Fanfics Brasil - Capítulo - 096. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 096.

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Dulce Maria


 


 


Christopher: Meu amor, eu vou te buscar. Eu vou te buscar. Tenta ficar calma, por favor. Eu vou te buscar. - falou chorando.


 


Dulce: Cu..ida da no..ss..a f..ilh..a - foi tudo que consegui dizer. 


 


Aquele maldito arrancou o celular e saiu do maldito quarto, o homem de fuzil trancou a porta me deixando chorando sozinha mais uma vez. Não aguentava mais, ia fazer 24 horas que estava ali, completamente a mercê deles. 


 


Medo.


 


Eu só conseguia sentir medo.


 


Muito medo.


 


Além da dor na minha cabeça.


 


O quarto tinha uma pequena lâmpada fraca. A qualquer momento ela poderia queimar e ficaria no escuro. Era quente, muito quente. A noite era pior que o dia, isso só fez minha mente ir para quando ficava presa por dias naquele maldito sótão do orfanato.


 


Estava revivendo aquilo de novo.


 


Dessa vez, mil vezes pior.


 


Era isso? Nessa vida eu só iria sofrer? Nunca ia ter paz ao lado do amor da minha vida e da minha filha? Sempre aparecia loucos em nossa vida disposta a me matar. Estava cansada, estava exausta de tudo isso. Só queria ter uma vida sem me preocupar que uma louca solta por aí pudesse tentar me matar em todas as oportunidades, que um bandido desiquilibrado na mais profunda raiva me matasse. E ainda tinha o gêmeo do mal.


 


Meu Deus!


 


Solucei.


 


Queria poder ter tido que o amava, que me perdoasse, que...sempre ia ama-ló. Pelo menos, consegui pedir para que ele cuidasse da nossa filha.


 


Minha filha.


 


A porta se abriu e o mascarado entrou junto com o do fuzil.


 


Xxx: Para de chorar madame. - se aproximou de mim e se agachou pegando a corda em meus pulsos a desamarrando - Hora do banho. O chefe saiu. Ele não dorme aqui. É melhor usar o banheiro somente quando ele não está aqui. - tirou as cordas e eu gemi de dor. - Para o seu próprio bem..- fez o mesmo nos meus tornozelos e levantou me pegando pelo braço me puxando de supetão da cama.


 


Dulce: Aiiiii - gemi de dor ficando em pé.


 


Xxx: Falei que não sou delicado garota. - bufou - E digo logo. Meu amigo ali. - apontou para o cara do fuzil de máscara que me olhava do mesmo modo - Vai te metralhar caso tente alguma gracinha durante o uso do banheiro. Seja uma boa menina e nós ajude a te ajudar. 


 


Dulce: Eu não vou para o banho.


 


Xxx: Não tem o quê querer aqui porra. - falou sério apertando meu braço.


 


Dulce: Por favor...- implorei.


 


Ele me encarou por longos segundos.


 


Xxx: Meu amigo e eu não vamos te estuprar. Já falei que não sou estuprador. Mas o chefe é. Então, é melhor usar o banheiro quando ele não estiver aqui. - falou num tom baixo. - Mas não ser estuprador não significa que sou bonzinho. Eu sou assassino e para meter uma bala na sua testa é daqui pra li garota. Então, se comporte. - me olhou irritado - E chega de conversa. Vamos! - me puxou para fora do quarto. 


 


Engoli em seco.


 


A primeira coisa que vi foi um longo corredor com várias portas, ele abriu uma revelando um banheiro. Era super pequeno e sem janela. Na pia tinha uma sacola.


 


Xxx: Aí na sacola tem roupa, toalha e produto de higiene. Não demora. - mandou me jogando para dentro e fechou a porta do banheiro a trancando-a - Meu amigo e eu estamos aqui fora. Você tem dez minutos a partir de agora. E caso esteja perguntando por que do banho, repito, você é nosso tesouro, nossa loteria. Temos que cuidar bem de você. Pelo menos, eu penso assim..- a voz saiu abafada.


 


Abri a sacola e hesitante, peguei o que estava dentro. Dez minutos depois, ele abria a porta e eu estava vestida com as roupas "novas" e o cabelo molhado. Um short jeans e camiseta. Ele me pegou pelo braço e me puxou de volta para o quarto. Não deu para perceber se tinha mais alguém naquele lugar além dos dois. Não deu para ver nada.


 


De volta ao colchão, ele voltou a me amarrar, mas dessa vez só os tornozelos. Percebi uma marmita e uma garrafa de água ao lado. Ele retirou um comprimido do bolso e me entregou.


 


Xxx: Aspirina. Para sua cabeça. - pegou a garrafa de água e me entregou também. - Consegui comprar para você. Sei como dói. 


 


Peguei o comprimido e tomei de uma vez junto com a água.


 


Xxx: Muito bem. Continue assim, que vai dar tudo certo. - pegou a marmita e me entregou - Vou ficar te esperando terminar de comer e volto a te amarrar.


 


Peguei a marmita e a colher de plástico.


 


Estava morrendo de fome. 


 


Em poucos minutos, a marmita estava vazia e garrafinha sem água. Ele pegou a corda e amarrou meus pulsos de novo


 


Dulce: Obrigada...- murmurei.


 


Xxx: Já falei. Você é minha loteria. É só ser uma boa menina que vai ser assim.


 


Dulce: Não estava agradecendo por isso, mas obrigada também. - murmurei.


 


Ele me encarou. 


 


Os olhos continuavam vermelhos.


 


Xxx: Pelo o quê estava agradecendo então, garota? 


 


Dulce: Por não ter entrado no banheiro. - não consegui controlar uma lágrima.


 


Xxx: Percebi você olhando o corredor procurando algo, não adianta. A casa está cercada sendo vigiada. - tocou no meu rosto limpando a lágrima - Não tente nada estúpido Dulce Maria. Você é nosso tesouro. Não vamos deixar você fugir, mesmo que para isso...eu tenha que lhe matar. Vai ser uma pena. É tão bonita, criança. - tirou a mão de mim. - Quanto ao seu medo, nem eu e nem meu amigo do fuzil vamos fazer isso. Mas...já o chefe. É outra história. 


 


Dulce: Por fa..vor...


 


Xxx: Eu vou tentar. Vou tentar. - balançou a cabeça e levantou. - Tente dormir. Amanhã antes do chefe chegar, volto para tomar o remédio de novo. Seja uma boa menina de novo. - bateu na porta e saiu a trancando-a.


 


Fechei os olhos chorando.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Christopher Uckemann


 


 


Dia seguinte...


 


Encarava fixamente as vinte malas que contém um milhão em cada. Elizabeth tinha retirado o dinheiro no primeiro horário da manhã. Já passava das cinco da tarde e meus pensamentos não saiam de como assustada e com medo Dulce estava. Coisa que eu também estava. Não me importei a mínima quando homens a mando de Christóvão apareceram na cobertura expulsando todos de lá já que aquilo tecnicamente pertencia aquele desgraçado.


 


Não tinha cabeça para aquilo agora. Tudo que me importava era Dulce. Minhas irmãs fizeram uma mala para mim e para minha filha e fui para o apartamento de Zoraida. Ficaríamos aqui até tudo se resolver.


 


Elizabeth soltou um longo suspiro e levantou da cadeira começando andar de um lado para o outro no pequeno escritório do apartamento chamando minha atenção. Tanto eu quanto ela estávamos agoniados. Os outros estavam na sala, ninguém queria sair daqui até Dulce voltar. Minha filha estava com uma das minhas irmãs.


 


Voltei encarar o celular que estava em cima da mesa. 


 


Aquele maldito!


 


Lembro muito bem da ameaça dele. 


 


Christopher: Essa espera é torturante...- balancei a cabeça tentando não pensar nos piores cenários possíveis. O que não adianta, é claro. 


 


Elizabeth: Não devemos deixar esse bandido impune. Eu não vou deixar. - falou com raiva e com medo - Se ele encostar nela...- a frase se perdeu no ar e ela encarou as malas. 


 


Christopher: Eu o mato. - o ódio surgiu em mim e a hipótese disso acontecer era ultrajante. Dei um soco na poltrona e levantei soltando um longo suspiro.


 


Elizabeth: Você não vai sozinho, vai?


 


Christopher: Dependendo do lugar que ele quer que seja a troca, o Marcos Antonio tem um plano. Ele não vai ficar solto por aí de qualquer forma. Dulce está correndo perigo e isso vai acabar assim que a troca for feita. - puxei meu próprio cabelo.


 


Elizabeth: Detalhes. Me diga os detalhes. - mexeu as mãos frequentemente nervosa.


 


Balancei a cabeça e comecei a contar.


 


 


 


 


 


 


 


 


Dulce Maria


 


 


Minha cabeça parecia que ia explodir de tanta a dor, a única coisa que fazia melhorar eram as aspirinas que o bandido me dava. Mais uma noite chegou naquele lugar. Não tinha visto aquele monstro. E rezava para que assim fosse até que eu conseguisse ir embora. Meus pensamentos não saiam da minha família. Principalmente da minha filha. Estava ciente que meus olhos estavam inchados de tanto chorar, o medo era mais forte nesse momento. 


 


A noite caiu, não sabia que horas deveria ser, mas achava que poderia ser bem tarde. Continuava com os pulsos amarrados no chão e a única coisa que não tinha mais era a fita na minha boca.


 


Respirei fundo e fechei os olhos.


 


Ouvi o barulho da porta abrindo e meu coração disparou, mas não era o mostro, o bandido mascarado entrou segurando uma sacola com marmita e a vasilha para fazer o curativo na minha testa. Ele já tinha feito de manhã quando me mandou tomar banho. O homem com fuzil fechou a porta a trancado nós deixando sozinhos.


 


Ele se sentou ao meu lado e encarou minha testa. Os olhos muito vermelhos.


 


Xxx: Está melhorando. Ainda bem. - comentou pegando um algodão e um pequeno frasco de soro. - Trouxe também seu jantar. Quando terminar aqui você come madame. - encostou o algodão molhado no corte me fazendo gemer de dor. - Aguenta...- murmurou.


 


Dulce: Obrigada...- murmurei.


 


Xxx: Eu cuido muito bem da minha loteria. - sorriu limpando o corte. - É só não me dar motivos que me faça te matar boneca.


 


Me encolhi de medo e dor do corte.


 


Dulce: E..le está aqui? - até me referir aquele monstro era assustador.


 


Xxx: Não. O chefe passou o dia se divertindo, está feliz que conseguimos você. A essa hora deve está apagado em algum lugar. - parou de limpar - Pronto. - pegou a marmita, entregou para mim e começou a levantar.


 


Dulce: Espera. - pedi e ele me encarou - Por favor não deixa el..


 


Xxx: Eu já entendi. Já entendi. - me cortou e levantou se aproximando da porta, quando ele ia bater para dizer que já acabou e que era para abrir, a porta foi aberta bruscamente e o mostro entrou sorridente.


 


Meu coração disparou na mesma hora.


 


Zzz: Cheguei. - anunciou caminhando em minha direção lentamente.


 


Xxx: Você não estava se divertindo com aquelas putas? - ficou na frente dele.


 


Zzz: Falou bem estava. - riu - Mas lembrei que tenho uma aqui. - me encarou maliciosamente e o empurrou voltando andar em minha direção.


 


Larguei a sacola e comecei a chorar. Mas ele voltou a ficar na frente dele.


 


Xxx: Não faz isso. Deixa ela em paz cara. Ela é nosso prêmio. Vai mesmo obriga-la enquanto tem tantas putas a sua disposição?


 


Zzz: Quem você pensa que é para me impedir de algo? HEIM? - falou irritado - EU SOU O CHEFE NESSA PORRA E FAÇO O QUE EU QUERO - pegou a arma da cintura e apontou para ele - Saia daqui agora ou eu meto essa bala na sua cabeça - falou entre os dentes.


 


O mascarado apenas respirou fundo e saiu da frente dele saindo do quarto, o do fuzil trancou a porta. Comecei a entrar em desespero e a tremer.


 


Zzz: Quando eu terminar aqui deixo ela para você...- murmurou e se aproximou sorrindo perverso começando abrir o zíper da calça.


 


Solucei me encolhendo inteira.



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1714



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 15/11/2024 - 13:29:56

    Está tudo bem , não vai mais continuar com a história?

  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais


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