Fanfics Brasil - Capítulo - 110. Almas Opostas - Vondy

Fanfic: Almas Opostas - Vondy | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo - 110.

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Dulce Maria 


 


 


Coloquei minha chorona no trocador e puxei a gaveta ao lado pegando tudo o que precisava, inclusive a chupeta que ela não tinha o costume de usar, mas assim que coloquei na boca ela sugou com força indicando que estava com muita fome. Sorri e comecei a trocá-la sem pressa nenhuma. 


 


Christopher entrou no quarto, o encarei por alguns segundos e logo voltei a trocar minha filha. Ele parou ao meu lado, muito próximo, não consegui conter um suspiro. O perfume dele começava afetar minha imaginação.


 


Dulce: O quê faz aqui?


 


Christopher: Não posso ver minha filha?


 


Dulce: Vou dar de mamar e se ela não dormir ela fica com você. - falei séria virando o rosto para o outro lado, o que não adiantou nada. Poucos minutos depois, pegava Maria Paula no colo já de pijama e sentava na poltrona ao lado do berço.


 


Ela tinha os olhos baixinhos enquanto mamava. O pijama dela era um dos muitos que minha mãe e irmão tinham comprado esses dias. Praticamente todos os dias ela ganhava algo. Era até inevitável parar os dois. 


 


Christopher: Quando ela dormir, podemos conversar? - perguntou baixinho encostado na parede encarando nos duas.


 


Dulce: Não.


 


Christopher: Vamos sim. - cruzou os braços.


 


Dulce: Vamos não.


 


Christopher: E por quê, não?


 


Dulce: Porque eu não quero conversar com você. - o encarei séria.


 


Christopher: Já deveríamos ter conversado a muito tempo. - suspirou.


 


Dulce: Ela vai dormir, então, pode sair daqui e voltar amanhã para vê-la. - falei olhando minha filha fechando os olhinhos de sono.


 


Christopher: Não vou sair daqui até conversámos. - falou no mesmo tom sério que o meu - Não vai mais fugir de mim Dulce. 


 


Dulce: E o quê você quer conversar? - o encarei com raiva e me apressei em falar - Ah, espera, já sei, vai falar sobre a mulher com quem ficou no Texas?


 


Por alguns segundos ele me encarou surpreso e engoliu em seco. 


 


Christopher: Quem contou sobre isso? Ana Brenda, não foi? - perguntou irritado.


 


Ele não negou.


 


E não precisava.


 


As manchas de batom na camisa e o perfume barato já diziam tudo. Tive que morder meus lábios com tanta força para não chorar na frente dele que pude sentir o gosto de sangue. 


 


Dulce: Não. Não foi ela. Apesar dela não parar de mandar mensagem para mim, ela não comentou nada disso. 


 


Christopher: Dul..


 


Dulce: Não. Vai embora. - pedi - Não quero falar disso e muito menos com ela presente. - olhei minha filha dormindo enquanto mamava.


 


Ele ficou parado por alguns segundos antes de sair do quarto. Assim que a porta fechou, comecei a chorar muito magoada por ter apenas confirmado de vez aquilo. Alguns minutos depois, Maria Paula parou de mamar e eu a fiz rotar antes de colocá-la no berço, verifiquei a babá eletrônica e sai do quarto dela. Desci as escadas encontrando ninguém.


 


Respirei fundo.


 


Rodrigo já tinha ido embora. E minha mãe e meu irmão já estavam em seus quartos. Precisava de um longo banho para chorar até não aguentar mais. Voltei a subir as escadas e entrei no meu quarto vendo Christopher sentado na minha cama me esperando.


 


Dulce: O quê está fazendo aqui? Vai embora! - mandei apontando para a porta. 


 


Christopher: Falei que não ia sair daqui até conversávamos.


 


Dulce: Christopher vai embora! Vai embora! Vai embora! - me controlei para não gritar de raiva.


 


Christopher: Pequena...- levantou e andou na minha direção.


 


Dulce: Não me chama mais assim. Você não tem mais o direito de me chamar assim. - meus olhos encheram de lágrimas e minha voz embargou.


 


Ele me abraçou de supetão e eu tentei me afastar daquele abraço, daquele toque, mas não conseguia. O empurrava, mas ele me apertava ainda mais em seus braços.


 


Christopher: Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa. Me desculpa.


 


Dulce: Me solta! - comecei a chorar desistindo de afasta-lo. - Está satisfeito? - solucei - Agora se vingou de m..i..m. 


 


Christopher se afastou o suficiente para segurar o meu rosto com as duas mãos e encarar fundo nos meus olhos. As lágrimas caiam por meu rosto.


 


Christopher: Eu não sei como descobriu, mas..


 


Dulce: Sua camisa...- fechei os olhos - Estava suja de batom e fedendo a perfume barato.


 


Christopher: Não aconteceu nada. - comentou - Olha pra mim.


 


Dulce: Mentira! Para de mentir!


 


Christopher: Dulce Maria olha para mim. - pediu - Por favor, por favor olha para mim. - implorou acariciando meu rosto delicadamente.


 


Abri os olhos o fitando.


 


Christopher: Eu juro pela vida da nossa filha que não aconteceu nada. - falou sério olhando dentro dos meus olhos.


 


Engoli em seco.


 


Dulce: O quê..? - murmurei.


 


Christopher: Vamos conversar, ok?


 


Assenti devagar.


 


 


 


 


 


 


 


Christopher Uckermann


 


 


Puxei para a cama e fiquei ao lado dela, tentei segurar na mão dela novamente, mas ela puxou e me olhou esperando explicações. A verdade era que desde que ela veio para cá, eu queria conversar mas ela fugia de mim, acabei dando esse tempo para Dulce, mas não aguentava mais. Eu a queria de volta ao lugar onde ela pertence, comigo.


 


Dulce: Então..?


 


Christopher: Eu estava muito magoado, muito muito mesmo. Não conseguia entender o que aconteceu, não podia nem ao menos pensar profundamente e não que seja fácil ainda, mas já consigo pensar com mais clareza.


 


Dulce: O que aconteceu no Texas?


 


Respirei fundo.


 


Não que eu me orgulhe disso...


 


Abri a boca começando a contar tudo o quê fiz naquela noite depois de aceitar tomar uma bebida com Andrew. Até chegar a parte que a stripper estava no meu colo e eu a puxei para um beijo.


 


 


 


Mas antes que nossos lábios se encostasse, eu virei o rosto numa crise de consciência e ela beijou minha bochecha. O que eu estou fazendo? O que eu estou mesmo fazendo? Eu não sou mais assim. 


 


Ri sem humor.


 


Está bêbado e magoado não justifica o que vou fazer. Nada justifica.


 


Xxx: Ah, não. Quero meu beijo. - tentou me beijar. Mas eu me desviei dela. - Vamos, um beijinho bebê.


 


Christopher: Não. Eu não quero. - balancei a cabeça.


 


Xxx: Quer sim amor. Vêm. - segurou no meu rosto firmemente beijando todo meu rosto. Coloquei minhas mãos nos ombros dela para afasta-la quando uma mão puxou o cabelo dela com força a fazendo gritar e sair de cima de mim.


 


Zzz: SAI DE CIMA DELE AGORA. - gritou furiosa.


 


Entretei os olhos vendo Ana Brenda furiosa puxando o cabelo da mulher.


 


Xxx: ME SOLTAAAAAAA - se debateu.


 


Ana Brenda: SAI DE CIMA DELE CARALHO. ESSE HOMEM TEM DONA! - a empurrou fortemente para cima da mesa. Ela deu um passo em direção dela, mas Christian a segurou com força - ME SOLTA CHRISTIAN!


 


Christian: JÁ CHEGA ANA BRENDA! - gritou a segurando pelos ombros.


 


Xxx: SUA FILHA DA PUTA! ESTÁ LOUCA? 


 


Ana Brenda: LOUCA EU VOU FICAR METENDO A MINHA MÃO NESSA TUA CARA SUA VADIA - falou furiosa.


 


A stripper a encarou com raiva e me encarou negando com a cabeça e saiu praticamente correndo. Andrew me encarou com os olhos arregalados e a mulher no colo dele se encolheu olhando Ana Brenda.


 


Andrew: Tua mulher é doida cara...- falou assustado.


 


Christopher: Ela não é minha mulher. 


 


Ao ouvir minha voz, Ana Brenda desviou o olhar que ainda olhava a stripper indo embora e me encarou mais furiosa ainda. Engoli em seco.


 


Ana Brenda: VOCÊ ESTÁ RETARDADO, ESTÁ SEU FILHO DA PUTA? 


 


Ri ao ouvir a palavra "retardado".


 


Ana Brenda: E AINDA RIR? EU VOU TE MATAR SEU PUTO DO CARALHO - avançou em cima de mim puxando minha orelha com tanta força que gritei de dor, ela começou andar em direção para fora da boate puxando minha orelha com bastante força.


 


Christopher: AI AI AI AI PARA! ME SOLTA ANA BRENDA! ESTA DOENDO! PARA!


 


Ana Brenda: CALA A PORRA DA TUA BOCA PORRA! - gritou em plenos pulmões.


 


Quando saímos da boate, ela me empurrou com toda força para o chão o que me fez cair de bunda. Assim que encostei no chão ela avançou para cima de mim me estapeando.


 


Ana Brenda: COMO VOCÊ OUSA ENTRAR NESSE PUTEIRO CHRISTOPHER UCKEMANN? VOCÊ ENLOUQUECEU? VOCÊ TEM UMA MULHER E UMA FILHA EM CASA CARALHO, ESQUECEU? 


 


Christopher: ME SOLTA SUA LOUCA - gritei tentando empurrar ela.


 


Christian: JÁ CHEGA ANA BRENDA. JÁ CHEGA! - tirou ela de cima de mim.


 


Ana Brenda: JÁ CHEGA O CARALHO! ELE TEM QUE APRENDER QUE É UM HOMEM CASADO E PAI DE FAMÍLIA!


 


Christian: ELE JÁ APRENDEU! ENTÃO SE ACALMA AÍ PORRA! 


 


Ana Brenda se calou e respirou fundo.


 


Toquei no meu rosto e na minha orelha que doía demais. Fiz careta.


 


Christopher: Eu não trai ela..- murmurei baixando a cabeça e comecei a chorar.


 


Christian: Cara, sua cara está só batom.


 


Ana Brenda: E está cheirando a perfume barato de puta. - bufou cruzando os braços.


 


Christopher: Mas eu não trai ela. Eu juro. Eu não trai ela. Eu juro. - coloquei meu rosto nas minhas coxas - Eu percebi na hora o que ia fazer e não fiz, eu não fiz, eu não fiz. Eu juro. Eu juro.


 


Christian: Ok. Acreditamos em você cara. Não precisa chorar. - tocou no meu ombro.


 


Ana Brenda: Que bom que aos menos teve consciência seu imbecil. - bufou - Mas só te perdoo se você contar para a Dulce o que ia fazer. 


 


Christian: Se não aconteceu nada, acha mesmo que é melhor falar?


 


Ana Brenda: É claro Christian. Mesmo que não tenha acontecido nada. Dul merece saber. Eles já não estão bem e ele ainda esconder isso vai piorar.


 


Christopher: Eu estou tão envergonhado que não consigo nem olhar para vocês e pior vai ser olhar para ela...- solucei.


 


Ana Brenda: Que bom! Vai ser o seu castigo por quase trair minha prima. E eu vou te perturbar até você contar para ela. - bateu o pé.


 


Christopher: Eu estou com nojo de mim. - me encolhi ainda mais.


 


Christian: Ótimo. É seu castigo também.


 


Solucei completamente triste e envergonhado de mim mesmo.


 


 


 


Christopher: No dia seguinte não conseguia me encarar no espelho pelo que eu ia fazer, estava deixando a mágoa me dominar, quando voltei para o apartamento não consegui encarar você de tanta vergonha e eu ainda estou envergonhado. - baixei a cabeça fechando os olhos - Por um momento, por alguns segundos de momento, eu ia fazer aquilo apenas para de alguma forma você pudesse entender o que estava sentindo, talvez vingança, mas antes disso consegui voltar para mim mesmo. Me desculpa. Por favor me desculpa. Por favor.


 


Ela ficou em silêncio.


 


Christopher: Sei que está magoada, eu também estava. Mas..


 


Dulce: Estava? - me encarou ansiosa.


 


Christopher: Não posso dizer que é algo simples e que não aconteceu, mas não é culpa sua...me desculpa por te-la julgado tanto. Me desculpa não tentar entender. - balancei a cabeça - Ainda estou um pouco magoado, confesso, mas reconheço que não foi culpa sua, por favor me desculpa. Me perdoa por tê-la feito chorar e sofrer. - minha voz falhou - Eu..eu..- não consegui completar e ela me abraçou.


 


Dulce: Tudo bem. - sussurrou me ouvindo chorar - Está tudo bem


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Dulce Maria


 


 


 


Esperei pacientemente ele se acalmar, enquanto inspirava o cheiro, o perfume dele, alguns minutos se passaram até ele se afastar limpando o rosto. Ele segurou na minha mão e olhou dentro dos meus olhos mais uma vez. Eu sabia que ele ia se desculpar novamente.


 


Christopher: Por favor, por favor, por favor me perdoa. Por tudo que fiz e que quase fiz também. Me perdoa por favor.


 


Dulce: Tudo bem. Eu te perdoo. 


 


Christopher: Obrigado. - murmurou.


 


Dulce: Você...- hesitei - Me perdoa também? Eu n..


 


Ele acariciou meu rosto lentamente.


 


Christopher: Não precisa pedir perdão. A culpa não é sua.


 


Dulce: Eu te magoei, te decepcionei. - engoli em seco - Eu não...- suspirei. - Aí Christopher. - balancei a cabeça.


 


Christopher: Pequena... não precisa pedir nada, eu que tenho que pedir. 


 


Dulce: Você...ainda...quer..- encarei nossas mãos - Ainda quer ficar comigo?


 


Christopher: O quê acha? - levantou uma sobrancelha.


 


Dulce: Me diz você.


 


Christopher: Obviamente que sim. - pegou com a outra mão o meu anel do bolso da calça - E isso aqui não vai mais sair do seu dedo, entendeu? 


 


Dulce: Sim..- sussurrei observando ele colocar o anel de volta. Ficamos nós encarando intensamente. Eu estava com medo de tentar beija-lo e ser mais uma vez rejeitada. Por isso, só retribui o olhar que ele lançava.


 


Lentamente ele se inclinou e grudou os lábios nos meus, ainda mais lentamente abri a boca e quando fiz isso, a língua dele invadiu e nós beijamos desesperadamente. Não pude conter o gemido de satisfação e saudade com aquele beijo apressado. Minhas mãos foram para a nuca dele o trazendo mais para mim durante o beijo.


 


Ele começou me empurrar e eu deitei na cama com ele em cima de mim sem parar o beijo, apenas quando o ar faltou, ele passou o beijo para o meu pescoço me fazendo suspirar. As mãos dele foram direto para minhas coxas nuas abrindo minhas pernas se enfiando no meio. Abri os olhos quando senti a excitação dele por baixo da calça de encontro com a minha calcinha vergonhosamente molhada.


 


Christopher voltou a me beijar, mas dessa vez devagar. Aproveitando o máximo nossas bocas, gemi com a pressão na minha entrada, ele largou minha boca e num puxão, baixou a parte de cima do vestido revelando meus seios e chupou um mamilo.


 


Dulce: Aaa..- foi inevitável não gemer com ele chupando um mamilo e apertando outro. Eu estava literalmente pegando fogo, principalmente a parte da pressão em baixo.


 


Me torturando por longos minutos dando atenção total aos meus seios, ele se afastou o suficiente apenas para tirar a minha calcinha e abriu o zíper da calça empurrando junto com a cueca para baixo revelando toda aquela excitação, mal consegui piscar e ele totalmente afobado, provavelmente não se aguentando, me penetrou de uma vez.


 


Christopher: Ohh..- gemeu alto fechando os olhos.


 


Gemi com ele inteiro dentro de mim, aquela sensação depois de tanto tempo me desconcertou. Suas mãos foram para minha cintura, ainda coberta pelo vestido e ele começou a estocar lentamente. Fechei os olhos gemendo baixinho, ele se inclinou voltando a me beijar devagar.


 


Prendi minhas pernas na cintura dele, fazendo me penetrar mais fundo e gostoso, nossos gemidos se misturavam com nossos beijos, meu corpo inteiro pegava fogo. Ele foi aumentando as estocadas, se ajeitou abrindo mais minhas pernas e me penetrou tão forte e gostoso, que meus gemidos e os dele saiam sem pudor.


 


Dulce: Is..so a..m..or - falei totalmente entregue no prazer. Sentia meu orgasmo chegando - M..ais..isso..


 


Fechei os olhos sentindo o intenso calor em meu ventre e logo o orgasmo me atingia intensamente. Gemi alto. Aproveitei aquela incrível sensação por longos segundos. Christopher gozou em seguida me preenchendo inteira e gemendo deliciosamente alto. 


 


Mais alto que eu.


 


Suado e cansado, ele caiu totalmente em cima de mim. Nossas respirações se misturavam, longos minutos depois, ainda dentro de mim, ele voltou a me beijar segurando meu rosto com as duas mãos, parei o beijo com um longo selinho sorrindo.


 


Christopher: Estava com saudades..


 


Dulce: Eu também. - o abracei.


 


Christopher: Eu preciso..- tentou se afastar.


 


Dulce: Não. Fica aí e cala a boca.


 


Christopher: Ok. - murmurou.


 


Dulce: Eu te amo. - o encarei.


 


Christopher: Eu te amo. Muito. - sorriu.


 


Dulce: Me promete que não vai mas me deixar? - pedi num sussurro.


 


Christopher: Eu prometo pequena. Eu prometo. - segurou no meu rosto voltando a me beijar. 


 


Dulce: Me diz uma coisa, você chegou na conclusão que não tive culpa sozinho ou as meninas tem algo haver com isso? - perguntei quando ele ficou do meu lado na cama e ficamos nós encarando.


 


 


 


 


 


 


 


 


Christopher Uckemann 


 


 


Acariciei o rosto dela delicadamente.


 


Christopher: Os dois. As meninas principalmente. Mas uma em especial fez a diferença. - confessei.


 


Dulce: Quem?


 


Christopher: Cheryl.


 


Dulce: O quê? - franziu o cenho.


 


Ri.


 


Christopher: Sim. Tem alguns dias que ela apareceu no apartamento com o japonês dela e o bebê. E ela me fez enxergar o que não queria ver. Ela...


 


 


 


 


Olhava para a janela observando alguns paparazzi em volta do prédio. Poucos dias que Dulce estava com a mãe, mas parecia anos. Tudo parecia tão surreal, problema em cima de problema. Estava bem cansado de tudo isso. Eu sei que errei, fui um escroto, mas ainda não consigo tirar da mente Dulce e aquele outro lixo juntos.


 


Tudo que eu fazia para apagar de alguma forma, era perda de tempo. A imagem rodava a cada hora da minha cabeça e meu ódio por ele aumentava cada vez mais. Precisava de mais tempo para tirar isso? Talvez. Mas não estava mas aguentando Dulce e minha filha longe mim, a queria por perto. Mesmo que não estejamos 100% bem.


 


Ouvi os passos de Zoraida e em seguida Eddy entraram na sala. Ela estava me ignorando desde que Dulce foi para a casa da mãe. Por isso, não me surpreendi quando ela passou praticamente por cima de mim para pegar as chaves do carro ao meu lado e fingiu que eu não existia. Respirei fundo.


 


Eu merecia.


 


Sim. Eu merecia.


 


A minha irmã mais marrenta deveria me esfaquear logo. Ainda sim, merecia.


 


Zoraida: Eddy? - o encarou - Diga para essa ameba que ele tem um pouco mais que uma semana para trazer minha sobrinha e minha irmã de volta, ou, ele vai encontrar as roupas dele dentro do saco de lixo em frente ao prédio. Aqui ele não ficará mais. - dito isso, abriu a porta e saiu do apartamento deixando a mesma aberta. Ouvi vozes no corredor enquanto encarava Eddy.


 


Eddy: Você ouviu! - deu de ombros e eu suspirei assentindo. - Ah, você tem visita. - avisou se aproximando da porta - Fiquem a vontade. A casa é de vocês. - falou dando espaço para duas pessoas passarem. Duas pessoas e meia. - Com licença, a gente se ver mais tarde. - fechou a porta em seguida.


 


Me surpreendi ao ver Cheryl e o japonês dela entrando no apartamento de Zoraida. Nas mãos dele, segurava o pequeno bebê deles. A ruiva tinha voltado ao seu habitual. Usava um vestido de grife vermelho e sapatos pretos altíssimos, os lábios pintados de vermelho vivo. Sim. Ela voltou a ser a original Chery Evans. O homem ao lado dela já tinha visto por fotos. 


 


Takashi Yoshida, um dos empresário mais rico, jovem e respeitado do japão, ele deveria ter a minha idade. O bebê nas mãos dele, o pequeno Ketsuo, estava do tamanho da minha filha e aparentava está saudável, como Mary falou muitas vezes. O bebê estava dormindo tranquilamente no colo do pai que o segurava naqueles bebê canguru, mas virado para frente.


 


Cheryl: Sentiu a minha falta? - sorriu mostrando os dentes brancos provocativa. 


 


Christopher: O quê está fazendo aqui? - pisquei ainda surpreso.


 


Cheryl: Vim para um visita. Literalmente, uma única visita. Takashi tinha negócios na Venezuela e aproveitamos para vir aqui rapidinho. A noite estamos voltando para o Japão. - explicou.


 


Takashi: Olá, Uckermann. - me cumprimentou em inglês.


 


Christopher: Yoshida. - balancei a cabeça - O apartamento não é meu, mas fiquem a vontade. - indiquei o sofá - Mas o que está fazendo aqui Cheryl? - perguntei sem entender. Nunca formos amigos e ela só aparecia na minha vida quando queria dinheiro ou estava encrencada.


 


Depois que nós sentamos no sofá, ela me encarou extremante séria.


 


Cheryl: Só porque estou do outro lado do planeta, não quer dizer que não tenho acompanhado sua vida. E a mamãe tem me informado sobre tudo e devo dizer que é uma surpresa um gêmeo seu. De qualquer maneira eu ia vir aqui mesmo lhe visitar e a Dul, mas quando Zoraida falou o que você aprontou eu..


 


Christopher: Zoraida? - a interrompi - Está falando com a Zoraida? São amigas por acaso?


 


Cheryl: Ainda não. Mas quando liguei para ela para saber se eu poderia vir aqui no apartamento para visitar vocês, ela acabou me contando tudo porque está com muita raiva de você e desabafou comigo. - cruzou os braços - Que merda você pensa está fazendo Christopher?


 


Christopher: O quê ela falou exatamente..?


 


Cheryl: Que você não perdoa a Dulce por supostamente ter traído você com o mais novo Uckermann da família.


 


Bufei.


 


Christopher: Quem você pensa que é para me dar lição de moral? - perguntei irritado - Nem amigos somos.


 


Cheryl respirou fundo e se virou para o homem ao lado dela.


 


Cheryl: Poderia me dar alguns minutos sozinhas com ele? Por favor amor - pediu delicadamente.


 


Takashi: Claro. Vamos está na sacada. - levantou e começou andar em direção a sacada agarrado ao bebê dele.


 


Christopher: Por que pediu para ele sair? - franzi o cenho.


 


Cheryl levantou e ficou na minha frente.


 


Cheryl: Para fazer isso. - num piscar, meu rosto virou e no segundo seguinte começou arder - Você ficou louco Christopher? Heim?


 


A encarei boquiaberto com o tapa.


 


Christopher: Você que está louca! Como ousa me bater? - fiquei furioso.


 


Cheryl: Você merece esse e muito mais! Zoraida contou que Dulce foi embora porque ela não aguentava mais lhe ver longe e distante dela. Praticamente a ignorando. Agora eu te pergunto seu filho de uma grande puta. - apontou o dedo na minha cara - Esse é o amor que você sente por ela? O amor que você tanto se gaba em dizer? O amor que diz que até morre por ela? Que porra de amor é esse que quando sua mulher mais precisa de você, você a abandona?


 


Christopher: Eu nunca abandonei..


 


Cheryl: CALA A BOCA QUE EU ESTOU FALANDO! - gritou irritada - Você acha mesmo que eu não fui atrás de Christian sobre essa viagem a Chicago? Que vocês ficaram longe do Brasil por dias? Eu fiz ele confessar o que você fez nessa viagem...- balançou - Eu fiz ele abrir o bico e sinceramente... Christopher, espero que Dulce nunca mais volte com você. 


 


Christopher: Não aconteceu! Ele falou a verdade, não é? Não aconteceu porra nenhuma..eu percebi o que ia fazer e...parei. Eu parei. Não aconteceu nada. 


 


Cheryl: E daí? Quer os parabéns por fazer o mínimo que é respeitar sua mulher e sua filha que tanto você diz amar? - balançou a cabeça - Você pode até ter parado, não ter acontecido nem mesmo um beijo, mas só pelo fato de você ter aceitado ir num boate de stripper sendo casado e pior ainda, por milésimos de segundos, ter pensado sim em está com outra mulher ao invés da sua já é o motivo o suficiente para Dulce nunca mais querer te ver.


 


Christopher: Por favor, não fala isso. - fechei os olhos me controlando para não chorar só com a possibilidade.


 


Cheryl: Falo sim. Você foi um belo de um filho da puta escroto do caralho. E outra coisa Christopher. - pigarreou - Ok. Ela teve sim relação com aquele desgraçado, mas e daí? O que importa?


 


Christopher: Como assim e daí? Acha pouco? - abri os olhos irritado.


 


Cheryl: Acho sim. - cruzou os braços - Já se esqueceu o que aconteceu entre nós dois naquela noite? Você estava bêbado, muito bêbado e drogado também, eu estava sã e...- baixou a cabeça - Me passei por Dulce, já que você deliriva dizendo que eu era ela e fizemos sexo. Inclusive, me sinto muito mal por isso. Me arrependi. - levantou a cabeça — Mas sim. Fizemos sexo de qualquer maneira. Assim como Dulce, você fez sexo comigo. E quando ela soube, o que ela fez, Christopher? Depois que ela colocou a cabeça no lugar e pensou direito? Heim? Ela te perdoo e ainda aceitou meu filho. Você não pode fazer a mesma coisa? 


 


Meus olhos encheram de lágrimas e eu baixei a cabeça olhando fixamente para o chão. 


 


Cheryl: Você não pode perdoa-la por algo que assim como aconteceu com você, ela não teve culpa. Christovão se passou por você. Até eu ia cair na dele. Vocês são idênticos, ele te imita tanto que até a voz é igual. - balançou a cabeça - É tão difícil assim, Christopher? De verdade? É tão difícil?


 


Christopher: Eu sei que ela não tem culpa. No fundo, acho que estou mais magoado por ela não ter me reconhecido do que...- não controlei mais as lágrimas.


 


Cheryl: Christopher. Escuta. - sentou ao meu lado e tocou no meu ombro - E se tivesse duas Dulces? Você não ia se confundir? E não ia ser pior se você não soubesse da existência de duas iguais? Foi isso o que aconteceu! Ela não sabia que existia mais um de você. Nem você mesmo sabia. Como ela ia saber? Caralho! Vocês se amam demais! Por que estão deixando esse maldito fazer o que ele quer na relação de vocês dois?


 


Christopher: Cheryl, como eu vou encara-la depois do que eu fiz? Me diz? - balancei a cabeça - Estou com nojo de mim mesmo. Desde do dia que voltei da viagem estou com nojo de mim.


 


Cheryl: Vai encara-la como homem assumindo todos os seus erros. E nunca mais irá fazer novamente. Dulce te ama, ela vai perdoar você de primeira, quanto isso não se preocupe. Quanto ao seu nojo, é bom que tenha. Assim lembrará de nunca mais fazer. - deu um meio sorriso e levou os dedos até o meu rosto - Agora para de chorar e vai atrás da sua família.


 


Respirei fundo.


 


Christopher: O quê aconteceu com você? É você mesmo, Cheryl? - a encarei ainda com vontade de chorar.


 


Ela riu.


 


Cheryl: Sim. Sou eu mesmo. E eu continuo a mesma de sempre. Mas um pouco mais melhorada. - piscou - Depois que Ketsuo nasceu e ele lutou tanto para ficar forte, eu percebi o quanto estava sendo ruim. Não só com a minha mãe, mas em tudo na vida. Essa criança me mudou Christopher. Você não tem ideia. - encarou atrás de mim e eu fiz o mesmo.


 


Takashi e o bebê estavam sentados na cadeira da sacada. O pai segurava o bebê de uma forma protetora, da mesma forma que seguro minha filha.


 


Christopher: Nem parece você mesma.


 


Cheryl: Eu mudei de verdade Christopher. O tempo vai mostrar isso para todos. Agora eu tenho minha própria família. - sorriu ainda olhando atrás de mim. - Vou me casar. - levantou a mão e o enorme diamante quase me chegou - Eu realmente gosto de Takashi, como nunca gostei de ninguém. Ele sabe tudo sobre mim, todo meu passado ruim. E mesmo assim, me aceitou. Definitivamente ganhei uma segunda chance da vida. E eu prometi nunca desperdiçar. - me encarou - E é isso que você deve fazer também. Quando achou que Dulce estava morta, sua vida acabou. Creio que ainda se lembre dos sentimentos, das sessões, da dor de perda-la.


 


Christopher: Por favor, não me faça lembrar. - pedi baixinho.


 


Aquela época sombrinha doía como se ainda fosse ontem.


 


Cheryl: Então, pare de ser escroto e traga sua família de volta. E por favor, não me faça mas vir ao Brasil de novo com um bebê tão pequeno. Você sabe como é, Maria Paula tem a mesma idade que o meu bebê.


 


Assenti.


 


Christopher: Obrigada Cheryl. - murmurei.


 


Cheryl: Da próxima vez te dou um murro, mas espero que não tenha uma próxima vez. - falou séria.


 


Christopher: Não terá. - garanti.


 


 


Dulce: Nossa! Acho que devo agradecer à ela.


 


Christopher: Ela só me fez enxergar o óbvio. E acho que talvez ela tenha mudado. Não confio nela, mas talvez, ela mudou mesmo. Acho que ainda é cedo para dizer.


 


Dulce: Isso é bom. Não para nós. Para ela. - sorriu.


 


Christopher: E sabe o que seria bom, agora? Outro beijo..- me inclinei a beijando.


 


Ela retribuiu imediatamente.


 



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Autor(a): tatayvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1713



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  • jessica_dos_santos__conde_ Postado em 11/09/2024 - 10:46:34

    Quando terá novas atualizações ?... Saudades

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 15:01:30

    Eu estou achando que vamos sofrer muito nesta temporada espero que sejam poucos capítulos

  • Vondy Forever Postado em 23/06/2024 - 07:10:06

    Continua

  • taianetcn1992 Postado em 08/06/2024 - 03:10:57

    Dulce vc sossega hein

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:42

      Aiaiaia

  • vondy_eternamenty Postado em 09/05/2024 - 19:18:43

    Continua por favor esta ótima

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:29

      Continuando*-*

  • Vondy Forever Postado em 06/05/2024 - 10:35:05

    Continua por favor

    • tatayvondy Postado em 23/06/2024 - 02:39:14

      Continuando *-*

  • Srta Vondy ♥ Postado em 21/04/2024 - 22:44:45

    Entendo de verdade o quão importante é a carreira da Dul, que emergências acontecem (principalmente num hospital), que p carreira que ela escolheu tem que abrir mão de muita coisa, principalmente de momento em família, de verdade entendo tudo isso, mas n me entra na cabeça o quão ''relapsa'' ou melhor relaxada ela se tornou em relação ao sentimento das meninas de saber que as filhas criam esperanças baseada na confirmação dela, ficam ansiosas esperando, se decepcionam, choram, são acalmadas, perdoam ela e depois tudo se repete novamente, sei que existe o contra-peso de uma vida que ''depende'' dela, mas mesmo assim sabe ? E ainda acha o Uckermann errado por cobrar isso dela, sendo que sobra p ele toda essa bomba nos momentos especiais das meninas Fora que acho que será um problema o novo médico e a possível entrada da Belinda na empresa do Christopher, e o segredo que a Dul guarda que até agora n deu as caras.. Ansiossima p os próximos capítulos, some mais não, por favor Continuaaaa <3

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:55:18

      Os anos passaram e ela mudou muito, nem parece aquela menina de antes. Só acho que ela deveria parar de fazer essas promessas, já que é difícil de cumprir. Ela não gosta de ser cobrada, porque ela sabe que está errada. Esse novo médico ainda vai causar problemas não só no casamento dela, mas na relação das meninas tbm, assim como Belinda, Dulce que se cuide...e esse segredo? Chuta o que seja? Estava com saudades dos seus comentários*-* vou tentar postar com frequência, continuando!!!!!

  • vondy_eternamenty Postado em 20/04/2024 - 22:05:48

    nossa que saudades eu estava de vc continua

    • tatayvondy Postado em 04/05/2024 - 21:47:22

      Tbm estava com saudades *-*

  • taianetcn1992 Postado em 18/09/2023 - 07:49:08

    mais mais mais

  • gyh Postado em 16/07/2023 - 10:56:59

    Estou ansiosa pra 3 temporada


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