Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy

Christopher Uckemann

Dia seguinte...

Fizemos o checkout às 15:00 e formos direto para o aeroporto, aonde além do próprio avião, Christian fretou outro jatinho para levar alguns quadros. Um cliente que mora no Texas quis comprar algumas antiguidades e estávamos indo nós encontrar com ele. Ana Brenda ia vir até Chicago, ela estava chegando da Alemanha, mas como estávamos indo para o Texas ela ia direto para lá.

Durante o vôo fui falando no notebook com outros compradores e Christian fazia o mesmo. Cinco horas depois, estávamos pousando em Houston e seguimos de carro até a fazenda dele. Quase uma hora depois, entramos na enorme propriedade dos Chavez. Uma fazenda tão grande que se perdia de vista, enquanto o carro se aproximava da enorme mansão, observei alguns peões em cima de cavalos.

Christian: O cara marcou as 22:00 no hotel dele. Espero que seja rápido. - falou saindo do carro. 

Christopher: Eu também. 

Entramos no hall e virmos Berenice e Pietro nós esperando sorridentes. Avó de Christian abriu os braços e ele foi correndo abraça-la. Pietro sorria olhando os dois juntos. Olhei em volta observando que nada mudou desde da última que estive aqui. Nas férias eu, Christian e Ana Brenda aprontavámos todas pela fazenda.

Christian: Que saudades vovó. - beijou o rosto dela e abraçou o avô. 

Berenice: Por que não trouxe sua noiva querido? - questionou.

Christian: Já expliquei vovó, ela estuda e trabalha. Mas prometo que da próxima ela vem, tá bom? - garantiu sorrindo.

Pietro: Christopher! Quanto tempo. - falou sorrindo pra mim.

Christopher: É mesmo. Uns oito anos? - me arrisquei indo cumprimentá-lo.

Pietro: Mais para uma década. - brincou me abraçando. - Menino, você cresceu muito. Está um homem feito meu rapaz.

Berenice: Está mesmo. Um lindo homem. - me abraçou - Os dois já comeram? Pedi para fazer um lanche reforçado para vocês.

Christian: Ainda bem vovó. Estou morrendo de fome. 

Pietro olhou para um empregado e pediu para que levasse nossas malas para os quartos. Assim que ele saiu subindo as escadas, formos para a sala de jantar onde tinha uma mesa gigante e bem farta. 

Pietro: Só faltou a menina Maite aqui. - observou a cadeira ao lado de Christian. - Mas me diga meu neto, conseguiu vender os cavalos puro sangue?

Berenice: Sem conversa de trabalho aqui Pietro. Por favor. - pediu fazendo careta - Soubemos sobre sua família, sentimos muito querido. Mas sabemos que é mentira. - me olhou carinhosa.

Christopher: Obrigado. De fato é tudo mentira e uma longa história. 

Pietro: Temos tempo para ouvir. - falou num tom curioso.

Berenice: Pietro! - o repreendeu.

Acabei rindo e contei a verdade. Christian devorava a comida calado, quando terminei eles me olharam chocados. Depois do lanche, Christian e eu subimos para nossos quartos para nós arrumar. Tomei uma ducha e me arrumei, quando pronto encarei a vista da varanda do meu quarto. Aquela fazenda era muito bonita. Ao longe podia ver o aras e o rio. E ainda tinha muito mais dentro. Peguei meu celular mandando mais uma mensagem para Zoraida perguntando das duas e ela respondeu apenas um "estão bem".

Suspirei.

Desci e fui para a sala esperar Christian. 

Pietro e Berenice tomavam um chá enquanto ouvia uma música antiga tocando numa vitrola. Me aproximei deles sentando no sofá. Ela me encarou sorridente.

Berenice: Gostaríamos muito de conhecer pessoalmente sua noiva e sua filha. Christian só mostrou por fotos.

Pietro: Lindas. As duas. - piscou um olho - Se eu fosse quarenta anos mais jovem trocava essa velha pela sua noiva meu rapaz. - brincou.

Berenice tacou um tapa na cabeça dele.

Berenice: Até parece. Não sabe viver sem essa velha aqui. - riu.

Pietro: Não sei mesmo querida. - se inclinou dando um beijo no rosto dela.

Ela sorriu e ambos se encararam apaixonados.

Christopher: Qual o segredo de tantos anos juntos? - perguntei interessado.

Pietro: Além do amor é saber perdoar.

Berenice: E ouvir. - completou. - Vocês jovens já não insistem mais. Quando brigam por bobagens ou coisa mais sérias já pensam logo em se separar e próximo. As coisas não são assim.

Pietro: É verdade. Não basta só o amor, temos que ouvir e perdoar. Somos seres humanos, erramos e pecamos todos os dias, mas se você ama alguém, não importa o quanto ficamos tristes ou chateados com a pessoa, sabendo ouvir e perdoar, é fundamental para um casamento saudável e duradouro.

Assenti pensativo.

Christian apareceu na sala me chamando. Me despedi deles e entramos no carro em direção do hotel.

{...}

Andrew era um bilionário do ramo alimentício, jovem e que colecionava antiguidades. Ele fechou uma sala privada do hotel para analisar melhor os sete quadros e 2 vasos persas. Fez diversas perguntas e quando viu as notas fiscais, decidiu realizar a compra, na mesma hora transferiu o valor para uma conta nova que escondi na Europa, apenas dessa forma para que eu não fosse roubado novamente. 

Andrew: Então é isso. - sorriu - Vou levar para Alemanha. Sou novo na cidade, vocês aceitam tomar uma bebida no bar comigo? - encarou nós dois.

Christian: Valeu cara, mas tenho compromisso. Eu não fico muito com os meus avós, viajo demais, quando estou na cidade prefiro ficar com eles.

Andrew: Certo. E você, cara?

Christopher: Pode ser. 

Christian: A gente se ver depois então. - bateu no meu ombro. - Foi um prazer Andrew. - apertou a mão dele.

Andrew: Até mais cara. - sorriu.

Quando Christian saiu, algumas pessoas apareceram para pegar os quadros e os vasos, Andrew deu algumas instruções e em seguida descemos para o bar. Ficou na bancada vendo o barmen preparar as bebidas.

Andrew: O nome da sua família não sai dos jornais. Tudo aquilo é louco, é verdade? - perguntou curioso.

Christopher: Sabia que ia perguntar isso. - peguei minha bebida - Não. Não é verdade, mas eu prefiro não falar sobre isso. - tomei de uma vez toda a bebida.

Andrew: Certo. - tomou a própria bebida - Você é casado, né? Sua mulher está aqui também?

Christopher: Não. - fiz sinal para o barmen preparar outra dose.

Andrew: Não é casado?

Christopher: Ela não está aqui.

Andrew: Sou solteiro. Não quero me amarrar nunca. Melhor coisa da vida é mulher cara. Como conseguiu te prender? - riu.

Christopher: Ela era diferente. - murmurei.

Andrew: Você é sempre tão para baixo, cara? 

Balancei a cabeça.

Christopher: Desculpa. No momento sou uma péssima companhia. 

Andrew ficou calado por alguns e sorriu batendo no meu ombro.

Andrew: Sabe o que precisa, cara? De diversão. Me sugeriram uma boate muito boa aqui na cidade, mas não queria curtir sozinho. Vamos lá? Agora? - olhou o relógio do pulso - Abre as 22:00 e são são 22:40. Vamos?

Peguei meu copo com bebia pensando na ideia de boate. Fiquei em silêncio.

Andrew: Vamos. Vai ser bom para te animar. Porque nem depois de ganhar alguns milhões você muda seu rosto de triste e desanimado. - comentou.

Christopher: Vai pagar? - tomei mais uma vez toda minha bebida.

Andrew: É claro. Vamos?

Assenti.

Christopher: Vamos! - levantei.

{...}

A boate que indicaram para ele na verdade era uma boate de stripper e quando ele percebeu ficou ainda mais animado. Era o famoso bordel de luxo. Assim que ele pagou nossas entradas, formos direto para o bar. Estava muito cheio, apenas homens como clientes e mulheres garçonetes. Mais a frente ficava um palco de polidance. Já que ele estava pagando decidi pedir uma garrafa de whisky. Ele ia me acompanhar, ficamos bebendo e conversando por cima da música.

Horas depois, eu já sorria para o nada, quando anunciaram um apresentação no palco. Andrew quis ficar numa das mesas de frente para o palco para ver melhor as stripers. Quando escolhemos a mesa, pedimos da garçonete que usava shortinho e sutiã mais bebidas, quando ela voltou, apresentação iniciou. Meu celular tocou no bolso e eu peguei vendo o nome de Christian.

Christian: Aonde voc.zbmkz

Christopher: O quê? - gritei por causa da música 

Christian: AONDE VOCÊ ESTÁ? - gritou - Isso é um bar, cara? 

Christopher: Estou na boate nova com Andrew - gritei - Não sei que horas vou chegar aí. - ri.

Christian: Você está bêbado, não está?

Christopher: Só um pouquinho..- ri.

Christian: Christopher...

Christopher: Preciso desligar. - gritei e encerrei a chamada guardando meu celular. 

Andrew: Olha! - gritou apontando para a mulher que apareceu praticamente nua. Usava apenas calcinha e sutiã e uma máscara de gata no rosto - GOSTOSA - gritou assim como todo mundo. 

Ri enchendo mais meu copo.

Outras mulheres apareceram e então começaram a dançar sensualmente. Alguns homens gritavam e jogavam dinheiro para todas elas. Bebi assistindo tudo quieto. Andrew era o que mais gritava animado de todos. Devagar elas foram tirando o sutiã e por último a calcinha ficando totalmente nuas.

Quando apresentação acabou, todas elas foram para algumas mesas e duas delas foram para a nossa. A de tigre foi em direção de Andrew que agarrou a fazendo sentar no colo dele e ri. A de máscara de gata parou na minha frente e começou a dançar para mim.

Foi impossível não olhar o corpo dela

Devagar ela sentou no meu colo e eu senti o perfume forte dela. Seus braços contornaram minha nuca e ela aproximou o rosto do meu. Os olhos eram azuis brilhantes.

Xxx: Oiii gostoso...- passou a língua nos lábios sensualmente.

Christopher: Oi...- murmurei.

Xxx: Você é tão gostoso. - começou a me cheirar - E cheiroso também. - rebolou no meu colo - Normalmente eu cobro dois mil dólares para irmos para o quarto agora. Mas...para você, eu dou de graça bebê. - sorriu maliciosa.

Christopher: E..u s..ou noivo. - respirei fundo. 

Xxx: Melhor ainda amor. Eu lhe dou sua despedida de solteiro bem gostoso. - sua mão passou pelo meu peito e parou no zíper da minha calça - Estou louquinha para ver o quê esconde aqui gostoso. - beijou o canto da minha boca.

Christopher: É melhor n..ão. - virei o rosto vendo Andrew beijando a stripper no colo dele.

Xxx: Seu amigo está se divertindo. Vamos nós divertir também? - começou a beijar minha nuca, meu pescoço e em seguida meu rosto inteiro.

Andrew: Eu vou subir com ela cara. - falou chamando minha atenção - Sobe com ela também cara. Eu pago. Não se preocupe. Vá se divertir com ela. - sorriu tocando na stripper.

Xxx: Hum? Vamos... bebê? - rebolou no meu colo e eu senti meu membro se animando. Ri balançando a cabeça.

Ela segurou meu rosto com as duas mãos e mordeu os lábios num vermelho forte lentamente, sem pensar em nada, apenas agarrei a nuca dela num beijo.

Ana Brenda

Cheguei no Texas as 23:10, assim que entrei na minha fazenda que era ao lado da fazenda de Christian, observei meu pai na sala com um pequeno cartaz escrito "Bem-Vinda filha" e um enorme sorriso no rosto. Sorri indo correndo abraça-lo.

Ana Brenda: Obrigada Pai. Te amo! - beijei o rosto dele.

Jaime: Como foi em Cairo, querida? Fez uma boa viagem? Estou te esperando para jantarmos.

Ana Brenda: Fui bem em Cairo. E sim, fiz uma boa viagem. Mas eu combinei de jantar com Christian e Christopher, você sabe dos que os Uckemann estão sofrendo, né? Quero ajudar de alguma forma. Me desculpa, pai?

Jaime: É claro querido. Não se preocupe. Vá ajudar o seu amigo no que puder. - balançou a cabeça - O David ligou ontem para cá. Queria falar com você.

Ana Brenda: Nós terminamos de vez. Da próxima vez que ele ligar diga isso. 

Jaime: Não gosta mesmo dele?

Ana Brenda: Não pai. Meus sentimentos mudaram. Não sei quando vou voltar a namorar de novo. - dei de ombros.

Jaime: Não tem ninguém em mente? Eu quero um genro e no futuro netos.

Ri.

Ana Brenda: Ok senhor Camil. - revirei os olhos - Ah, lembrei. Falei com a mamãe hoje. Ela quer na semana que vêm me encontrar em New York. 

Jaime: Hum..- murmurou.

Ana Brenda: Pai? 

Jaime: O quê, bebê? - apertou minha bochecha.

Ana Brenda: Eu perguntei isso quando era criança, mas já se passaram tantos anos, você não gosta mesmo da mamãe? Ela está solteira de novo. Não tem a menor chance de vocês se aproximarem de novo?

Meu pai suspirou.

Jaime: Querida, estamos separados a muitos anos. A vida continuou depois do nosso divórcio. Eu tive alguns relacionamentos, ela se casou de novo e só porque estamos solteiros não quer dizer que vamos voltar. Desde da assinatura do divórcio que não nos falamos Ana. 

Ana Brenda: Você ainda acha que a culpa da minha irmã ter morrido é sua? 

Jaime: Não quero falar sobre isso Ana Brenda. - falou sério me dando as costas. 

Ana Brenda: Pai, a mamãe não te culpa. - o abracei pelas costas - Ela também não consegue falar sobre minha irmã, mas confessou um vez que você não teve culpa.

Jaime: A culpa foi minha sim. Eu nunca deveria ter deixado ela nas mãos daquele monstro. - a voz ficou embargada.

Ana Brenda: Você confiou nele. Apenas isso. Não é culpado pai.

Jaime: É melhor você se arrumar para o seu jantar. - limpou o rosto e mudou de assunto.

Suspirei.

Ana Brenda: Ok.

Subi as escadas e entrei no meu quarto, tomei um longo banho e me arrumei, quando desci não vi meu pai, apenas falei para um dos empregados que estava na fazenda vizinha. Fui andando já que era ao lado, minutos depois, entrava no hall da casa dos Chavez.

Há essa hora o senhor e senhora Chavez estão dormindo, só Christian estava na sala e olhava para o celular com raiva. Entrei chamando atenção.

Ana Brenda: Oii, cadê o Ucker?

Christian: Numa boate de stripper. 

Ana Brenda: O quê? - me espantei - Ele e a Dul se separaram? - arregalei os olhos.

Christian: Não. Pelos menos ainda não. - bufou.

Ana Brenda: Como assim? - sentei ao lado dele. - Explica isso.

Christian: Resumindo, Christopher e Dulce não estão nada bem e o hoje quando terminamos de concluir a venda dos quadros o cliente chamou ele para beber e agora estão na nova boate que abriu. - balançou a cabeça.

Ana Brenda: A nova boate que na verdade é um bordel de luxo. - bufei - Você acha que ele vai trair a Dul?

Christian: E..u não sei. Ele está bêbado. É capaz de tudo. Vou lá agora buscar ele. - levantou - Depois a gente janta.

Ana Brenda: Vamos! - levantei irritada - Eu vou matar o Christopher se ele trair a Dul ou voltar a ser aquele Christopher de antes. 

Entramos no carro de Christian, ele ia dirigindo e eu ao lado. Muitos minutos depois, paramos em frente a boate lotada, saímos do carro e Christian tentou comprar as entradas, mas eu não podia entrar porque só era permitida a entrada de clientes homens.

Ana Brenda: O quê? - perguntei com ainda mais raiva.

Xxx: Só homens senhora. Sinto muito.

Christian: Você pode muito bem abrir uma exceção para ela, né? - abriu a carteira mostrando vários dólares.

Xxx: Sinto muito. Regras da casa.

Bufei.

Christian: Tudo bem Ana. Eu entro lá e puxo ele a força. 

Ana Brenda: Tudo bem NADA! - o encarei irritada e encarei o cara do ingressos - OLHA SEU FILHO DE UMA PUTA! O MEU MELHOR AMIGO ESTÁ LÁ BEBENDO E SOFRENDO DE AMOR E ELE PODE HOJE FAZER UMA BESTEIRA QUE IRÁ ACABAR COM A VIDA DELE. SE ISSO ACONTECER EU VOU METER TANTA PORRADA NA TUA CARA QUE VOCÊ VAI FICAR DESFIGURADO E VOU ARRANCAR ESSE TEU PAU MUCHO E PEQUENO FORA ACABANDO COM SEU BRINQUEDINHO PARTICULAR.

O homem me encarou assustado pegando vários ingressos e me entregando todos de uma vez.

Xxx: T..o..m..a - gaguejou.

Peguei os papéis e sai marchando até a porta daquele inferno. Meus olhos estavam pegando fogo. Estava com ódio de tanto machismo, entregamos o ingresso para o segurança e ele liberou nossa entrada me olhando de lado. O encarei de volta pronta para voar em cima dele se abrir a porra da boca. Entramos na boate e eu comecei a olhar em volta.

Ana Brenda: Se eu ver Christopher Uckermann com alguma vadia daqui eu juro que vou matar ele. - falei olhando Christian que assentiu.

Que eu não encontre nenhuma vadia em cima do homem da minha prima.