucei.

Zzz: Se aquele filho da puta montado na grana não me obedecer, ele jamais vai ter nem teu delicioso corpo para enterrar, está ligada, vadia? - passou o cano da arma pelo meu rosto. - Ele precisa me obedecer e assim que eu tiver minha grana, posso deixar você livre. Mas antes disso...- o cano desceu para meu pescoço e parou no meu seio - Vou me divertir tanto com você sua vadia gostosa. - sorriu perverso.

Minha garganta soltou um grunido de desespero. Meu corpo inteiro tremia e estava cega pelas lágrimas.

Não!

Não!

Não! 

Xxx: O QUE ACHAM DE LEVARMOS ELA? HEIM? - perguntou indo para a minha braguilha da calça abrindo-a devagar.

Dulce: Por fa...vor não...- pedi entre os soluços, todos viraram a cabeça para não olhar o que iria acontecer. 

Www: POR QUE NÃO FAZEMOS ISSO LÁ NAQUELE LUGAR CHEFE? - gritou e ele parou de abrir a braguilha - PENSE BEM, LÁ TEREMOS ELA SÓ PARA NÓIS.

Xxx: TEM RAZÃO...- cheirou meu pescoço - VOU PRECISAR DE HORAS PARA FAZER COMO EU QUERO - riram.

Dulce: Por... fa.v..or, nã..o faz na..da com..ig..o - guaguejava de medo e soluçava ao mesmo tempo. 

Zzz: EU NÃO MANDEI VOCÊ CALAR A PORRA DESSA BOCA CARALHO - gritou levantando a arma e atingido a parte de trás dela na minha cabeça com força. 

Tudo ficou escuro.

{...}

Antes mesmo de abrir os olhos, minha cabeça doía o inferno. Porra! Porra! Porra! Porra! Porra! Doía demais. Abri os olhos e ainda estava claro. Muito claro. Pisquei alguma vezes e olhei ao redor percebendo que estava sozinha de novo. Rapidamente olhei para o meu corpo, o desespero de ter acontecido algo enquanto estava desmaiada era horripilante. Mas meu vestido estava do mesmo jeito. Tirando a cabeça nada mais doía em mim. Ele não tinha encostado em mim.

Graças a Deus!

Dulce: hum..aiii - gemi de dor por ter mexido a cabeça. Levei minhas mãos amarradas em direção de onde doía tanto e engoli em seco vendo meus dedos sujos de sangue.

Aquele mostro quebrou minha cabeça.

Chorei.

Meu Deus me ajuda.

Por favor!

Por favor!

Por favor!

Ele ia me matar! Ele ia me...

Solucei.

Minha cabeça doeu ainda mais.

Senti a parte onde estava meu rosto molhado e olhei devagar para o colchão. Sangue. A quanto tempo estava dessa forma? A quanto tempo estava desmaiada? Não sabia nem mesmo o tamanho do corte na minha cabeça. Mas parecia ser grande.

Ouvi a porta ser destrancada e o cara mascarado entrou segurando uma pequena vasilha de cor verde. A porta atrás dele foi fechada e ouvi o barulho da chave novamente. Estavam nós trancando juntos.

Engoli em seco.

Xxx: Ele fez um belo estrago em você. - negou com a cabeça e se aproximou do colchão - Tem muito sangue. - olhou o colchão - Mas o corte não é tão grande assim. - olhava minha testa. - Ficou quase duas horas apagada garota.

Tudo isso?

Ele sentou no colchão e eu me encolhi.

Xxx: Não precisa ficar com medo em relação à isso comigo. Pelos menos isso eu não sou. - deixou a vasilha no chão e começou a pegar as coisas de dentro - Claro, não sou santo. Sou todo fudido, assassino, mas não sou um estuprador.

Apenas fiquei o encarando. Os olhos claros deles estavam muito vermelhos.

Xxx: Vou limpar e vamos ver quantos pontos vou precisar dar. - pegou o soro e o algodão - Posso está um pouco falante, mas não liga. Fumei antes de vir aqui concertar tua testa. - se inclinou e começou a limpar meu rosto em geral que estava sujo - Um conselho, não irrite ele, ok? Ele é muito pior que imagina.

Dulce: Por favor...- murmurei - Não deixa...não deixa..não deixa..

Xxx: Ele é o chefe Dulce Maria. Não posso bater de frente com ele sempre. Fui contratado para planejar cada passo do sequestro. Essa é minha vocação, sabia? - trocou de algodão e voltou a limpar meu rosto - Vou tentar ser mais delicado. Mas eu não sou delicado. - limpou bem no corte.

Gruni de dor.

Xxx: Ele é um bandido de merda! Queria fazer o sequestrado de qualquer jeito, quando soube de mim, foi até o inferno onde estava e conseguiu me convencer a planejar o seu sequestro. Foi muito difícil. Ainda mais com toda aquela segurança, parecia até que você era a filha da porra do presidente. Acompanhei cada acontecimento que saia sobre sua vida na TV e mais algumas investigações. Planejamos durante meses uma brecha e quando conseguimos, foi pá pum. - sorriu.

Ele trocou de algodão para um limpo de novo e passou mais soro.

Xxx: Sou especialista em sequestro, estou muito acima do patamar de bandido convencional. E ter que lidar com aquele lá diariamente é horrível, mas a quantia que ele me ofereceu é irrecusável. Ele tem um verdadeiro ódio pelo teu milionário. Foi ele que te impediu de ser levada, não é? Ele o odeia por isso. Teu homem bateu de frente com o próprio bicho.

Dulce: Ele salvou minha vida...

Xxx: Vai precisar de cinco pontos. - falou analisando o corte - É muito profundo. Não temos remédio para dor. Sinto muito. - falou pegando a linha e a agulha de satura - Os imbecis compraram quase tudo cirúrgico, mas não compram remédios. Ele salvou, né? Por causa disso assinou a sentença de morte com o bandido mais perigoso da cidade. - preparou a linha e se inclinou - Vai doer! - falou e meteu agulha na minha testa.

Soltei um grito.

Dulce: Para...- tentei o empurrar.

Xxx: Eu preciso fechar esse corte ou vai infeccionar e ficar pior. E eu já fiz isso antes, não sabe quantas vezes tive que me saturar por conta própria. - bufou.

Engoli em seco.

Xxx: É só cinco pontinhos garota. Você aguenta. - ajeitou a agulha e a linha - Só vai poder comer a noite. Não posso trazer comida para você agora. E sinceramente Dulce Maria, espero que teu milionário faça tudo que queremos, ou ao contrário, vai ser uma pena matar você, é tão bonita. Vou ficar mesmo triste em enfiar uma bala nessa testa.

Dulce: Quanto vocês querem? - murmurei.

Xxx: Muito. Muito Dinheiro. - enfiou agulha de novo.

Gritei de dor.

Xxx: Mas teu milionário vai pagar. Ele parece te amar de verdade. - riu. - Você é meu tesouro Dulce Maria. Nossa loteria mais bonita que já vi na vida. 

Enfiou a agulha e eu voltei a gritar.

Dulce: Já chega! - murmurei.

Xxx: Só mais dois. Aguenta garota.

Duas torturas depois, ele terminou e levantou com a vasilha nas mãos. Limpei meu rosto das lágrimas e ele ficou me observando.

Xxx: Melhor. - deu de ombros - A noite volto com alguma coisa para comer. Mas não vai achando que é uma lagosta como está acostumada madame. - riu e deu as costas. 

Observei ele bater na porta e três segundos depois foi aberta e ele saiu trancando-a novamente. Minha cabeça piorou, meus olhos voltaram arder e eu voltei a chorar.

Christopher Uckemann

Como diabos isso foi acontecer? Em nenhum momento deveriam ter deixado ela sozinha. Uma única brecha, uma única brecha e a louca da Anahí conseguiu o quê queria. Em nenhum momento eu deveria ter deixado ela sozinha. MAS QUE INFERNO! A culpa era toda minha. Toda minha. Mesmo assim, não foi o suficiente para que controlasse meus gritos para os incompetentes ao meu redor. 

Meu Deus!

De novo não!

Por favor!

Não!

Xxx: Vocês precisam se acalmar. - falou sério o delegado Marcos Antônio - As câmeras de seguranças do hotel ajudaram a encontrar o carro que foi abandonado na rodovia, a partir dali estamos apurando as câmeras de seguranças ao redor e tem duas testemunhas que também viram quando o carro foi abandonado. Se for essa tal de Anahí mesmo, vamos encontrá-la e saberemos onde está sua noiva. Mas precisam que se acalmem. 

Julie: Fácil você falar. - bufou - Anahí é louca. Tentou matar minha irmã duas vezes e agora...- não conseguiu terminar a frase.

Lucy: Cala a boca Julie. Não está ajudando. - falou irritada.

Zoraida: Mas ela não está mentindo. - colocou as mãos na cabeça - Como isso foi acontecer? - se aproximou de mim e segurou na gola da minha camisa - Como você não se preocupou que ela não dormiu aqui? Por que se afastou dela? POR QUE DEIXOU QUE ISSO ACONTECESSE CHRISTOPHER?! - gritou começando a bater em mim completamente nervosa.

Eddy: Você precisa se acalmar Zoraida. Por favor. Gritar não vai resolver nada. - a puxou de cima de mim.

Me afastei e tentei respirar fundo. Mas a dor que chegava a ser física apertou meu peito. Tudo que conseguia pensar era que a culpa era minha e que ia matar aquela maldita. Ia matá-la com as minhas próprias mãos se ela encostasse na minha mulher. Se ela...

PORRA!

INFERNO!

Eu não ia deixar que nada acontecesse com o amor da minha vida. Não. Não.

Não de novo.

Não.

Não!

Vivian: Por favor, Eliz e Mai, tentem se acalmar. Por favor. - pediu entrando na sala com uma bandeja nas mãos e os olhos vermelhos de chorar - Estamos todos muito nervosos e preocupados, mas precisamos nós acalmar. Ficar assim não vai ajudar.

Maite: Não quero porcaria de chá nenhum. - empurrou a xícara e escondeu o rosto vermelho no peito de Christian. Ele abraçou ela apertado tentando acalma-lá. 

Poncho: Mãe..por favor, para de chorar. - falou chorando abraçando a mãe.

Elizabeth: Eu não p.os..so per..der ela. N..ã.o. De no..vo não. - soluçou.

Marcos: Já cuidei de milhares de caso de sequestro, por isso, sei que logo eles irão ligar pedindo uma quantia absurdo e que não coloquem a polícia no assunto. - encarou Edgar - Você fez muito bem em me ligar meu amigo. E esse assunto não pode sair daqui ou vazar, a imprensa e mais ninguém deve saber desse sequestro para não atrapalhar. Eles irão querer o dinheiro mais rápido possível, ou seja, para amanhã se for ligar ainda hoje. - apontou para o notebook que trouxe que estava mesa de centro - Assim que ligar eu mesmo vou rastrear e o meu pessoal da delegacia irão fazer o mesmo por lá, foi melhor só eu ter vindo. Não podemos chamar atenção. 

Christopher: Você está falando isso desde de manhã. - falei irritado - E JÁ SÃO DEZ DA NOITE S..

Fuzz: SE ACALMA PORRA! - gritou furiosa me interrompendo - VOCÊ PRECISA SE ACALMAR CHRISTOPHER! SEI QUE ESTÁ PIRANDO. TODOS NÓS ESTAMOS MAS FICAR GRITANDO E DESTRUINDO A SALA NÃO VAI DAR MERDA NENHUM CARALHO. 

Derrick: Se acalma Maria Fernanda! Se acalma você também. - a puxou para um abraço.

Respirei fundo.

Desde que soubemos do sequestro todos vieram para cá. Edgar chamou esse delegado para cuidar disso sem chamar atenção. Desde de manhã e até agora que já são dez da noite, as únicas coisas que descobriram foram as filmagens e que não fugiram do país.

Dulce estava aqui.

Dulce estava aqui e eu ia encontrá-la.

Nem que eu entrasse por casa em casa, esconderijo e boeiro em toda a cidade. Mas eu ia encontrar o amor da minha vida. E ia matar Anahí assim que a contra-se dando um fim definitivo para esse pesadelo. Senti uma mão em meu ombro, mas não virei.

Pablo: Chora Christopher. Toda essa sua raiva é para não chorar. Chora cara. 

Christopher: Me solta porra! - me afastei dele, mas ele voltou a segurar meu ombro. - ME SOLTA CARALHO! ME SOLTA! ME S..OL..TA...- então explodi num choro compulsivo. Ele me abraçou e eu chorei colocando todo o meu medo para fora.

Outra pessoa me abraçou também, mas não olhei. Apenas chorei completamente apavorado. 

Por favor...

Por favor...

Que ela esteja bem.

Que ela esteja bem onde estiver.

A culpa era toda minha.

Ela tinha que pegar a mim, não ela.

Não o amor da minha vida.

Pablo: Shiii...- murmurou - Vai ficar tudo bem cara. Vai ficar tudo. Dulce vai voltar para você, para a filha de vocês, para a mãe dela e todos nós. Ela vai fica bem.

Não sei por quanto tempo continuei chorando. Mas ele ficou me abraçando até não me ouvir mais chorar. Limpei meu rosto ouvindo dona Clarice dizer que tinha colocado minha filha para dormir no quarto. Lucy que tinha me abraçado também, me fez sentar no sofá e ficou ao meu lado me abraçando apertado de novo.

Ficamos todos em silêncio por longos minutos. Até que ouvimos meu celular tocar, o peguei vendo um número desconhecido. Minha mão tremia. Olhei para o delegado automaticamente.

Marcos: Atenda e tente ficar por alguns minutos. Preciso de três minutos Christopher. Três minutos. - falou sentando ao chão e mexendo no notebook - Agora. Atenda e deixe no viva voz. Silêncio total. - mandou.

Atendi a ligação.

Christopher: Alô? 

" Você não me conhece. - a voz de homem soou forte - Ou melhor dizendo, conhece um pouco. Eu te dei dois presentes. - riu. "

Christopher: Quem é você?! Onde está Anahí? Me deixa falar com ela agora. O assunto dela é comigo. 

" Não sei que caralho fizeram com essa mulher, mas ela não está por trás do sequestro da tua noivinha. Você não lembra mesmo de mim? Vou te dar uma dica. Eu te dei dois tiros e prometi que iria se arrepender caso não morresse, você lembra disso, não? "

Minha mente voo para quando cheguei na cidade. O dia no banco. Os ladrões, Dulce, os tiros e...

Ainda te pego de verdade. Escreva o que estou falando, você vai me pagar muito caro por isso, caso não morra.

Christopher: Você! - engoli em seco.

" Demorou mais chegou a hora de acertamos nossa conta. Falei que ia pagar muito caro e agora vai mesmo porra. Você se meteu a herói de merda e não fez o favor de morrer. Impediu de termos levado a gostosa que por incrível que pareça, ficou ainda mais gostosa...- riu. "

Christopher: SEU DESGRAÇADO! - levantei furioso - NÃO SE ATREVA A ENCOSTAR NELA! 

" FICA NA TUA OU METO UMA BALA NO CÉREBRO DELA AGORA MESMO - gritou - QUEM LEVANTA A VOZ NESSA PORRA SOU SEU RIQUINHO DE MERDA! DA PRÓXIMA VEZ QUE GRITAR EU JURO ELA VAI AMANHECER COM A BOCA CHEIA DE FORMIGA "

Fechei meu punho me controlando o máximo. A vida dela estava em risco. A vida dela. Uma mão segurou o meu pulso e Elizabeth estava ao meu lado.

Respirei fundo.

Christopher: Quanto você quer? - falei controlado.

"Muito bem! - riu - Quero vinte milhões de reais. Em dinheiro vivo. Quero que vá de carro até o endereço que vou mandar e que vá sozinho. Sem polícia ou meto uma bala na cabeça dela, entendeu? Sei que chamou a polícia, então, der um jeito de se livrar deles, porque se eu souber que estão juntos nisso, nem o corpo dela será encontrado, entendeu porra?

Christopher: Por favor. Não faz nada com ela. Por favor. - implorei - Dinheiro não é problema. Arrumo hoje mesmo e..

"Quem disse que quero hoje ou amanhã playboy de merda? Nosso encontro vai ser daqui a dois dias."

Christopher: O quê? Por que? Não é dinheiro que você quer? Isso é rápido.

"Ainda não entendeu. Além do dinheiro, eu disse que você ia pagar caro pela sua atitude de herói de merda. Daqui a dois dias mando o endereço."

Christopher: Me deixa falar com ela por favor. Eu preciso ouvir ela. Por favor. - apertei o celular - Por favor.

A linha ficou muda, em seguida de vários barulhos. Como uma porta e sussurros ao longe.

"Chris..topher? - a voz apavorada de Dulce surgiu - Christopher! " ela começou a chorar.

Christopher: Meu amor, eu vou te buscar. Eu vou te buscar. Tenta ficar calma, por favor. Eu vou te buscar. - falei rápido também chorando.

" Cu..id.ma da no..ss..a f..ilh..a" - foi tudo que disse antes da voz dele surgir.

"Já ouviu playboy! Tua mina por enquanto está viva. Daqui a dois dias mando o endereço e instruções. Fica ligado que qualquer passo errado, tchau noivinha gostosa. - riu e desligou.

Elizabeth: Meu Deus! - voltou a chorar compulsivamente. Todos ali estavam chorando e apavorados.

Encarei o delegado.

Christopher: Conseguiu?

Marcos: Sim. - me olhou com uma cara nada boa - Celular descartável. Impossível de ser rastreado.

Joguei meu celular com tanta força na mesa de centro de vidro que ela se partiu ao meio indo ao chão espalhando vários pedaços por todos os cantos e causando um barulho enorme fazendo minha filha chorar direto do berço.

PORRRAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Aiiii :(