Dulce Maria

Quatro dias depois...

Durante esses dias Christopher aparecia todas as tardes e ia embora antes do jantar, ficava horas com nossa filha matando a saudade dela. Ele tentou falar comigo durante esses quatros dias, mas eu me trancava no quarto e quem levava e trazia Maria Paula era meu irmão. Eu o evitava porque tinha medo da conversa que deveríamos ter, mas sabia que uma hora essa conversa ia acontecer. 

Tinha medo que ele falasse que nossa relação tinha acabado de vez. Que nunca ia me perdoar, que nunca ia me compreender, que confesasse que esteve com outra mulher durante a viagem para Chicago. Só de pensar naquela camisa manchada de batom e cheirando a perfume barato fazia meu coração acelerar de... raiva.

Todos os nossos amigos já sabiam que estávamos separados, que eu estava na casa da minha mãe. O tanto de mensagem que recebia todos os dias deles eram ultrajante, principalmente de Julie, Lucy veio dois dias atrás ver a sobrinha e me ver também. Nem eu e nem Christopher comentava o motivo da separação, então, todos tentavam entender o quê aconteceu. 

Menos Zora, Mai e Christian. Provavelmente Ana Brenda também.

Rosa: Ah, não. - murmurou - Acabaram os ingredientes do prato que ia fazer para o jantar de hoje. Vou no supermercado comprar querida. - a senhora falou tirando o avental.

Dulce: Eu posso ir. - falei empurrando uma tigela de frutas. Estava na cozinha fazendo um lanche. Maria Paula estava no meu colo com a mão na boca.

Rosa: Não. Não precisa. Deixe que vou.

Dulce: Por favor, deixe que eu vou. Estou um pouco entediada. - pedi - Nem Gabriela e nem a senhora me deixam fazer alguma coisa nessa casa.

Rosa: Claro que não. A senhorita é filha da patroa. - balançou a cabeça.

Dulce: Eu quero ajudar e eu gosto de fazer serviços domésticos.

Rosa: Gabriela está certa quando não deixa a senhorita limpar nada. Ela é paga para isso. Não a senhorita.

Dulce: Não tenho o quê fazer aqui, me deixa ao menos comprar o quê falta no supermercado? - pedi.

Poncho: Cheguei. - falou entrando na cozinha - Quer ir no supermercado?

Rosa: Sim. Mas essa função é minha e não dela menino Alfonso.

Poncho: Se ela quer Rosa, deixa vai. - piscou - Golfiazinha do tio, estava morrendo de saudades. - pegou ela no colo a enchendo de beijos - Que menina cheirosa meu Deus. 

Dulce: Vai, me deixa ir por favor. - levantei juntando as duas mãos.

Rosa pensou por alguns segundos e assentiu concordando.

Rosa: Ok, senhorita. Você venceu. 

Dulce: Faz uma lista do que falta.

Rosa: Ok. Vou fazer agora. - falou abrindo uma gaveta tirando um caderno e uma caneta.

Poncho: Vou levar elas. - avisou para a senhora - Você quer passear de carro com o titio minha Golfiazinha? 

Dulce: Valeu irmãozinho. 

Ele apenas sorriu e voltou a beijar minha filha animado.

{...}

Na lista tinha bastante coisa, Rosa aproveitou para colocar os ingredientes do que ela ia fazer nos outros dias. Peguei um carrinho que tinha a cadeirinha de bebê, Poncho colocou Maria Paula e apertou bem o cinto de segurança verificando quatro vezes se ela estava segura. O supermercado que estávamos era muito grande, por isso, ele preferiu não sair de perto de nós duas e juntos pegamos as coisas que estavam na lista. E algumas que não estavam também.

Quase uma hora depois, entre uma prateleira e outra, pegando as últimas coisas que Poncho colocava no carrinho, ele tocou no meu braço e me fitou indicando com a cabeça para a entrada do supermercado. Olhei para onde ele mostrava e estava apenas Sidney falando no celular com os olhos colados em nós três. Eu sabia que ela não saia de perto do condomínio. E se eu fosse para qualquer outro lugar ela estava indo junto também.

Poncho: Por que ao invés dele ligar diretamente para você, liga para ela para perguntar sobre você...? 

Dulce: Estamos separados. - respondi deixando um achocolatado no carrinho.

Poncho: Quando vocês irão voltar? Não acha que está demorando muito? 

Dulce: Está...me expulsando da sua casa? - o encarei nervosa e surpresa ao mesmo tempo. - Estou incomodando?

Poncho: Óbvio que não. E é sua casa também. - balançou a cabeça apressadamente - É que não consigo entender o que aconteceu para vocês dois que obviamente se amam, para estarem separados. Logo quando quase acaba de acontecer o seu sequestro. - tocou lentamente na minha cicatriz na testa, na qual os pontos tinha tirados à alguns dias.

Dulce: É complicado. E não quero falar sobre isso justo aqui. - me afastei dele e empurrei o carrinho, Maria Paula estava quietinha com as mãos na boca. Sorri para ela e segui para a fila do caixa.

Poncho: Só quero que vocês voltem logo. É o que todos querem na verdade. Seu lugar é com o amor da sua vida e com a sua filha. Isso é... inegociável. - falou andando ao meu lado. - Vocês precisam ficar juntos para poder enfrentar tudo o quê está acontecendo.

Dulce: Poncho, eu não..- parei de falar quando dobramos o corredor para sair das prateleiras e eu quase bati em outro carrinho que vinha de frente no corredor que estava . - Desculpe. - pedi levantando os olhos para o homem na minha frente - Rodrigo?

Rodrigo: Dulce..? - falou surpreso.

Dulce: Quanto tempo. Zoraida falou que você tinha ido para São Paulo. 

Rodrigo: Sim. Fui e voltei. - sorriu - Na verdade, nem estou na cidade por muito tempo. Estou de mudança semana que vêm para a Itália.

Dulce: Uau..- sorri - Espera... Itália...- falei pensativa - Lembro que você queria ir estudar moda na Itália. 

Rodrigo: Você ainda lembra disso? - riu e a surpresa era evidente no rosto - Sim. Eu consegui recentemente uma bolsa para estudar moda em Milão.

Dulce: Rodrigo isso é incrível. Parabéns! - sorri.

Rodrigo: Obrigado Dul. E essa mocinha aí quietinha é a sua filha, correto? - sorriu - Maria...? - sugeriu.

Dulce: Maria Paula. - sorri.

Poncho: E eu sou o irmão dela já que ela não me apresenta. - cruzou os braços fazendo drama.

Rodrigo arregalou os olhos.

Rodrigo: Irmão..?

Dulce: Deixa de drama. - bati no ombro dele e encarei Rodrigo - É uma longa história, mas assim como a Zoraida encontrei minha família.

Rodrigo: Hum...- assentiu - Estou com tempo depois daqui. Se estiver livre, aceitam tomar um café? - fez um convite para mim e o Poncho.

Poncho: Valeu cara, mas depois daqui já tenho compromisso. Fica para a próxima. - falou agradecido.

Rodrigo: E vocês duas? - sorriu olhando minha filha.

Dulce: Aceito. Tem um café aqui ao lado, pode ser? - ele assentiu - Ótimo. Só vamos passar as compras. 

Rodrigo: Ok. Vou terminar aqui também. - avisou.

Poncho e eu voltamos andar e entramos na fila do caixa. Meu irmão me encarou levantando uma sobrancelha. 

Dulce: O quê é pirralho? - cruzei os braços.

Maria Paula riu parecendo entender minha implicância com o tio dela.

Poncho: Pirralho não Dul. Melhor irmão do universo. - torceu a boca me fazendo rir - Vocês se conhecem desde quando? 

Dulce: Desde dos meus quinze anos. - falei nostálgica - Quando Mai e eu nós mudamos para o orfanato aonde Zora estava, ele morava na mesma rua do orfanato e era amigo dela. Então, ficamos amigos também. Ele foi meu primeiro namorado. 

Poncho: Legal. Ele te conhece desde quando você era pirralha. - zombou.

Revirei os olhos.

Dulce: O tempo passou e perdemos o contato, nós encontramos no restaurante do hotel no dia que Richard foi conhecer Zoraida. Christopher quando soube que ele era meu ex namorado ficou morrendo de ciúmes..- sorri me lembrando da cena.

Poncho: Ah, é? - falou pensativo.

Dulce: Sim. - suspirei.

Poncho: Hum, Christopher tem ciúmes dele então por ser seu ex? 

Dulce: Acostumava sentir. Mas já que estamos separados..não tenho mas certeza. - falei triste.

Poncho: Hum, sabe ardilla..- me encarou - Agora tenho que estudar, mas gostaria de conhecer seu amigo, tenho certeza que a mamãe vai ficar muito feliz em conhecer ele também. Ele pode nós falar como você era quando tinha quinze anos, se aprontava muito e essas coisas...

Dulce: Podem perguntar para as meninas.

Poncho: É. Claro que sim. Mas gostei dele, parece ser um cara legal. Um amigo legal, quero conhecer ele ardilla. - sorriu animado - Se ele estiver livre, marca um jantar com ele hoje lá em casa? Vai ser bom fazer amigos.

Dulce: Ok. Eu faço o convite.

Poncho: Ótimo. - abriu um enorme sorriso.

Dulce: Por quê está tão animado?

Poncho: Por nada, não é Golfiazinha? - se inclinando beijando a sobrinha.

Fitei os dois com atenção.

{...}

Rodrigo: Uau. Quem diria que você e Zoraida depois de adultas fosse encontrar a família de vocês. Agora só falta a Maite encontrar a dela. - comentou sorrindo.

Dulce: Assim como eu não queria, ela também não quer. - ajeitei melhor Maria Paula no meu colo. 

Rodrigo: Ela é muito linda. - tocou na mãozinha dela. - Parece muito com o pai. 

Dulce: É. Cópia dele. - murmurei.

Estávamos na mesa tomando um café à alguns minutos. Sidney estava duas mesas atrás. Poncho tinha ido embora levando as compras. Eu tinha relatado sobre o que tinha descoberto sobre a minha origem e família. 

Rodrigo: Lembro que você comentava que nunca ia ter filhos. As pessoas mudam muito. Eu que queria na época, mas não quero mais, já você que não queria, tem hoje uma princesa. 

Dulce: É. Nossa mentalidade muda. - tomei um gole do meu café.

Rodrigo: Pensa em mais filhos?

Dulce: Talvez. Agora só ela me basta. 

Rodrigo: Tudo o que anda acontecendo, tenho acompanhado os jornais e está na internet, é verdade? 

Dulce: Não. Nada do que saiu é verdade. Mas prefiro não falar sobre isso, uma hora a verdade de fato vai ser dita e todos irão saber.

Rodrigo assentiu bebendo café.

Rodrigo: Tem falado com outros do orfanato? Ou perdeu o contato? Zoraida ainda fala com uns três. 

Dulce: Perdi contatos com todos. Só não com a tia Sofia. 

Rodrigo: Fui essa semana lá me despedir dela, vou ficar muito tempo fora e nem sei se volto mais.

Dulce: Nem para visitar sua mãe?

Rodrigo: Ela vai comigo. Consegui um trabalho lá também, posso manter ela e estudar ao mesmo tempo. 

Dulce: Sempre foi seu sonho estudar moda na Itália. Só consigo imaginar o quanto está feliz. Lembro que muitos meninos riam por achar que era sonho de menina por ser moda.

Rodrigo: E o pior é que vou continuar ouvindo piadinhas e deboches sobre isso - balançou a cabeça - O tanto que já ouvi que sou gay por querer estudar moda, que sou mulherzinha e blá blá blá já até me acostumei. 

Dulce: Não deveria. Profissão não têm gênero. E estou feliz por está indo realizar o seu sonho. Você sempre desenhou muito bem. Tenho certeza que vai ser um grande estilista.

Rodrigo: Você sempre acreditou em mim, obrigado por isso Dul.

Dulce: Só sou sincera..- apertei minha filha nós braços.

Rodrigo: Me parece tão triste, mas imagino que seja por tudo o quê está acontecendo. - analisou meu rosto.

Dulce: Notou isso?

Rodrigo: Impossível não notar. Seu olhar está triste..seu rosto... cabisbaixo.

Dulce: A vida não é fácil. Quando achamos que tudo acabou, vêm sempre algo para atrapalhar.

Rodrigo: Mas você não está sozinha. Você tem seu noivo para passar juntos qualquer situação. Fora sua mãe, seu irmão e as meninas que sempre foram a sua família. 

Mordi os lábios.

Dulce: Meu irmão quer dar um jantar hoje para conhecer você. Aceita?

Rodrigo: Comer em casa de rico? Aceito com certeza. - riu.

Dulce: Ótimo. Me passa o seu número, só a Zora têm. - peguei meu celular e salvei o contato dele - Pronto. Vou mandar o endereço e a hora depois.

Maria Paula começou a chorar enjoadinha e eu me despedi dele, a noite íamos nós ver novamente.

{...}

Coloquei um vestido que tinha comprado em Miami, era um pouco curto mas muito bonito. Não tinha a mínima vontade de passar maquiagem, então, só fiz um penteando e passei perfume. Minha mãe estava arrumando Maria Paula, ela tinha adorado a idéia de dar um jantar para um amigo meu e assim que chegou em casa correu para se arrumar, Poncho mandou dizer para Rodrigo que o jantar começava as 20:00 e já passava das 19:37 da noite.

Meu celular fez barulho anunciando uma mensagem, era Rodrigo. Ele estava na portaria. Sai do quarto e liberei a entrada dele no interfone, fiquei alguns minutos esperando na sala até a campainha tocar, abri a porta e ele entrou me cumprimentando.

Rodrigo: Está linda. 

Dulce: Obrigada. Fica a vontade. - apontei para o sofá - Minha mãe e meu irmão já estão descendo.

Rodrigo: Esse jantar vai ser nossa despedida. Ainda tenho que ver a Zora e a Mai também. Elas vão vir?

Dulce: Não. Eu queria chamar elas, mas meu irmão não deixou. - franzi o cenho ficando em outro sofá - O que é estranho. - dei de ombros.

Rodrigo: Cadê o seu noivo?

Dulce: Hum..ele também não vêm. - cocei meu pescoço - Vai ser só eu, minha mãe, meu irmão, minha filha e você.

Elizabeth: Olá, boa noite. - falou entrando na sala com Maria Paula nós braços - Seja bem-vindo querido.

Rodrigo levantou para cumprimentar minha mãe. Poncho apareceu atrás dela mexendo no celular.

Poncho: E aí, cara? Tudo bem? - perguntou sem tirar os olhos do aparelho.

Rodrigo: Olá, senhora. Muito obrigado pelo convite Alfonso.

Dulce: Me dar minha filha mãe. Você tomou ela de mim. - estiquei os braços e ela devolveu minha bebê. - Está tão linda e cheirosa bebê. - apertei ela.

Elizabeth: Espero que com esse jantar e você aqui anime mais minha filha. Ela anda tão para baixo nós últimos dias. 

Rodrigo: Espero isso. Também notei ela bem para baixo. - me encarou.

Dulce: Eu estou aqui...- revirei os olhos - Vamos jantar? 

Poncho: Espera...- falou rápido. 

Elizabeth: O quê foi?

Poncho: Ah, nada. Vamos. - guardou o celular no bolso - Então Rodrigo, quantos anos você têm? - perguntou enquanto começavámos andar em direção da sala da jantar.

Franzi o cenho.

Ele estava tão estranho.

Rodrigo: Vinte e três. 

Poncho: Eu tenho quase dezenove.

Entramos na sala de jantar e notei um lugar a mais na mesa. Sentamos em nossos lugares e Elizabeth encarou Poncho, enquanto eu colocava Maria Paula na cadeirinha dela. Por mais qu ainda não comesse nenhuma papinha, minha mãe comprou a cadeira para ela ficar ao nosso lado durante as refeições e não no colo.

Elizabeth: Sua namorada vêm, filho?

Poncho: Não. Michele ainda não saiu do trabalho. Não vamos nos ver hoje.

Elizabeth: Então quem vêm?

A campainha tocou e Poncho levantou.

Poncho: Irão ver. - sorriu e foi em direção da porta.

Rodrigo: Ela é tão quietinha. - comentou observando minha filha.

Dulce: Sim. Ela adora observar ao redor com as mãos na boca. - sorri olhando minha filha ao meu lado.

Christopher: Boa Noite! - entrou na sala ao lado do meu irmão.

O encarei surpresa.

Poncho: Ele é que faltava. - sorriu.

Elizabeth: Boa Noite Christopher. 

Rodrigo: Boa noite.

Fiquei em silêncio. 

Ele andou em direção da nossa filha e a beijou várias vezes, fazendo ela rir, antes de sentar ao meu lado. Desviei o olhar para a mesa posta e lutei para não fechar os olhos e ser embreagada pelo perfume dele. O perfume que eu adorava quando ele usava.

Respirei fundo.

Christopher: Espero não está atrapalhando. - falou olhando Elizabeth.

Elizabeth: Você nunca está querido. 

Rosa apareceu servindo um de cada vez e se retirou. Eu olhava para o meu prato, mas Christopher não tirava os olhos de mim. Mordi os lábios.

Poncho: Então, vocês foram namorados, não é? - perguntou olhando Rodrigo.

Encarei Alfonso entreitando os olhos entendo exatamente o que ele fez.

Mas que...

Hã!

Elizabeth: É mesmo? - falou surpresa.

Rodrigo: Ah, sim. Há muito tempo. - respondeu.

Poncho: A Dul tinha quinze e você dezessete, né?

Rodrigo assentiu de boca cheia.

Elizabeth: Como ela era quando mais nova? - perguntou curiosa.

Rodrigo: Muito tranquila. Dulce e Maite sempre foram as mais tranquilas, ao contrário de Zoraida.

Elizabeth: Eu imagino. - riu.

Levei meu garfo cheio até a boca.

Poncho: Mas me diga, Dulce me contou que você foi o primeiro namorado dela. Ela foi a sua primeira namorada também? 

Rodrigo o encarou.

Rodrigo: Sim. - respondeu hesitante.

Poncho: E... vocês perderam a virgindade juntos? - sorriu.

Me engasguei começando uma tosse horrível. Christopher bateu levemente nas minhas costas. Minha mãe me deu o copo de água e eu fitei meu irmão completamente irritada.

Poncho: Está bem, ardilla?

Respirei fundo e neguei com a cabeça

Elizabeth: Poncho, filho, isso não é pergunta que...

Poncho: Ah, mamãe. Isso tem a muito tempo. Não é nenhuma pergunta desrespeitosa - sorriu atrevido.

A mão de Christopher continuava na minha costa, quase como uma carícia. O encarei e ele me olhava de volta. Meu coração acelerou tentando entender aquele olhar para mim.

Poncho: Vou mudar de assunto, então, um mais leve. Você tem namorada atualmente?

Rodrigo: Não. Eu terminei recentemente um relacionamento de cinco anos.

Elizabeth: Sinto muito.

Rodrigo: Estou de mudança para Itália.

Christopher o encarou e eu voltei a respirar quando a mão dele deixou minhas costas. Maria Paula olhava avó quietinha. Balancei a cabeça. Notei Christopher olhar Poncho com certa irritação ignorando o próprio prato.

Elizabeth: Vai trabalhar lá?

Rodrigo: Trabalhar e estudar. Por isso terminamos. É uma oportunidade que não posso deixar passar. 

Poncho: Moda, não é? 

Elizabeth: Nossa! Que legal! Parabéns. Itália tem as melhores universidades de moda do mundo.

Rodrigo: Sim.

Minha mãe e meu irmão conversaram durante todo o jantar com Rodrigo. A maioria das perguntas era de quando era adolescente, Christopher e eu não abrimos a boca um minuto, ficávamos nós olhando praticamente o tempo todo. Durante a sobremesa, eles já estavam super a vontade com Rodrigo.

Poncho: Estou cheio. - passou a mão na barriga.

Rodrigo: Eu também. Tudo estava muito bom..- sorriu largando a taça de chocolate.

Elizabeth: Que bom que gostou. 

Maria Paula começou a choramingar chamando atenção de todos. Levantei pegando minha filha no colo. Chequei a fralda dela cuidadosamente.

Dulce: Vou trocá-la. Já volto. - falei antes de sair da sala com uma bebê aos berros. Subi as escadas sentindo uma presença atrás me seguindo.

Fingi não perceber e entrei no quarto.

Esse Poncho kkkk

Alguém conhece quem faz capa de fanfic? Poderia me indicar no privado por favor.

Comentem!